Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

JAMBOREE: 50 ANOS DE JAZZ NA CATALUNHA

28 maio 2010

É com prazer que "ajudo" nosso editor sacramentado Pedro Wahmann a relatar sua recente estada na Espanha. Segue mais um de seus sempre saborosos relatos, e isso sem mencionar uma única palavra relativa a comida. Abraços.

Breves férias e de passagem por Barcelona, onde fui assistir, no Camp Nou, o Barça sagrar-se campeão da Liga Espanhola, na única noite livre procuro conhecer uma tradicional casa de jazz. O Jamboree situa-se na bela Plaza Reale na cidade velha, praça ao melhor estilo de Espanha, um amplo quadrado cercado por antigas e uniformes construções com não mais de três pavimentos, voltadas para o interior, assim como as galerias por todo o perímetro interno com seus arcos por onde se tem acesso às edificações.

No canto da praça e por baixo de um dos arcos chegamos ao Jamboree, e ao descer a escada que nos leva à pequena sala de concertos no sub-solo, surpreende-nos a exposição nas paredes de reproduções de diversos jornais registrando os 50 anos. Ao longo desse tempo, por lá passaram celebridades como Ella Fitzgerald, Chet Baker, e como não poderia deixar de ser, a expressão maior do jazz catalão, o grande pianista Tete Montoliu (1933-1997) que, dono de extensa discografia, gravou com grandes nomes da musica.

"Quinze dias atrás", contou-me orgulhoso o porteiro, "aqui apresentou-se um dos maiores bateristas de todos os tempos, Roy Haynes". Concordei com ele.

A sala no sub-solo, ou nível -1 como dizem lá, é formada por volumosas pilastras quadradas que apóiam os tetos abobadados tudo em tijolo aparente, e mais parece que vamos encontrar uma cave de vinhos com seus barris de envelhecimento do que músicos de jazz... Naquela noite, 2ª.feira, para uma diminuta platéia apresentava-se o trio do guitarrista Albert Villa, Marko Lohikari (baixo) e Oriol Roca (bateria), jovens músicos espanhóis em busca de seus caminhos e quem sabe um lugar ao sol.

A apresentação foi correta e simpática pontuada por standards destacando-se uma bonita interpretação em tempos rápidos de The Way You Look Tonight. Pena que só dispondo de uma noite, não pude conhecer outra casa muito tradicional de Barcelona, La Cova del Drac (A cova do dragão).

Registro que nessas duas casas o pianista Brad Mehldau gravou ao vivo seus primeiros CDs, para o selo Fresh Sound New Talents, antes mesmo de seu primeiro CD solo para o mercado norte americano, “Introducing Brad Mehldau”, selo Warner Bros – 45997-2 de 1995. Os registros para a Fresh Sound respectivamente FSNT- 007 e 031, foram:
Na Cova del Drac em 10/93 em trio com Jordi Rossy (bateria), que o acompanhou por longo tempo e Mario Rossy (baixo).

E no Jamboree, em 5/93 além do trio participou também o conhecido sax-alto, e também catalão, Perico Sambeat. Há ainda um terceiro CD com a formação do quarteto.

Faço esse breve registro para os companheiros cjubianos que, na mesma ocasião, tenho certeza, apreciavam em SP os concertos do festival.

Pedro Wahmann

THE JUBILEE SHOWS # 15 (FINAL)

Nestas 15 postagens pudemos reviver trechos de shows especialmente preparados para diversão e levantamento do astral das tropas norte-americanas e demais aliadas, distribuídas por vários cantos do mundo em ação na famigerada guerra mundial.
JUBILEE SHOWS foi uma série de 365 programas, produzidos pela Armed Forces Radio Service (AFRS) durante os anos da II Guerra Mundial e um pouco mais, ou seja de 9/out/1942 até 18/fev/1950 sendo transmitidos pelas estações de rádio e serviços de alto-falantes militares



Apresentamos extratos da edição gravada em abril 1943 com a Louis Armstrong Orchestra e o Red Garland Trio e do programa de junho de 1943 com a participação da Count Basie Orchestra, Art Tatum e do cantor Jimmy Rushing, todos gravados no estúdio-auditório da NBC em Hollywood, Los Angeles.


1.ABERTURA – com o tema Great Day (V. Youmans) pela Armed Forces Band.
2.AIN'T MISBEHAVIN (Waller/Razaf) – interpretação da Orquestra de Louis Armstrong da melodia escrita em 1929 por Thomas "Fats" Waller e letra de Andy Razaf. Waller gravou a versão original para a Victor Records (Vic 22108) em agosto de 1929 e a perpetuou no filme musical de 1943 ― Stormy Weather onde atuam a cantora Lena Horne e o tap-dancer Bill Robinson.
Formação da Orchestra: Louis Armstrong (tp, vcl e líder), Shelton Hemphill, Frank Galbreath, Bernard Flood (tp), George Washington, Henderson Chambers, James Whitney (tb), Rupert Cole, Joe Hayman (sa), Joe Garland, Prince Robinson (st), Luis Russel (pi), Ted Sturgis (bx), Lawrence Lucie (gt) e Henry "Chick" Morrison (bat). Joe Garland arranjador.
3.TEA FOR TWO (V. Youmans/I. Caesar) – o contrabaixista Red Callender se notabilizou por suas atuações com Duke Ellington e com os All Stars de Armstrong, gravou com Nat King Cole, Erroll Garner, Charlie Parker, Wardell Gray, Dexter Gordon e muitos outros. Aqui é chamado com trio formado pelo pianista Emanuel Brooks e o guitarrista Luiz Gonçalves e mais a banda de Armstrong a interpretar o clássico Tea for Two do musical No, No, Nanette de 1925 com música de Vincent Youmans e letra de Irving Caesar.
4.AIR MAIL SPECIAL – com a Orquestra de Count Basie o grande sucesso dos compositores Charlie Christian, Benny Goodman e Jimmy Mundy gravado por Goodman em 17/março/1941 (Jazz Archives JA23). Count Basie a incorporou no filme "Soundies" em julho de 1941. No entanto, não fez parte do repertório da banda e Basie repetiu o tema em um programa de rádio em out/1941 e nesta apresentação no Jubilee Show. Foi realmente um hit das bandas de Goodman e de Lionel Hampton e de Ella Fitzgerald.
Formação da Banda: Count Basie (pi e lider), Ed Lewis, Buck Clayton, Harry Edson, Snooky Young (tp), Dick Wells, Robert Scott, Eli Robinson, Louis Taylor (tb), Earle Warren, Jimmy Powell (sa), Buddy Tate, Don Byas (st), Jack Washington (sb), Freddie Greene (gt), Walter Page (bx) e Jo Jones (bat).
5.SWEET LORRAINE (Burwell/Parish) – Art Tatum o magnífico pianista dá sua contribuição com a popular canção de Cliff Burwell e letra de Mitchell Parish publicada em 1928 e que se tornou um jazz standard, já tendo 656 gravações por jazzístas (até 2009) desde a primeira de Jimmie Noone em 1928.
6.ST. LOUIS BLUES (W.C. Handy) – o blues clássico dos clássicos ― de Handy na voz de Jimmy Rushing (1901-1972) ― o blues shouter e swing jazz singer natural de Oklahoma City, notabilizado pelas atuações como vocalista na Count Basie's Orchestra de 1935 a 1948.
7.SWING SHIFT (Warren) – pela primeira vez o tema é apresentado pela orquestra de Basie, inclusive somente uma parte do arranjo de Buck Clayton. Basie o incorporou definitivamente a seu repertório no Liederkranz Hall of New York City, em janeiro de 1944, sala de concertos da organização germano-americana devotada a patrocinar eventos culturais, principalmente de música, fundada em 1874.
8.ENCERRAMENTO – One O'Clock Jump com a Count Basie Orchestra.


