Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

UM SHOW DE WILLIANS PEREIRA

20 maio 2007

Willians Pereira é um grande violonista !
Após seu trabalho com o Trio Taluá e seu disco solo Dom Quixote, ambos lançados pela Delira Musica, consolidou-se como uma das mais expressivas vozes do nosso violão instrumental.
Um músico que se preocupa de verdade com a harmonia, com o desenho das vozes, sem o exagerado excesso de notas e, claro, acima de tudo, com muito talento.

Volta aos palcos na próxima quarta-feira, 23/05, com o show Sobre o Encanto e a Delicadeza, com a participação mais que especial de Maurício Einhorn.

O local : Teatro Solar de Botafogo, Rua General Polidoro 180 - Botafogo
A hora : 20hs
O ingresso : R$ 20,00

RENDIÇÃO

17 maio 2007

O blog é de jazz mas pouco tempo atrás incluiu-se a variante “jazz & bossa”. E foi dentro desse contexto que me arrisco a fazer uma resenha sobre o último CD da ótima vocalista Jane Monheit, que, por certo, alguns cejubianos conhecem de perto e ao vivo, já que ela mandou ver no Bourbon Street, São Paulo, e Mistura Fina, Rio. Nascida em 3 de novembro de 1977 – escorpiana em grau e gênero - , Oakdale, Long Island, veio de família musical. O interessante que quando menina estudou clarinete, além de teoria musical. Como vocalista, em 1994, foi aluna de Peter Eldridge – leia-se New York Voices – na Manhattan School Of Music. Em 1998, quase profissional, foi segunda colocada no Thelonious Monk International Jazz Competition. De lá para cá gravou 6 CDs, sempre bem amparados pela crítica. Difícil não reconhecer em Monheit uma das vozes mais bonitas do cenário jazzístico atual. E desde o início de carreira confessa uma ostensiva simpatia pela música brasileira. É o caso de seu último álbum, “Surrender”, lançado agora nos Estados Unidos.
Essa simpatia pela nossa música vem agora recheada pelas presenças de Sérgio Mendes, arranjos e teclados, Ivan Lins, teclados, arranjos e vocal, e Paulinho da Costa, percussão. Outros conceituados músicos participam do projeto, como Toots Thielemans (harmônica), o argentino Jorge Calandrelli (produção e arranjos), Alphonso Johnson (contabaixo), Dave Carpenter (contrabaixo), Gary Foster( sax), Ari Ambrose (sax), Rick Montalbano (ex-marido, bateria), entre outros. O repertório é de extremo bom gosto, passando pelo clássico do próprio Sérgio Mendes (So Many Stars), A Time For Love (Johnny Mandel), If You Went Away (Preciso Aprender A Ser Só, Marcos Valle), Só Tinha De Ser Com Você e Caminhos Cruzados (Jobim), Moon River (Mancini), Like A Lover (Dori) e a lindíssima Rio De Maio (Ivan Lins & Celso Viáfora), um momento à parte no CD. Monheit ainda não domina a nossa língua com facilidade. Às vezes isso atrapalha um pouco. Mas como sempre acho que a intenção é que vale, coloco esse constrangimento em segundo plano. O CD, no mínimo, é de certa forma humilhante para nosotros tupiniquins. Difícil ver entre nós um álbum tão bem cuidado, com um varal de cordas, arranjos caprichados, tudo em prol da boa música.

Som na caixa
Jane Monheit - So Many Stars


16 maio 2007

02. ART PEPPER (C)
Final da Discografia

Editamos este final de discografia iniciando-a em função do comentário de NELSON REIS, que como nós tem o album "ART PEPPER PLUS ELEVEN" como um de seus preferidos.
Art Pepper With Marty Paich Orchestra (arranjos de Marty Paich)
Pete Candoli e Jack Sheldon (trumpetes), Dick Nash (trombone), Bob Enevoldsen (trombone de válvulas e sax.tenor), Vince DeRosa (french horn), Art Pepper (clarinete, sax.alto e sax.tenor), Herb Geller (sax.alto), Bill Perkins (sax.tenor), Med Flory (sax.barítono), Russ Freeman (piano), Joe Mondragon (baixo) e Mel Lewis (bateria).
14/03/1959, Los Angeles, Califórnia. Álbum da Contemporary (também Fantasy): “Art Pepper + Eleven - Modern Jazz Classics”.
1. Opus De Funk
2. 'Round About Midnight
3. Walkin' Shoes
4. Airegin

Art Pepper With Marty Paich Orchestra (arranjos de Marty Paich)
Al Porcino e Jack Sheldon (trumpetes), Dick Nash (trombone), Bob Enevoldsen (trombone de válvulas e sax.tenor), Vince DeRosa (french horn), Art Pepper (clarinete, sax.alto e sax.tenor), Bud Shank (sax.alto), Bill Perkins (sax.tenor), Med Flory (sax.barítono), Russ Freeman (piano), Joe Mondragon (baixo) e Mel Lewis (bateria).
28/03/1959, Los Angeles, Califórnia. Álbum da Contemporary (também Fantasy): “Art Pepper + Eleven - Modern Jazz Classics”.
1. Groovin' High
2. Shaw 'Nuff
3. Anthropology
4. Donna Lee
5. Donna Lee (alternate take)

Art Pepper With Marty Paich Orchestra (arranjos de Marty Paich)
Al Porcino e Jack Sheldon (trumpetes), Dick Nash (trombone), Bob Enevoldsen (trombone de válvulas e sax.tenor), Vince DeRosa (french horn), Art Pepper (clarinete, sax.alto e sax.tenor), Charlie Kennedy (sax.alto), Richie Kamuca (sax.tenor), Med Flory (sax.barítono), Russ Freeman (piano), Joe Mondragon (baixo) e Mel Lewis (bateria).
12/05/1959, Los Angeles, Califórnia. Álbum da Contemporary (também Fantasy): “Art Pepper + Eleven - Modern Jazz Classics”.
1. Move
2. Four Brothers
3. Bernie's Tune
4. Walkin'
5. Walkin' (alternate take 1)
6. Walkin' (alternate take 2)

Gravações com Henry Mancini em 1960,
Buddy Rich em 1968, o “Retorno” em 1975
Henry Mancini And His Orchestra
Art Pepper (clarinete), Pete Candoli (trumpete), Dick Nash (trombone), Ted Nash (flauta e sax.alto), Ronny Long (flauta e sax.barítono), Larry Bunker (vibrafone), Johnny Williams (piano), Bob Bain (guitarra), Rolly Bundock (baixo), Ramon Rivers (conga) e Shelly Manne (bateria).
14, 17 e 21/06/1960, Los Angeles, Califórnia. Album da RCA Victor: “Henry Mancini - Combo ! “.
01. Moanin'
02. Sidewalks Of Cuba
03. Dream Of You
04. Swing Lightly
05. Castle Rock
06. A Powdered Wig
07. Playboy's Theme
08. Tequila
09. Far East Blues
10. Charleston Alley
11. Scandinavian Shuffle
12. Everybody Blow

The Buddy Rich Big Band
Art Pepper (sax.alto, clarinete e flauta), Buddy Rich (bateria) e orquestra sem identificação.
10/07/1968, Los Angeles, Califórnia. Album da World Pacific: “Buddy Rich - Mercy, Mercy”.
01. Mercy, Mercy, Mercy
02. Preach And Teach
03. Channel 1 Suite
04. Big Mama Cass
05. Goodbye Yesterday
06. Acic Truth
07. Alfie
08. Ode To Billie Joe

Art Pepper Quartet
Art Pepper (sax.alto), Hampton Hawes (pianos acústico e elétrico), Charlie Haden (baixo) e Shelly Manne (bateria).
09/08/1975, Los Angeles, Califórnia. Album da Contemporary: “Art Pepper - Living Legend”.
01. Ophelia
02. Here's That Rainy Day
03. What Laurie Likes
04. Mr. Yohe
05. Lost Life
06. Samba Mom Mom
07. Samba Mom Mom (alternate take)

