Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MAIS FOTOS DO VELHO ARMAZEM

30 junho 2009

Chegaram as fotos do Velho Armazem, tiradas no dia do show de Marcos Ariel e Jean Pierre Zanella. Foi a noite que reencontramos Marcos depois de muitos anos, ou seja, desde os tempos de “O Assunto é Jazz” na Fluminense FM.
Na primeira foto , uma confraternização com Marvio Ciribelli, Bernard Fines, Jean Pierre Zanella, Marcos Ariel e Llulla.
Na segunda , a dupla Jean Pierre Zanella e Marcos Ariel e na terceira o excelente Tino Jr. e Marcos Ariel.
Noite de gala.

O SOM DO BECO DAS GARRAFAS

29 junho 2009

Embalado pelo sucesso do concerto do CJUB de 31 de março de 2005, com o David Feldman Trio, acabou de ser lançado um CD de bossa-jazz denominado "David Feldman - o som do beco das garrafas".

No excelente concerto do CJUB os músicos que acompanhavam Feldman eram Jorge Helder (baixo) e Rafael Barata (bateria). No CD foram substituidos pelos não menos competentes, Sérgio Barrozo (baixo) e Paulo Braga (bateria).

Feldman toca músicas de Durval Ferreira, João Donato, Johnny Alf, Jobim, Carlos Lyra, Mauricio Einhorn e o tema do beco de sua própria autoria.
O disco está a venda na Modern Sound ou pelo site
http://www.davidfeldmanmusic.com/

NOSSO APÓSTOLO FAZ ANOS

28 junho 2009

Alegrai-vos senhores cejubianos. Amanhã, justamente amanhã, às vésperas de ser avô por mais duas vezes, o nosso Apóstolo completa mais uma primavera. Pedro Cardoso, uma das grandes amizades que colhi através do Jazz, é como um irmão .

Comungamos as mesmas idéias e os laços de nosas famílias são bem estreitos. Por causa disso, estamos enviando a Pedro os votos de muita saúde, paz, tranquilidade e óbviamente muito tempo para o Jazz.

Llulla e Lúcia

CLUBE DE JAZZ DE NITEROI COMPLETA 19 ANOS

26 junho 2009



Às vésperas de completar seu décimo nono aniversário, o Clube de Jazz de Niterói proporcionou aos seus associados e convidados uma noite de Jazz , ao vivo, em sua sede situada no Centro Cultural da A.A.B.B. na noite de 24 de junho. A
Iniciativa foi do casal Virgínia e Sérgio Vichi que também contrataram o quarteto integrado por Dino Rangel (g)- Zé Canuto (as)- Mazinho Ventura (be) e Amaro Jr (dm). Um grupo super entrosado que nos proporcionou realmente uma noite agradável executando um repertório diversificado do comum com rara mestria. O sax alto de Zé Canuto, discípulo e compadre de Idriss Boudrioua , brilhou intensamente com solos belíssimos e de muito bom gosto. O mesmo se pode dizer da guitarra de Dino Rangel, executada com rara precisão e com a sonoridade adequada . A seção rítmica com Mazinho e Ventura e Amaro Jr. esnobou categoria, sendo que o baterista apresentou uma técnica exuberante. Mas,
não foi só a musica que nos alegrou . O reencontro com Zé Canuto e o conhecimento com Dino Rangel, iniciado naquela noite nos proporcionou agradável surpresa. Ambos nos ofertaram seus CD’s (excelentes), sendo que me surpreendi
co m a dedicatória de Rangel que me permito trancrever : “Lula, seu programa foi fundamental para nossa formação musical”
Abraços, Dino.
São fatos como esse que aos poucos me mostram que realmente “O Assunto é Jazz” voou alto em sua trajetória de 29 anos. Daqui agradecemos e felicitamos s músicos tão importantes que o Clube de Jazz de Niterói recebeu em comemoração ao seu décimo nono aniversário.
llulla

Histórias do Jazz – n° 68

23 junho 2009


A moeda do “Mardi Gras”.

Essa aconteceu nos tempos em que eu não era aposentado e o ir e vir Niteroi/Rio era diário. Ainda não existiam tantos camelôs como hoje mas, nas sextas-feiras principalmente , armava-se uma pequena feira na Praça XV com as barracas vendendo todo o tipo de produtos. Além das barracas ,alguns elementos armavam suas coisas sobre caixotes e os estoques variavam de artesanato feito de contas às chamadas ervas medicinais. Foi num desses camelos de caixotes que fui encontrar o objeto dessa história.
Já voltava para casa quando fui atraído por um desses mercantes que expunha em sua banca uma série de moedas antigas, escudos, insígnias nazistas e congêneres. Parei para examinar as peças quando me deparei com uma moeda diferente e maior do que as demais. Para minha surpresa, tratava-se de uma daquelas que as sociedades carnavalescas de New Orleans atiram para o povo durante o desfile , como se fosse dinheiro real. O ano, 1973, e homenageava um indivíduo de nome James Gallier Sr., que calculei fosse o patrocinador da “Krewe of Crescent City”, sociedade carnavalesca fundada em 1946,que mandara cunhar a peça, uma espécie de Castor de Andrade americano.
Mas, a curiosidade por saber quem era o homenageado me levou a pesquisar na Internet. Fiquei então sabendo que o senhor James Gallier Sr. nada tinha a ver com o “Mardi Gras” e era apenas um dos maiores arquitetos do país, responsável pela construção dos melhores prédios da cidade. Se patrocinou ou não o desfile da “Krewe of Crescent City” não sabemos mas, aprendemos mais um pouco sobre os costumes do povo do Jazz. Ilustramos a presente mostrando os dois lados da moeda.

