Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

CJUB INSIDER

30 agosto 2007

Partindo de Fort Lauderdale em 11 de novembro e retornando no dia 18, um sensacional cruzeiro à bordo de um transatlantico de luxo, permitirá que voce participe de um festival com músicos de jazz de primeira.

É brincadeira a turma que vai se apresentar: Ernie Adams, Shelly Berg, Cyrus Chestnut Trio, Jamie Davis Quintet, Wycliffe Gordon, Jeff Hamilton Trio, Eddie Higgins, Plas Johnson Quartet, Tom Kennedy, Jay Leonhart, Victor Lewis, Lewis Nash Quartet, Johnny O'Neal Trio, Jeremy Pelt, Ken Peplowsky, Houston Person Quartet, Trio da Paz, Rickey Woodward, Charlie McPhesrson Quintet, Ann Hampton Callaway e a Dizzy Gillespie All Stars Band, dirigida por Slide Hampton com: James Moody, Jimmy Heath, Antonio Hart, Steve Davis, John Lee, Dennis Mackrel, Claudio Roditi e a vocalista especialmente convidada -- Roberta Gambarini.

Ainda quer mais? Voce pode conversar com todos os músicos durante o dia, no bar do convés olhando o mar azul do Caribe, tomar um drink com a Gambarini, bater um papo com nossos brasileiros Duduka e o Nilson...

Aproveita e leva a patroa, as vagas estão se esgotando. Entre o site www.thejazzcruise.com e reserve sua cabine. Vamos nos divertir muito.

CHARLIE PARKER

Ontem seria o aniversário de Charlie Parker. Bird teria 87 anos se tivesse vivido até hoje. Em vez disso ele morreu em 12 de Março de 1955, na suite Baroness Pannonica do Hotel Stanhope, na Quinta Avenida, em Nova York, aos 34 anos de idade, depois de anos usando drogas.

Para celebrar o aniversário de Parker escolhi o CD Night and Day, com Bird e uma poderosa big band, que incluia Danny Bank no saxofone baritono, ainda vivo.

Esse CD é incrível, tem três sessões de gravações diferentes, com variadas configurações de big bands. Pelo fato de terem sido gravadas em discos de 78 rotações, mais tarde o disco juntou as três.

O ponto alto para mim foram as músicas gravadas em 25 de Março de 1952 -- Night and Day, I Can't Get Started, What is The Thing Called Love e Almosto Like Being in Love.

Feliz Aniversário! Bird.

MUSEU DE CERA # 27 - JOHNNY DODDS


Johnny Dodds foi um dos maiores clarinetistas dos anos 1920, formando na famosa trinca oriunda de New Orleans com Jimmie Noone e Sidney Bechet, apesar de muitos historiadores e críticos acharem Dodds de técnica inferior, mas em nossa opinião nunca deixou de ser, com ou sem tanta técnica, um poderoso intérprete dos blues cheio de soul e emoção. Aliado a magníficos músicos como Louis Armstrong, King Oliver, Lovie Austin e Jelly Roll Morton deixou registros excepcionais. Era um mestre na improvisação coletiva característica da escola de New Orleans e com justiça fez parte do brilhantismo dos Hot-Five e Hot Seven de Armstrong.
John M Dodds, nascido na cidade de Waverley na Lousiana a 12abril/1892 começou na música tocando a guitarra e aos 17 anos iniciou seu aprendizado ao clarinete tomando lições com Lorenzo Tio Jr outro grande instrumentista de New Orleans.
Trabalhou de 1912 a 1919 com as principais bandas que iniciaram a música hot como a de Kid Ory e a de Fate Marable, depois Dodds e seu irmão baterista Warren "Baby" se fixaram em Chicago onde trabalharam no Bert Kelly's Stables de 1924 a 1930 com o cornetista Freddie Keppard.
Durante os anos 20 gravou com a Oliver's Creole Jazz Band, Jelly Roll Morton e a pianista Lil Hardin-Armstrong. Atuou nos magistrais grupos liderados por Louis Armstrong o Hot-Five e Hot- Seven. Nos anos 30 liderou algumas bandas nos clubes de Jazz: Three Deuces, New Plantation, Calahan's, Lamb's Cafe, 47th and State, dentre outros e gravou sob seu próprio nome freqüentemente com o cornetista Natty Dominique.
Em janeiro de 1938 fez sua única viagem à Nova York para uma sessão de gravação e no seu retorno a Chicago fixa residência no Club 29.
Em maio de 1939 sofre um forte ataque cardíaco ficando inativo por um período, retornando às atividades em janeiro de 1940 no 9750 Club formando no quarteto de seu irmão Baby. A 8 de agosto de 1940 falece pouco antes do início do movimento Revival do Jazz Tradicional, uma pena pois a presença de Dodds teria sido de enorme valia.
Johnny Dodds representou a forma mais pura da escola New Orleans do clarinete, ou seja o trio polifônico com o cornetim e o trombone, sempre mantendo a coerência de seu estilo em todas as formações que integrou, empregando com maestria o vibrato e o chalumeau (registro grave do clarinete).
Selecionar uma de suas gravações é tarefa difícil tal a quantidade de excelentes atuações tanto em pequenos grupos ou em formações mais completas tais como: Johnny Dodds Trio; Johnny Dodds Washboard Band; Beale Street Washboard Band; Johnny Dodds Hot Six; Johnny Dodds' Black Bottom Stompers; Dodds And Parham; Johnny Dodds and his Orchestra e Johnny Dodds And His Chicago Boys.
Alguns temas de seu grande desempenho como líder, verdadeiras obras primas de seu estilo encontram-se em: After You've Gone, Blue Clarinete Stomp, Weary City, Bull Fiddle Blues, Weary Blues, Gatemouth, e ainda Wild Man Blues com J. R Morton; High Society Rag com King Oliver; Alligator Crawl, Gut Bucket Blues e S.O.S. Blues com Louis Armstrong e Clarinet Wobble com Lil Hardin.
Bem, como já dissemos se torna difícil a escolha, então são postados 2 temas: High Society Rag onde se pode ouvir a magnifica atuação em uma ensemble típica de New Orleans e Clarinet Wobble acompanhado somente por guitarra e piano mostrando sua esplêndida sonoridade nos registros agudo e grave.
HIGH SOCIETY RAG (Melrose – Steel) – King Oliver's Jazz Band – King Oliver (cornet e líder), Louis Armstrong (cornet), Honore Dutray (tb); JOHNNY DODDS (clarinete), Lil Hardin (pi), Babby Dodds (bat); banjo e sax-baixo desconhecidos.
Gravação original: 22/jun/1923 – selo: HRS - Hot Record Society 12 - Chicago
Fonte: CD - Great Original Performances 1923-1930 - King Oliver – selo: Louisiana Red Hot – 1998 - USA
CLARINET WOBBLE (Johnny Dodds) – Johnny Dodds (cl e líder), Bud Scott (guitarra) e Lil Hardin (pi).
Gravação original: 21/abril/1927 – selo: Brunswick 3774-B – Chicago.
Fonte: CD - Clarinet Wobble - Import - Johnny Dodds – selo: Phantom 222423 – 2006 – Germany.