No Japão e no Village Vanguard

Art Pepper Quartet
Art Pepper (sax.alto), Smith Dobsen (piano), Jim Nichols (baixo) e Brad Bilhorn (bateria).
23/01/1977, Half Moon Bay, Japão. Album da Soryville: “Art Pepper - A Night In Tunisia”. Album da japonesa Trio: “Art Pepper Memorial Collection, Vol. 4 - A Night In Tunisia”.
01. Mr. Yohe
02. The Trip
03. Lost Life
04. A Night In Tunisia

Cal Tjader Septet
Art Pepper (sax.alto), Cal Tjader (vibrafone em 05, 06 e 07), Clare Fischer (piano elétrico), Bob Redfield (guitarra em 05, 06 e 07), Rob Fisher (baixo), Pancho Sanches (percussão) e Peter Riso (bateria).
05/04/1977, Japão. Album da Polydor: “Art Pepper - First Live In Japan”.
01. Cherokee
02. The Spirit Is Here
03. Here's That Rainy Day
04. Straight Life
05. Manteca
06. Manhã de Carnaval
07. Felicidade

Art Pepper Quartet
Art Pepper (saxes alto e tenor, clarinete), George Cables (piano), George Mraz (baixo) e Elvin Jones (bateria).
28/07(03 sets), 29/07(03 sets) e 30/07/1977(03 sets), Village Vanguard, New York. Albuns da Contemporary: “Art Pepper Live At The Village Vanguard”, “Art Pepper - Friday Night At The Village Vanguard”, “Art Pepper - Thursday Night At The Village Vanguard” e “Art Pepper - The Complete Village Vanguard Sessions”. Album da Fantasy: “Art Pepper - More For Les: At The Village Vanguard, Vol. 4”.
01. Blues For Heard
02. Scrapple From The Apple
03. But Beautiful
04. My Friend John
05. Cherokee
06. Blues For Heard
07. For Freddie
08. Valse Triste
09. Live At The Vanguard
10. Caravan
11.Blues For Heard
12. Over The Rainbow
13. The Trip
14. Blues For Les
15. A Night In Tunisia
16. No Limit
17. Valse Triste
18. My Friend John
19. You Go To My Head
20. Cherokee
21. Blues For Heard
22. Blues For Heard
23. Anthropology
24. These Foolish Things
25. For Freddie
26. Blues For Heard
27. Las Cuevas De Mario
28. Stella By Starlight
29. Goodbye
30. Vanguard Max
31. Blues For Heard
32. Vanguard Max
33. Las Cuevas De Mario
34. Goodbye
35. For Freddie
36. Blues For Heard
37. My Friend John
38. More For Les
39. Cherokee
40. Blues For Heard
41. For Freddie
42. More For Les
43.Caravan
44. Labyrinth
45. My Friend John

The Gauntlet (trilha sonora)
Art Pepper (sax.alto) e Jon Faddis (trumpete).
13 e 15/09/1977, Los Angeles, Califórnia. Album da Warner: “Art Pepper - The Gauntlet”.
01. The Pick Up
02. Manipulation On The Center Divider

Art Pepper Quartet
Art Pepper (sax.alto), Milcho Leviev (piano), Bob Mugnusson (baixo) e Carl Burnett (bateria).
14/03/1978, YBC TV Hall, Yamagata, Japão. Album da Tofrec: “Art Pepper Live In Yamagata '78 - Not A Through Street”. Albuns da japonesa Trio: “Art Pepper Memorial Collection, Vol. 1 - My Laurie” e “Art Pepper Memorial Collection, Vol. 2 - The Summer Knows”.
01. Ophelia
02. Besame Mucho
03. My Laurie
04. Caravan
05. The Trip
06. The Summer Knows
07. Red Car

Art Pepper Quartet
Art Pepper (sax.alto e clarinete), George Cables (piano), Tony Dumas (baixo) e Billy Higgins (bateria).
16/07/1979, Yubin Chokin Hall, Tokyo, Japão. Albuns da Galaxy: “Art Pepper – Landscape” (também Fantasy OJC), “Art Pepper - Besame Mucho” e “Art Pepper - The Complete Galaxy Recordings”.
01. True Blues
02. Avalon
03. The Trip
04. Landscape
05. Sometime
06. Mambo De La Pinta
07. Red Car
08. Over The Rainbow
09. Mambo Koyama
10. Straight Life
11. Besame Mucho

Kei Ishiguro With Art Pepper Quintet
Art Pepper (sax.alto), Hiromasa Suzuki (piano elétrico), Tsunehide Matsuki (guitarra), Akira Okazawa (baixo elétrico), Shuichi Murakami (bateria) e Kei Ishiguro (vocal).
23/07/1979, JVC Studios, Tokyo, Japão. Album da japonesa Victor: “Kei Ishiguro – Adlib”.
01. Kurayami No Love Song
02. Konban Ohima

Gravações com Sonny Stitt e “with strings” em
1980, Dinanmarca, George Cables, o final
Sonny Stitt Quintet
Art Pepper e Sonny Stitt (saxes alto), Lou Levy (piano), Chuck DeMonica (baixo) e Carl Burnett (bateria).
28 e 29/07/1980, Los Angeles, Califórnia. Album da Atlas: “Sonny Stitt - Groovin' High”.
01. Scrapple From The Apple
02. Wee
03. Bernie's Tune
04. How High The Moon
05. Walkin'
06. Groovin' High

Sonny Stitt Quintet
Mesma formação anterior, mas Russ Freeman substitui Lou Levy ao piano e John Hard substitui Chuck DeMonica no baixo. Art Pepper também sola sax.tenor.
30 e 31/07/1980, Los Angeles, Califórnia. Album da Atlas: “Sonny Stitt - Atlas Blues Blow And Ballads”.
01. Atlas Blues
02. Lester Leaps In
03. Autumn In New York
04. My Funny Valentine
05. Lover Man
06. Imagination

Art Pepper Quintet With Strings (arranjos de Bill Holman e Jimmy Bond).
Art Pepper (sax.alto e clarinete), Stanley Cowell (piano), Howard Roberts (guitarra), Cecil McBee (baixo) e Carl Burnett (bateria). Sessão de cordas com 12 componentes.
03 e 04/09/1980, Fantasy Studios, Berkeley, Califórnia. Álbuns da Galaxy: “Art Pepper - Winter Moon” (também Fantasy OJC) e “Art Pepper - The Complete Galaxy Recordings”.
01. Our Song
02. Here's That Rainy Day
03. That's Love
04. Winter Moon
05. When The Sun Comes Out
06. Blues In The Night
07. The Prisoner
08. Ol' Man River
09. Here's That Rainy Day (alternate take)
10. Winter Moon (alternate take)
11. When The Sun Comes Out (alternate take)
12. Our Song (alternate take)
13. The Prisoner (alternate take)

Art Pepper - Duke Jordan Quartet
Art Pepper (sax.alto e clarinete), Duke Jordan (piano), David Williams (baixo) e Carl Burnett (bateria).
03/07/1981, Cafe Mountmartre, Jazzhus, Copenhagen, Denmark. Album da Galaxy: “Art Pepper With Duke Jordan In Copenhagen 1981”.
01. Blues Montmartre
02. What Is This Thing Called Love?
03. Over The Rainbow
04. Caravan
05. Rhythm-A-Ning
06. You Go To My Head
07. Besame Mucho
08. Cherokee
09. Radio Blues
10. Good Bait
11. All The Things You Are

Art Pepper - George Cables Duo
Art Pepper (sax.alto) e George Cables (piano).
13 e 14/04/1982, Berkeley, Califórnia. Albuns da Galaxy: “Art Pepper/George Cables - Tete-A-Tete”(também Fantasy OJC) e “Art Pepper - The Complete Galaxy Recordings”.
01. Over The Rainbow
02. Tete-A-Tete
03. Down That Dream
04. Body And Soul
05. The Way You Look Tonight
06. 'Round About Midnight
07. You Go To My Head
08. A Night In Tunisia
08. Samba Mom-Mom
10. Last Thing Blues
11. Over The Rainbow (alternate take)
12. Body And Soul (alternate take)

