Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

I CHIVAS JAZZ LOUNGE INTERNACIONAL - BRAZILIAN JAZZ TRIO - 21/01/2004, MISTURA FINA

29 janeiro 2004

Realizei um sonho. Realizamos, todos.

Desde quando, numa remota apresentação de Claudio Roditi, no Birdland, me deslumbrei com Hélio Alves; desde que, ao longo dos anos, vinha assistindo - em diversos contextos - Duduka da Fonseca e Nilson Matta; enfim, do momento em que a todos ouvi, sonhei um dia assisti-los tocando juntos.

A aparição, a um só tempo, do trio de conterrâneos no Rio de Janeiro - bem mais facil na intensa e naturalmente jazzística noite de Nova Yorque, onde os três residem - sempre pareceu uma oportunidade tão longínqua quanto a distância entre as duas cidades.

Nos EUA, os três mantém carreiras de sucesso, liderando e ladeando os mais prestigiosos grupos de jazz, gravando e excursionando mundo afora, mantendo, enfim, agendas sempres cheias e, acredito, nem sempre fáceis de conciliar, nem mesmo em período de férias: Hélio é paulista; Duduka, carioca; e Nilson, de Paraty.

Bem verdade que a reunião de seus talentos, em parte das faixas do primeiro disco de Hélio ("Trio", Reservoir, 1998), ensaiou o gosto de realização a que por anos almejei.

Quis o milagre divino, entretanto - que o antigo sonho pessoal só viesse a tornar-se realidade quando também uma das maiores aspirações do CJUB se consumasse: a produção de um concerto internacional de jazz com estrelas de primeira grandeza.

E foi assim. Hélio Alves ao piano, Nilson Matta no contrabaixo, Duduka da Fonseca na bateria. Resenhas, cada um de nós guardará a sua, para sempre, na mente e na alma. "Crítica", a ambiguidade da palavra recomenda dela desistam os sensatos.

De minha parte, vou lembrar sempre:

- dos incríveis fast fingers de Helinho, jamais resvalando em virtuosismo estéril ou burocrático, mas antes a serviço da mesma verdade musical multifacetada a que Herbie Hancock, McCoy Tyner e Keith Jarret - suas grandes influências - têm-se dedicado;

- do baterista enciclopédico em que se transformou Duduka, pronto a criar e colorir a mais diferentes atmosferas, verdadeiro "melodista" na percussão e talvez o único no mundo a dominar, em seu instrumento - com idêntica profundidade e extensão - as culturas musicais brasileira e norte-americana;

- da inacreditavelmente complexa "simplicidade" com que Nilson harmoniza em todos os tempos, em todos os ritmos; com a agilidade de um Pedersen e o refinamento da escola dos baixistas de Bill Evans (LaFaro, Peacock, Israels, Gomez e Johnson), não admira por tanto tempo tenha escoltado Joe Henderson, desde então vendo-se alinhado entre os maiores do contrabaixo, em nossos dias.

É claro que o diferencial deste grupo, comparado aos demais grandes trios de hoje, é o fato de discorrer, com a mesma maestria, tanto sobre o jazz quanto sobre o samba, e não só este: o forró, o maracatu e outros ritmos brasileiros.

Mais que isso, eles suplantaram todas as unidades que nesta fusão os antecederam -aqui e lá fora - pois não se contentam em fazer apenas o "sambop". O que ouvimos, no Mistura Fina, foi um pioneiro samba-jazz avant-garde, uma música brasileira vários passos adiante das conquistas harmonicas da bossa-nova, até ontem praticamente insuperadas.

Esta a importância maior do histórico encontro promovido pelo CJUB: fomos apresentados a um novo jazz, ao mesmo tempo swing, de vanguarda e autenticamente brasileiro, mas que o Brasil desconhecia.

Esta a real dimensão do sonho: a descoberta da verdadeira vocação do CJUB - realizar sonhos.

Nota: fotos adicionais > 1, 2 , 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

8o. Concerto Chivas Jazz Lounge: Mistura de Bill Evans (mini resenha)