TOOTS THIELEMANS DE VOLTA AO RIO

Anotem em suas agendas, pois Toots Thielemans, o genial musica belga, estará de volta ao Brasil.

04.10.2007
Sala Cecília Meirelles
Preço: R$ 120,00

Quem sabe, não teremos a presença de seu grande amigo e também gaitista, Maurício Einhorn.

Seria um momento mágico vê-los brincando em Bluesette, um dos temas que mais admiro e que não me canso de ouvir

Beto Kessel
RETRATOS
05. STAN GETZ (D)
Discografia Reduzida - 18/Agosto/1943 a 20/Janeiro/1953
Conforme o propósito inicial desta série, incluiríamos nos “RETRATOS” as discografias completas não muito extensas (como foi o caso de Clifford Brown), por motivos óbvios de espaço. No caso presente, o de STAN GETZ, temos volumosa e alentada discografia: contabilizamos em nossas anotações 1.419 registros gravados dos quais apresentaremos 848 dos que consideramos, salve avaliação dos prezados colegas Cjubianos, os mais significativos em termos musicais, de formações e de datas de forma a ocupar apenas 04 “módulos”(este “D” e os próximos “E”, “F” e “G”). Ficamos à inteira disposição dos colegas Cjubianos para quaisquer complementos que lhes interesse, bastando requisitá-los nos “Comentários” ou pelo endereço “apostolojazz@uol.com.br”.

O INÍCIO, STAN KENTON E BENY GOODMAN
Jack Teagarden And His Orchestra
Chuck Mackey, Louis Obergh, Nelson Shelladay ou Corky Johnson (trumpetes), Wally Barron, Palmar Combatelli, Jack Teagarden Jr. (trombones), Jack Teagarden (trombone e vocal), Irving Frank ou Herb Hamilton, Gish Gilberston, Hal Tennyson (saxes.alto), Stan Getz (sax.tenor), (???) (sax.barítono), John Witter (piano), Vic Cipponeri (baixo), Frank Horrington (bateria) e Phyllis Lane (vocal)
Sheppard Field, Wichita Falls, Texas, 18/08/1943
1. Wolverine Blues
2. Clarinet Marmalade
3. All Or Nothing At All
4. Chinatown My Chinatown
* Album da Queen Disc: Jack Teagarden - AFRS Spotlight Bands 1943
Temos aquí o 1º registro gravado com a participação de Stan Getz, sob a direção de seu tutor legal (Getz tinha então apenas 16 anos), o grande trombonista Jack Teagarden. Não temos identificação para o executante do saxofono barítono.