Art Pepper - George Cables Duo
Art Pepper (sax.alto e clarinete) e George Cables (piano).
11 e 12/05/1982, Fantasy Studios, Berkeley, Califórnia. Albuns da Galaxy: “Art Pepper - The Complete Galaxy Recordings * Art Pepper/George Cables - Goin' Home” e “Art Pepper - The Complete Galaxy Recordings”.
01. Goin' Home
02. Samba Mom-Mom
03. In A Mellotone
04. Don't Let The Sun Catch You Cryin'
05. Isn't She Lovely
06. Billie's Bounce
07. Lover Man
08. The Sweetest Sounds
10. You Go To My Head
11. Stardust
12. Don't Let The Sun Catch You Cryin' (alternate take 1)
13. Darn That Dream
14. Don't Let The Sun Catch You Cryin' (alternate take 2)


A Última Gravação
Art Pepper Quartet
Art Pepper (sax.alto e clarinete), Roger Kellaway (piano), David Williams (baixo) e Carl Burnett (bateria).
30/05/1982, Los Angeles, Califórnia. Album da Tofrec: “Art Pepper Last Concert 1982 - Final Art”.
01. Landscape
02. Ophelia
03. Mambo
04. Koyama
05. Over The Rainbow
06. When You're Smiling


A seguir: RETRATOS 03. BILL EVANS

MUSEU DE CERA # 20 – CHICK WEBB

15 maio 2007


William Henry "Chick" Webb baterista e chefe de orquestra nascido em Baltimore a 10/fev/1909, apaixona-se pela percussão ao acompanhar pelas ruas as fanfarras e vendendo jornais consegue juntar capital para o primeiro "drum set". Suas primeiras atuações foram na Jazzola Band do guitarrista John Trueheart. Em 1924 segue para New York com Edward Dowell e ao conhecer Duke Ellington e incentivado por este acaba por formar um quinteto os Harlem Stompers onde atuavam Johnny Hodges e Bobby Stark estreando no Black Bottom Club e depois no Paddock Club em 1926. A partir de 1931 acaba por se tornar a vedete do fantástico Savoy Ballroom o principal dancing do Harlem, já liderando uma grande orquestra que contava com os trompetistas Mario Bauza e Taft Jordan, os trombones de Sandy Williams e Claude Jones, do pioneiro flautista William Carver e com os saxofones de Hilton Jefferson, Louis Jordan e Edgar Sampson, o baixo de John Kirby e seu amigo inseparável John Trueheart ao banjo ou guitarra. A partir de 1934 a banda se enriquece com os magníficos arranjos do saxofonista Edgar Sampson e são criadas obras como as eternas Don't Be That Way, Blue Lou, Let's Get Together e Stompin' At The Savoy. Neste mesmo ano de 1934 acontece o encontro mágico de Webb com a cantora Ella Fitzgerald cujos sucessos ultrapassam os limites do Jazz principalmente com A Tisket, A Tasket.
Desafortunadamente Webb contraiu em criança uma tuberculose óssea, incurável doença à época, afetando principalmente sua espinha dorsal e que o levou à morte prematura em 16/junho/1939 com apenas 30 anos!
Webb imprimia um tempo musical possante, vigoroso o que agradava e estimulava seus solistas e o público dançarino, afinal alí no Savoy o principal era agradar aos dançarinos, mas o swing jazz era muito bem defendido pela banda que "incendiou" a Era Swing. Webb era parcimonioso e não fazia grandes solos, talvez mesmo por causa de sua deficiência óssea o que lhe valia grande desconforto todas as noites. Seu estilo era completo atuando nos címbalos, caixa e pontuações no bumbo, além de usar alguns apetrechos do jazz tradicional como woodblocks e cow bells.
Uma das gravações mais fascinantes de sua atuação é a de Harlem Congo onde podemos apreciar sua desenvoltura no "up-tempo" e um breve solo ao final.
HARLEM CONGO (Harry White) - Chick Webb & His Orchestra – Chick Webb (bateria e líder), Mario Bauza, Bobby Stark e Taft Jordan (tp), Sandy Williams, Nat Story (tb), Chauncey Haughton (cl, sa), Louis Jordan (sa), Ted McRae (st), William Carvey (st, flauta), Tommy Fullford (pi), Bobby Johnson (gt), Beverley Peer (bx). Arranjo de Charlie Dixon. (John Trueheart ausente por doença)
Gravação original: Decca 1681 - 1/nov/1937, New York.
Fonte: CD – Chick Webb and his Orchestra 1935-1938 – Classics Records 517 – 1990 - USA


HARLEM CONGO.mp3

HISTÓRIAS DO JAZZ n° 36

Jimmie Rowles-J.B.

Essa não é propriamente uma história de minha autoria, embora eu seja um dos personagens nela incluído. Trata-se de uma matéria publicada no “Jornal do Brasil” de 20 de setembro de 1978, assinada por José Nêumane Pinto que relata com fidelidade o ocorrido numa tarde feliz em pleno bar do Hotel Eldorado - Higienópolis. Eis o texto :
“Art Tatum é uma nuvem, cujas mãos habilíssimas baixam ao teclado e executam obras inesquecíveis. George Shearing toca de costas para o piano especialmente construído para ele. Oscar Peterson devora o instrumento com garfo e faca. E Erroll Garner é uma coleção de enciclopédias musicais de vários países do mundo, com mãos ágeis e sensíveis.
Assim ,um grande pianista da historia do Jazz vê quatro de seus companheiros e os define entre os maiores de todos. A definição é feita mais nos traços de um desenho simples e direto do que mesmo por palavras,mas Jimmy Rowles,o homem que emocionou o público do Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, semana passada, fazendo Debussy baixar em pleno I Festival Internaconal de Jazz, com seu solo de “The Peacocks”, também fala.
Rosado ,cabelos alvos, inquieto , o velho passeia nervosamente pelo bar do Hotel Eldorado Higienópolis quando nota o chamado de uma mesa. Luiz Carlos Antunes, antigo expert em Jazz do Rio de Janeiro, vê que ele quer companhia e, mesmo não falando bem inglês, o convida a se sentar. Insone por excesso de cansaço durante as 48 horas anteriores em que permanecia no Brasil, uma das sete grandes atrações do “Jazz at the Philarmonic”-JATP-de Norman Granz, senta-se, sem se fazer de rogado,e beberica meia cerveja, enquanto se embala de recordações . O trombonista Frank Rosolino senta-se ao seu lado.
O assunto da mesa é o piano na história do Jazz. Quem conta a história é Jimmy Rowles, verbete da famosa “Enciclopediado Jazz” de Leonard Feather, conhecido como o “músico preferido pelos músicos”, cujo álbum “ThePeacocks”, com Stan Getz e a família Hendricks (Jon,Judy e Michelle) está sendo lançado no Brasil, agora, pela CBS.
O primeiro tema é o cego George Shearing, que,como disse o já citado Leonard Feather, bebeu água da fonte de Lennie Tristano, pianista que tinha seu próprio som caracterizado pelo uníssono de guitarra, vibrafone e piano e foi influenciado pelo homem dos acordes em grupo, Milt Buckner . Para Rowles “Shearing é o maior de todos os pianistas solo”. Comenta isso, entre um gole de cerveja e um golpe rápido de caneta hidrográfica preta no papel branco que Lula lhe estende. Luiz Carlos Antunes comenta que agora Shearing não quer mais saber de Jazz e só grava comercialmente, com cordas e tudo. Rowles desenha o cego de costas para o piano e escreve a marca do instrumento :” Para o cego,limitada” . “O desenho quer dizer que Shearing não é cego em música,” disse Lula .
E não para de desenhar quando o apresentador do programa de Jazz da Rádio Difusora Fluminense do Rio fala em Art Tatum, o pianista que ele mais admira e admira tanto que fez questão de que isso constasse do verbete escrito sobre ele por Feather. “Art Tatum é o gigante do piano. Ninguém sabe ou soube mais do que ele em termos de instrumento”, enquanto desenha a nuvem com as mãos. A mesa começa a ter mais participantes e Luiz Carlos Antunes se vê obrigado a explicar que Art Tatum era um músico vaidoso ele desafiava outros solistas, com sua extraordinária habilidade técnica.”Ele chegava a tocar duas horas o mesmo tema em todos os tons maiores e menores da música”, comenta Lula, que ainda explica :Tatum foi um dos reis do swing, um elo perfeito entre o “stride “ piano de Earl Hines, entre outros da fase pioneira, e a linha mais moderna de um Bud Powel, por exemplo.”
Erroll Garner é um dos pianistas preferidos de Lula e,por isso,seu nome surge na conversa, então já na descontração total. Mais um papel é arrancado da pasta “O assunto é Jazz”. Mais um desenho brota das mãos do pianista. Ele se lembra que Garner sempre tocou sentado sobre uma lista telefônica de Nova Iorque em cima da banqueta e, para demonstrar que o autor de “Misty” reúne influencias musicais do mundo inteiro,sendo até enciclopédico,desenha vários livros grossos com os nomes de vários países.
Deles sai a mão que vai ao teclado.
O “expert” em Jazz define Jimmy Rowles como “o músico dos músicos”, pelo seu estilo diferente a que foi apresentado logo no início da carreira, no trio do grande clarinetista Benny Goodman. A conversa está animada quando aparece Benny Carter para se despedir. Rowles se levanta e beija o velho instrumentista duas vezes na face. Quando Benny Carter sai não ouve o comentário do pianista :” Esse é um dos maiores músicos da história do Jazz. Vale a pena ouvi-lo quantas vezes for possível”. Rowles, autor de “Ballad of Thelonius Monk” (ele é um baladista por excelência , segundo os críticos) é assim definido por Feather no verbete que lhe é dedicado na Enciclopédia: “Muito conhecido como o acompanhante favorito de todas as cantoras com quem trabalhou, é um artista de uma consumada imaginação
harmônica. Por muitos anos ele se especializou em criar um repertório baseado nas composições de Duke Ellington e Billy Strayhorn “ Sua obra mais conhecida é a executada em solo, no Anhembi –“The Peacocks”- definida pelo critico de Jazz Dan Mogerstern (diretor de Estados de Jazz da Universidade Rutgers e autor de Jazz People com Olé Brask) como “não um original de Jazz mas uma autêntica peça de música com ambiência impressionista de um prelúdio de Debussy.”
__________
Meu objetivo ao incluir essa reportagem na série , foi mostrar aos mais novos como funcionavam os festivais daquela época, Tempo feliz que tive a oportunidade de desfrutar ao lado de músicos que sempre admirei. Ainda hoje sou grato a José Nêumane Pinto, um profissional sério, autor da matéria, que me convenceu a ceder os desenhos feitos por Rowles para ilustrá-la e relata-la com absoluta fidelidade.

