Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

8o. Concerto Chivas Jazz Lounge: Mistura de Bill Evans (mini resenha)

29 janeiro 2004

Basta uma rápida conferida ao "altar da fama" proposto no blog para a constatação de que dez entre nove cejubianos preferem Bill Evans (1929/1980). E pelo menos nesta última quarta-feira, no palco do Mistura Fina, essa preferencia se estendeu a uma platéia numerosa e atenta, também apaixonada pelo já lendário pianista, incluindo-se alguns musicos como Claudio Roditi, Pascoal Meirelles e Luiz Avelar - presenças que sem dúvida legitimam qualquer evento jazzístico.
Foi com essa atmosfera "billeviana"que Hélio Celso, Sergio Barroso e Alfredo Gomes, as atrações da noite, abriram mais uma edição do Chivas Jazz Lounge.
Ao estilo do homenageado, standards do jazz formaram quase todo o repertório, a começar por "Beautiful Love" (Gillespie). E desde o início foi nítido o respeito do pianista Hélio Celso pela escola deixada por Evans. O próprio baterista Alfredo Gomes, intencionalmente ou não, tratou de passar a levada de Larry Bunker, o mais musical baterista de Bill. Se Sergio Barroso não faz lembrar a escola LaFaro ou Gomez, uma semelhanca com a pulsação de um Chuck Israels não seria totalmente descabida - guardadas as proporções devidas - portanto, um clone bem intencionado do "trio 65".
Em "My Romance"(Rodgers), Barroso abriu o tema com classe, criando um intimismo bem próximo ao gosto do homenageado. Mas o grande momento do primeiro set foi o tratamento dado pelo trio para o clássico "Star Eyes"(dePaul/Raye), que inclusive provocou um sonoro "dá-lhe bicudo!" por conta do Gomide, guitarrista amigo dos músicos e presente na plateia, após o inspirado solo de Barroso. Instigante também a versão mais mexida para "Yesterdays"(Kern). E ficou para o final do set a única levada tipicamente brasileira - leia-se bossa nova - na passada do tema em "I Should Care"(Cahn). A se notar o comportamento da platéia, irretocável.

O segundo set mostrou uma reaproximação muito fiel ao estilo e concepção jazzística de Bill Evans, com temas mais melódicos e ricos harmonicamente. A saber, "Stella By Starlight"(Young/Washington) e a lindíssima "Emily"(Mandel), um dos temas favoritos de Evans - aliás foi o segundo grande momento da noite, com destaque para o improviso inspirado de Hélio Celso. Desnecessário salientar que o trio foi obrigado a voltar para um tema de encerramento (mais uma!!!!!). E, claro, para delírio da plateia e um sorriso estampado do colega Luis Avelar, Hélio Celso brindou os amantes de Evans com uma versão no mínimo emocionada para "Someday My Prince Will Come"(Churchill/Morey).
Se a intençào era homenagear Bill Evans, tarefa cumprida. Marcelón, o produtor, não se continha após o show, talvez tambem pelo embalo provocado - com justiça - pelo principal produto do patrocinador. E não foi para menos: o Chivas Jazz Lounge torna-se uma responsabilidade cada vez maior para os aficcionados cejubianos.
Nota: fotos adicionais > 1, 2, 3, 4, 5, 6

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