Jack Teagarden And His Orchestra
Mesma formação anterior
AFRS Spotlight Bands, Bartsdale Field, Shereveport, Louisiana, 20/09/1943
1. Somewhere A Voice Is Calling
2. Night And Day
3. Hagar's Blues
4. Dark Eyes
* Album da Queen Disc: Jack Teagarden - AFRS Spotlight Bands 1943

Jack Teagarden And His Orchestra
Mesma formação anterior
AFRS Spotlight Bands, Blythe, AAF Base, Califórnia, 05/11/1943
1. Swinging On A Teagarden Gate
2. Nobody Knows The Trouble I've Seen
3. Rhythm Hymn
4. Baby, Won't You Please Come Home?
5. Port Knox Jump
* Album da Queen Disc: Jack Teagarden - AFRS Spotlight Bands 1943

Stan Kenton And His Orchestra
John Carrol, Buddy Childers, Karl George, Mel Green, Gene Roland (trumpetes), Harry Forbes, Milt Kabak, Bart Varsalona, Freddie Zito (trombones), Bob Lively, Boots Mussulli (saxes.alto), Emmett Carls, Stan Getz (saxes.tenor), Bob Gioga (sax.barítono), Stan Kenton (piano), Bob Ahern (guitarra), Bob Kesterson (baixo), Jim Falzone (bateria) e Anita O'Day (vocal em “Nobody Knows The Trouble I've Seen”)
Hollywood, Califórnia, 28/11/1944
1. Tico Tico
2. Tabby The Cat
3. The Man I Love
* Album da Queen Disc: Stan Kenton 1944

Stan Kenton And His Orchestra
John Carrol, Buddy Childers, Karl George, Mel Green, Gene Roland (trumpetes), Harry Forbes, Milt Kabak, Bart Varsalona, Freddie Zito (trombones) Bob Lively, Boots Mussulli (saxes.alto), Emmett Carls, Stan Getz (saxes.tenor), Bob Gioga (sax.barítono), Stan Kenton (piano), Bob Ahern (guitarra), Bob Kesterson (baixo), Jim Falzone (bateria) e Anita O'Day (vocal na faixa 2)
Hollywood, Calisfórnia, 30/11/1944
1. Theme And I Know You Know
2. Gotta Be Getting
3. Poor Butterfly
4. Artistry In Rhythm And Begin The Beguine
* Album da Queen Disc: Stan Kenton 1944

Stan Kenton And His Orchestra
John Carrol, Buddy Childers, Karl George, Mel Green, Gene Roland (trumpetes), Harry Forbes, Milt Kabak, Bart Varsalona, Freddie Zito (trombones), Bob Lively, Boots Mussulli (saxes.alto), Emmett Carls, Stan Getz (saxes.tenor), Bob Gioga (sax.barítono), Stan Kenton (piano), Bob Ahern (guitarra), Bob Kesterson (baixo), Jim Falzone (bateria) e Anita O'Day (vocal em 2)
Hollywood, Califórnia, 06/12/1944
1. Taboo
2. In A Little Spanish Town
3. Sargent's Mess
4. And Her Tears Flowed Like Wine
5. Russian Lullaby
* Album da Queen Cisc: Stan Kenton 1944

Benny Goodman And His Orchestra (arranjo de Fletcher Henderson)
John Best, Conrad Cozzo, Tony Faso, Louis Mucci (trumpetes), Earl LeFave, Chauncey Welsch, Kai Winding (trombones), Benny Goodman (clarinete), Gerald Sanfino, Bill Shine (saxes.alto), Emmet Carl, Stan Getz (saxes.tenor), Danny Bank (sax.barítino), Charlie Queener (piano), Mike Bryan (guitarra), Barney Spieler (baixo), Morey Feld (bateria) e Liza Morrow (vocal)
New York, 20/11/45
1. Give Me The Simple Life
2. Fascinating Rhythm
3. I Wish I Could Tell You
Albuns da Columbia: Benny Goodman - Collector's Gems 1929-1945 e o V-Disk Benny Goodman - Rare Big Band Gems 1932-1947

Kai's Krazy Kats
Shorty Rogers (trumpete), Kai Winding (trombone), Stan Getz (sax.tenor), Shorty Allen (piano), Iggy Shevack (baixo) e Shelly Manne (bateria)
New York, 14/12/1945
1. Sweet Miss
2. Sweet Miss (alternate take)
3. Loaded
4. Loaded (alternate take)
5. Grab Your Axe, Max
6. Grab Your Axe, Max (alternate take)
7. Always
Albuns da Savoy: Various Artists – Loaded, Stan Getz - Opus De Bop, Kai Winding - New Sound In Modern Music, Vol. 4, J.J. Johnson - Kai Winding Sextet, Various Artists - Birth Of The Bop, Vol. 2, Kai Winding - Stan Getz, Kai's Krazy Kats - Sweet Miss with Loaded e Kai Winding - Grab Your Axe, Max with Always