HISTÓRIAS DO JAZZ Nº 35


“Sorry Mr. McLaughlin”

Sem dúvida alguma as duas edições do “Festival Internacional de Jazz
S.Paulo/Montreux” foram palco de vários acontecimentos e fatos que , de uma forma ou de outra deram oportunidade ao surgimento de várias histórias . Nessa série já relatei sobre a entrevista coletiva que Stan Getz transformou em diálogo e com o sensacional reencontro com Phil Woods e seu “cachimbo mágico”.Agora vamos nos reportar a edição de 1980 daquele evento, cuja programação, à exemplo do anterior, misturava vários gêneros e por conseqüência jornalistas e críticos multifacetados, especializados,ou não em Jazz e rock.
Entre os artistas convidados estava o guitarrista inglês John McLaughlin, com muita evidência na época em função de lançamentos de seus discos pela CBS com a banda “Mahavishnu”. Apesar de ter recebido todos os Lp’s, não toquei nenhuma faixa no programa até porque nada tinham a ver com o Jazz. Assim ,não me animei muito quando fui avisado que o mesmo daria uma “press conference” e que segundo a divulgadora que me fez o convite “ a minha presença era muito importante “.
Meu objetivo então foi observar o comportamento da “turma do rock” ;
como atuavam nessas ocasiões,que tipo de perguntas faziam ao artista etc.etc.
A entrevista foi de manhã e logo começaram a surgir os interlocutores.
Fáceis de identificar . Os mais jovens andavam quase saltitando, papel e lápis na mão aguardando o grande momento. Os maduros, todos ou quase todos, usando barba e cabelo grande, como se isso demonstrasse um alto grau de intelectualidade.
Começa a entrevista e as primeiras perguntas falam em “Beatles”, “Rolling Stones” e outros grupos menos votados. McLaughlin pacientemente os elogia mas nega alguma influência, pelo menos instrumental . Me senti uma ilha cercada de rock por todos os lados. Falaram em “Mahavishnu” e o guitarrista informou que fora apenas uma experiência com a cultura musical indiana. Já estava com sono e resolvi fazer uma pergunta pelo menos para justificar minha presença ali.
Indaguei se tinha alguma influência do Jazz e o que achava da música de Charlie Parker. A resposta me surpreendeu :
“Esse pessoal é muito antigo, não é do meu tempo .”
A turma do “rock” exultou. Risinhos e olhares debochados tomaram conta do ambiente . O único representante do Jazz na seleta mesa de críticos recebera um torpedo. Como um “boxeur” ,absorvi lentamente o golpe e aguardei pacientemente o término da entrevista. Foi quando McLaughlin falou em Django Reinhardt. Dei um soco na mesa e o interrompi,com o roqueiro Jamari França (justiça seja feita) me ajudando no inglês: “Você disse que Charlie Parker era velho para você, entretanto Django é muito mais velho e ai ?”
Mc Laughlin coçou a cabeça,sorriu meio sem jeito e me elogiou como um “very smart man”. Os risinhos cessaram.
Não sei porque cargas d’água quase no final McLaughlin falou em Bill Evans e quis identificar o baterista do primeiro trio, cujo nome esquecera .
Entrei “de sola” – “The drummer was Paul Motian ! ” .O guitarrista agradeceu e mais uma vez teceu elogios a minha pessoa. Apenas respondi : “It’s my job”.
Meses depois McLaughlin voltou a São Paulo para apresentações no ginásio da Portuguesa de Desportos e ,como convidado da CBS, fui com Arlindo Coutinho. Antes do show, houve um coquetel de boas vindas no Hotel Belmonte ao qual comparecemos e tivemos agradável surpresa. Ao chegar,McLaughlin me reconheceu, me abraçou e lembrou da “press conference”. Tomamos um ”drink” e fomos incorporados para o longínquo ginásio da Portuguesa .
Nada de novo musicalmente e espantoso foi ir aos camarins e verificar
as chamadas “exigências contratuais”. Sobre uma mesa, sete ou oito qualidades de queijos, um balde abarrotado com garrafas de champanhe e cerca de cinqüenta toalhas brancas . Ninguém comeu ou bebeu nada e creio que também as toalhas ficaram intactas. O pessoal da limpeza deve ter passado bem.
Dia seguinte nova surpresa : no vôo de volta para o Rio quem se senta ao meu lado ? John McLaughlin . Caloroso aperto de mão e a gentileza de autografar uma foto para o meu filho . Coisas do Jazz.

CONTRABAIXO EM DESTAQUE NO ARMAZEM DIGITAL

14 maio 2007

O Armazém Digital do Leblon traz esta semana o contrabaixo como destaque.

E quem se apresenta nesta sexta-feira, 18/05, é o contrabaixista Yuri Popoff .

Sábado, 19/05, é a vez de Bruce Henri, que vem companhado por Henrique Band sopros, Fernando Moraes piano e Ricardo Costa bateria. Apresenta o show Villa’s Voz, criado em homenagem aos 120 anos de nascimento do compositor Villa-Lobos. O repertório é composto por 10 músicas, entre elas as quatro canções do poema sinfônico Amazonas, além de “Bachianas” e “O Canto do Cisne Negro”.