Fonte: CD - THE JUBILLE SHOWS Vol.8 – produção de Carl. A. Hällström – Storyville Records (501 1008) – Alemanha – 2004.



RUFUS REID OUT FRONT

27 maio 2010

Camaleões. Criaturas excepcionais. A maneira como mudam de cor. E sabia que adoram música ? (Música para Camaleões, Truman Capote)

Esse trio é da pesada !
Rufus Reid, Steve Allee e Duduka da Fonseca.

Um dos melhores discos em trio que ouvi nos últimos tempos.
Som na caixa !

Dona Maria


If you could see me Now

BRIDGESTONE MUSIC FESTIVAL , POR LUIZ ORLANDO CARNEIRO

24 maio 2010

24 de maio, Caderno B, JB

Uma platéia de quase 2 mil pessoas passou da admiração reverencial à empolgação total ao aplaudir o pianista Ahmad Jamal, quinta-feira última, na segunda noite – e momento supremo – do Bridgestone Music Festival, encerrado na madrugada de ontem no Citibank Hall.
Às vesperas dos 80 anos, Jamal esbanjou virtuosismo, vigor e voz de comando à frente do quarteto integrado pelos fieis James Cammack (baixo) e Manolo Badrena (percussão bem variada), mais o formidavel Herlin Riley (bateria), extraindo do melhor Steinway disponivel em São Paulo ressonâncias e timbres raros em rapsódias (e não propriamente solos) marcadas por vertiginosas mudanças de tempos e de “moods”. Ahmad Jamal não reafirmou, somente, sua condição de senhor do tempo e do espaço musicais, mas tambéma a de genio da arte percussiva. O que não exclui, é claro, o tratamento refinado da melodia e da harmonia a partir de standards aparentemente tão comuns como Like someone in love, The gipsy e Poinciana.

A primeira grata surpresa da programação, eminentemente jazzistica da terceira edição do festival, foi a vocalista Dee Alexander, que abriu o show de Jamal. Ela se expressa como a voz preponderante de um quinteto – o Evolution Ensemble. Com contralto de vozeirão comparável ao de Nina Simone, mas com a capacidade de “instrumentalizar” o dom que Deus lhe deu num nivel técnico e criativo, ela lembra a inesquecivel Betty Carter. No seu set de mais de uma hora, foi pródiga em efeitos percussivos inusitados, sobretudo em Rossignol – peça em que chega a exagerar, ao imitar os cantos de diversas aves. A cantora foi particularmente expressiva, ao realçar sua verve mais soul, “churchy”, em diálogo com o violoncelo sempre ativo, em pizzicato, da jovem Tomeka Reid. É a mais interessante cantora de jazz a surgir no horizonte, desde Dee Dee Bridgewater.

A outra boa surpresa do festival foi o sexteto Escaladrum, criado em 1999, pelo baterista Daniel “Pipi” Piazzolla, neto do bandeonista-compositor Astor (1921-92),, com o objetivo de recriar, em termos jazzisticos, a obra do lendário renovador do tango instrumental argentino.
Vovô Piazzolla já tinha se associado a jazmen americanos para sessões de improvisação a partir de suas composições, a mais conhecida das quais com o sax barítono Gerry Mulligan. O Escalandrum tem, na linha de frente, tres palhetas (sax alto, sax tenor ou soprano, clarinete baixo ou sax baritono), mais seção ritmica. As peças são quase que totalmente escritas, com as palhetas apresentando ou desenvolvendo os temas de Piazzolla em uníssono, com sonoridade coletiva de um amplo bandoneon. A bateria de Pipi, o baixo de Mariano Sivori e o piano de Nicolas Guerschberg produzem um swing bem caliente. O comando explícito é de Pipi, mais os arranjos burilados com muito bom gosto e senso de timing, em crescendos e diminuendos, são de Guerschberg. As interpretações de Fuga Nueva e do celebrado Adiós Nonino foram especialmente emocionantes.

Mas o segundo grande momento do Festival Bridgestone foi proporcionado pelo novo quarteto cooperativo Overtone, joint venture dos consagrados Dave Holand (baixo), Chris Potter (saxes tenor e soprano), Jason Moran (piano) e Eric Harland (bateria), que também são os autores do repertório. Chris Potter tomu conta do espetáculo como solista principal, em solos arrasadores, principalmente nas duas peças assinadas por ele das seis apresentadas pelo conjunto. Ask me Why foi a performance mais aplaudida, merecidamente. E mostrou que o Overtone passou a ser um dos tres mais criativos quartetos do jazz contemporâneo, juntamente com o Footprints de Wayne Shorter (Danilo Perez, piano; Brian Blade, bateria; John Pattittuci, baix) e com o de Ornette Coleman (Denardo Coleman, bateria, e dois baixos).
No encerramento do festival, Don Byron, o clarinetista número 1 da cena jazzistica – e tambem brilhante saxofonista tenor – assumiu o púlpito para um ofício celebratório do gospel, com a colaboração da performática gospel singer DK Dyson. A assembléia de 1500 fiéis aclamou a nova peripécia de Byron e ainda acólitos os excelentes AkLaff (bateria), Brad Jones (baixo elétrico) e o irrequieto Don Byron não deixou, contudo, de deliciar os jazzófilos menos afeitos a concessões, com um substancioso Giant Steps em ritmo bem vivo.

No set inicial da última noite, o contrabaixista número 1 da cena jazzistica, Christian McBride, escoltou sua mulher, a vocalista Melissa Walker, para promover o CD de relançamento da carreira da cantora de origem canadense (In the middle of it all, selo Sunnyside), ao lado de Gregoire Maret (gaita), Xavier Davis e Ulysses Owens (bateria). O show agradou até os que não gostam de jazz, por ser bem acessível, mais para o comercial, o estilo da cantora. Valeram, porem, o dueto Christian-Melissa em Just in time e a interpretação bem groovy, pelo quinteto, de Invitation, a partir de um arranjo do primoroso McBride, que trocou o baixo acústico pelo elétrico. Maret foi tão festejado como o baixista.