VITTOR SANTOS: NOSSO CRAQUE EM SAMPA

Recebo notícia de que nosso caro Maestro e trombonista Vittor Santos vai se apresentar em Tatuí, SP, no próximo dia 26, sexta-feira, às 20:30 hrs, no Teatro Procópio Ferreira, liderando a big-band do Conservatório local.

A turma vai apresentar composições de Víttor, Impressões, Vitória, Resposta e Valsa dos Amigos, na repetição, pela terceira vez, dessa sua colaboração com a banda. Além destes temas, vão rolar, em arranjos dele, Coisa no. 10(Moacir Santos), Pé Quente (Marcelo Martins), Stella by Starlight (do xará Victor Young) e Zabumbeiro (Henrique Band).

Nosso Maestro, que dispensa apresentações outras, é daqueles instrumentistas que valorizam todo e qualquer trabalho de terceiros e ajuda, dessa forma, à garotada do Conservatório Dr. Carlos de Campos no aperfeiçoamento de seus talentos. Acho que, para os que estiverem ali por perto, é um programaço a ser prestigiado.

Quem quiser visitar a página de Vittor Santos, pode fazê-lo pelo link: http://www.myspace.com/vittorsantosmusico

MELHORES DO ANO SEGUNDO A JJA

21 junho 2009


A Jazz Journalist Association premiou esta semana os melhores do ano 2009 ( abril 2008 à abril 2009 . Abaixo os principais premiados :

Lee Konitz - Lifetime Achievement in Jazz
Sonny Rollins - Músico do ano e Tenor
Esperanza Spalding - Revelação
Disco do ano - "Appearing Nightly" - Carla Bley Big Band
Gravação histórica do ano - Road Show, Vol.1 - Sonny Rollins
Selo do ano - Mosaic
Maria Schneider - Compositora, Arranjadora e Banda
SFJazz Collective - Grupo
Kurt Elling - Cantor
Cassandra Wilson - Cantora
Terence Blanchard - Trumpete
Roswell Rudd - Trombone
Rudresh Mahanthappa - Alto
Gary Smulyan - Barítono
Branford Marsalis - Soprano
Anat Cohen - Clarinete
Frank Wess - Flauta
Bill Frisell - Guitarra
Hank Jones - Piano
William Parker - Baixo
Steve Swallow - Baixo Elétrico
Brian Blade - Bateria
Hamid Drake - Percussão
Dr.Lonnie Smith - Organ
Joe Locke - Vibrafone
Billy Bang - Violino
Richard Galliano - Acordeão ( Rare Instrument )
Revista do ano - Jazztimes
Webside do ano - AllAboutJazz.com
Blog do ano - Jazz Beyond Jazz - Howard Mandel
Crítico do ano - Nate Chinen
Foto do ano - Kris King - Hank Jones, Montreal Jazz Festival ( anexa)

BraGil

IMPRESSÕES DE RIO DAS OSTRAS I

17 junho 2009

Apesar da discussão surgida aqui na casa sobre o que é ou não jazz e se está ou não morto tornar-se tão polêmica e contraditória, o que importa mesmo é que as pessoas estão carentes é de boa música e quando ela aparece todos estão lá para ouvir, independentemente de rótulos, nomes ou época e principalmente de idade e classe social.

E mais uma vez o Festival de Rio das Ostras mostrou que é viável e promissor promover essa boa música mesmo com toda a crise econômica que assolou o planeta nos últimos meses. Lembro que hoje esse festival reina sozinho aqui no RJ e não teve chuva e mau tempo que espantasse o público.

Neste ano, mais uma vez, não foi diferente, organização impecável e produção antenada em satisfazer todas as frentes musicais que se apresentam no cenário nacional e internacional, apesar do pessimismo que se apresentou com o possível cancelamento de patrocínios e apoio.
Como todo festival e rótulos a parte, ouvimos de tudo - pouquinho de jazz, muita influência de jazz, blues, pitadas de rock e música instrumental brasileira, claro.

Só cheguei na quinta-feira de tarde, perdi a abertura do festival na noite anterior, e cheguei ainda na esperança de assistir o show do organista Ari Borger, cujos comentários dos amigos presentes foram de que o publico gostou do que viu na Lagoa de Iriri, o palco mais concentrado do festival e cuja atmosfera realmente nos contagia.

Assim sendo, fui direto para a Praia da Tartaruga assistir o grupo Rudder com um som que soa bem rock envolvido pela atmosfera fusion, uma vez que carrega muita improvisação. A formação do quarteto me agradou inicialmente - sax, teclado, baixo e bateria, e o grupo traz muita energia ao palco mas explora exageradamente o uso de efeitos, principalmente no sax tenor de Chris Cheek e no drive do baixo elétrico do lider da banda Tim Lefebvre. Alguns momentos soava bem eletrônico e o baterista Keith Carlock pulsava em atmosfera rave mesmo, o que, acho, dificil quando se faz no braço sem uso de samplers e computadores. Enfim, agradou e eu ia gostar mais se o mesmo som fosse feito com uma sonoridade mais acústica, afinal tinha os elementos para isso.