Benny Goodman And His Orchestra
John Best, Billy Butterfield, Conrad Cozzo, Bernie Privin (trmpetes), Earl LeFave, Chauncey Welsch, Kai Winding (trombone), Benny Goodman (clarinete), Gerald Sanfino, Bill Shine (saxes.alto), Stan Getz, Peanuts Hucko (saxes.tenor), Danny Bank (sax.barítono), Mel Powell (piano), Mike Bryan (guitarra), Barney Spieler (baixo) e Buddy Rich (bateria)
New York, 19/12/1945
1. Rattle And Roll
Album da Columbia: V-Disk Benny Goodman - Rare Big Band Gems 1932-1947

Benny Goodman And His Orchestra
John Best, Mannie Klein, Bernie Privin, Brody Schroff (trumpetes), Hoyt Bohannon, Lou McGarity (trombones), Benny Goodman (clarinete), Gerald Sanfino, Bill Shine (saxes.alto), Stan Getz, Gish Gilbertson (saxes.tenor), Danny Bank (sax.barítono), Mel Powell (piano), Barney Spieler (baixo) e Ralph Collier (bateria)
Los Angeles, Califórnica, 30/01/1946
1. It's The Talk Of The Town
Album da Columbia: V-Disk Benny Goodman - Rare Big Band Gems 1932-1947

Decca Jazz All Stars
George Bardone, Randy Brooks, Earnie Englund, Guy Erlandsen, Bill Scaffe (trumpetes), Harry Brooks, Dave Pittman, Herb Winfield (trombones), Eddie Caire, James Putnam (saxes.alto), Stan Getz, Stuart Anderson (saxes.tenor), Eddie Shomer (sax.barítono), Shorty Allen (vibrafone), Elmer Byers (guitarra), John Crescini (baixo) e Sonny Mann (bateria)
New York, April 12, 1946
1. A Night At Deuces
2. How High The Moon
Album da Decca: Stan Getz - Jazz Big Bands V.S.O.P. Swing And Bop

A PRIMEIRA GRAVAÇÃO COMO LÍDER
A PRIMEIRA COM WOODY HERMAN
A PRIMEIRA COM GENE NORMAN

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Hank Jones (piano), Curly Russell (baixo) e Max Roach (bateria)
New York, 31/07/1946
1 Opus De Bop
2 And The Angels Swing
3 Running Water
4 Don't Worry 'Bout Me
Albuns da Savoy: Various Artists - Opus De Bop, Stan Getz - Opus De Bop, Stan Getz Beboppers, Various Artists - Birth Of The Bop-Vol. 3, Stan Getz - New Trends In Jazz- Vol. 2, Stan Getz - New Trends In Jazz - Vol. 1, The Bebop Boys - Opus De Bop with Thriving On A Riff, Stan Getz - And The Angels Swing with Allen Eager - Symphony Sid's Idea, Stan Getz - Running Water with Leo Parker – Ineta e Allen Eager - Jane's Bounce with Stan Getz - Don't Worry 'Bout Me

Vido Musso And His Orchestra
Gene Roland (trombone), Stan Getz, Vido Musso (saxes.tenor), Skip Nelson, Lynne Stevens (vocais) e uma “big band” não identificada no album
New York, 06/02/1947
1 Gone With Vido
2 You Keep Coming Back Like A Song
3 Connecticut
4 Cozy Blues
LP da Joyce: One Night Stand With Vido Musso

Woody Herman And His Orchestra (arranjo de Ralph Burns e vocal de Woody Herman)
John Best, Ray Linn, George Seaburg, Zeke Zarchey (trumpetes), Red Ballard, Tom Basett, Murray McEachern, Si Zentner (trombones), Heinie Beau, Skeets Heerfurt (saxes.alto), Stan Getz, Babe Russin (saxes.tenor), Bob Lawson (sax.barítino), Jimmy Rowles (piano), Gene Sergent (guitarra), Walter Yoder (baixo) e Jackie Mills (bateria)
Hollywood, Califórnia, 07/05/1947
1 Blues In The Night
2 Under A Blanket Of Blue
3 Blue Prelude
Album da Columbia: Woody Herman - Twelve Shades Of Blue

Van Alexander And His Orchestra
Frank Beach, Chuck Peterson, Charlie Shavers (trumpetes), Sid Harris, Chuck Maxon, Si Zentner (trombones), Clint Neagley, Eddie Rosa (saxes.alto e clarinetes), Lucky Thompson (sax.tenor) Stan Getz (saxes tenor e alto), Butch Stone (sax.barítono), Jimmy Rowles (piano), Tonny Rizzi (guitarra), Arnold Fishkin (baixo) e Don Lamond (bateria)
NYC, May 20, 1947
1 Blue Rhythm Swing
2 Blue Rhythm Blues
3 Blue Rhythm Jam
4 Blue Rhythm Bebon
Album da Palophone Odeon: Stan Getz - Big Bands, Louis Bellson, Mils Blue Rhythm Band (também pelos selos Desigh e Onyx).