Basta uma rápida conferida ao "altar da fama" proposto no blog para a constatação de que dez entre nove cejubianos preferem Bill Evans (1929/1980). E pelo menos nesta última quarta-feira, no palco do Mistura Fina, essa preferencia se estendeu a uma platéia numerosa e atenta, também apaixonada pelo já lendário pianista, incluindo-se alguns musicos como Claudio Roditi, Pascoal Meirelles e Luiz Avelar - presenças que sem dúvida legitimam qualquer evento jazzístico.
Foi com essa atmosfera "billeviana"que Hélio Celso, Sergio Barroso e Alfredo Gomes, as atrações da noite, abriram mais uma edição do Chivas Jazz Lounge.
Ao estilo do homenageado, standards do jazz formaram quase todo o repertório, a começar por "Beautiful Love" (Gillespie). E desde o início foi nítido o respeito do pianista Hélio Celso pela escola deixada por Evans. O próprio baterista Alfredo Gomes, intencionalmente ou não, tratou de passar a levada de Larry Bunker, o mais musical baterista de Bill. Se Sergio Barroso não faz lembrar a escola LaFaro ou Gomez, uma semelhanca com a pulsação de um Chuck Israels não seria totalmente descabida - guardadas as proporções devidas - portanto, um clone bem intencionado do "trio 65".
Em "My Romance"(Rodgers), Barroso abriu o tema com classe, criando um intimismo bem próximo ao gosto do homenageado. Mas o grande momento do primeiro set foi o tratamento dado pelo trio para o clássico "Star Eyes"(dePaul/Raye), que inclusive provocou um sonoro "dá-lhe bicudo!" por conta do Gomide, guitarrista amigo dos músicos e presente na plateia, após o inspirado solo de Barroso. Instigante também a versão mais mexida para "Yesterdays"(Kern). E ficou para o final do set a única levada tipicamente brasileira - leia-se bossa nova - na passada do tema em "I Should Care"(Cahn). A se notar o comportamento da platéia, irretocável.

O segundo set mostrou uma reaproximação muito fiel ao estilo e concepção jazzística de Bill Evans, com temas mais melódicos e ricos harmonicamente. A saber, "Stella By Starlight"(Young/Washington) e a lindíssima "Emily"(Mandel), um dos temas favoritos de Evans - aliás foi o segundo grande momento da noite, com destaque para o improviso inspirado de Hélio Celso. Desnecessário salientar que o trio foi obrigado a voltar para um tema de encerramento (mais uma!!!!!). E, claro, para delírio da plateia e um sorriso estampado do colega Luis Avelar, Hélio Celso brindou os amantes de Evans com uma versão no mínimo emocionada para "Someday My Prince Will Come"(Churchill/Morey).
Se a intençào era homenagear Bill Evans, tarefa cumprida. Marcelón, o produtor, não se continha após o show, talvez tambem pelo embalo provocado - com justiça - pelo principal produto do patrocinador. E não foi para menos: o Chivas Jazz Lounge torna-se uma responsabilidade cada vez maior para os aficcionados cejubianos.
Nota: fotos adicionais > 1, 2, 3, 4, 5, 6

- TRIO DO PIANISTA HÉLIO CELSO FAZ TRIBUTO A BILL EVANS –

25 janeiro 2004

O trio do lendário pianista Hélio Celso, com Sergio Barroso (baixo) e Alfredo Gomes (bateria), apresenta-se no Mistura Fina, na próxima quarta-feira, 28 de janeiro, às 21 horas, num tributo a Bill Evans. O concerto dará prosseguimento ao vitorioso projeto Chivas Jazz Lounge, patrocinado pelo Whisky Chivas Regal, e será produzido por Marcelo Carvalho, integrante deste blog.

Hélio Celso Suarez tem uma carreira de sucesso, inclusive no Japão, onde morou 17 anos. Pianista, compositor e arranjador, sua discografia inclui 12 CDs instrumentais como líder e 4 com a cantora Lisa Ono.

Hélio é um pianista articulado e fluente, de refinada técnica, fraseado de toque claro e preciso. Ivan Lins o considera “o nosso Bill Evans”, e Johnny Alf declarou que “ele é muito talentoso, muito criativo, acrescentando muita qualidade à música brasileira”.

Sua trajetória inclui atuações e gravações com Victor Assis Brasil, Paulo Moura, Leny Andrade, Nara Leão, Maysa, Maria Creuza, Nara Leão, Jurandir Meirelles, Luiz Zamith e Rafael Barata, entre outros. Há sete meses lidera seu trio com Sergio Barroso e Alfredo Gomes, apresentando-se em diversos locais de música da cidade.

Seu último CD, “Cordas e Marfim” (500 Anos de Som), com Jurandir Meirelles (baixo), Rafael Barata (bateria) e Luiz Zamith (violoncelo), marcou sua volta ao Brasil, sendo saudado pela crítica com um dos melhores lançamentos de 2000.

Hélio é um compositor talentoso. Seus temas “Mr. Birdman”, “Skorpios”, “Mansidão do Seu Olhar” e “O Gato e o Novelo” possuem conteúdo e forma que atestam sua criatividade.

Sergio Barroso despontou no conjunto de Roberto Menescal nos gloriosos tempos do histórico Beco das Garrafas - a contraparte carioca da célebre Rua 52, de New York -, onde tocou em memoráveis shows com Nara Leão. Maysa, Silvinha Telles e Eliana Pittman. Nesse período participou de várias sessões de gravação para a etiqueta Elenco.

Em 1964, Sergio deu uma canja com o pianista Horace Silver, no clube Bottle's, no Beco das Garrafas, que o considerou “o melhor baixista que ouvi no Brasil”.

Na companhia dos lendários Dom Salvador (piano) e Edison Machado (bateria), ele formou o Rio 65 Trio, que marcou época e gravou dois álbuns que influenciaram os músicos daquele período, além de “Samba Eu Canto Assim”, com Elis Regina. O trio também acompanhou Leny Andrade e Marcos Valle em diversos shows.