BOURBON FESTIVAL EM PARATY

23 maio 2010


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AS IMPRESSOES DE JOHN COLTRANE ATRAVES DAS CORDAS DE WES MONTGOMERY

Aproveitando o Festival de Guitarra ja anunciado anteriormente, que tal um Jazz de primeira linha tocado pelo "Giant" Wes Montgomery...

Puro deleite !!!



Beto Kessel

UM POUCO MAIS DE HANK JONES

21 maio 2010








Esta é uma segunda parte da homenagem que prestamos ao já saudoso pianista apresentando uma de suas últimas atuações - Live At Jazzfest Berlin em 11 de julho de 2009.

O trio forma com Willie Jones III ("The Third") à bateria e George Mraz ao contrabaixo.


JazzFest Berlin é o famoso Berlin Jazz Festival realizado anualmente em Berlim, Alemanha.
Originalmente chamado de "Berliner Jazztage" foi fundado em 1964 em Berlim Ocidental pela Berliner Festspiele.
É considerado um dos Festivais de Jazz mais importantes do mundo.



PARA BAIXAR E GUARDAR: http://www.divshare.com/download/11448374-947

FESTIVAL DE GUITARRAS NA SALA BADEN POWELL

Atrasado, mas em tempo !


Programação -

20/05, Victor Biglione convida Humberto Mirabelli
21/05 sexta-feira, João Gaspar convida Leo Amuedo com Renato Fonseca piano, André Vasconcellos baixo e Christiano Galvão bateria;
22/05 sábado, Cecelo Frony convida Rick Ferreira com Marco Tommaso piano, Augusto Mattoso baixo e Marcelinho Da Costa bateria;
23/05 domingo, Fernando Vidal convida Luiz Fernando Comprido com Andre Carneiro baixo e Mac Willian bateria;


27/05 quinta-feira, Fernando Clark convida Toni Costa com Bernardo Fonseca baixo, Thiago Silva bateria e Lan Lan percussão;
28/05 sexta-feira, Alex Moraes convida Ze Carlos;
29/05 sábado, Alex Carvalho convida Marcos Amorim;
30/05 domingo, João Castilho convida Torcuato Mariano.


Local: Sala Baden Powell, Av. N.Sra Copacabana, 360 - RJ
Tel: (21) 2548-0421.
Dias: 20, 21, 22 e 23, 27, 28, 29 e 30 de maio
Horário: 20hs
Preço: R$ 20,00 / R$ 10,00 (estudantes e idosos)
Capacidade: 500 lugares

THE JUBILEE SHOWS # 14


JUBILEE SHOWS foi uma série de programas produzidos pela Armed Forces Radio Service (AFRS) durante a II Guerra Mundial para as estações de rádio e serviços de alto-falantes militares.
Apresentamos parte da edição gravada em 19 de abril 1943 no estúdio-auditório da NBC em Hollywood, Los Angeles.
Nesta audição: LOUIS ARMSTRONG AND HIS ORCHESTRA.
1.ABERTURA – com o tema Great Day (V. Youmans) – locutor Art Gilmore e o Mestre de Cerimônia Ernie "Bubbles" Whitman.

Formação da Orchestra: Louis Armstrong (tp, vcl e líder),Shelton Hemphill, Frank Galbreath, Bernard Flood tp), George Washington, Henderson Chambers, James Whitney (tb), Rupert Cole, Joe Hayman (sa), Joe Garland, Prince Robinson, (st), Luis Russel (pi), Ted Sturgis (bx), Lawrence Lucie (gt) e Henry "Chick" Morrison (bat). Joe Garland arranjador.

2.ONE THE SUNNY SIDE OF THE STREET (Jimmy McHugh / Dorothy Fields) – magnífica canção introduzida no musical da Broadway Lew Leslie's International Revue estrelando Harry Richman e Gertrude Lawrence, em 1930. Tornou-se um clássico do jazz muitas vezes só em interpretações instrumentais sendo as de maior sucesso além desta de Louis Armstrong, as de Ted Lewis, Dave Brubeck, Earl Hines, Benny Goodman, Lionel Hampton, Errol Garner, Dizzy Gillespie, Art Tatum e Count Basie.
3.LEAP FROG (Joe Garland) – tema do saxofonista e compositor Joe Garland autor da famosa In the Mood. Se transformou em grande sucesso da Les Brown Orchestra, tornando-se inclusive seu prefixo, gravada em 1944 e aqui um típico exemplo da contribuição de Armstrong à Era Swing.
4.DEAR OLD SOUTHLAND (Creamer - Layton) – inicialmente gravada por Armstrong em dueto com o pianista Buck Washington em 1930 (Okeh 41454), aqui revivida em arranjo para big band.
5.OLD MAN MOSE (Armstrong – Zilner Randolph) – sucesso gravado por Armstrong (Decca 622) em novembro de 1935, após seu retorno triunfal da excursão à Europa.
6.ENCERRAMENTO – com o tema Great Day pela THE ARMED FORCES RADIO ORCHESTRA.
Fonte: CD - THE JUBILLE SHOWS Vol.7 – produção de Carl. A. Hällström – Storyville Records (501 1007) – Dinamarca – 2002.

HOMENAGEM A HANK JONES

18 maio 2010


Henry "Hank" Jones (3/julho/ 1918 – 16 maio/ 2010) foi um pianista de jazz norte-americano, bandleader e compositor. Os críticos e músicos o descrevem como eloqüente, lírico e impecável.
Em 1989, o National Endowment for the Arts honrou Hank Jones com sua mais alta honraria do jazz, o NEA Jazz Masters Award.
Ele também foi homenageado em 2003 pela Sociedade Americana de Compositores, Autores e Editores (ASCAP) com o Jazz Live Legend Award. Em 2008, foi condecorado com a Medalha Nacional de Artes. Em 13 de abril de 2009, a Universidade de Hartford o diplomou com doutorado pelas suas realizações musicais.
Hank Jones gravou mais de sessenta álbuns em seu próprio nome, e inúmeros outros como sideman.
A primeira gravação de Hank Jones ocorreu em New York, 30 novembro de 1944 com Hot Lips Page (tp,vcl), Vic Dickenson (tb), Lucky Thompson (st), Hank Jones (pi), Sam Allen (gt), Carl "Flat Top" Wilson (bx), Jesse Price (bat).
THE LADY IN BED e GEE BABY, AIN'T I GOOD TO YOU ? Continental 6002
Esta homenagem apresenta trechos de uma de suas últimas gravações - Live At Jazzfest Berlin - 11-07-2009.
Como se trata de uma faixa contínua com 83min fizemos um resumo. Em breve postaremos outra parte. O trio forma com Willie Jones III ("The Third") à bateria e George Mraz ao contrabaixo.