O Armazém Digital Leblon fica na Avenida Ataulfo de Paiva, 270 - Rio Design Leblon
O telefone : (21) 2274-5999
Ingresso : R$ 20,00 até às 18 horas do dia do show, após R$ 25,00

DO OUTRO LADO DO JAZZ # 15

13 maio 2007

JAZZ AFTER MIDNIGHT

Gravura de TAT VILA (1945)

Parece que o Jazz conseguiu se realimentar das sessões JAM, ou seja, aquelas segundo afirmam alguns historiadores, referiam-se à sigla de Jazz After Midnight, Jazz executado informalmente após as horas normais de trabalho e certamente após a meia noite. Jazz sem compromisso de público sem interferência de proprietários e de produtores. As reuniões eram feitas pela madrugada em algum cabaré, clube de Jazz ou mesmo no domicílio de um músico.
Músicos oriundos de vários grupos e orquestras se encontravam após o trabalho regular e muitos destes encontros propiciaram novas fórmulas para a evolução e mesmo aperfeiçoamento de seus participantes e em conseqüência do próprio gênero. Funcionavam, tais jam sessions, como cursos noturnos, laboratório ou como os americanos dizem "masterclass". O objetivo maior era executar Jazz em longas improvisações sobre vários temas que acabavam em contendas entre os instrumentistas.
Cutting contest é a expressão que designa tais contendas ou disputas entre músicos, orquestras ou dançarinos cujas origens remontam desde as ruas de New Orleans até as informais jam-sessions modernas. Nada mais é do que uma competição musical em que cada músico se esmera em solar, improvisar melhor e maiores números de choruses que o outro. Eram muito habituais nos anos 20 e 30 as contendas entre músicos de mesmo instrumento ou mesmo entre bandas de rua que ao se encontrarem partiam para uma batalha cuja vencedora seria aquela que mais empolgasse o público.
Chase, literalmente caça, perseguição, é como se nomeia a reunião de 2 ou mais instrumentistas a improvisarem um certo número de compassos cada um, uma espécie de duelo, sendo também muito comum nas jam sessions. De uma forma geral os músicos vão alternando o número de compassos improvisados iniciando com 32, depois 16, 8, 4, 2 e até 1, quando então a perseguição se torna evidente. A chase difere da cutting contest na medida em que o importante não é o número de choruses improvisados e sim a alternância, cada vez mais rápida, entre as idéias dos músicos.
Há uma passagem histórica no SUNSET CAFE de Chicago onde Louis Armstrong estreou em 1926, praticamente introduzindo o verdadeiro espírito da música de Jazz com suas exibições em solo para delírio da platéia, quando certa noite surgiu King Oliver, portando seu inseparável - derby hat (chapéu côco) marrom e subindo ao palco, junto com Armstrong fizeram uma incrível cutting contest de cerca de 125 choruses do clássico Tiger Rag, simplesmente enlouquecendo o público.
A jam sessiom, nos anos 40 tornou-se prática habitual em Kansas City e na fabulosa rua 52 em New York, mas no fim dos anos 20 tal atmosfera já reinava, segundo depoimento de Sonny Greer, baterista de Duke Ellington:
― "Um músico não tinha vontade de ir para casa, estava sempre à procura de um lugar onde alguém estivesse tocando algo que ele precisava ouvir. A qualquer hora surgia um cara que informava ― vai ter uma JAM em tal lugar - e para lá íam rumando todos. O clube México em Manhattan proporcionava, a noite do trompete às segundas, nas têrças o pessoal dos saxofones, os trombonistas nas quartas.....e assim por diante".
A maioria das JAM íam esquentando e acabavam em verdadeiras batalhas entre os músicos, choruses e mais choruses desenvolvidos até o esgotamento de idéias ou mesmo físico.
Billie Holiday contava uma história que mostra a linha divisória entre o prazer de tocarem juntos e a rivalidade entre músicos. Benny Goodman havia trazido um rapazola franzino, branco, lá do Texas onde os negros eram considerados uma merda (sic). Tratava-se de Harry James que iria se tornar um dos mais célebres trompetistas da era swing, mas antes teve que aprender uma lição de humildade ao desafiar arrogantemente o tímido Buck Clayton, negro, mas que fraseava maravilhosamente e derrubou James na lona em uma dessas noites de JAM em uma cutting contest.

COLUNA DO LOC

11 maio 2007

Em destaque, o nosso contrabaixista Dôdo Ferreira.

JB, Caderno B, 11 de maio de 2007

[ clique para ampliar ]

CJUB - 05 ANOS

Direto de Chicago, depois de uma passagem em New Orleans (onde estive a trabalho, mas pude vivenciar a retomada do Jazz na Big Easy), gostaria de lembrar a todos do 5 aniversario do CJUB, que salva memoria, esta sendo comemorado hoje...Desejo um excelente almoco a todos nesta sexta feira no Rio.

Numa data tao festiva e sendo praticamente meu ultimo dia por aqui, estive ligado ao Jazz pelo menos em tres momentos (desde ouvindo um excelente violinista nas ruas de Chicago, passando pela Jazz Recordd Mart, a maior loja de Jazz do mundo, terminando num jantar no Andy`s, ouvindo um quarteto de altissima qualidade...

PARABENS CJUB....

OBS..Omais interessante foi ver um grupo de adolescentes entrar no Andy`s e ouvir o Jazz mostrando um interesse que me deixou certo de que nem tudo esta perdido...Mestres Llulla e Raff, eram garotos e garotas de 15/16 anos se deliciando com cada solo...

09 maio 2007


RETRATOS
02. ART PEPPER (B)

Início da Discografia

Conforme o propósito inicial desta série incluiremos nos “RETRATOS” as discografias completas não muito extensas (como foi o caso de Clifford Brown), por motivos óbvios de espaço. No caso presente de Art Pepper temos volumosa e alentada discografia e da qual apresentaremos, se tanto, uma décima parte restrita a datas e registros mais significativos de forma a ocupar apenas 02 “módulos”(este “B” e o próximo “C”). Ficamos à inteira disposição dos colegas Cjubianos para quaisquer complementos que lhes interesse, bastando requisitá-los nos “Comentários” ou para meu email.
AS PRIMEIRAS GRAVAÇÕES
A primeira em 19/11/1943, Stan Kenton em 1947, Charles Mingus em 1949, Maynard Ferguson em 1950, Shorty Rogers e Shelly Manne em 1951
Stan Kenton Orchestra
Art Pepper, então com 18 anos (sax.alto), componentes não identificados da orquestra de Stan Kenton.
19/11/1943, Los Angeles, Califórnia. Album da Capitol: “Art Pepper - Those Kenton Days”.
01. Harlem Folk Dance

Stan Kenton Orchestra
Art Pepper (sax.alto), componentes não identificados da orquestra de Stan Kenton.
22/10, 06/12, 21/12 e 22/12/1947, Los Angeles, Califórnia. Album da Capitol: “Art Pepper - Those Kenton Days”.
01. Unison Riff
02. Cuban Carnival
03. Journey To Brazil
04. How High The Moon
05. Harlem Holiday

Charlie Mingus And His 22 Piece Be Bop Band
John Anderson, Buddy Childers, Hobart Dotson e Eddie Preston (trumpetes), Jimmy Knepper, Marty Smith e Britt Woodman (trombones), Jewel Grant e Art Pepper (clarinete e sax.alto), Eric Dolphy (clarinete, flauta e sax.alto), Herb Caro (clarinet e sax.tenor), William Green (clarinete, flauta e sax.tenor), Gene Porter (clarinete e sax.barítono), Russ Freeman (piano), Red Callender e Charles Mingus (baixo), Roy Porter (bateria) e grupo de percussão com Johnny Berger à frente.
Primavera de 1949, Hollywood, Califórnia. Album da Uptown: “Baron Mingus - West Coast 1945-49”. Albuns da Rex Hollywood: “Charles Mingus - The Story Of Love with Roy Porter - Don't Blame Me” e “Charles Mingus - Inspiration, Parts 1&2”.
01. The Story Of Love
02. Inspiration, Pt. 1
03. Inspiration, Pt. 2

Maynard Furguson Orchestra
Maynard Furguson (trumpete), Art Pepper (sax.alto), componentes não identificados da banda de Maynard Ferguson.
13/09/1950, Los Angeles, Califórnia. Album da Unique Jazz: “Various Artists - Three Kenton's Beboppers Groups 1947-50”.
01. Take The "A" Train
02. Short Wave
03. Love Locked Out
04. Band Ain't Draggin'

Shorty Rogers And His Giants (arranjos de Shorty Rogers e Jimmy Giuffre)
Shorty Rogers (trumpete), John Graas (french horn), Gene Englund (tuba), Art Pepper (sax.alto), Jimmy Giuffre (sax.tenor), Hampton Hawes (piano), Don Bagley (baixo), Shelly Manne (bateria).
08/10/1951, Hollywood, Califórnia. Album da Mosaic: “The Complete Atlantic And EMI Jazz Recordings Of Shorty Rogers”. Albuns da Capitol: “Gerry Mulligan /Shorty Rogers - Modern Sounds”, “Shorty Rogers - Popo with Sam And The Lady”, “Shorty Rogers - Didi and Four Mothers", “Shorty Rogers - Over The Rainbow with Apropos”, “Shorty Rogers - Modern Sounds” (série de 03 albuns, matrizes Capitol 6F-15763, 15764 e 15765) e “Shorty Rogers And His Giants”.
01. Popo (uma das preferências de “Mau Nah”, com Art Farmer)
02. Didi
03. Four Mothers
04. Over The Rainbow
05. Apropos
06. Sam And The Lady

