Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

IMPRESSÕES DE RIO DAS OSTRAS III

17 junho 2009

Sábado de sol e início de tarde no palco da Lagoa de Iriri para o show do gaitista Jefferson Gonçalves, que teve o mesmo repertório da noite de quinta-feira. Bom público presente e animado. Final de tarde rumo a praia da Tartaruga completamente lotada e ensandecida pelo show da noite anterior do guitarrista Coco Montoya. O show na Praia da Tartaruga é em cima da pedra junto ao quebra-mar e o visual de fim de tarde com música é tudo o que todo mundo precisa. Assim, ficam renovadas as energias !

Noite de sábado e sobe ao palco o grupo Bad Plus. O show mais acústico e mais jazzy do festival, iniciado em trio sem a presença da cantora Wendy Lewis. Só tinha assistido o Bad Plus em vídeo e realmente ao vivo a história é outra. Um repertório explorando muito as dinâmicas e as convenções e um destaque mais que especial para o baterista David King que usava divisões ritmicas bastante interessantes em perfeita harmonia com o contrabaixista Reid Anderson criando uma atmosfera sonora ímpar.

O grupo chama a cantora Wendy Lewis e o show transforma-se mais intimista com a recriação de alguns temas da safra pop-rock. Wendy não apresentou extensão de voz mas mostrou uma beleza com sua voz linear e envolvente completamente encaixada com o trio que, literalmente, entortou os arranjos em forma de balada para os temas Blue Velvet, Smells Like Teen Spirits (Nirvana), uma belíssima interpretação de Under a Blood Red Sky (U2) com o piano de Ethan Iverson explorando todas as teclas causando até um certo frenesi, Comfortably Numb (Pink Floyd) e um encerramento mais frenético com Barracuda (Heart).

E esse é o grande barato, a recriação de temas de pop-rock em linguagem mais jazzistica; é o que se precisa para trazer o público mais jovem não habituado com a linguagem jazz a ouvir jazz.
A inclusão da cantora Wendy Lewis complementou de forma brilhante o trio. Esperamos que o CD lançado pelo quarteto não fique na unidade.


Este show - simplesmente espetacular, o show do festival !

A noite segue com o show do guitarrista John Hammond e seu quarteto formado por contrabaixo acústico, hammond e bateria. Com um som mais enraizado no blues, Hammond sempre se utilizou do suporte de gaita e alternou o show entre a guitarra elétrica, o violão de aço e o dobro.

Fim de noite e a atração tão polêmica e esperada, Spyro Gyra. Quem já gostou um dia também gostou do show! O grupo cancelou a turnê pelo México para estar novamente no Brasil, sábia decisão pois não esperava-se que a gripe suino instalaria-se por lá.
Explorando muito o ritmo latino, o destaque da banda foi o baixista Scott Ambush abraçado a um elétrico de 6 cordas com uma musicalidade impressionante dando espaço a belos walking e a longos improvisos. A banda o deixou deitar e rolar !

Da safra antiga, os temas Shaker Song e Morning Dance. Jay Beckerstein tocou alto e soprano, em alguns momentos ambos ao mesmo tempo; o guitarrista cubano Julio Fernandes deu asas a seu lado cubano e arriscou-se aos vocais com um belissimo tema de sua autoria e o baterista Boney B fez muito barulho no encerramento do show bem ao estilo funky dos 70`. O público gostou e eu também !




Enfim, só temos que agradecer e comemorar mesmo a realização deste festival e ano que vem esperamos mais!

Mais que tudo é a oportunidade de estar ao lado dos nossos amigos blogueiros Salsa e Olney Batera; e como sempre colocar em dia o papo animado e musical com a equipe da produção e imprensa do festival e os jornalistas Antonio Amaral da Rolling Stone Brasil e Leandro Souto Maior do Jornal do Brasil.

foto Cezar Fernandes : Spyro Gyra

8 comentários:

Salsa disse...

Beleza, Guzz,
Agora é Ouro Preto. Já comecei a economizar.
Abraços,

PS - Ivan já liberou a programação?

I-Vans disse...

Tá quase pronto. Boas surpresas virão.
Abraço,
Ivan Monteiro

figbatera disse...

Parabéns, Guzz, pela ótima reportagem - suas impressões - sobre o festival.
Sobre Ouro Preto - que tb pretendo ir - só espero que no próximo festival eles façam como no de Rio das Ostras e outros em que rolam 3 (TRÊS) shows por noite; é o que a maioria do público consegue assistir sem sono, sem cansaço.
E ainda poderia baixar o custo (que é alto). Nas duas ocasiões em que fui a O.Preto eu sempre perdia a metade do 1° show e a metade do último; haja resistência pra aguentar ficar das 18h até cerca de 2h da manhã...

figbatera disse...

ps.:há dias, mandei e-mail pra produção do festival (O.Preto) a respeito da programação e eles não deram resposta; agora, por aqui, fiquei sabendo que ainda não saiu. Mas eles poderiam ao menos ter me respondido, né?
(o Ivan deve ler este blog mas não os e-mails)rs

I-Vans disse...

Figbatera,
não trabalho na produtora e sim para a produtora (Multcult). Não é minha a responsabilidade de ler/responder os emails...
Assim que a programação estiver fechada o CJUB trará todas as informações.
Abraço,
Ivan Monteiro

figbatera disse...

Ok, Ivan, agora entendi.

Mau Nah disse...

Guzz,

beleza de trabalho de cobertura, afinal vc. é o nosso homem em "Rivière des Huîtres". Chique, não?

Em breve acho que vais levar um título de Cidadão Honorário, por conta da divulgação e da qualidade da matéria.

Parabéns!
Abs.

edú disse...

Concordo.