Para baixar e guardar

http://www.divshare.com/download/11414313-d7f

FALECEU HANK JONES

17 maio 2010


Mais uma vez é mestre Raffa que avisa e eu passo para conhecimento geral. Infelizmente a notícia chegou dando conta de que o último pianista da era do bebop, o grande HANK JONES, faleceu em 16 do corrente. Hank foi um dos mais finos pianistas de várias gerações. Estilo próprio, sedimentado após tocar com Charlie Parker, Hank fez uma carreira impecável como solista, side men e no acompanhamento de cantoras. Nunca saiu de minha cabeça juma frase de Hank Jones respondendo a uma entrevista numa revista especializasda(se não me engano, a francesa Jaz Magazine). Disse ele :
"Depois de tocar com Charlie Parker tive de mudar meu estilo, ou ficaria para trás."
Hank Jones faleceu aos 91 anos de idade.
RIP

OTTO JAZZ FESTIVAL





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De 19 a 23 de maio
Um espaço único na Tijuca que sempre teve música instrumental rolando com o trio da casa e agora vem com um festival da pesada.
A edição deste festival acontece nas unidades Tijuca e Barra.
Vale conferir !

MANHATTAN TRINITY

16 maio 2010

É esse o nome do trio do pianista CYRUS CHESTNUT ( 47 ) que desde 1999 vem gravando basicamente no Japão através da Pony Canyon Records, são 9 cd's até agora sendo seu último trabalho um Songbook do Henry Mancini, chamado "Sunflower".
Contrariamente aos lançamentos nos EUA, que considero bem irregulares, ora tocando spirituals, gospel ou até Elvis Presley com o Manhattan Trinity acompanhado por George Mraz ( b ) e Lewis Nash ( ds ), Cyrus se mantém fiel a linguagem jazzística na sua melhor essencia, com muito bom gosto e particularmente no citado cd com 10 faixas, sendo apenas uma autoral as outras 9, do Mancini vão desde Pink Panther, faixa que abre o cd passando por Sunflower, Mr. Lucky, Dreamsville, Days of Wine and Roses até Moon River em arranjos do próprio Cyrus bem diferentes e das mesmices originais, deixando a vontade e com espaço seus parceiros para solos e improvisos contagiantes, sem duvida dos melhores do Chestnut que vem produzindo sempre, inclusive tendo seu último recém lançado nos EUA, pela Savant "Plenty Swing, Plenty Soul" com Eric Reed ( p ) em duo ou acompanhado por um novo trio com Dezron Douglas ( b ) e Willie Jones III ( ds ), que comentarei proximamente.
Enfim é o grande Cyrus ( inclusive no tamanho ) de volta as melhores influências jazzísticas.

Fui, e desta vez para o Bridgestone em São Paulo a partir de quarta feira.

THE JUBILEE SHOWS # 13

14 maio 2010



JUBILEE SHOWS foi uma série de programas produzidos pela Armed Forces Radio Service (AFRS) durante a II Guerra Mundial para as estações de rádio e serviços de alto-falantes militares.
Apresentamos parte da edição gravada em 29 de janeiro 1945 no estúdio-auditório da NBC em Hollywood, Los Angeles.
Nesta audição: CHARLIE BARNET AND HIS ORCHESTRA e EDDIE HEYWOOD SEXTET.
1.ABERTURA – com o tema Redskin Rhumba (Barnet) – locutor Vermon Smith e o Mestre de Cerimônia Ernie "Bubbles" Whitman.
Formação da Charlie Barnet Orchestra: Charlie Barnet (st, ss e líder) Herbert Le Roy "Peanuts" Holand, Lyman H. Vunk, Jack Mootz, Ernie Thomas Figueroa, Frances Shirley (tp), David Hallet, Zolman Martin, Edward Henry Fromm, Gifford Barnet (tb), Rae De Geer, Lawrence Eugene Kinsey (sa), Eduard Pripps, Kurt Bloom, (st), Robert Poland (sb), Marty Napoleon (pi), John Chance (bx), Turk Van Lake (gt) e Harold Lee Hahn (bat). Andy Gibson, Billy May e George Siravo arranjadores.
2.OBBLE-Ee-EeBOP (improviso) – com a Charlie Barnet Orchestra apresentando o vocal em "scat singing" do trompetista "Peanuts" Holand. A expressão onomatopaica "be bop" supõe-se que seja oriunda da música Hey! Ba Re Bop! vocalizada por Lionel Hampton em 1940 e que por volta de 1945 começou a designar uma moderna escola de Jazz.
3.PLEASE DON'T TALK ABOUT ME WHEN I'M GONE (Sam H. Stept, Sidney Clare.) – canção publicada em 1930 aqui interpretada pelo pianista Eddie Heywood e um sexteto formado pelo trompete de Dick Vance, trombone de Vic Dickenson, Lee Davis ao sax-alto Al Lucas ao baixo e Keg Pusell bateria.
4.CHEROKEE (Ray Noble) – grande clássico do bandleader, compositor, arranjador e ator inglês Ray Noble com ótimo desempenho da Charlie Barnet Orchestra.
5.COTTON TAIL (Duke Ellington) – composta em 1940 baseada nas sequências harmônicas (rhythm changes) do clássico de George Gershwin I Got Rhythm.
6.ENCERRAMENTO – com o tema Redskin Rhumba pela Charlie Barnet Orchestra
Fonte: CD - THE JUBILLE SHOWS Vol.3 – produção de Carl. A. Hällström – Storyville Records (501 1003) – Alemanha – 2003.


LENA HORNE (1917 – 2010)

11 maio 2010


Sem ser essencialmente uma cantora de Jazz, Lena Horne esporadicamente ingressava no setor, participando de musicais, filmes e shows. Ganhou notoriedade quando surgiu no filme “Stormy Weather”,com elenco só com artistas de cor, cantando a canção título que foi o seu maior sucesso.
Esteve no Brasil em 1960, apresentando-se no Copacabana Pálace em 28,29 e 30 de junho. Seu trio integrado por Benny Aronov (p)- Stuart Wheeler(b) e Frank Dunlop (dm) atuou em movimentada Jam Session no Clube Central de Niterói no dia 29.
Em 1940 foi vocalista da banda de Charlie Barnett, mas logo desistiu face ao racismo que imperava na época. Casou-se com Lennie Hayton, pianista, maestro e compositor branco, só que o enlace se deu em Paris e demorou a ser divulgado.
No musical “The lady and her music”, onde contava e cantava sua carreira, que esteve em cartaz durante um ano na Broadway e em Londres, a artista obteve o prêmio “Tony”
que se juntou aos dois “Grammys” que obtivera com seu trabalho fonográfico. Lena Horne faleceu em 16 de maio aos 92 anos de idade.
RIP

RIO DAS OSTRAS JAZZ E BLUES

08 maio 2010

Acontece entre os dias 2 e 6 de junho a oitava edição do Festival Jazz e Blues de Rio das Ostras.