Gravações com Shorty Rogers a partir de 1953, Chet Baker,
Marty Paich, Johnny Mandel e, em 1956, com Hoagy Carmichael

Shorty Rogers And His Giants (arranjos de Shorty Rogers).
Shorty Rogers (trumpete), Milt Bernhart (trombone), John Graas (fench horn), Gene Englund (tuba), Art Pepper (sax.alto), Jimmy Giuffre (sax.tenor), Hampton Hawes (piano), Joe Mondragon (baixo) e Shelly Manne (bateria).
12 e 15/01/1953, Los Angeles, Califórnia. Album da RCA Victor: “Shorty Rogers And His Giants”.
01. Powder Puff
02. The Pesky Serpent
03. Bunny
04. Pirouette
05. Morpo
06. Diablo's Dance
07. Mambo Del Crow
08. Indian Club

Shorty Rogers And His Giants
Maynard Ferguson, Conrad Gozzo, John Howell, Tom Reeves e Shorty Rogers (trumpetes), Milt Bernhart, Harry Betts e John Haliburton (trombones), John Graas (french horn), Gene Englund (tuba), Art Pepper e Bud Shank (saxes.alto), Jimmy Giuffre (sax.tenor), Bob Cooper (sax.barítono), Marty Paich (piano), Curtis Counce (baixo) e Shelly Manne (bateria).
26/03 e 02/04/1953, Los Angeles, Califórnia. Album da RCA Victor: “Shorty Rogers - Cool And Crazy”.
01.Coup De Graas
02. Infinity Promenade
03. Short Stop
04. Boar Jibu
05. Contours Tale Of An African Lobster
06. Chiquito Loco
07. Sweetheart Of Sigmund Freud

Art Pepper Quartet
Art Pepper (sax.alto), Jack Montrose (sax.tenor), Claude Williamson (piano), Monty Budwig (baixo), Paul Ballerina (01, 02, 03 e 04) e Larry Bunker (05, 06, 07 e 08) (bateria).
15/08/1954, Los Angeles, Califórnia. Albuns da Savoy: “Art Pepper - Surf Ride”, “Art Pepper Discoveries”, “Art Pepper/Sonny Red - Two Altos”, “Various Artists - The Jazz Hour”, “Art Pepper - The Complete Surf Ride” e “Art Pepper - These Foolish Things with Straight Life”. Album da Discovery: “Art Pepper Quintet”.
01. Nutmeg
02. Deep Purple
03. Cinnamon
04. What's New?
05. Thyme Time
06. Straight Life
07. Art's Oregano
08. The Way You Look Tonight

Chet Baker / Art Pepper Sextet
Art Pepper (sax.alto), Chet Baker (trumpete), Richie Kamuca (sax.tenor), Pete Jolly (piano), Leroy Vinnegar (baixo) e Stan Levey (bateria).
26/07/1956, Forum Theatre, Los Angeles, Califórnia. Albuns da Pacific Jazz: “Art Pepper Plays Shorty Rogers And Others”, “Chet Baker/Art Pepper - The Route” e “Chet Baker - Art Pepper Sextet”. Albuns da World Pacific: “Various Artists - The Blues, Vol. 2: Have Blues, Will Travel”, “Various Artists - The Blues In Stereo” e “Various Artists - Jazz West Coast, Vol. 3”. Album da Jazztone: “Various Artists - West Coast Jazz, Vol. III”. Album da Crown: “Chet Baker Quintette”. Album da Playboy: “The Playboy Jazz All Stars, Vol. 2”.
01. Tynan Time
02. The Route
03. The Route (versão editada)
04. Sonny Boy
05. Minor Yours
06. Little Girl

Art Pepper Quintet
Art Pepper(sax.alto), Jack Sheldon (trumpete), Russ Freeman (piano), Leroy Vinnegar (baixo) e Shelly Manne (bateria).
06/08/1956, Capitol Studios, Los Angeles, Califórnia. Albuns da Blue Note: “Art Pepper - Early Art” e “The Complete Art Pepper Aladdin Recordings, Vol. 1 - The Return Of Art Pepper”. Album da Jazz West: “The Return of Art Pepper”. Album da Imperial: “Various Artists - Jazz Festival, Vol. 2”.
01. Pepper Returns
02. Broadway
03. Angel Wings
04. Funny Blues
05. Five More
06. Patricia

Marty Paich Quartet
Art Pepper (sax.alto), Marty Paich (piano), Buddy Clark (baixo) e Frank Capp (bateria).
Agosto ou Setembro/1956, Los Angeles, Califórnia. Álbum da Tampa: “Marty Paich Quartet Featuring Art Pepper”.
01. Abstract Art
02. Over The Rainbow
03. Melancholy
04. Madeline
05. Sidewinder
06.You And The Night And The Music
07. All The Things You Are
08. Marty's Blues
09. Pitfall
10. What's Right For You

Hoagy Carmichael With Johnny Mandel Orchestra (arranjos de Johnnny Mandel).
Hoagy Carmichael (vocal em 01, 02 e 03), Harry Edison e Conrad Gozzo (trumpetes) (substituidos por Don Fagerquist e Ray Linn em 08, 09, 10 e 11), Jimmy Zito (trumpete barítono), Harry Klee e Art Pepper (saxes.alto), Mort Friedman (sax.tenor), Marty Berman (sax.barítono), Jimmy Rowles (piano), Al Hendrickson (guitarra), Joe Mondragon (substituido em 05, 06 e 07 por Ralph Pena) (baixo) e Irv Cottler (substituido em 08, 09, 10 e 11 por Nick Fatool) (bateria).
10, 11 e 13/09/1956, Los Angeles, Califórnia. Album da Pacific Jazz: “Hoagy Carmichael - Hoagy Sings Carmichael”.
01. Georgia On My Mind (com vocal)
02. New Orleans
03. Baltimore Oriole
04. Georgia On My Mind (sem vocal)
05. Memphis In June
06. Two Sleepy People
07. Lazy River
08. Winter Moon
09. Skylark
10. Rockin' Chair
11. Ballad In Blue

Chet Baker - Art Pepper Sextet
Art Pepper (sax.alto), Chet Baker (trumpete), Phil Urso (sax.tenor), Carl Perkins (piano), Curtis Counce (baixo) e Lawrence Marable (bateria).
31/10/1956, Los Angeles, Califórnia. Albuns da Pacific Jazz: “Chet Baker/Art Pepper – Playboys”, “Chet Baker/Art Pepper/Phil Urso - Picture Of Heath” e “Art Pepper - The Artistry Of Pepper”.
01. For Miles And Miles
02. Picture Of Heath
03. Minor Yours?
04. C.T.A.
05. Resonant Emotions
06. Tynan Time
07. For Minors Only
Gravações com
Bill Perkins em 1956 e, em 1957, com Joe Morello, a
“cozinha” de Miles Davis, Benny Carter e Bob Cooper
Bill Perkins Quintet
Art Pepper (sax.alto), Bill Perkins (sax.tenor), Jimmie Rowles (piano), Ben Tucker (baixo) e Mel Lewis (bateria).
11/12/1956, Los Angeles, Califórnia. Albuns da Pacific Jazz: “Bill Perkins/Art Pepper/Richie Kamuca - Just Friends” e “Art Pepper - The Artistry Of Pepper”.
01. A Foggy Day
02. Diane-A-Flow
03. What Is This Thing Called Love?
04. Zenobia

Joe Morello Quintet
Art Pepper (saxes alto e tenor), Red Norvo (vibrafone), Gerald Wiggins (piano), Ben Tucker (baixo) e Joe Morello (bateria).
03/01/1957, Western Recorders, Los Angeles, Califórnia. Albuns da Blue Note: “Art Pepper - Early Art” e “The Complete Art Pepper Aladdin Recordings, Vol. 1 - The Return Of Art Pepper”. Album da Intro: “Joe Morello - Collections”. Album da Score: “Art Pepper With The Red Norvo Trio”.
01. Tenor Blooz
02. You're Driving Me Crazy
03. Pepper Steak
04. Yardbird Suite
05. Straight Life

