O famoso baterista do bebop jazz Mickey Roker morreu há seis
anos, aos 84 anos, após uma longa, frutífera e influente carreira que o viu
tocar com grandes nomes do jazz como freelancer e músico de shows, sessões de
gravação, principalmente.
Rocker é mais conhecido por sua longa associação com Dizzy
Gillespie, que começou no início dos anos 70. Mas também atuou, entre
muitos como Herbie
Hancock, Sonny Rollins, Art Farmer, Ella Fitzgerald, Oscar Peterson, Hank
Jones, Bobby Hutcherson e Stanley Turrentine, por meio século.
Quando criança, a família de Roker na Flórida era muito
pobre e quando sua mãe morreu muito jovem, sua avó o adotou e se mudou para a
Filadélfia, onde ele se interessou por jazz graças à influência de um tio que
lhe comprou discos, sua primeira bateria e o apresentou à cena do jazz daquela
cidade. Seu primeiro herói foi Philly Joe" Jones.
Ele passou um período no Exército, que terminou em 1955, e
sua carreira como baterista começou a decolar em 1957, quando sua amizade com o
baixista Bob Cranshaw o levou a fazer parte das seções rítmicas de Milt
Jackson, Junior Mance, Joe Williams, Horace Silver, Kenny Barron, Lee Morgan,
McCoy Tyner e outros, além de tocar em muitas sessões de gravação para o
selo Blue Note nos anos 60 e 70.
Como baterista, era muito popular entre os cantores notadamente sua
associação com Nancy Wilson. Atuou ainda com as
grandes bandas de Count Basie, Duke Ellington e Woody Herman.
Após seu longo período com Dizzy Gillespie, substituiu Connie Kay no célebre Modern Jazz Quartet, tocando no último
álbum do grupo, MJQ & Friends: A 40th Anniversary Celebration.
Nos últimos anos de sua carreira manteve-se ativo em sua
cidade, Filadélfia, tocando em casas noturnas, gravando e acompanhando músicos
como Randy Brecker, Johnathan Blake e Orrin Evans.
(Traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz de Pablo Aguirre)