Sem dúvida é o maior festival de música que acontece hoje no estado do RJ e mais uma vez é a oportunidade de ouvir boa música em 5 dias de festival com apresentações em 4 palcos.
E essa edição traz novidade, mais 1 palco na Praça São Pedro para apresentações de novos grupos, além dos palcos da Lagoa de Iriri, a enigmática pedra da Praia da Tartaruga e o palco principal da Costa Azul. É música o dia inteiro desde às 11 da manhã até a virada da meia noite e não por menos passam por Rio das Ostras cerca de 70.000 pessoas em todos os dias de festival, sempre com muita organização, conforto e tranquilidade para quem quer ouvir boa música, marcas registradas desse festival.


E esse ano não vai ser diferente !

Ron Carter, Mulgrew Miller, Russel Malone, Joey Calderazzo e o nosso Raul de Souza formam o time mais jazz desta edição além da Rio Jazz Big Band com a cantora Taryn Spillman.
Na fusão do jazz-rock o elenco não fica atras com as presenças do baixista Victor Bailey, o guitarrista Michael Landau, o trompetista Michael “Patches” Stewart, o trombonista-cantor Glen David Andrews, Stanley Jordan com Armandinho, o grupo T.M. Stevens Project, a baterista Cindy Blackman e nosso grupo mineiro Plataforma C.
E lógico que o blues não vai ficar de fora, esse ano a grande atração é o gaitista Rod Piazza além da guitarra do nosso Andre Cristovam e a Brazilian Blues Band.



Ron Carter é figura conhecida em nossas praias. O contrabaixista do saudoso segundo quinteto de Miles Davis vem liderando um trio com o excelente pianista Mulgrew Miller, que esteve aqui em Ouro Preto ano passado, e o guitarrista Russell Malone. Esta mesma formação em trio do Ron Carter tinha o pianista Jacky Terrason, agora substituido por Mulgrew Miller, e é a certeza de um espetáculo de virtuosismo no mesmo molde do que foi o finado trio Ray Brown-Monty Alexander-Malone. É a segunda apresentação de Russel Malone neste festival, esteve aqui há dois anos, e desta vez tenho certeza que sua guitarra jazz vai falar mais alto. Eu até diria que é o show mais jazz deste festival se não fosse a presença do quarteto do pianista Joey Calderazzo.

Calderazzo era o pianista do monstro e saudoso Michael Brecker e hoje tomou conta do piano de Brandford Marsalis com quem gravou seu último disco Metamorphosen. Possui uma interessante discografia solo e é um pianista de grande intensidade musical e de longos improvisos. Vem acompanhado por Aj Brown contrabaixo, Orlandus Perry III bateria e Brevan Hampden percussão. Esse show promete !


O trombonista Raul de Souza é o nosso nome mais expressivo no instrumento, além de inventor do Souzabone, um trombone de válvula elétrico em dó. Um dos maiores trombonistas do mundo, sem dúvida. Teve seu último lançamento pela Biscoito Fino, 2008, Bossa Eterna, acompanhado por João Donato, Luiz Alves e Robertinho Silva. Apesar das raizes aqui, é raro uma apresentação dele em nossas praias e com certeza é uma grande atração deste festival.


A Rio Jazz Orchestra vem com sua tradicional formação de big band e a frente a cantora Taryn Szpilman. Promete um grande baile nesse festival com seu repertório de música brasileira e a mistura do jazz e música latina.

Glen David Andrews é um jovem trombonista e cantor. Desconhecido da maior parte do público, sua música traz o jazz tradicional de New Orleans com o ritmo das brass bands. É a surpresa do festival, vamos conferir.

O nome fusion desse festival é o baixista Victor Bailey, um representante da nova geração do baixo elétrico que já deixou sua assinatura em grupos como Weather Report, Steps Ahead e a Joe Zawinul Syndicate. É um admirador confesso de Jaco Pastorius. Com certeza será um show eletrizante e vai arregimentar uma legião de fãs do instrumento a assistir um pouco do seu virtuosismo com muito groove, tapping e slap além das suas interpretações solo de standards de jazz. A Victor Bailey Band vem acompanhada por Poogie Bell bateria, Peter Horvath teclados e Dean Brown, o guitarrista do Marcus Miller, guitarra.

Michael “Patches” Stewart é outro nome que teve o berço em New Orleans, seu apelido Patches deu-se pela quantidade de remendos que tinham em suas calças jeans. Participou dos grupos de Al Jarreau, David Sanborn e Marcus Miller e seu último disco Blow (2005) teve boa repercussão, apesar de não ser tão expressivo quanto seu primeiro lançamento Blue Patches, mais acústico e com uma densidade mais jazz onde foi acompanhado por Gerald Albright, Jacky Terrason, Charles Fambrough e Lenny White. Sua música hoje está um pouco carregada de eletrônica e samples, uma tendência atual quando o foco se torna comercial, e isso está está muito evidente em seu último disco Blow. Apesar de rotulada como smooth, acredito que sua música vai transformar Rio das Ostras em um grande lounge.

Michael Landau apresenta o lado mais rock desse festival. É um guitarrista daqueles virtuosos, muita nota e muito efeito. Músico muito requisitado em estúdio como sideman ou como compositor de trilhas sonoras de cinema e séries de TV. Nome imponente na guitarra rock hoje, é um entusiasta das modelo Strato. Para quem gosta é prato cheio e também vai levar seu fã clube para o festival. Lançou este ano ao lado do guitarrista Robben Ford, Jimmy Haslip e Gary Novak um CD chamado Renegade Creation e não deixa por menos, joga em todas, do rock ao blues. Vem na formação de Power Trio com o baixista Andy Hess, que também é sideman do Robben Ford, e o baterista Gary Novak.

Stanley Jordan não é novidade, já é de casa. Sempre acompanhado pelo contrabaixista Dudu Lima e pelo baterista Ivan Mamão Conti, traz junto para esse festival a guitarrinha regional de Armandinho Macedo. Curiosa abordagem e deve sair daquele mesmice de sempre e promete um bom show.

E tem mais baixo elétrico em destaque, T.M. Stevens é daqueles de estilo muito exótico. Seu som pesado mescla o rock, o funk e o reggae bem ao estilo do seu visual onde também faz uso das suas intervenções vocais. E não à toa, sua banda é formada pelo guitarrista Blackbyrd McKnight, que fez parte do grupo Funkadelic de George Clinton e da fase elétrica de Miles Davis, a excelente baterista Cindy Blackman e o tecladista Delmar Brown. Um show curioso, a audiência fusion vai gostar muito !