Just Jazz All Stars (leia-se “Gene Norman” o novaiorquino radicado na Califórnia, que em concertos realizados em 1947 na Califórnia lançou sua produção “Just Jazz”)
Charlie Shavers (trumpete), Willie Smith (sax.alto), Stan Getz (sax.tenor), Red Norvo (vibrafone), Nat "King" Cole (piano), Oscar Moore (guitarra), Johnny Miller (baixo) e Louie Bellson (bateria)
"Civic Auditorium", Pasadena, Califórnia, 23/06/1947
1 Body And Soul, Pt. 1
2 Body And Soul, Pt. 2
3 How High The Moon
4 How High The Stars
5 How High The Sky
6 How High The Sun
7 I Got Rhythm, Pt. 1
8 I Got Rhythm, Pt. 2
Album da Modern Crown: Stan Getz - Groovin' High. As faixas 7 e 8 com o clássico “I Got Rhythm” de George e Ira Gershwin, também foram aproveitadas no CD “Just Jazz – Gene Got Rhythm” anexado ao número de Julho/1998 da revista italiana “Musica Jazz” e que contem 08 faixas de 1947 sob a égide de Gene Norman, mas com Stan Getz somente nessas faixas 7 e 8 indicadas.

Woody Herman And His Orchestra
Stan Fishelson, Bernie Glow, Marky Markowitz, Shorty Rogers, Ernie Royal (trumpetes), Bob Swift, Earl Swope, Ollie Wilson (trombones), Woody Herman (sax.alto, clarinete e vocal), Sam Marowitz (sax.alto), Stan Getz, Zoot Sims, Herbie Steward (saxes.tenor), Serge Chaloff (sax.barítono), Fred Otis (piano), Gene Sargent (guitarra), Walter Yoder (baixo), Don Lamond (bateria) e Mary Ann McCall (vocal)
Hollywood, Califórnia, 22/12/1947
1 I've Got News For You
2 Keen And Peachy
Album da Columbia: Woody Herman - The Thundering Herds

Woody Herman And His Orchestra
Mesma formação anterior
Hollywood, Califórnia, 24/12/1947
1 The Goof And I
2 Lazy Lullaby
Album da Columbia: Woody Herman - The Thundering Herds

Woody Herman And His Orchestra
Mesma formação anterior
Hollywood, Califórnia, 27/12/1947
1 Four Brothers
2 Summer Sequence, IV
Album da Columbia: Woody Herman - The Thundering Herds

Woody Herman And His Orchestra
Mesma formação anterior
Hollywood, Califórnia, 30/12/1947
1 P.S. I Love You
Album da Columbia: Woody Herman - The Thundering Herds

Stan Getz Quintet
Stan Getz (sax.tenor), Al Haig (piano), Jimmy Raney (guitarra, exclusive em 8 e 9), Clyde Lombardi (baixo) e Charlie Perry (bateria)
New York, 25 e 26/10/1948
1 Pardon My Bop, I
2 Pardon My Bop, II
3 Pardon My Bop, III
4 As I Live And I Bop = Bopcycle
5 As I Live And I Bop (alternate take)
6 Interlude In Bebop = Bopelbath
7 Interlude In Bebop
8 Diaper Pin = Pinhead
9 Diaper Pin
Album da Spotlite: Al Haig Meets The Master Saxes, Vol. 2. Albuns da Mainstream: Various Artists – Yesterday e Various Artists - A Look At Yesterday. Albuns da Dale: Stan Getz - Stan In Retrospect e Stan Getz Quintet. Album da Jade: Stan Getz – Pardon My Bop with Interlude In Bebop, Album da JAX: Stan Getz – Bopcycle with Flugelbird.

Stan Getz Octet
Norman Faye (trumpetes), Allen Eager (ou Al Epstein ???), Stan Getz, Zoot Sims (saxes.tenor), Al Haig (piano), Jimmy Raney (guitarra), Clyde Lombardi (baixo) e Charlie Perry (bateria)
New York, 21/11/1948
1 Frosty = Flugelbird
Album da Spotlite: Al Haig Meets The Master Saxes, Vol. 2. Album da Dale: Stan Getz – Stan In Retrospect. Album da JAX: Stan Getz – Bopcycle with Flugelbird. Album da Dale: Stan Getz Octet

Woody Herman And His Orchestra
Stan Fishelson, Bernie Glow, Red Rodney, Shorty Rogers, Ernie Royal (trumpetes), Bob Swift, Earl Swope, Bill Harris, Ollie Wilson (trombones), Woody Herman (sax.alto, clarinete, e vocal), Sam Marowitz (sax.alto), Al Cohn, Stan Getz, Zoot Sims (saxes.tenor), Serge Chaloff (sax.barítono), Terry Gibbs (vibrafone e vocal), Lou Levy (piano), Chubby Jackson (baixo), Don Lamond (bateria) e Mary Anne McCall (vocal)
Hollywood, Califórnia, 29/12/1948
1 That’s Right
2 Lemon Drop
Album da Capitol: Woody Herman – The Great Big Band

EARLY AUTUMN - UM VÔO SOLO ETERNO
Woody Herman And His Orchestra
Mesma formação anterior
Hollywood, Califórnia, 30/12/1948
1 Early Autumn
2 Keeper Of The Flame
Album da Capitol: Woody Herman – The Great Big Band
Aqui o genial solo de Getz em “Early Autumn”, que o elevou à categoria de ícone em seu instrumento.