Chega a noite com a abertura da banda do gaitista Jefferson Gonçalves, um grande educador e explorador dos ritmos nordestinos cujos elementos ele carrega fortemente em sua música; passeou pelo xote, pelas citações de blues da banda Allmann Brothers e Bob Bylan no repertório.
Soou mais popular !

A banda paulistana Pau Brasil não trouxe o saxofone de Teco Cardoso; Mané Silveira acompanhou nos sopros . O grupo é uma referência da nossa música instrumental, liderado pelo pianista Nelson Ayres, o baixo elétrico de Rodolfo Stroeter, que se apresentou com febre de quase 40 graus, e o violão brasileiro de Paulo Bellinatti que roubou a cena e delirou o publico. Repertório com arranjos e roupagem instrumental para temas de Ari Barroso, Villa Lobos e um final de show apoteótico com Bye Bye Brasil de Chico Buarque.

Veio a chuva e como os shows são ao ar livre uma certa dispersão do público mas todo mundo queria mesmo música; uma trégua das nuvens e sobe ao palco Jason Miles e grupo com um repertório característico da fase Miles elétrico. Jason contou histórias, sua experiência com Miles Davis onde gravou 3 discos da sua fase fusion entre eles Tutu, cujo tema ficou eternizado no baixo elétrico de Marcus Miller. Gostei muito mais do show do que do CD, Miles to Miles, no palco o grupo soou mais enérgico com um destaque para o trompetista Michael ”Patches” Stewart que carregava em muitos momentos o registro de timbre de Miles. Sem falar do elétrico baixo de Jerry Brooks, roubou o show ! Apesar da presença do DJ Logic, dispensável porém não comprometedor ao estilo, foi um show bem fusion. Gostei muito !

fotos de Cezar Fernandes : Palco, Rudder, Paulo Bellinatti, Jason Miles

continua ...

IMPRESSÕES DE RIO DAS OSTRAS II

Sexta-feira chuvosa e eu esperei o palco da noite para aparecer. Durante o dia, apesar da chuva, os shows do Bad Plus e Jason Miles, em Iriri e Tartaruga respectivamente, agradaram ao público conforme dito pelos amigos presentes. No caso do Jason Miles a chuva não deu trégua e cogitou-se até o cancelamento do show logo antes do início, mas Jason insistiu e aos primeiros acordes o público apareceu e o deixou completamente deslumbrado com a motivação e interesse dos presentes, algo que ele não viu em nenhum outro lugar do mundo, conforme suas próprias palavras.

Noite de sexta, Rudder abriu o palco e mostrou o mesmo show da tarde do dia anterior.

A segunda atração sobe ao palco e é o guitarrista Coco Montoya, canhoto, abraçado a um modelo Stratocaster sob medida de um luthier de Los Angeles e sem as cordas invertidas, espantou definitivamente as nuvens e levou o público ao delírio com um performance em quase sua totalidade blues, mais elétrico, e em alguns momentos soando lisérgico quando baixava a dinâmica da banda com longos improvisos, assim calou o grande público presente na noite.

Confesso que o brilho do orgão hammond deu mais atmosfera blues ao show. E como não podia faltar, fez sua homenagem ao mestre da Telecaster e seu mentor Albert Collins. Foi "o show" !


Pra finalizar a noite de sexta, sobe ao palco a Big Time Orchestra e transformou Costa Azul em uma grande festa abrindo arrebatadora com Hit the Road, Jack de Ray Charles. A banda chama a atenção pelo visual dos músicos em ternos preto e branco e apresentação performática, trazendo temas dos Blues Brothers e trilhas sonoras em arranjos alegres para big band.
Agitou o público !

foto Cezar Fernandes : Big Time Orchestra

continua ...

IMPRESSÕES DE RIO DAS OSTRAS III

Sábado de sol e início de tarde no palco da Lagoa de Iriri para o show do gaitista Jefferson Gonçalves, que teve o mesmo repertório da noite de quinta-feira. Bom público presente e animado. Final de tarde rumo a praia da Tartaruga completamente lotada e ensandecida pelo show da noite anterior do guitarrista Coco Montoya. O show na Praia da Tartaruga é em cima da pedra junto ao quebra-mar e o visual de fim de tarde com música é tudo o que todo mundo precisa. Assim, ficam renovadas as energias !

Noite de sábado e sobe ao palco o grupo Bad Plus. O show mais acústico e mais jazzy do festival, iniciado em trio sem a presença da cantora Wendy Lewis. Só tinha assistido o Bad Plus em vídeo e realmente ao vivo a história é outra. Um repertório explorando muito as dinâmicas e as convenções e um destaque mais que especial para o baterista David King que usava divisões ritmicas bastante interessantes em perfeita harmonia com o contrabaixista Reid Anderson criando uma atmosfera sonora ímpar.