Sergio realizou uma turnê européia em 1966 com Dom Salvador, Edu Lobo, Rosinha de Valença, J. T. Meirelles, Chico Batera, Marly Tavares e Rubens Bassini. Dois anos depois atuou no conjunto de Elza Soares que se apresentou nos Estados Unidos e no México. Regressando, tocou nos conjuntos de Elis Regina, Wilson Simonal, Elizeth Cardoso, Vinicius de Moraes e Dori Caymmi.

A partir dos anos 70, gravou com uma infinidade de artistas, incluindo Luiz Eça, Sarah Vaughan, Elis Regina, Egberto Gismonti, Dick Farney, Tom Jobim, Paulo Moura, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Eumir Deodato, Martinho da Vila, Toninho Horta, Durval Ferreira, Erlon Chaves, Emilio Santiago, Paul Mauriat, Francis Hime e Ithamara Koorax. Mais recentemente, tocou com Osmar Milito, Hélio Delmiro, Mauro Senise, Raul de Souza, Dario Galante, Paulinho Trompete, José Boto, Victor Biglione, Marcio Montarroyos, Paulo Braga, Edson Frederico, Nivaldo Ornelas, Pascoal Meirelles, Idriss Boudrioua, Kiko Continentino e Haroldo Mauro Jr.

Alfredo Gomes começou profissionalmente por onde muitos sonhavam terminar: no sexteto do mitológico Victor Assis Brasil, em 1968.

Bastante solicitado, nos anos seguintes tocou com Johnny Alf, Paulo Moura, Elza Soares, Ivan Lins, Célia Vaz, Norma Benguel, Victor Biglione, Sidney Matos, Paulo Sauer, Quarteto em Cy, Geraldo Azevedo, Vital Farias e Marlui Miranda. Integrou a orquestra que tocou a trilha sonora da peça teatral “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque.

Realizou uma temporada de sucesso em Paris com a pianista e cantora Tânia Maria, em 1979. Em 1994 integrou o trio do pianista americano John Bush, que tocou em clubes de New York, New Jersey, Atlanta e Miami.

Retornando ao Brasil três anos depois, lecionou na escola do baterista Fernando Torres, realizando a série “Encontros Culturais dos Bateristas do Rio de Janeiro”, no Museu da Imagem e do Som. Em parceria com Torres, promoveram um concerto em homenagem ao baterista Plínio Araújo, da Orquestra Tabajara, em 2002, e nesse mesmo ano apresentaram a série de palestras “História da Bateria de Jazz” na loja de instrumentos musicais Maracatu Brasil.

Locutora virtual apresenta o Helio Celso Trio

Ficou curiosa a apresentação virtual do Tributo a Bill Evans. Clique aqui para vê-la, no lado esquerdo da página do site que se abrirá na tela do seu micro. Ah, e o seu som tem de estar ligado...

Primeira visão do CJL Internacional

Enquanto a resenha da noite memorável da última quarta não fica pronta, vai aqui um aperitivo visual com a imagem dos três pilares que lá tocaram - e como.

Helinho Gigante Alves, Nilson Monstro Matta e Duduka Titã da Fonseca

CHIVAS JAZZ LOUNGE JAM SESSION, 17/12/2003, MISTURA FINA - @@@@

23 janeiro 2004

(Propositalmente esperei a apresetação de DUDUKA DA FONSECA para fechar esta resenha, daí o atraso)

Dificilmente o CJUB fecharia melhor o ano, senão produzindo, pelas mãos mágicas de seu grão-mestre e decano, José Domingos Raffaelli, o último concerto de 2003, - uma jam-session - da série Chivas Jazz Lounge, com o espetacular trio de Osmar Milito.


O conjunto - verdadeira jóia "escondida" no piano-bar do Mistura - forma um verdadeiro triângulo equilátero, reunindo a incomparável bagagem musical do líder à juventude e desenvoltura de seus pares, Augusto Mattoso (baixo) e Rafael Barata (bateria), e atingindo invejável interplay, inerente às grandes unidades rítmicas do jazz e da bossa.

Não bastasse isto, os temas, todos originais jazzísticos, escolhidos a quatro mãos pelo produtor e pelo pianista, traduziram um repertório raro e dificílimo, verdadeira pièce-de-resistance que, à exceção daquele trio, poucos grupos brasileiros ousariam enfrentar.

Osmar Milito é um pianista completo, com domínio amplo dos idiomas das músicas americana e brasileira, e mais, versado em todas os dialetos praticados pelos ícones do jazz moderno.

A esta altura da vida e após décadas de carreira, pode tocar o que quer, e tudo o que toca resulta em poesia e inventividade. Poesia, p.e., nos vários temas de Bill Evans - sobre o qual Milito diplomou-se, com louvor - discorrendo dentro do estilo do gênio americano, porém nunca sem perder a originalidade, seja nos arranjos, seja nos improvisos. Inventividade na ligeireza ímpar dos dedos, nos saltos, nos acordes e oitavas magnificamente articulados em temas mais "suingados" e, em especial, naqueles em uptempo.