Terry Gibbs New Jazz Pirates
Shorty Rogers (trumpete), Earl Swope (trombone), Stan Getz (sax.tenor), Terry Gibbs (vibrafone), George Wallington (piano), Curly Russell (baixo) e Shadow Wilson (bateria)
Harry Smith Studios, New York, 14/03/1949
1 Michelle, parte 1
2 Michelle, parte 2
3 Michelle (alternate take 1)
4 Michelle (alternate take 2)
5 T And S
6 Terry's Blues = Terry's Tune
7 Terry's Blues = Terry's Tune (alternate take 1)
8 Terry's Blues = Terry's Tune (alternate take 2)
9 Cuddles = Speedway
Albuns da Prestige: Stan Getz - Early Stan, Stan Getz - Jazz Classics, Various Artists - Early Prestige Sessions 1949/50, Stan Getz, Vol. 2, Stan Getz With Terry Gibbs e Terry Gibbs - Michelle c/w Stan Getz - Too Marvelous For Words. Albuns da New Jazz: Terry Gibbs - Michelle, Parts 1&2, Terry Gibbs - T And S with Terry's Blues, Terry Gibbs - Cuddles with J.J. Johnson – Elysees e Stan Getz - Speedway with Crazy Chords.
Aquí um album obrigatório para os cultores de Stan Getz, seja pela formação, seja pela execução de “mestres” em seus instrumentos.

Stan Getz Five Brothers (arranjos de Gerry Mulligan)
Al Cohn, Allen Eager, Brew Moore, Zoot Sims (saxes.tenor), Stan Getz (saxes tenor e barítono), Walter Bishop Jr. (piano), Gene Ramey (baixo) e Charlie Perry (bateria)
New York, 08/04/1949
1 Battleground
2 Four And One Moore
3 Five Brothers
4 Battle Of The Saxes
Album da New Jazz: Stan Getz - Four And One Moore with Five Brothers e Stan Getz - Battle Of The Saxes with Wrap Your Troubles In Dreams. Albuns da Prestige: Stan Getz/Zoot Sims/Al Cohn - The Brothers, Various Artists - 25 Years Of Prestige, Stan Getz - Five Brothers, Stan Getz, Vol. I, Stan Getz And His Four Brothers, Stan Getz - Battleground with Wrap Your Troubles In Dreams, Stan Getz - Battleground with Prezervation e Stan Getz - Four And One Moore with Five Brothers

Stan Getz Octet
Earl Swope (trombone), Stan Getz, Al Cohn, Zoot Sims (saxes.tenor), Duke Jordan (piano), Jimmy Raney (guitarra), Mert Oliver (baixo) e Charlie Perry (bateria)
New York, 02/05/1949
1 Stan Getz Along
2 Stan Getz Along (alternate take)
3 Stan's Mood
4 Stan's Mood (alternate take)
5 Slow
6 Slow (alternate take)
7 Fast
8 Fast (alternate take)
Albuns da Savoy: Various Artists - Brothers And Other Mothers, Various Artists - Lestorian Mode, Stan Getz - Opus De Bop, Stan Getz Beboppers, Various Artists - Birth Of The Bop, Vol. 1, Stan Getz - New Trends In Jazz, Vol. 2, Stan Getz - New Trends In Jazz, Vol. 1, Stan Getz - Stan Getz Along with Stan's Mood, Charlie Parker - Klaunstance with Stan Getz – Slow e J.J. Johnson - Audubon with Stan Getz - Fast

Al Haig Sextet
Stan Getz (sax.tenor), Al Haig (piano), Jimmy Raney (guitarra), Gene Ramey (baixo), Charlie Perry (bateria) e Carlos Vidal (conga)
New York, 12/05/1949
1 Skull Buster
2 Ante Room
3 Poop Deck
4 Pennies From Heaven
Album da Dawn: Various Artists - Tenors Anyone. Album da SEECO: Al Haig - Highlights In Modern Jazz. Album da Fantasy: Al Haig Trio And Sextets

Gene Roland's Boppers (arranjos de Gerry Mulligan)
Dan Baxter, Danny Blue, Jerry Lloyd, Dale Pierce (trumpetes), Al Cohn, Stan Getz, Zoot Sims (saxes.tenor), Gerry Mulligan (sax.barítono), Gene DiNovi (piano), Red Kelly (baixo), Tiny Kahn (bateria) e Gene Roland (trumpete, trombone de válvulas e piano)
New York, 17/05/1949
1 Oh, Them Saxes
2 Hold Them Trumpets
3 Blues In Our Times
4 Symphony Sid's Symphonette