O grupo chama a cantora Wendy Lewis e o show transforma-se mais intimista com a recriação de alguns temas da safra pop-rock. Wendy não apresentou extensão de voz mas mostrou uma beleza com sua voz linear e envolvente completamente encaixada com o trio que, literalmente, entortou os arranjos em forma de balada para os temas Blue Velvet, Smells Like Teen Spirits (Nirvana), uma belíssima interpretação de Under a Blood Red Sky (U2) com o piano de Ethan Iverson explorando todas as teclas causando até um certo frenesi, Comfortably Numb (Pink Floyd) e um encerramento mais frenético com Barracuda (Heart).

E esse é o grande barato, a recriação de temas de pop-rock em linguagem mais jazzistica; é o que se precisa para trazer o público mais jovem não habituado com a linguagem jazz a ouvir jazz.
A inclusão da cantora Wendy Lewis complementou de forma brilhante o trio. Esperamos que o CD lançado pelo quarteto não fique na unidade.


Este show - simplesmente espetacular, o show do festival !

A noite segue com o show do guitarrista John Hammond e seu quarteto formado por contrabaixo acústico, hammond e bateria. Com um som mais enraizado no blues, Hammond sempre se utilizou do suporte de gaita e alternou o show entre a guitarra elétrica, o violão de aço e o dobro.

Fim de noite e a atração tão polêmica e esperada, Spyro Gyra. Quem já gostou um dia também gostou do show! O grupo cancelou a turnê pelo México para estar novamente no Brasil, sábia decisão pois não esperava-se que a gripe suino instalaria-se por lá.
Explorando muito o ritmo latino, o destaque da banda foi o baixista Scott Ambush abraçado a um elétrico de 6 cordas com uma musicalidade impressionante dando espaço a belos walking e a longos improvisos. A banda o deixou deitar e rolar !

Da safra antiga, os temas Shaker Song e Morning Dance. Jay Beckerstein tocou alto e soprano, em alguns momentos ambos ao mesmo tempo; o guitarrista cubano Julio Fernandes deu asas a seu lado cubano e arriscou-se aos vocais com um belissimo tema de sua autoria e o baterista Boney B fez muito barulho no encerramento do show bem ao estilo funky dos 70`. O público gostou e eu também !




Enfim, só temos que agradecer e comemorar mesmo a realização deste festival e ano que vem esperamos mais!

Mais que tudo é a oportunidade de estar ao lado dos nossos amigos blogueiros Salsa e Olney Batera; e como sempre colocar em dia o papo animado e musical com a equipe da produção e imprensa do festival e os jornalistas Antonio Amaral da Rolling Stone Brasil e Leandro Souto Maior do Jornal do Brasil.

foto Cezar Fernandes : Spyro Gyra

Correção

Tenho que retificar a idade do saudoso Jack Nimitz. Oitenta e seis anos e não setenta e nove como consta do post anterior. As minhas desculpas aos amigos.
llulla

Faleceu Jack Nimitz


FALECEU JACK NIMITZ.
Mestre Raffa mais uma vez me informou e eu passo a infeliz notícia. Foi em 10 do corrente que
Jack Nimitz, o excelente sax-barítono que atuou com grande sucesso nas bandas de
Woody Herman e Stan Kenton e ainda participando ativamente do grupo Supersax, dirigido por Med Flory, veio a falecer aos 79 anos. Mais um craque que se vai.

RIP

THAIS MOTTA NO VELHO ARMAZEM


Após atuar com sucesso no Vinicius Bar apresentando o show "Influência da Bossa", Thais Motta volta a Niterói e se apresenta amanhã no Velho Armazem, em mais uma iniciativa de Márvio Ciribelli. Show imperdível.

MUSEU DE CERA # 58 – CANTORAS DE BLUES 6 – SIPPIE WALLACE

16 junho 2009



Beulah "Sippie" Thomas nasceu a 1/nov/1898 e cresceu em Houston, Texas onde cantava e tocava órgão na igreja do pai Shiloh Baptist. Ainda na juventurde junto a seu irmão mais novo Hersal e ao mais velho George começou executando e cantando o Blues nos shows apresentados em tendas viajando por todo o Texas. Em 1915 foi para New Orleans com o irmão George e em 1917 casou-se com Matt Wallace. Encontrou-se com grandes jazzistas como King Oliver e Louis Armstrong com os quais, mais tarde, fez magníficas gravações. Durante os anos 1920 excurcionou no circuito T.O.B.A. quando foi apelidada de "The Texas Nightingale".
Em 1923 seguiu com seus irmãos para Chicago e iniciaram atuando em cafés e cabarés. George Thomas tornou-se um notável pianista, bandleader, compositor e mais tarde editor de músicas. O outro irmão Hersal Thomas era pianista e compositor Sua sobrinha Hociel Thomas juntou-se à família como pianista e compositora. Ainda em 1923 Sippie fez suas primeiras gravações para Okeh Records e até 1929 registrou 40 canções. Seus acompanhadores foram a nata do New Orleans Jazz na época como King Oliver, Louis Armstrong, Clarence Williams, Sidney Bechet e Johnny Dodds, dentre outros.
Sippie foi para Detroit em 1929 e acabou deixando a carreira após a morte de seu marido em 1935 e de seu irmão George em 1936. Recolheu-se na religião e nos próximos 40 anos cantava e tocava órgão na Leland Baptist Church em Detroit. Muito ocasionalmente cantava algum Blues até que em 1966 voltou à carreira quando com sua grande amiga do Texas Victoria Spivey fizeram um álbum - Sippie Wallace and Victoria Spivey no selo da própria Spivey. Logo depois gravou outro álbum Sippie Wallace Sings the Blues ela mesma se acompanhando ao piano para o selo Storyville. Ainda em 1966 gravou o álbum Women Be Wise, com os pianistas Roosevelt Sykes e Little Brother Montgomery. Wallace gravou no álbum - Louis Armstrong and the Blues Singers cantando - A Jealous Woman Like Me, Special Delivery Blues, Jack O'Diamond Blues, The Mail Train Blues e I Feel Good. Em 1981, Wallace gravou o álbum Sippie para a Atlantic Records, com o qual venceu em 1982 o W. C. Handy Award for Best Blues Album of the Year e ganhou uma nomeação no Grammy Award em 1983.
Sippie falece em 1986 no mesmo dia em que nasceu 1/novembro fazendo 88 anos.
Wallace foi respeitada, além de cantora, como compositora de Blues, seus originais Mighty Tight Woman e Women Be Wise, até hoje fazem parte dos repertórios de cantores do Texas Blues. Uma de suas características era o shout uma voz gritada e muitas vezes cantava em público sem microfone. Seu estilo combinava vários elementos como as inflexões graves dos cantores do sudoeste norte americano, as habilidades vocais como excelente articulação e senso de tempo, possuindo uma voz melodiosa dotada de ótima afinação mantendo perfeitas as qualidades da forma e das inflexões do blues clássico.
Podemos ouví-la, então, em duas grandes interpretações na primeira ainda podemos ouvir o sax de Bechet pontuando nos breaks e o cornet de Armstrong na segunda:

BABY, I CAN'T USE YOU NO MORE (Matt Mathews / Sippie Wallace) - Clarence Williams' Blue Five: Sippie Wallace (vcl), Louis Armstrong (cnt), Aaron Thompson (tb), Sidney Bechet (sax sop), Clarence Williams (pi) e Buddy Christian (bj).
Gravação original: New York, 28/nov/1924 - Okeh 8212 A (mx 73007-B).
HAVE YOU EVER BEEN DOWN ? (Hersal Thomas) - Sippie Wallace (vcl, pi) acompanhada por Louis Armstrong (cnt) e Artie Starks (cl).
Gravação original: Chicago, 6/maio/ 1927 - Okeh 8499 (mx 80838-B).
Fontes: CD - Sippie Wallace - Complete Recorded Works Vol 1 (1923-1925) e Vol. 2 (1925-1945) – selo Document – DOCO 5399 e 5400 -1995 – USA.



CAMINHOS DO JAZZ - GLOBONEWS MILENIO - 15.06.09 - 23:30 HORAS

14 junho 2009

Lendo a revista de TV do Jornal "O Globo" deste domingo, observei uma pequena nota com o texto "A SAUDE DO JAZZ", informando que havera a seguinte discussao:

O Jazz esta morrendo?

Especialistas falarao da importancia do genero musical.


Caso o sono nao chegue mais cedo, tentarei ver o programa, mas desde ja nao tenho a menor duvida que o Jazz jamais ira morrer...

POR VOLTA DA MEIA NOITE - PURA EMOCAO E SENSIBILIDADE

13 junho 2009

Quando escrevo estas palavras, um pouco depois da meia noite, e logo apos ter postado uma pequena nota sobre a vinda ao Rio da cantora Dianne Reeves, me dou conta que lembrei de um tema belissimo chamado Chan Song...

Para quem teve a satisfacao de assistir ao filme dirigido por Bertrand Tavernier, e que tinha entre os atores um gigante do tenor (Dexter Gordon), que inclusive foi indicado ao Oscar de melhor ator, nada melhor que recordar em rapidos segundos um trailer de um filme que tenho a certeza ficou na cabeca dos amantes do Jazz, e que nos traz pura emocao.

Beto Kessel

DIANNE REEVES NO RIO DE JANEIRO

Aproveitando a presenca de Dianne Reeves no Rio na proxima semana (18.06) na casa noturna anexa ao MAM, trago aqui uma belissima cancao que nos remete ao inesquecivel filme Roundmidnight.

O tema e Chan Song, no filme interpretada com lirismo por Herbie Hancock.

NÃO TEM MAIS JEITO !

09 junho 2009

Realmente fica muito difícil aos cultores de Jazz prestigiarem uma revista que começou tão bem , até seu quinto número e depois desandou pelas besteiras já conhecidas desde a década de setenta , publicadas por alguns de nossos badalados “críticos”. Parece provocação com os jazzófilos. Em seu número 18 temos na capa uma foto da banda Spyro Gyra com a legenda “Uma das bandas de maior sucesso no Jazz vem ao Festival de Rio das Ostras”.
Como se não bastasse, o grande destaque desse número ainda é o Spyro Gyra. Uma entrevista com o líder do grupo,Jay Beckenstein ocupa quatro páginas e as perguntas são as mesmas feitas por quem não sabe o que é Jazz. Paciência, agora o Spyro Gyra detem os “reis do smooth Jazz” a grande atração do Festival de Rio das Ostras.
De bom nesse número uma matéria sobre o excelente “Spok Frevo” e sobretudo o “blindfold test” com Laércio de Freitas, que realmente situa os números apresentados em seus devidos lugares. Enfim, continuam tocando na mesma tecla, Há ainda uma entrevista de Jimmy Cobb, focalizando o badalado album “Kind of blue”.
A direção da revista informa que ainda está procurando um perfil definitivo, uma forma que realmente possa atrair leitores. Sua equipe, segundo o texto, está sempre discutindo e procurando uma forma de agradar a todos. A solução é muito simples, deixe o Jazz nas mãos de quem conhece e haja da mesma forma com os outros itens a que se propõe a publicar . O resultado será outro.