Neste concerto, após algumas apresentações em edições prévias do CJL, pôde-se enfim apreciar o lado solista de Augusto Mattoso, saindo-se ele muitíssimo bem neste mister, a par de sua já conhecida solidez no walking. Suas precisas intervenções deram maior colorido às obras, algumas bastante intrincadas, com que nos brindou o trio.

Com tudo isso, inobstante, o mote da noite - e destas linhas também - com a licença dos colegas do trio, foi o young lion Rafael Barata.

Jazzófilos esperam 10, às vezes 20 anos, para ver surgir um músico de jazz desta estatura, especialmente no Brasil.

Aos 23 anos apenas, ainda esta semana foi chamado de "monstro" por nada mais nada menos que o mais completo baterista brasileiro de todos os tempos, Duduka da Fonseca, o que certamente desafia e dispensa qualquer comentário adicional.

Mas é impossível resistir. Barata resgata aquilo que - Duduka à parte - talvez só no precocemente falecido Vitor Manga (com quem Milito muito tocou) ouvimos: um baterista a um só tempo 100% jazz e 100% "sambossa".

Seu instinto melódico encontra no domínio absoluto das mais variadas manobras, o casamento perfeito, para formar um acompanhador genial a cada compasso.

O que foram aquelas paralelas (prato maior e caixa) na velocidade da luz - e com precisão cirúrgica - usadas como variação do contratempo, na marcação do samba ?

Ele cita Jack DeJohnette e Philly Joe Jones como influências, mas, não é difícil vaticinar, será ele, em breve, a seminal influência nos bateristas brasileiros por vir.

Milito e seu trio - passado, presente e futuro do jazz brasileiro - sintetizaram, ao crepúsculo de 2003, a arrojada concepção do projeto CJUB-Chivas Jazz Lounge, vertendo para o centro das atenções o talento dos jazzistas nacionais, a quem se deu o palco, a platéia e o valor que merecem.

PARECE QUE VAI CHOVER, HOJE, NO MISTURA FINA...

21 janeiro 2004

Raramente vejo nosso Mestre Raf muito empolgado. Carregando no bojo uma experiência jazzística titânica, foram poucas as vezes que o vi externar sua satisfação de outra maneira que não a comedida, sopesada, às vezes séria demais até, pois encara o que se relaciona ao jazz antes como missão, trabalho, credo e só então como divertimento. Mas não é o que vem acontecendo, na troca privada de emails do grupo cjubiano, com o concerto desta noite no Mistura Fina.

A deduzir pela noite de ontem, quando Duduka e Cia. apresentaram-se em sexteto - o trio básico, que se apresenta hoje, tendo sido acrescido de mais um saxofonista e duas vozes - à qual compareceu e aprovou, Raf está em alfa, antecipando o belo espetáculo que teremos hoje. Segundo suas próprias palavras, que teimo em transcrever aqui mesmo não autorizado, entre outras: "... a passagem de som é às 17h. Vai aparecer? Seria maravilhoso assim conhecerá esses três músicos fabulosos pessoalmente, ...; ... O concerto de hoje deverá ficar indelevelmente marcado na história do CJUB...".

Para um comentarista comedido, essa classificação do nosso Grande Guru em relação a Duduka, Hélio e Nilson é como ouro puro, em pepitas espalhadas numa praia deserta. Basta colher.

Portanto, se você quiser assistir a uma "tempestade" jazzística, gerada por músicos no auge de seus estilos, vá para o Mistura Fina a despeito de estar lotado, peça para chamar o Mário que com jeitinho - que ele também é mestre na arte de encaixar gente onde não cabe mais - você vai poder sentar-se confortavelmente e assistir a um inesquecível concerto.

Ah, e segundo nosso Bené-X, "... levem o Isordil, o propanolol e afins pois o Mistura não disponibiliza serviço de ambulância [coronariana]...". Eu sugiro guarda-chuvas e capas pois tenho para mim que os caras vão é fazer chover.

Não sendo portanto por falta de aviso, quem perder é mulher do padre!

TRIO DUDUKA DA FONSECA-NILSON MATTA-HÉLIO ALVES É ATRAÇÃO INTERNACIONAL
DO PROJETO CHIVAS JAZZ LOUNGE NO MISTURA FINA, DIA 21 DE JANEIRO

15 janeiro 2004

O trio formado pelo baterista Duduka da Fonseca, pianista Hélio Alves e o baixista Nilson Matta, músicos brasileiros de prestígio internacional radicados em Nova York há muitos anos, será a grande atração do Mistura Fina, em 21 de janeiro, às 21 horas, no concerto 1º Chivas Jazz Lounge Internacional, dentro do projeto Chivas Jazz Lounge, patrocinado pela Pernod-Ricard do Brasil, fabricante do Whisky Chivas Regal, e produzido pelos integrantes do CJUB (Charutos Jazz Uisque Blog).