Stan Getz Bop Stars
Stan Getz (sax.tenor), Al Haig (piano), Gene Ramey (baixo) e Stan Levey (bateria)
New York, 21/06/1949
1 Indian Summer
2 Long Island Sound
3 Mar-Cia
4 Prezervation
5 Crazy Chords
Albuns da Prestige / Fantasy: Stan Getz Quartets, Various Artists – Conception, Stan Getz/Al Haig – Prezervation, Various Artists – Conception e Stan Getz/Al Haig – Prezervation. Album da New Jazz: Stan Getz - Long Island Sound. Albuns da New Jazz / Prestige: Stan Getz - Long Island Sound with Mar-Cia, Stan Getz - Battleground with Prezervation e Stan Getz - Speedway with Crazy Chords. Albuns da Prestige: Stan Getz Greatest Hits, Stan Getz - Five Brothers, Stan Getz/Lee Konitz - The New Sounds, Stan Getz, Vol. 1, Stan Getz Quartet, Vol. 1, Stan Getz/Lee Konitz - New Sounds e Stan Getz - What's New? with Indian Summer

Al Haig Sextet
Kai Winding (trombone), Stan Getz (sax.tenor), Al Haig (piano), Jimmy Raney (guitarra e vocal), Tommy Potter (baixo), Roy Haynes (bateria) e Blossom Dearie (vocal)
New York, 28/07/1949
1 Pinch Bottle
2 Earless Engineering
3 Be Still TV
4 Short P, Not LP
Albuns da Prestige: Stan Getz/Al Haig – Prezervation e Various Artists - Early Prestige Sessions 1949/50

Al Haig Quintet
Kai Winding (trombone exclusive em 3), Stan Getz (sax.tenor), Al Haig (piano), Tommy Potter (baixo) e Roy Haynes (bateria)
"Carnegie Hall", New York, 24/12/1949
1 Always
2 Sweet Miss
3 Long Island Sound
Album da IAJRC: Various Artists - Stars Of Modern Jazz Concert At Carnegie Hall. Album da Spotlite: Al Haig Meets The Master Saxes, Vol. 3. Album da Fresh Sound: Stan Getz Quintet Live At Carnegie Hall

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Al Haig (piano), Tommy Potter (baixo), Roy Haynes (bateria), Junior Parker (vocal em 1 e 2)
New York, 06/01/1950
1 Stardust
2 Goodnight, My Love
3 There's A Small Hotel
4 Too Marvelous For Words
5 I've Got You Under My Skin
6 What's New?
7 Intoit
Albuns da Prestige: Stan Getz/Al Haig – Prezervation, Stan Getz Greatest Hits, Stan Getz - Five Brothers, Stan Getz, Vol. 2, Stan Getz Quartet, Vol. 2, Stan Getz - Intoit with You Stepped Out Of A Dream, Terry Gibbs - Michelle with Stan Getz - Too Marvelous For Words, Stan Getz - What's New? with Indian Summer, Stan Getz - There's A Small Hotel with I've Got You Under My Skin, Stan Getz - What's New? with Too Marvelous For Words, Stan Getz/Lee Konitz - New Sounds e Various Artists - Early Prestige Sessions 1949/50. Albuns da prestige / Fantasy: Stan Getz Quartets e Various Artists – Conception. Albuns da New Jazz: Stan Getz - Long Island Sound e Stan Getz - You Stepped Out Of A Dream with Intoit. Albuns da Moodsville: Various Artists - Music Of Richard Rodgers Played By America's Greatest Jazzmen e Various Artists - Music Of Cole Porter Played By America's Greatest Jazzmen. Album da Birdland: Junior Parker - Stardust with Goodnight, My Love.

METRONOME ALLSTARS 02 ANOS SEGUIDOS E MILES DAVIS
The Metronome All Stars (arranjos de Pete Rugolo e Lennie Tristano)
Dizzy Gillespie (trumpete), Kai Winding (trombone), Buddy DeFranco (clarinete), Lee Konitz (sax.alto), Stan Getz (sax.tenor), Serge Chaloff (sax.barítono), Lennie Tristano (piano), Billy Bauer (guitarra), Eddie Safranski (baixo), Max Roach (bateria)
New York, 10/01/1950
1 Double Date
2 No Figs
Album da Columbia: Metronome All Stars (também pelo selo Harmony)

Miles Davis Sextet
Miles Davis (trumpete), J.J. Johnson (trombone), Stan Getz (sax.tenor), Tadd Dameron (piano), Gene Ramey (baixo) e Art Blakey (bateria)
Rádio WNYC diretamente do "Birdland", New York, 18/02/1950
1 Conception
2 Ray's Idea
3 That Old Black Magic
4 Max Is Making Wax
5 Woody'n You
Album da Ozone: Miles Davis - Dick Hyman - Sonny Stitt. Album da Kings Of Jazz: Here Are Stan Getz And Miles Davis. Album da Fresh Sound: Miles Davis Featuring Stan Getz - Birdland Days