ÓTIMO O CD DE BERNARD FINES


Foi no Velho Armazém que tive o prazer de conhecer Bernard Fines, excelente cantor francês que alia sua simpatia com a maneira de cantar. Possuidor de uma bela voz, colocou no repertório clássicos da música francesa, imortalizados pelos grandes Jean Sablon, Charles Trenet, Charles Aznavour e outros. Só que, nessas interpretações há sempre uma pitada de Jazz fornecida pelo próprio Bernard fazendo “scat singing”, alternâncias rítmicas e uma excelente participação de seus acompanhantes, que integram o João Bittencourt Trio, além de convidados especiais como o festejado saxofonista Idriss Boudrioua e o trompetista Jesse Sadoc . É um prazer ouvir o melhor da canção francesa na voz de Fines, a quem agradecemos a gentileza de nos ofertar o CD.

MARCOS ARIEL NO VELHO ARMAZEM


Foi muito agradável a noite de 4 do corrente no Velho Armazém. Marcos Ariel e Jean Pierre Zanella deram um show de primeira água, adicionando à técnica instrumental momentos de alegria e bom humor. Não víamos Marcos há muitos anos e nosso reencontro foi uma festa. Lembramos o tempo de “O Assunto é Jazz” quando Marcos era um assíduo visitante, levando sempre os seus trabalhos para serem mostrados em primeira mão no programa. Fomos apresentados a Jean Pierre Zanella que fala um português perfeito e ao cantor Bernard Fines, que abriu o show com Márvio Ciribelli. Bernard fez questão de nos ofertar o seu CD “Sous Le ciel de Paris” devidamente autografado.
Melhor ainda para nós foi quando no meio do show Marcos nos prestou homenagem, contando sobre o programa e nos oferecendo o número seguinte “Giant Steps” de Coltrane. Quem também chegou foi o saxofonista Tino Jr. possuidor de uma bela sonoridade dentro da linha de Lester Young. E para a minha alegria, outro saxofonista também visitante nos tempos de programa, veio a minha mesa me cumprimentar e deixar impressa em nosso caderno de autógrafos um bela mensagem que nos comoveu. Era Zé Canuto, que infelizmente não tocou. Mas, fudo foi festa e a emoção mais uma vez bateu forte no velho coração remendado desse escriba. Márvio Ciribelli merece todos os encômios pelo exaustivo trabalho de trazer a boa música para o Velho Armazém. Estamos com ele.

MORREU RAUL DE BARROS


Está de luto o samba de gafieira com o passamento de seu maior divulgador e intérprete , o maestro e trombonista Raul de Barros ocorrido em oito do corrente. O autor do sucesso “Na Glória”, foi vitimado por disfunção renal e enfisema pulmonar e contava 94 anos de idade.
Em 1957, por ocasião da temporada de Louis Armstrong no Rio de Janeiro, assistimos um espetáculo inusitado no camarim de Trummy Young. Chegaram Raul e Monsueto e ao saber que o primeiro tocava trombone, Trummy Young abriu o estojo e entregou seu instrumento a Raul pedindo que ele tocasse . Raul não se fez de rogado, colocou sua boquilha no trombone e acompanhado pela batida de Monsueto numa das portas, executou o “Na Glória”. Ao chegar na citação da Marcha Nupcial, Trummy caiu na gargalhada e os dois se abraçaram numa bela confraternização.

MESTRE GOLTINHO EMPLACA 73 ESTAÇÕES HOJE!

05 junho 2009

A agenda desta vez não falhou (dia de semana, computador ligado) e assim dá para lembrar e comemorar que nosso querido confrade e uma das colunas de sustentação deste CJUB, Arlindo Carlos Coutinho, apud Mestre GOLTINHO, faz aniversário neste dia.

Acabo de falar com ele, que muito feliz e empolgado, encontra-se em Lima, Peru, na casa de sua filha, visitando as duas netas que o fazem sentir-se como criança também.

Não sei se vai dar para ele ouvir um jazzinho em Lima e trazer alguma notícia do panorama jazzístico local mas que aproveite bem esta estada por lá.

Daqui um apertado abraço e nosso desejo de muita Saúde e outros tantos anos de vida.

PARABÉNS, COUTO!!!!

DISCO PERDIDO DE DIZZY GILLESPIE É REVELADO

Matérias de Jotabê Medeiros no Estadão, e o destaque para nossos amigos e confrades Arlindo Coutinho e Jose Sá. A fonte é aqui no CJUB !