Duduka da Fonseca está radicado em New York há 29 anos, sendo um dos bateristas mais requisitados para gravações, concertos e festivais. Por sua vasta experiência em jazz, bossa nova, samba, baião e música latina em geral, tocou e gravou em inúmeros contextos com uma lista impressionante de talentos: Lee Konitz, Gerry Mulligan, Nilson Matta, Romero Lubambo, Herbie Mann, Phil Woods, Joe Lovano, Joe Henderson, Wayne Shorter, sua esposa Maucha Adnet, Paquito D´Rivera, Kenny Barron, Dom Salvador, Charlie Byrd, Vincent Herring, Mark Murphy, John Scofield, Tom Harrell, Eddie Gomez, Hélio Alves, Frank Rosolino, Raul de Souza, Dianne Reeves, César Camargo Mariano, Astrud Gilberto, Cláudio Roditi, Slide Hampton, Tom Jobim, Nancy Wilson, Harry Allen, Toshiko Akyioshi, Renee Rosnes, JoAnne Brackeen, Emily Remler, Eliane Elias, Randy Brecker, Bob Mintzer, Hendrik Meurkens, Jorge Dalto, Naná Vasconcelos, John Patitucci, Jay Ashby, David Sanchez, Richie Perry, Mark Soskin, Billy Drews, Kenny Werner, Alfredo Cardim, Marc Copland, Dennis Irwin, Valtinho Anastácio, Alana da Fonseca e Lisa Ono, entre outros.

Depois que chegou aos Estados Unidos, Duduka formou os conjuntos Brazilian Express, New York Samba Band e The Brazilian All Stars, este integrado por Eliane Elias, Randy Brecker e Bob Mintzer.

Em 1990, com seus amigos e parceiros Nilson Matta e o violonista Romero Lubambo, fundou o Trio da Paz, o conjunto instrumental brasileiro mais conhecido em todo o mundo, tendo quatro discos lançados que receberam críticas amplamente favoráveis nos Estados Unidos, Europa, Japão e Brasil: “Brasil From the Inside” (Concord Picante), “Black Orpheus” (Kokopelli), “Partido Out” e “Café” (os dois últimos da Malandro Records).

Duduka teve uma grande alegria ano passado quando seu primeiro CD como líder, “Samba Jazz Fantasia” (Malandro Records) concorreu ao Grammy na categoria de “Melhor Disco de Jazz Latino”. Recentemente, o CD foi lançado no Brasil.

Nilson Matta é um dos mais completos baixistas brasileiros em atividade. Antes de ir para New York, em 1985, tocou e gravou no Brasil com Johnny Alf, Toots Thielemans, Chico Buarque, João Gilberto, Luiz Bonfá, Nana Caymmi, João Bosco e outros. Em 1983 excursionou com a cantora Lisa Ono durante seis meses no Japão. No ano seguinte, com Mauro Senise, Rique Pantoja, Romero Lubambo e Pascoal Meirelles, organizou o Cama de Gato, um dos conjuntos instrumentais mais conhecidos e apreciados em nosso país.

Em New York, por sua extraordinária capacidade de adaptar-se a qualquer contexto musical, Nilson passou a ser bastante requisitado para concertos e gravações com Leee Konitz, Joe Henderson, Gato Barbieri, Kenny Barron, Mark Soskin, Paquito D’Rivera, Romero Lubambo, Duduka da Fonseca, Hendrik Meurkens, Danilo Perez, David Murray, Slide Hampton, Cláudio Roditi, Dori Caymmi, Hélio Alves, Maucha Adnet, Herbie Mann, Toots Thielemans, Randy Brecker, Mark Murphy, Paul Winter, Joe Carter, Dianne Reeves, Joe Lovano, Oscar Castro Neves, Charlie Byrd, Sadao Watanabe, César Camargo Mariano e Eliane Elias.
Em 1990 foi co-fundador do quinteto African Brazilian Connection com o pianista Don Pullen. O grupo gravou três CDs para o selo Blue Note: “Kele Mou Bana”, “Ode Life” e “Live at the Montreux Festival”.

Nilson co-liderou o CD “Encontros” (Malandro Records) com o gaitista alemão Hendrik Meurkens. Ano passado gravou “Obrigado Brazil” com o célebre violoncelista Yo-Yo Ma, com quem realizou longa turnê pela Europa para divulgar o CD.
Nilson também fez parte do The Bass Collective in New York City, ao lado dos seus colegas baixistas John Patitucci, Victor Wooten e Lincoln Goines, para lecionar e fazer workshops.