Rod Piazza é o nome blues desse festival ao lado do seu grupo The Mighty Flyers. Cantor, gaitista e líder da banda, tem no som de sua gaita a influência marcante de Little Walter e George Harmonica Smith, dois gigantes no instrumento na praia do blues. Em suas dinâmicas apresentações tem presença marcante no palco e não costuma deixar ninguém parado cujo show traz muita energia e interação com a platéia. A banda The Mighty Flyers é formada pela pianista e esposa Honey Alexander, Henry Carvajal guitarra e Dave Kida bateria.

André Cristóvam é o nosso nome do blues. Marcou história em nossa discografia blues com o disco Mandinga (1989) como sendo o primeiro disco lançado aqui classificado como blues e cantando em português. Ano passado promoveu uma turnê celebrando os 20 anos deste lançamento e cujo CD foi relançado esse ano.
A Brazilian Blues Band traz o blues da capital federal com muita pegada de rock e soul.

PROGRAMAÇÃO

dia 2 de junho, quarta-feira
COSTAZUL, 20h : Orquestra Kuarup, Brazilian Blues Band e André Christóvam

dia 3 de junho, quinta-feira
Lagoa de IRIRY, 14h15 : André Christovam
Praia da Tartaruga, 17h15 : Joey Calderazzo Quartet
COSTAZUL, 20h : Plataforma C, Raul de Souza, Michael Landau Group e Stanley Jordan e Armandinho

dia 4 de junho, sexta-feira
Lagoa de IRIRY, 14h15 : Rod Piazza & The Mighty Flyers
Praia da Tartaruga, 17h15 : Stanley Jordan e Armandinho
COSTAZUL, 20h : Ron Carter, Russel Malone e Mulgrew Miller, Joey Calderazzo Quartet, Michael “Patches” Stewart e Rio Jazz Big Band & Taryn Spilzman

dia 5 de junho, sábado
Lagoa de IRIRY, 14h15 : Michael Landau Group
Praia da Tartaruga, 17h15 : Michael “Patches” Stewart
COSTAZUL, 20h : Victor Bailey Band, Rod Piazza & The Mighty Flyer, T.M. Stevens Project & Cindy Blackman, Delmar Brown e Blackbyrd Mc Knight, Glen David Andrews Band

dia 6 de junho, domingo
Lagoa de IRIRY, 14h15 : Victor Bailey Band
Praia da Tartaruga, 17h15 : T.M. Stevens Project & Cindy Blackman, Delmar Brown e Blackbyrd Mc Knight

Assessoria de Imprensa : Tempo 3 Comunicação

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THE JUBILEE SHOWS # 12

07 maio 2010





JUBILEE SHOWS foi uma série de programas produzidos pela Armed Forces Radio Service (AFRS) durante a II Guerra Mundial para as estações de rádio e serviços de alto-falantes militares.
Apresentamos parte da edição gravada em novembro de 1943 no estúdio-auditório da NBC em Hollywood, Los Angeles.
Nesta audição: NOBLE SISSLE AND HIS ORCHESTRA, BARNEY BIGARD e SISTER ROSETTA THARPE.
1. ABERTURA – com o tema One O'Clock Jump (Basie) – locutor Vermon Smith e o Mestre de Cerimônia - Ernie "Bubles" Whitman.
Formação da Noble Sissle Orchestra: Edna Williams, Wendell Cully, George Winfield, Demas Dean (tp), Niccolaiih El Michelle aka Herb Fleming, Chester Burrill (tb), Jerome Don Pasquall (cl, sa), Ben Whitted, Eugene Mikell (sa), Paul Cubinar (st), Harry Brooks (pi), Jimmy Jones (bx) e Wilbert Kirk (bat).
Sissle nasceu em Indianapolis, Indiana, em 10 de julho de 1889, compositor, maestro, cantor e instrumentista. Organizou uma banda em Indianapolis, 1915, mudou-se para Baltimore e encontrou Eubie Blake, 1915. Em 1917 se juntou com a orquestra de dança de James Reese Europe, e viajou pela Europa com 369 Infantaria Regimental Band. De 1917 a1919; E.U. excursionou com Blake como Dixie Duo. Com Blake, escreveu os musicais Shuffle Along, 1921e Chocolate Dandies, 1924. Com uma grande orquestra excursionou por todo os EUA e Europa. Trabalhou como disc-jóquei em Nova York até meados dos anos 1950. Faleceu em dezembro de 1975.


2. SKATER'S WALTZ (Waldteufel) – com a Noble Sissle Orchestra.

3. C JAM BLUES (Duke Ellington) – grande clássico de Ellington com Barney Bigard acompanhado pelo pianista Phill Moore, trompetista McCloure Morris, baixo e bateria de Sissle. Bigard era um creole nascido em New Orleans, estudou música e clarineta com Lorenzo Tio. Ele se mudou para Chicago no início dos anos 1920, onde trabalhou com Joe "King" Oliver. Durante este período, grande parte de suas gravações foi com Oliver e outros, incluindo o clarinetista Johnny Dodds. Em 1927 se juntou à banda de Duke Ellington, em Nova York, onde permaneceu até 1942. Com Ellington, ele foi o solista de clarinete em destaque, ao mesmo tempo fazendo alguns trabalhos na seção dos saxes com o tenor o qual executava também com grande destreza.
4.HEY, LAWDY MAMA (Amos Easton) – aqui a banda de Sissle com uma curiosidade a trompetista Edna Williams também vocaliza com ótima interpretação. The International Sweethearts of Rhythm foi a primeira banda integrada só de mulheres nos Estados Unidos. Durante a década de 1940 a banda contava com alguns dos melhores músicos do sexo feminino. Executavam o jazz, em um circuito nacional, que incluiu o Teatro Apollo em Nova York, o Regal Theater em Chicago e o Teatro Howard em Washington. Tem sido identificado como "a mais importante e provavelmente a melhor agregação feminina da era Big Band" da qual Edna foi a trompetista "lead" e eventual vocalista.
5.THAT'S ALL (Tradicional) – Rosetta Tharpe (1915 1973) foi uma cantora pioneira do gospel, também compositora e guitarrista alcançou grande popularidade nos anos 1930 e 1940 com uma original mistura de spirituals e acompanhamento jazzístico. Ela se tornou a primeira grande estrela da gravação da música gospel ao final dos anos 1930.

6.BLUES IN THE NIGHT (Harold Arlen, Johnny Mercer) – canção que se tornou sucesso popular considerada como parte do Great American Songbook. Composta em 1941 para introdução do filme Hot Nocturne depois lançado com o título de "Blues in the Night". Foi uma das nove canções nominadas pela Academy Award for Best Original Song. É um blues levado em "eight-to-the-bar", ou seja um boobie-woogie orquestrado, mas naturalmente como boogie destaca-se o pianista Harry Brooks.
7.ENCERRAMENTO – com o tema One O'Clock Jump pela Noble Sissle Orchestra.
Fonte: CD - THE JUBILLE SHOWS Vol.10 – produção de Carl. A. Hällström – Storyville Records (501 1010) – Alemanha – 2005.