Após 35 anos, disco perdido de Dizzy Gillespie é revelado (I)
Jotabê Medeiros, de O Estado de S. Paulo

Letra profética de Gordurinha e Jackson do Pandeiro, Chiclete com Banana, já advertia: "Só ponho bebop no meu samba quando o Tio Sam pegar no tamborim/quando ele pegar no pandeiro e no zabumba/quando ele entender que o samba não é rumba."
Em 1974, o trompetista Dizzy Gillespie, um dos monstros sagrados do bebop, já tinha pegado no pandeiro e estava bochechudo de saber que o samba não tem nada a ver com a rumba. Já tinha ido a Cuba, feito batucada no Brasil e realizado fusões fantásticas. Foi então que ele retornou ao Brasil, em agosto daquele ano, disposto a inovações. Recrutou o Trio Mocotó (grupo que lançou o samba-rock ao lado de Jorge Ben) para gravar um disco que juntasse jazz e samba. Durante 8 horas, no Estúdio Eldorado, sala de 8 canais em São Paulo pertencente ao Grupo Estado, Dizzy gravou com sua banda brasileira - Nereu Gargalo, João Parahyba e Fritz Escovão, do Trio Mocotó, à frente. O plano era lançar um disco em janeiro do ano seguinte. "Dizzy chegou depois do almoço, por volta das 3 da tarde, e deu um chá de cadeira em todo mundo. Ficou uma hora fazendo meditação, deitado no chão do estúdio", conta hoje o percussionista João Parahyba. Esta semana, 35 anos depois, o percussionista (que tinha 24 anos na época) teve dificuldade para reconhecer a si mesmo nas fotos que registraram o encontro, feitas pelo fotógrafo Osvaldo Jurno, do Estado. O resultado daquelas sessões nunca ficou conhecido. Dizzy foi embora levando a master do disco debaixo do braço e nunca o lançou. Chegou a fazer discos híbridos de jazz e música brasileira mais adiante, mas não se teve mais notícia daquela master. Até o ano passado.
Um produtor suíço, Jacques Muyal, da LaserSwing Productions, achou a famigerada master de "sambabop". Mas Muyal tinha um problema: não havia nenhuma informação técnica no disco sobre as circunstâncias da gravação e a banda que acompanhava o mito do trompete. Procurou os brasileiros que poderiam tê-las. E foi aí que a música de Dizzy e do Trio Mocotó voltou a dar as caras. "Irei ao Rio no mês de julho e deverei ir a São Paulo para concretizar o lançamento do disco", disse o produtor Muyal, por e-mail, à reportagem.
"Dizzy Gillespie foi um grande amigo meu". O resultado daquela aventura sonora, como o leitor descobrirá, seria revolucionário.

De quem é o disco perdido de Dizzy? (II)
Matriz de álbum gravado no Estúdio Eldorado, em 1974, foi presenteada a brasileiro, mas suíço se diz herdeiro do músico.

O disco de samba gravado pelo trompetista americano Dizzy Gillespie no Brasil, em 1974, ao lado do Trio Mocotó, e reencontrado na Suíça no ano passado, segundo noticiou o Estado na semana passada, não pertence ao produtor suíço Jacques Muyral, mas sim a um brasileiro. Segundo o próprio suíço, Dizzy Gillespie deu a fita master de presente ao produtor brasileiro Arlindo Coutinho em 1974, quando se foi do Brasil.
O original com as gravações está sob a guarda de Coutinho até hoje. Aquilo que chegou às mãos do suíço Muyral foi uma cópia, que lhe foi entregue por um amigo comum dele e de Coutinho, o radialista Estevão Hermann. No entanto, Muyral, que foi sócio de Norman Granz - o organizador do festival de jazz de Montreux, e que mantinha Dizzy Gillespie sob contrato -, pretende lançar o disco assim mesmo. Muyral conta que estava presente no momento em que Dizzy morreu. "Sou muito, muito orgulhoso de ser herdeiro de Dizzy Gillespie, porque não somente fui seu melhor amigo, mas ele me colocou no seu testamento. Então, as negociações sobre os direitos serão fáceis porque eu sou da família", disse Muyral.
A questão é controversa. Se Picasso desse um quadro de presente para um amigo, a família de Picasso teria a legitimidade para reaver esse quadro após a morte do amigo? A reportagem não conseguiu localizar Coutinho no Rio. Segundo o suíço Jacques Muyral, a cópia que recebeu de Estevão Hermann não tinha títulos para as músicas nem os músicos eram mencionados. Disse que levou semanas para descobrir todos os músicos que gravaram, e que os convidou para escrever notas para o álbum que será lançado. "Ele (Estevão) me deu porque sabe que sou o único que pode lançar, já que a Laser Swing Productions foi fundada por mim e por Norman Granz", afirmou.O filho de Jacques Muyral, Hervé, que vive no Rio de Janeiro e dirige o site iMusica, de distribuição digital, disse que o pai virá em julho para acertar os detalhes do lançamento. "Eu não tinha ouvido o disco antes. Achei excelente", considerou Hervé.Nestes 35 anos, pouquíssimos tiveram acesso ao conteúdo da matriz gravada por Dizzy Gillespie com os mestres do samba rock brasileiro. "Há três anos, Coutinho mostrou a fita para José Sá, irmão da cantora de bossa nova Wanda Sá, que a levou a um estúdio, passou a fita para CD e também guardou", conta o produtor musical Mário Vieira, um dos felizardos que ouviram, por e-mail. "No ano passado, voltou o assunto da fita, eu pedi uma cópia e mandei para o blog de jazz do Doug Ramsey (da Jazz Journalists Association dos Estados Unidos), que conseguiu descobrir o nome de duas das músicas e disse que tinha gostado muito, perguntando quando seria feito o lançamento", explicou.
O disco de Dizzy Gillespie com o Trio Mocotó foi gravado em agosto de 1974 no Estúdio Eldorado, em São Paulo. Dizzy (que veio oito vezes ao País) chegou com a intenção, segundo executivos das gravadoras Philips e do selo americano Perception, de fazer um disco inteiro acompanhado por cerca de 100 ritmistas brasileiros.Chegou a tocar no Tuca com sambistas da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel. Mas gravar já era outro negócio. "Reunir 100 ritmistas para uma gravação foi a primeira ideia que os empresários tentaram tirar da cabeça de Dizzy", relatou reportagem da época.Primeiro, os produtores sugeriram que um único conjunto o acompanhasse, tendo o grupo Os Originais do Samba como o selecionado. Mas, após alguns ensaios, Dizzy acabou se entrosando mais com o Trio Mocotó, formado por Nereu Gargalo, João Parayba e Fritz Escovão. Além do trio, estavam lá no estúdio Branca de Neve (surdo), Teo (cuíca), Rubetão, Jair e Carlinhos (pandeiros). A banda de Dizzy incluía Mickey Roker (bateria), Al Gafa (guitarra) e Earl May (contrabaixo). Havia também Mary Stallings, cantora de São Francisco, muito influenciada por Carmen McRae, que Dizzy trouxe em sua comitiva.Gillespie foi um dos maiores nomes da música popular no século 20. Criou o bebop, ao lado de Charlie Parker e Thelonious Monk. Compôs standards do jazz, como A Night in Tuniosia. Morreu aos 75 anos, de câncer.