Hélio Alves é um dos maiores talentos brasileiros do piano, no jazz e na música brasileira. Aprendeu a tocar ouvindo seus pais, que são pianistas amadores. Aos seis anos teve lições de piano clássico, mas o jazz entrou na sua vida aos 12. Tocou em bandas de rock, mas enveredou pelos caminhos criativos do jazz ao ouvir discos de McCoy Tyner e Bill Evans. Com 18 anos foi estudar no famoso Berklee College of Music, em Boston, tendo como professores Donald Brown e Charlie Banacos.
Não demorou em chamar a atenção para o seu talento, indo tentar a sorte em New York. Na grande metrópole estudou arranjo com o pianista Mike Longo e entrosou-se imediatamente no meio musical, integrando os conjuntos de Cláudio Roditi e Paquito D’Rivera. Além destes, tocou e gravou com Duduka da Fonseca, Nilson Matta, Joe Henderson, com quem excursionou pela Europa e gravou um CD de big band, John Patitucci, Al Foster, Airto Moreira, Flora Purim, Hendrik Meurkens, Paulo Braga, Raul de Souza, Rosa Passos e outros. Ele também participou de vários festivais de jazz europeus.

Seu CD “Trios”, gravado para o selo Reservoir – coadjuvado por ninguém menos que Nilson, Duduka, Paulo Braga, John Patitucci e Al Foster -, comprovou sua categoria de improvisador nato, situando-se num plateau elevado entre os pianistas brasileiros. O famoso crítico Ira Gitler saudou o CD como “o esplendoroso surgimento de um novo astro”. Compositor inspirado, Hélio é o autor, entre outros, de “Song for Cláudio”, um tributo ao trompetista Cláudio Roditi que figura no repertório que o trio apresentará no Mistura Fina.

Como atrativo adicional especial, este concerto é uma oportunidade única de ouvir Hélio Alves em sua primeira apresentação no Rio de Janeiro como músico consagrado internacionalmente.

Aniversário do Presidente Mau Nah e do Comendador DeFrag

12 janeiro 2004

Hoje comemoramos os aniversários de dois grandes companheiros, pessoas importantíssimas no CJUB, pois sem elas nem existiríamos. Imaginar adjetivos para essa dupla é fácil, difícil é tentar explicar com palavras o carinho que todos nós sentimos por eles.
São amigos tão amigos que Deus facilitou as coisas e colocou os dois para nascerem no mesmo dia. E ainda nos deu o privilégio de tê-los como amigos e de desfrutar de todas as suas qualidades.
Amigo Mauro, amigo Fraga, parabéns pelos aniversários e parabéns pelo "conjunto da obra" que é a vida de vocês.

Um grande abraço!

Marcelink

08 janeiro 2004

Mais jazz de boa qualidade - Leblon Lounge

07 janeiro 2004

Dentro do princípio de que as boas iniciativas voltadas para o jazz devem ser amplamente difundidas e, sendo as noites das quintas-feiras do Leblon Lounge - no terceiro andar do Rio Design Center - bem escaladas e produzidas com esmêro, incluindo diversos músicos que já tocaram nos concertos Chivas Jazz Lounge, produzidos pelo CJUB, aí vai a programação dos irmãos Portinari para este mês:

8 de janeiro: com Gabriel Grossi e Combo, em "Tributo a Toots Thielemans";
15 de janeiro: Philipe Baden-Powell e Combo, em "Tributo a Keith Jarret";
22 de janeiro: Osmar Milito e Combo, num "Tributo a Horace Silver";
29 de janeiro: Widor Santiago e Combo, no "Tributo a Sonny Rollins".

O horário é o das 19 horas e quem for será recebido pelo boa-praça Rui Martinelli ou pelos próprios produtores, sempre presentes para assegurarem-se da qualidade das apresentações.

Se os músicos das datas posteriores à do dia 8 são conhecidos profissionais de grande parte da tribo que acompanha jazz no Rio ou alhures, o jovem Gabriel Grossi, gaitista que homenageará Toots nessa data, nem é tão badalado ainda.
Tive a oportunidade de ve-lo tocar como convidado de Dôdo Ferreira, em série de noites voltadas à bossa-nova, produzidas por nosso cjubiano Marcelink, no Centro.
Ficou gravado na minha memória o desempenho magistral de Gabriel, quando, atendeu ao meu pedido para tocar Bluesette, o maior clássico de Toots e tema que me serviria de paradigma para avaliá-lo. Sua maneira franca e destemida, desafiadoramente competente de desenvolver um belo e personalíssimo solo, longe do que se está acostumado a ouvir nas gravações de Thielemans para essa que é sua marca registrada, me encheu de esperança e fé no talento dos nossos novos instrumentistas. Se a apresentação de Gabriel nesse Tributo, ao qual pretendo comparecer, for exuberante como a participação que presenciei, é programa obrigatório para amantes de jazz instrumental.
Aguardem futura resenha.

Rio Design Center
Av. Ataulfo de Paiva, 270 - Leblon - fone: 3206.9122

TREPIDANTE, VAI PARTIR O EXPRESSO CJUB 2004

05 janeiro 2004

Não esqueçam de amarrar os cintos!
Pois parece que, se tudo correr do jeito que está pintando, não vai ter freio a disco de molibdênio com ABS de 9a. geração e distribuição balanceada de frenagem por computador que segure a locomotiva jazzístico-cultural dos malucos por jazz deste CJUB em 2004.