DANIEL GARCIA QUINTET – SPEAK NO EVIL

06 maio 2010

Pequena amostra do que foi a apresentação de “Speak No Evil”, de Wayne Shorter pelo quinteto de Daniel Garcia, na quarta-feira, 5 de maio de 2010, na Sala Baden Powell.

Não encontrei diversos membros do CJUB e os habituais comensais que andam pelas noites de jazz do Rio. Agora o publico é outro, muitos jovens e caras novas. Salve o jazz que aumenta dia a dia seus apreciadores. Pelo menos no Rio as casas estão sempre cheias.

Desculpe pela filmagem, muita gente, sentei nos lugares de trás no mezanino com o Coutinho e usei uma precária filmadora de bolso chinesa. O Youtube também sacaneia, não permite vídeo com mais de 10 minutos. Enjoy!



BRIDGESTONE JAZZ FESTIVAL

05 maio 2010

Acontece entre os dias 19 e 22 de maio no Citibank Hall em São Paulo a terceira edição do Bridgstone Jazz Festival. Mais uma vez o festival acontece somente em SP.

Segue o release divulgado do festival -

3º Bridgestone Music traz músicos cultuados e revelações do jazz e da música negra a SP Ahmad Jamal, The Overtone Quartet, Christian McBride, Melissa Walker, Uri Caine, Barbara Walker, Dee Alexander, Don Byron, Christian Scott e Daniel Piazzolla entre outros são as atrações do festival, que terá uma noite a mais no Citibank Hall, de 19 a 22 de maio.
Quem acompanhou as duas primeiras concorridas edições do Bridgestone Music Festival já sabe que pode retornar neste ano ao Citibank Hall (em São Paulo, de 19 a 22 de maio) com a garantia de poder apreciar mais uma vez atrações inéditas e de alto nível musical. Afinal esta é a meta artística desse evento de prestígio internacional, com patrocínio da Bridgestone do Brasil.








Foi assim no ano passado, quando o Bridgestone Music dedicou duas noites inesquecíveis em comemoração dos 50 anos do álbum Kind of Blue (obra-prima do jazzista Miles Davis) com o lendário baterista Jimmy Cobb e a So What Band. Foi assim também na vibrante noite de soul music que reuniu a veterana cantora Bettye LaVette e a jovem dupla Tokunbo Akinro & Morten Klein. Inesquecivel para muitos foi ainda a noite da cantora e compositora René Marie e do trompetista Jeremy Pelt que dividiu com Robert Glasper elogios generosos em suas passagens por São Paulo.


Shows criados para o festival
Aclamado pelo público e pela crítica, o Bridgestone Music volta neste ano a combinar vários gêneros da música negra contemporânea, incluindo uma noite extra de shows. Agora são quatro noites de música de qualidade. Outro diferencial que confere um caráter único ao festival está no fato de grande parte de suas atrações – da formação dos grupos ao repertório musical – ser preparada especialmente para o evento.

Esse é o caso do show da elogiada cantora norte-americana Melissa Walker, ainda inédita no Brasil, que vai se apresentar com Christian McBride, um dos contrabaixistas e bandleaders mais festejados da cena atual do jazz. Inédito também será o concerto do baterista Daniel “Pipi” Piazzolla, astro do jazz contemporâneo argentino. Liderando o sexteto Escalandrum, ele interpreta pela primeira vez ao vivo as mais conhecidas obras de seu avô Astor Piazzolla, o grande revolucionário do tango, em apresentação especial para o Bridgestone Music Festival.









Banda "all stars" e lenda do piano
Outra atração que fará sua estréia em palcos brasileiros é o recém-formado The Overtone Quartet, o grande sucesso dos festivais de verão em 2009 na Europa, que destaca quatro dos músicos de jazz mais cultuados da atualidade - o baixista Dave Holland, o pianista Jason Moran, o saxofonista Chris Potter e o baterista Eric Harland – o que se costuma de chamar de banda all stars nos meios musicais. E o que mais se pode dizer sobre o fantástico norte-americano Ahmad Jamal, um dos maiores pianistas do jazz moderno que tinha entre seus fãs mais ardorosos ninguém menos que o genial Miles Davis ? Como fez em suas edições anteriores, além da já citada Melissa Walker, o 3º Bridgestone Music também traz outras brilhantes cantoras ainda inéditas no país. Destacada recentemente pela conceituada revista “Down Beat”, como autora de um dos melhores discos de jazz da última década,lançado em 2009. Dee Alexander é um tesouro vocal de Chicago que a platéia brasileira ainda desconhece e vai se surpreender. Ex-integrante da banda de soul Pieces of a Dream, a eletrizante Barbara Walker vai se juntar ao eclético pianista e compositor Uri Caine cuja banda Bedrock mistura diferentes estilos da música negra como soul, funk e rhythm & blues.
Conexões entre gêneros musicais
O gospel, o soul e o blues também são referências importantes na nova banda do clarinetista, saxofonista e compositor nova-iorquino Don Byron, outro músico eclético que já comandou projetos bem diversos. O New Gospel Quintet destaca também os vocais da carismática DK Dyson. Outra revelação recente que promete surpreender a platéia paulista é o norte-americano Christian Scott, eleito “melhor trompetista em ascensão” pelos críticos da revista “Down Beat” no ano passado e que apresenta o jazz do futuro como os críticos classificam seu trabalho focado na música negra urbana americana.

Fiel a seu conceito original de criar conexões entre diversos estilos e gêneros musicais e atento as novas criações o festival acrescenta neste ano mais uma noite às três das edições anteriores, mantendo o aprovado formato do programa duplo conhecidas como double bill.

AGENDA
dia 19, quarta-feira
CHRISTIAN SCOTT QUINTET
URI CAINE & BARBARA WALKER

dia 20, quinta-feira
DEE ALEXANDER & EVOLUTION ENSEMBLE
AHMAD JAMAL

dia 21, sexta-feira
THE OVERTONE QUARTET : DAVE HOLLAND, JASON MORAN, CHRIS POTTER, ERIC HARLAND
PIAZZOLLA y PIAZZOLLA : DANIEL PIAZZOLLA & ESCALANDRUM

dia 22, sexta-feira
MELISSA WALKER & CHRISTIAN McBRIDE
DON BYRON & NEW GOSPEL QUINTET

http://www.bridgestonemusic.com.br/

Local: CITIBANK HALL - Al. dos Jamaris, 213, Moema, SP
Horário: 21h
Abertura da casa: 1h30 antes do espetáculo
Estacionamento: terceirizado: R$ 25,00 (com manobrista)
Acesso para deficientes
Ar condicionado

PREÇOS DE INGRESSOS
CAMAROTES, R$120,00
NAS MESAS SETOR VIP, R$100,00
NAS MESAS SETOR I, R$70,00
NAS MESAS SETOR II, R$60,00
NAS MESAS SETOR III, R$50,00

Assessoria de Imprensa
MAIC Comunicação
maic@maic.com.br


HOMENAGEM A ROB McCONNELL

04 maio 2010

1 e 3 do CD - All In Good Time –Toronto – Canada – (Sea Breeze Jazz – CD-SB-105) 1982 – vencedor do GRAMMY - Best Jazz Instrumental Performance by a Big Band.
2 e 4 do LP - THE JAZZ ALBUM – Rob McConnell & The Boss Band – Gravação da Canadian Broadcasting Corp. – Los Angeles 1976 - (Pausa PR-7031).
Segundo álbum editado de McConnell tendo recebido nomeação para Best Jazz Instrumental Performance by a Big Band.