Art Pepper With The Rhythm Section
Art Pepper (sax.alto), Red Garland (piano), Paul Chambers (baixo) e Philly Joe Jones (bateria).
19/01/1957, Hollywood, Califórnia. Albuns da Contemporary: “Art Pepper Meets The Rhythm Section”, “Art Pepper - ...The Way It Was!” e “Art Pepper Meets The Rhythm Section, Vol. 2”.
01. You'd Be So Nice To Come Home To
02. Red Pepper Blues
03. Imagination
04. Waltz Me Blues
05. Straight Life
06. Jazz Me Blues
07. Tin Tin Deo
08. Star Eyes
09. Birks' Works
10. The Man I Love

Quincy Jones Septet
Art Pepper, Benny Carter, Herb Geller e Charlie Mariano (saxes.alto), Lou Levy (piano), Red Mitchell (baixo) e Shelly Manne (bateria).
25/02/1957, Los Angeles, Califórnia. Album da ABC-Paramount: “Quincy Jones - Go West Man!”. Album da Impulse: “Quincy Jones - This Is How I Feel About Jazz”.
01. Dancin' Pants
02. Be My Guest
03. Kings Road Blues

Art Pepper Quartet
Art Pepper (sax.alto e clarinete), Larry Bunker (piano exceto em 02), Russ Freeman (piano em 02), Don Payne (baixo), Chuck Flores (bateria) e Pam Russell (vocal em 02).
31/03/1957, Stars Of Jazz Show, Los Angeles, Califórnia. Album da Calliope: “Buddy DeFranco/Art Pepper - Sessions, Live”.
01. All The Things You Are
02. Stormy Weather
03. Everything Happens To Me
04. St. Louis Blues

Showcase For Modern Jazz
Art Pepper (saxes alto e tenor), Bob Cooper (sax.tenor e oboé), Claude Williamson (piano), Howard Lucraft (guitarra), Monty Budwig (baixo) e Stan Levey (bateria).
Junho/1957, Los Angeles, Califórnia. Album da Decca: “Various Artists - Showcase For Modern Jazz”.
01. California Zephyr
02. Two-Part Contention
03.Midnight Sun
Dave Pell, Jimmy Giuffre , Barney Kessell e
Mel Torne em 1959, Pete Rugolo em 1960
Dave Pell Big Band
Frank Beach e Jack Sheldon (trumpetes), Bob Enevoldsen (trombone de válvulas), Arthur Maebe (french horn), Phil Stephens (tuba), Art Pepper (sax.alto), Dave Pell (sax.tenor), Marty Berman (sax.barítono), Marty Paich (piano), Buddy Clark (baixo) e Mel Lewis (bateria).
Fevereiro/1959, Los Angeles, Califórnia. Album da Capitol: “Dave Pell - The Big Small Bands”.
01. Walkin' Shoes
02. Boplicity
03. Popo

Herb Ellis - Jimmy Giuffre Nonet
Art Pepper e Bud Shank (saxes.alto), Richie Kamuca (sax.tenor), Jimmy Giuffre (saxes tenor e barítono), Lou Levy (piano), Herb Ellis e Jim Hall (guitarras), Joe Mondragon (baixo) e Stan Levey (bateria).
26/03/1959, Los Angeles, Califórnia. Album da Verve: “Herb Ellis Meets Jimmy Giuffre”.
01. Goose Geese
02. When Your Lover Has Gone
03. You Know
04. My Old Flame
05. Country Boy
06. People Will Say We're In Love
07. Remember?
08. Patricia

Barney Kessel Septet
Art Pepper (clarinete e saxes alto e tenor), Joe Gordon (trumpete), Jimmie Rowles (piano), Barney Kessel e Jack Marshall (guitarras), Monty Budwig (baixo) e Shelly Manne (bateria).
30 e 31/03/1959, Los Angeles, Califórnia. Albuns da Contemporary: “Barney Kessel - Some Like It Hot” e “The Artistry Of Barney Kessel”.
01. Some Like It Hot
02. I Wanna Be Loved By You
03. Sweet Sue
04. Runnin' Wild
05. Sweet Georgia Brown
06. Down Among The Sheltering Palms
07. Sugar Blues
08. By The Beautiful Sea
09. Sweet Sue (alternate take)
10. Runnin' Wild (alternate take)

Mel Torme With Marty Paich Orchestra (arranjos de Marty Paich)
Art Pepper (saxes alto e tenor), Jack Sheldon (trumpete), Victor Feldman (vibrafone), Marty Paich (piano, celo e órgão), Mel Torme e “The Mel-Tones” (Ginny O'Connor, Bernie Parke, Sue Allen, Tom Kenny) (vocal), guitarra, baixo e bateria não identificados.
23, 28 e 29/04/1959, Los Angeles, Califórnia. Album da Verve: “Mel Torme With The Meltones - Back In Town”.
01. Makin' Whoopee!
02. What Is This Thing Called Love?
03. Baubles, Bangles And Beads
04. It Happened In Monterey
05. I've Never Been In Love Before
06. Truckin'
07. Hit The Road To Dreamland
08. Li'l Darlin'
09. Blues Medley: Don't Dream Of Anybody But Me / Keester Parade / TNT / Tiny's Blues
10. Some Like It Hot
11. A Smooth One
12. I Hadn't Anyone Till You

The Subterraneans (trilha sonora de André Previn)
Art Pepper (sax.alto), Jack Sheldon (trumpete exceto em 06 e 07), Art Farmer (trumpete exceto em 08), Bob Enevoldsen (trombone de válvulas de 01 a 05), Bill Perkins (sax.tenor de 01 a 05), Gerry Mulligan (sax.barítono exceto em 08), Russ Freeman (piano), Andre Previn (piano de 01 a 05), Red Mitchell (baixo exceto em 06 e 07), Buddy Clark (baixo exceto em 08), Dave Bailey (bateria exceto em 08), Shelly Manne (bateria exceto em 06 e 07), Carmen McRae (vocal nas 05 primeiras faixas).
Junho/1959, Los Angeles, Califórnia. Album da MGM: “The Subterraneans”.
01. Why Are We Afraid?
02. Two By Two
03. A Rose And The End
04. Look Ma No Clothes
05. Analyst
06. Bread And Wine
07. Things Are Looking Down
08. Raising Caen

June Christy With Pete Rugolo Orchestra (arranjos de Pete Rugolo)
Art Pepper (sax.alto), June Christy (vocal) e orquestra não identificada.
Abril/1960, Los Angeles, Califórnia. Album da Capitol: “June Christy - Something Cool”.
01. Something Cool
02. Lonely House
03. The Night We Called It A Day
04. Midnight Sun
05. The Stranger Called The Blues
06. I Should Care