Fazendo breve "punta-tacco" de arrumação, só para repor a agenda dos leitores nos trilhos, em janeiro estaremos produzindo não uma, mas duas CJLs, sendo que a do dia 21 próximo será a primeira internacional, com o Trio Duduka da Fonseca, Nilson Matta e Hélio Alves. Produzida pelo Mestre Raf, pelo Bené-X, ajudados por todos os demais, será luxo puro.

A segunda produção de janeiro, no dia 28, - CJL8 - , que vem sendo longamente preparada, curtida e maturada em barris de carvalho pelo nosso Marcelón idem, servirá aos passageiros um Tributo a Bill Evans, com o Hélio Celso Trio. Coisa de Primeira Classe.

É o lembrete, para irem cravando as datas nas agendas, pois o Expresso CJUB 2004 não anda para trás, e quem não estiver na Estação Mistura Fina na data e no horário do embarque, só vai ver a traseira do bicho lá na lonjura. E aí entender a mordomia jazzística que perdeu.

CURSO HISTÓRIA DO JAZZ

02 janeiro 2004

Cejubianos, saibam que para bem abrir 2004 nosso mestre maior Raffaelli estará ministrando no Centro Musical Antonio Adolfo, o curso de "História do Jazz" em 8 aulas, com início no próximo dia 12 e sempre as segundas e quintas das 20:30h às 22:00h.
Fica aqui o registro no nosso blogg de matéria do Globo, e para quem quiser o programa do curso ( sem duvida sensacional ) é ligar para os telefones 2239-2975 e 2274-8004.

Demorô.

BEBIDAS & CHARUTOS: DICAS PARA VOCÊ EXPERIMENTAR

01 janeiro 2004

Li essa matéria no site da Revista Go Where? e achei interessante. Não conheço muito bem o assunto, mas temos aqui grandes especialistas que podem falar mais sobre o tema.

"Qual seria a bebida ideal para acompanhar – e aumentar ainda mais – o prazer de degustar um bom charuto? Algumas opiniões são discordantes, é fato, mas conhecer alguns detalhes só irá contribuir para melhorar seu momento junto ao charuto e possibilitar novas sensações. Confira...

VINHOS - Embora não tenham sido um acompanhamento muito tradicional com charutos, os vinhos podem ser uma boa opção. Os mais indicados para acompanhar seu charuto são os tintos por serem mais encorpados e vigorosos. Vinhos brancos podem ser uma opção, porém mais difíceis de se escolher por serem mais delicados e o sabor do charuto acaba sobrepujando o sabor do vinho. Os vinhos do tipo porto podem ser uma ótima alternativa já que seu sabor às vezes adoçado combina muito bem, sendo muito apreciado pelos charuteiros. Há muitos tipos de vinho do porto, do “tawny”, mais seco, ao “ruby” vermelho-escuro e mais doce.

CONHAQUES - O conhaque é uma bebida destilada do vinho feito com uvas cultivadas na região de Cognac, na França. Os conhaques recebem classificações de acordo com sua maturação e envelhecimento. Estas classificações vão do V.S. (Very Special), que indica um conhaque relativamente jovem e frutado, ao mais maduro V.S.O.P. (Very Special Old Pale) até chegar aos X.O. (Extra Ordinary), com décadas de envelhecimento. Ao acompanhar seu charuto com conhaque, recomenda-se bebê-lo puro (sem gelo), à temperatura ambiente, aquecido apenas pelo calor das mãos. Conhaques combinam muito bem com charutos e quanto mais envelhecidos, melhor esta combinação.

UÍSQUES - O uísque é outra bebida que combina muito bem com charutos. Há dois tipos importantes: os “single-malts” – produto de uma destilaria específica e por isso muito influenciados pela água, pelo tipo de malte, pelo ambiente em torno da destilaria e pelo tipo da madeira dos barris em que envelheceu. São em geral uísques bem encorpados. O outro tipo é o “blended” sendo basicamente um conjunto de maltes misturados para se chegar a um determinado sabor. Os uísques, assim como os conhaques, são envelhecidos e regra geral os mais envelhecidos são mais suaves e combinam melhor com charutos. Quanto ao gelo no uísque, o ideal é não colocá-lo pois a baixa temperatura entorpece o paladar, reduzindo o prazer proporcionado pelo charuto.

RUM - Ótima opção para acompanhar charutos. Os runs envelhecidos se parecem mais com os conhaques e não têm o sabor adocicado a que você pode estar acostumado. Há diversas opções nas importadoras mas não se assuste com os preços.

LICORES - Embora sejam doces, os licores à base de conhaque ou uísque são ótimos companheiros para seu charuto. Evite os licores à base de frutas e chocolate que acabam conflitando com o sabor do charuto."