1. I GOT RHYTHM (G. Gershwin)
2. PORTRAIT OF JENNY (Burdge / Robinson / Chappell)
Formação da banda em 1 e 3: Rob McConnell (tb válvula e arranjos), Moe Koffman, Jerry Toth (fl, sa, cl), Eugene Amaro, (fl, st, cl), Rick Wilkins (cl, st), Gary Morgan (cl baixo, sb), , Guido Basso, Sam Noto, Bruce Cassidy (tp, flg), Ian McConnell, Bob Livingston, Dave McMurdo, Ron Hughes (tb), Dick Berg e George Stimpson (french horn), Ed Bickert (gt), Jimmy Dale (pi), Don Thompson (bx), Terry Clarke (bat) e Micheal Craden (percussão).
3. IT'S HARD TO FIND ONE (Rob McConnell)
4. PHIL NOT BILL (Rob McConnell)
Formação da banda em 2 e 4 – Bob Leonard no lugar de Gary Morgan, Dave Woods e John MacLeod (tp) no lugar de Arnie Chycosk e Erich Traugott, Steve Wallace no lugar de Don Thompson e Brian Leonard no lugar de Micheal Craden.

Para baixar e guardar:
http://www.divshare.com/playlist/713376-208

JOYCE COLLINS


Notícia muito triste foi o falecimento de Joyce Collins, pianista e cantora que por diversas vezes esteve no Brasil. Nos conhecemos numa “Jam Session” no programa de Arlindo Coutinho e ela já sabia da existência do meu programa na Fluminense, porque o guitarrista Julio Costa, que lá estivera comentara com ela. Logo marcamos sua visita ao nosso programa, ocasião em que rodaríamos o seu CD “Sweet Madness “ e claro,conversaríamos sobre sua carreira e generalidades do Jazz. E assim foi. Em setembro de 1991, realizamos o programa e como surpresa convidei-a para ir lá em casa, onde poderíamos conversar com mais calma e tempo. Isso foi feito e após o lanche Joyce viu nossos discos, livros, arquivos etc. não deixando de elogiar algumas peças da minha discoteca.
Em setembro de 1993, nova visita ao Rio e claro, ao nosso programa na Fluminense onde além de rodar seu CD, falamos bastante sobre os brasileiros radicados nos E.Unidos. Joyce que tinha domínio absoluto do nosso ritmo, gravou algumas faixas com seção rítmicas “brasileira” com Otavio Bailly e Cláudio Slon.
Ainda nos falamos outras vezes , pois sempre que Joyce vinha ao Brasil me telefonava para saber das novidades. Eu então lhe perguntava sobre os seus gatos, um dos quais foi homenageado com o tema “Vermelho”, que, ao que parece foi batizado por Oscar Castro Neves.
A notícia do passamento de Joyce veio atrasada. O mesmo se deu em 3 de janeiro e não foi divulgado. Joyce contava 80 anos de idade.
RIP

ROB McCONNELL (1935-2010)


Mais uma vez foi mestre Raffa que me informou. Faleceu Rob McConnell, talvez o mais importante músico da história do Jazz no Canadá. Sua big-band ultrapassou toda e qualquer expectativa, em termos de execução de seus arranjos e do naipe de grandes solistas que abrigava, entre eles Moe Koffman, Ed Bickert, Don Thompson e
Guido Basso . A “Big Boss Band” ainda gravou com imortantes artistas como Mel Tormé e os Singers Unlimitad. Entre as muitas honrarias que recebeu, contam sua inclusão no “Canadian Music Hall of Fame” (1997) e a “Order of Canada” (1998). Um câncer vitimou o maestro que faleceu aos 75 anos.

DANIEL GARCIA EM NOVO SHOW – SPEAK NO EVIL

Wayne Shorter ajudou a definir um novo estilo de jazz em meados dos anos 60. O hard bop, desenvolvido após muito contato com John Coltrane, com quem aprendeu muita coisa, transformou Shorter num extraordinário músico e compositor.

Depois do sucesso da apresentação anterior de Giants Steps de Coltrane, Daniel Garcia volta ao palco tocando o Speak No Evil, no mesmo estilo de Shorter. A meu ver, pelo que ele fez com Coltrane, a coisa não vai ser diferente para este dedicado e excelente músico Daniel Garcia.

Convoco a todos a comparecerem nesta quarta feira na Sala Baden Powell, em Copa. Tenho certeza de que ninguém vai se arrepender, ao contrário, vai sair de lá certo de que assistiu a algo que poucas vezes se vê em termos de jazz no Rio.

CLÁSSICOS DO JAZZ AO VIVO - WAYNE SHORTER SPEAK NO EVIL
SALA MUNICIPAL BADEN POWELL
Av. Nossa Senhora de Copacabana, 360
Show com o clássico álbum de Wayne Shorter na íntegra
05 de maio
Quarta: às 19h30
Daniel Garcia - saxofone
Ana Azevedo - piano
Altair Martins - trompete
Augusto Mattoso - baixo
Kleberson Caetano - bateria
R$ 30,00 inteira
Classificação Livre

ROB McCONNELL (1935-2010)

Li ontem que o grande musico,compositor e arranjador canadense Rob Mcconnell morreu no dia primeiro de maio. Mesmo sabendo que todos iremos embora algum dia é uma perda muito grande para os que ,como eu, adoravam a musica que Rob Mcconnell e sua "Boss Brass" faziam.Tenho alguns discos e todos são absolutamente sensacionais,imperdiveis pra quem gosta de big bands. Arranjos criativos,até mesmo ousados mas com um pé muito firme na tradição jazzistica,excepcionais musicos ,não ha um musico mediano sequer em qualquer das formações dessa big band. E uma discografia de respeito que vale a pena correr atras.
Deixo para os amigos Lula e Apostolo a tarefa de fornecer maiores e mais detalhadas informações sobre o grande Rob Mcconnell.
Deixo para os anigos o link para essa espetacular performance ao vivo da espetacular "Boss Brass" com Rob Mcconnell a frente -