MARCOS ARIEL E PIERRE ZANELA NO VELHO ARMAZEM

03 junho 2009


Será amanhã, quinta feira, a apresentação do duo Marcos Ariel e Jean Pierre Zanella no Velho Armazem, em mais uma promoção de Márvio Ciribelli. O duo que já tem um excelente CD, tem um vasto repertório, incluindo uma bela versão do Hino Nacional. Marcos velho amigo dos tempos de "O Assunto é Jazz" é um pianista bastante criativo e estamos ansiosos para reencontrá-lo depois de longo tempo.

DUAS PÉROLAS DE BUD SHANK

02 junho 2009

Talvez eu seja suspeito para comentar Bud Shank pois desde que ouvi um de seus discos (meados da década de 50), fiquei impressionado com a sua versatilidade. Como sidemen sempre aproveitou os espaços que lhe forneciam para criar pequenas obras de arte. Seus discos de quarteto com os magníficos Claude Williamson, Don Prell e Chuck Flores podem ser considerados fundamentais dentro do estilo West Coast. Sua versatilidade no trato dos instrumentos que tocava, flauta, sax alto, tenor e barítono, era realmente de impressionar. Seu álbum “Flauta/Oboé” ao lado de Bob Cooper integrando os famosos “Lighthouse All-Stars” mostrou uma notável e inusitada experiência instrumental. Enquanto gravou para a Pacific Jazz e a Contemporary consegui muitos de seus discos.
Fantástica a sua ligação com Laurindo Almeida, iniciada no álbum “Brazilience” retomada anos depois no “Los Angeles Four”. Os dois foram responsáveis pela divulgação de nossa música, gravando Pixinguinha, Radamés, Ary Barroso, Humberto Teixeira etc. Depois fiquei praticamente sem notícias de sua carreira. Era um ou outro disco com Shorty Rogers e nada mais. Felizmente tive a oportunidade de vê-lo e ouvi-lo num dos festivais da Chivas e então, pessoalmente comprovei toda a grandeza de um músico de Jazz. Agora , via Internet ,meu amigo Cezar Vasconcellos me presenteia com duas obras primas de Shank, gravadas em 1996 e 1998 . Nelas o saxofonista homenageia dois gigantes do Jazz respectivamente Bill Evans (Plays the music of Bill Evans) e o velho companheiro Gerry Mulligan (After you, Jeru). Em ambos conta com Mike Wofford, Bob Magnusson e Joe LaBarbera na seção rítmica interpretando jóias de autoria de Bill, entre elas “Peri’scope”, “Funkallero”, “Waltz for Debby” e “Only Child”. No álbum dedicado a Mulligan , nos fornece preciosidades como “Song for Strayhorn”,“ Line for Lyons”, “Night lights” e mais “The red door” de Zoot Sims e um original de sua autoria, “After you Jeru”. Dois álbuns excelentes que mostram toda a versatilidade de um grande músico, BUD SHANK.

UM NOVO CD


Não fomos a apresentação do “Julio Bittencourt trio”,grupo da cidade de Cruzeiro (São Paulo)no “Velho Armazém” por ter coincidido com a reunião da A.N.D. que sempre acontece na última quinta feira do mês. Entretanto, Márvio Ciribelli, com sua peculiar gentileza , nos enviou o CD “Três 3” autografado por todos os integrantes, que comentaremos proximamente.
Grato a todos.

ROUT 77


Essa foi a rota que percorremos juntos festejando mais de cinqüenta anos de amizade. Maurício Einhorn chegou aos 77 em 28 de maio e nós em 3 de abril. A foto foi tirada numa das reuniões da A.N.D. ao lado do flautista australiano O’Sullivan Red.