Conclui em “C”, final da discografia

HISTÓRIAS DO JAZZ - N° 34

08 maio 2007

Victor Assis Brasil – Encontros

A primeira vez que ouvi e assisti Victor Assis Brasil , foi nos tempos do “Clube de Jazz e Bossa” quando ainda funcionava no “Golden Room” do Copacabana Pálace. Uma acalorada tarde de domingo,casa cheia e o palco ocupado pelos chamados “All-Stars” da época: Cipó,Aurino ,Juarez, Clélio Ribeiro, Vinhas, Tião Marinho e na bateria um rapaz que diziam ser um príncipe espanhol chamado Rafael. Enquanto os solistas se esmeravam em exibições técnicas, com as famosas escalas ascendentes e descendentes e os ruídos cacofonicos da moda, a platéia alegre ria, gritava, conversava e pouco ligava para o que estava acontecendo.
Foi quando apareceu um jovem, com um sax-alto pendurado ao pescoço, subiu ao palco e aguardou a sua vez. Esperou algum tempo mas, quando deram a deixa “entrou com tudo “. Lembro-me de um depoimento de Hoagy Carmichael, contando quando viu Bix pela primeira vez. Quando ouviu a primeira nota, apagou o cigarro, engoliu o resto da bebida e se fixou no artista até o final da improvisação. Aconteceu o mesmo, não só comigo mas com toda a platéia presente. Foi Victor emitir a primeira frase e as conversas pararam, as atenções se voltaram inteiramente para o palco. Ali estava uma nova voz. Sonoridade meio agressiva, fraseado fantástico e uma organização nos improvisos como não se ouvia há muito tempo. Ali estava um competente admirador de Jackie McLean.
Passam os anos e Victor grava o famoso álbum para a Odeon “Victor Assis Brasil Quinteto”. Foi marcada uma entrevista coletiva e eu,na época, escrevia uma coluna na “Tribuna da Imprensa” . Fui o primeiro a conversar com Victor, começando nosso diálogo às 12 horas. Iniciei contando a passagem do Copacabana e logo em seguida perguntando se Jackie McLean era a sua maior influência. Ele respondeu que no início sim mas, agora prestava mais atenção a Phil Woods. Falamos sobre o álbum “The Connection” com o quarteto de Freddie Redd e óbviamente McLean e ele me disse que não possuía mais a fita e perguntou se poderia lhe ceder uma cópia.
Claro ! respondi enquanto me levantava para sair. Ele me segurou pelo braço e falou:
“Lula, fique comigo até o final da entrevista, assim você me ajuda nas respostas.”
Concordei imediatamente e alí fiquei até as dezoito horas, em jejum mas, regiamente recompensado. Basta dizer que Victor colocou a seguinte dedicatória no meu disco:
“Lula, espero que esse autógrafo sedimente uma amizade duradoura. Um grande abraço, Victor"
Corria o ano de 1979 e Victor se apresentou na Sala Funarte com o seu quarteto, trazendo Luiz Avellar, Paulo Russo e Ted Moore na seção rítmica. Foi uma audição excelente, na qual, quando me distinguiu na platéia, inseriu em seu solo dois clichês do tema “Sister Salvation” do álbum ”The Connection”, que ambos apreciávamos. Fomos para os camarins para uma ligeira entrevista. Foi quando ele me apresentou a cantora Lenita Bruno. Quando ela pronunciou o seu nome,apertei fortemente a sua mão e disse :”Lenita, é muito prazer mesmo !”
Para os que não conhecem, Lenita Bruno era uma cantora diferente da maioria pois tinha voz de mezzo soprano . Foi casada com o maestro Leo Perachi e cantou muitos anos na Rádio Nacional. Seu repertório se dividia entre música americana e nosso folclore. Casou-se pela segunda vez com o baterista Paulinho Magalhães e foi para os Estados Unidos onde morou durante muitos anos. Lá gravou um álbum com Bud Shank e Laurindo Almeida intitulado “Work of love” . Foi também a primeira cantora a registrar em disco a música de Tom e Vinicius no álbum “Por toda a minha vida”.
Contei que tinha todos os seus discos e estava atrás do “Work of love”.
Respondeu que infelizmente não tinha um exemplar para me oferecer mas, tentaria conseguir. Anotamos os telefones e pelo menos uma vez por semana Lenita ligava e falava-mos sobre sua carreira nos Estados Unidos e da sua dificuldade em conseguir espaço para se apresentar no Rio. Dizia com tristeza : “Lula, esse tempo todo que estive fora foi o suficiente para não ser lembrada por aqui”. E o que mais me surpreendeu :”Você quer ser o meu empresário ?”
Agradeci o convite mas expliquei que não entendia do assunto e por isso não poderia aceitar . Certo dia, ao telefonar para ela,fui informado que não morava mais naquele domicílio. Só fui saber dela quando ,com tristeza,li no jornal que havia falecido. Uma pena.
Fui reencontrar Victor no complicado “Rio/Monterey Jazz Festival” realizado no Maracanãzinho em 1980. Ele integrou e dirigiu os “All-Stars” do evento,que contou com Slide Hampton, Richie Cole e Clark Terry. Lembro que quando estava na Sala da Imprensa,local onde fiquei praticamente durante todo o Festival, ele entrou no recinto com os outros músicos, me cumprimentou e em seguida espalhou partituras de músicas no chão,junto a parede . Os quatro se curvaram e em surdina tocaram os “ensembles” do arranjo que Victor escreveu . E sem dúvida nenhuma,a apresentação do grupo foi o que de melhor aconteceu naquele Festival.
Não demorou muito e a chamada infausta notícia de que Victor estava mal de saúde, vindo a falecer poucos dias depois . Muito triste !

Fotos C.Tibau

DE VOLTA AO AR




A Rádio Universidade FM, emissora de caráter educativo da Universidade Estadual de Londrina, começou a funcionar no dia 06 de junho de 1990. Tem uma programação voltada basicamente para o jornalismo e a música. Seus programas jornalísticos apresentam fatos e notícias do dia-a-dia da UEL, notícias e eventos culturais locais, nacionais e internacionais. Um convênio com a BBC de Londres garante, ainda, uma maior variedade de informações aos ouvintes da Universidade FM. Além disso, o jornalismo da Rádio também produz campanhas educativas e programas especiais sobre assuntos diversos, como política, economia, comportamento e serviço (saúde, educação, entretenimento, etc.). A programação musical é bastante variada, privilegiando o que de melhor a MPB produz e produziu ao longo de sua história. Os programas musicais especiais abordam temas educativos bastante diversificados, como ópera, jazz, samba, música caipira, choro, rock, música contemporânea, música clássica, bossa-nova, resgate da música e dos compositores brasileiros, etc. Tanto na área jornalística, quanto na produção de programas musicais, a Rádio Universidade FM abre espaço para que os alunos do Curso de Comunicação Social, supervisionados pelos docentes, possam adquirir experiências em seus Projetos de Ensino em Rádio.

Contatos: Maria Cristina Côrtes Borges Pinto, Diretora Superintendente da Rádio Universidade FM / UEL; Edyr Pedro da Silva, Diretor de Programação da Rádio Universidade FM / UEL; Telefones: Secretaria - (43) 3371-4444 Jornalismo - (43) 3371-4681 Programação - (43) 3371-4436 Geral Rádio - (43) 3348-5027

LANÇAMENTO DO CD - DÔDO FERREIRA NO RIO DE JANEIRO

07 maio 2007

RIO DAS OSTRAS JAZZ & BLUES

Saiu a programação do festival Rio das Ostras Jazz & Blues, cujo evento acaba de ser incluído na lista dos 100 maiores festivais do mundo pela Downbeat Magazine.
O festival acontece de 6 a 10 de junho com shows gratuitos ao ar livre em Rio das Ostras, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, em 3 praias – Tartaruga, Lagoa de Iriri e Costa Azul.

Como sempre, a programação agrada a todos os públicos, com destaque para o pop bem trabalhado da banda Soulive, o virtuose bandolinista brazuca Hamilton de Holanda, o percussionista Nana Vasconcelos, a cantora Luciana Souza que se apresentará ao lado do violonista Romero Lubambo, o blues bem trabalhado do guitarrista Robben Ford e na praia mais jazz o quarteto do vibrafonista Stefon Harris e o saxofonista Ravi Coltrane.

A programação :

Dia 6-junho, quarta-feira
Costazul - 20h : Abertura do festival com Orquestra Kuarup, Big Gilson Blues Band e Naná Vasconcelos

Dia 7-junho, quinta-feira
Lagoa do Iriry - 14h : Big Gilson Blues Band
Praia da Tartaruga - 17h : Stefon Harris Quartet
Costazul - 20h : Don Salvador, Hamilton de Holanda e Michael Hill

Dia 8-junho, sexta-feira
Lagoa do Iriry - 14h : Michael Hill
Praia da Tartaruga - 17h : Ravi Coltrane
Costazul - 20h : Stefon Harris Quartet, Roy Rogers, Soulive

Dia 9-junho, sábado
Lagoa do Iriry - 14h : Roy Rogers
Praia da Tartaruga - 17h : Soulive
Costazul - 20h : Luciana Souza & Romero Lubambo, Ravi Coltrane, Robben Ford

Dia 10-junho, domingo
Lagoa do Iriry - 14h : Don Salvador
Praia da Tartaruga - 17h : Robben Ford





Quem for conferir e quiser ficar por lá, procure sua hospedagem desde já.
O site do festival é http://www.riodasostrasjazzeblues.com/