Bem, agora é esperar para ver se nossos confrades charuteiros concordam ou não com a metéria...

Abraços,

Marcelink

MAIS CJUB

CJUB é a abreviatura de Charutos, Jazz, Uísque e Blog, este ponto de encontro virtual onde amantes do jazz trocam idéias, dão notícias e publicam opiniões sobre essa paixão.

Este blog foi criado em maio de 2002 pelo economista Mauro Nahoum, quando imaginou divulgar - e preservar - a cada vez mais interessante troca de idéias e informações sobre jazz que mantinha com amigos, entre eles o executivo José Sá Filho - ex-sócio da finada loja de discos de jazz All the Best - e o advogado Luiz Carlos Fraga, um bom conhecedor de uísques e charutos. Quando um outro fanático aficionado e colecionador de itens relacionados ao jazz, o também advogado David Benechis, foi convidado a integrar o grupo e aceitou participar, as bases estavam criadas e o blog começou a ganhar substância.

E foi nas reuniões dominicais, realizadas nas casas desses membros "fundadores" para a audição de raridades do jazz, que o CJUB conseguiu a adesão de dois dos mais importantes jornalistas, críticos e produtores de eventos, ambos com mais de 40 anos de carreiras dedicadas ao jazz, os "mestres" José Domingos Raffaelli e Arlindo Coutinho.

A este grupo inicial foram sendo apresentados alguns amigos pessoais dos fundadores, alargando-se assim o círculo de boa camaradagem e não demoraram a surgir bons laços de amizade, desinteressada de valores que não os suscitados pela paixão ao jazz, comum a todos os membros. A grande maioria tinha no uísque sua bebida preferida. Outros tantos, os charutos como bons companheiros para uma perfeita audição de seus temas jazzísticos prediletos.

Com a troca de informações e opiniões qualificadas, o grupo entendeu que não havia motivo que o impedisse de criar oportunidades de escutar jazz ao vivo, em concertos sob medida, com músicos e repertórios escolhidos pelos membros, segundo um padrão de qualidade que, antes de qualquer outro critério, atendesse às suas próprias e elevadas aspirações musicais e artísticas.

Da idéia à ação, passaram-se cerca de três meses. Em maio de 2003 fez-se o primeiro Concerto, no "lounge" do Restaurante Epitácio, com grande sucesso. Daí em diante, os Concertos sucederam-se mensalmente, com a produção alternando-se entre os membros.

Batizados de Chivas Jazz Lounge - pois que tiveram desde o início o uísque Chivas Regal como patrocinador da parte artística - os Concertos passaram, em agosto de 2003, com o fechamento do Epitácio para dar lugar a um empreendimento imobiliário, para o Mistura Fina, clube de vasta tradição em apresentações de jazz no Rio de Janeiro.

Estiveram nesses palcos músicos brasileiros ou aqui radicados tais como Dario Galante, Jessé Sadoc, Idriss Boudrioua, Dôdo Ferreira, Edson Lobo, Paulinho Trompete, Paulo Russo, Adriano Giffoni, Hamleto Stamato, Osmar Milito, Duduka da Fonseca, Hélio Alves, Nilson Matta, Hélio Celso, Nivaldo Ornelas, Markos Resende, que representam o que há de melhor no panorama da música instrumental no país, todos acompanhados por sidemen de ótima categoria.

A repercussão desse "trabalho" grandemente prazeroso para os membros do CJUB foi imediata e os Concertos foram citados nas principais colunas especializadas dos diários cariocas, como as dos jornalistas Luiz Orlando Carneiro, Antônio Carlos Miguel e Tárik de Souza. E ainda nas colunas de Joaquim Ferreira dos Santos, Ancelmo Góes, Ricardo Boechat, César Tartaglia e Mauro Ferreira, além das constantes menções nas áreas de serviço da revista Veja-Rio, dos jornais O Globo, Jornal do Brasil e O Dia.

Os planos do CJUB para o futuro vão da publicação de um jornal gratuito, com distribuição dirigida, para a disseminação da cultura jazzística e a divulgação dos eventos realizados pelo CJUB, incluem um programa de rádio semanal ou quinzenal dedicado exclusivamente ao jazz, até chegar à realização de eventos de grande porte, como um festival de jazz com a nossa "griffe".

Contando hoje com dezenove membros espalhados pelas regiões sudeste e sul do Brasil, o blog está em plena atividade e repleto de novidades, tais como as opiniões e experiências jazzísticas publicadas por três récem-admitidas companheiras, que vieram juntar-se à única representante do sexo feminino que fazia parte do grupo até recentemente.

O grupo cejubiano segue, assim, ganhando participantes entusiasmados, ainda apresentados pessoalmente por outros membros, o que garante que também irão transformar seu amor ao jazz em realizações que, ao final, estarão servindo ao sofisticado prazer de todos, principalmente se temperadas por belos uísques e charutos condizentes.

Atualização em 13/06/04