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Al Haig (piano), Tommy Potter (baixo) e Roy Haynes (bateria)
New York, 17/05/1950
1 On The Alamo
2 On The Alamo (alternate take)
3 Gone With The Wind
4 Yesterdays
5 Sweety Pie
6 Thou Swell
7 You Go To My Head
8 Hershey Bar
Albuns da Roost: Stan Getz - Getz Age, Stan Getz - Modern World, Stan Getz - The Sound, The Greatest Of Stan Getz, Stan Getz - The Complete Roost Recordings, Stan Getz, Vol. 1, Stan Getz - Split Kick

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Horace Silver (piano), Joe Calloway (baixo) e Walter Bolden (bateria)
New York, 10/12/1950
1 Tootsie Roll
2 Strike Up The Band
3 Imagination
4 Imagination (alternate take)
5 For Stompers Only
6 Navy Blue
7 Out Of Nowhere
8 'S Wonderful
Albuns da Roost: os mesmos anteriores com exclusão dos Stan Getz - Getz Age e Stan Getz - Modern World

Stan Getz Quartet
Mesma formação anterior
New York, 23/01/1951
1 Penny
2 Split Kick
3 Split Kick (alternate take)
4 It Might As Well Be Spring
5 It Might As Well Be Spring (alternate take)
6 The Best Thing For You
Albuns da Roost: Stan Getz - Getz Age, Stan Getz - The Complete Roost Recordings, Stan Getz - Chamber Music e Stan Getz - Split Kick

The Metronome All Stars (arranjos de Ralph Burns e George Shearing)
Miles Davis (trumpete), Kai Winding (trombone), John LaPorta (clarinete), Lee Konitz (sax.alto), Stan Getz (sax.tenor), Serge Chaloff (sax.barítono), Terry Gibbs (vibrafone), George Shearing (piano), Billy Bauer (guitarra), Eddie Safranski (baixo) e Max Roach (bateria)
New York, 23/01/1951
1 Early Spring
2 Local 802 Blues
Albuns da Capitol: The Metronome All Stars - All Star Sessions, Various Artists - Enter The Cool: The History Of Jazz, Vol. 4, Miles Davis - The Birth Of The Cool, Vol. 2, Metronome All Stars - Early Spring With Local 802 Blues

Stan Getz Quintet
Stan Getz (sax.tenor), Horace Silver (piano), Jimmy Raney (guitarra), Tommy Potter ou Leonard Gaskin (baixo) e Roy Haynes (bateria)
New York, 15/08/1951
1 Melody Express
2 Yvette
3 Potter's Luck
4 The Song Is You
5 Wildwood
Albuns da Roost: Stan Getz - Getz Age, Various Artists - Operation Jazz, Stan Getz - Modern World, Stan Getz - The Complete Roost Recordings, Stan Getz - Chamber Music

Stan Getz Quintet
Stan Getz (sax.tenor), Al Haig (piano), Jimmy Raney (guitarra), Teddy Kotick (baixo), Tiny Kahn (bateria)
"Storyville", Boston, 28/10/1951
1 Signal (alternate take)
2 Budo (alternate take)
3 Thou Swell
4 The Song Is You
5 Mosquito Knees
6 Pennies From Heaven
7 Move
8 Parker 51
9 Hershey Bar
10 Rubberneck
11 Signal
12 Everything Happens To Me
13 Jumpin' With Symphony Sid
14 Yesterdays
15 Budo
16 Wildwood
Albuns da Roost: Stan Getz At Storyville, Stan Getz At Storyville, Vol. 2, Stan Getz - The Complete Roost Recordings, Stan Getz - Jazz At Storyville, Vol. 3, Stan Getz - Thou Swell With The Song Is You, Stan Getz - Modern World, The Stan Getz Years, The Greatest Of Stan Getz. Albuns da Roulette: Echoes Of An Era: Stan Getz And Sonny Stitt, Stan Getz - The Greatest, Echoes Of An Era: The Best Of Stan Getz

BILLIE HOLIDAY, BIRDLAND, CARNEGIE HALL
Billie Holiday
Stan Getz (sax.tenor), Al Haig (piano), Jimmy Raney (guitarra), Teddy Kotick (baixo), Tiny Kahn (bateria) e Billie Holiday (vocal)
"Storyville", Boston, 29/10/1951
1 'T Ain't Nobody's Business If I Do
2 You're Driving Me Crazy
3 Lover Come Back To Me
Album da DALE: Billie Holiday At Storyville

Stan Getz Quintet
Stan Getz (sax.tenor), Duke Jordan (piano), Jimmy Raney (guitarra), Bill Crow (baixo), Kenny Clarke (bateria)
"Birdland", New York, 13/11/1952
1 Sweetie Pie
2 Moonlight In Vermont
Album da Philology: Stan Getz - Sweetie Pie. Album da Natasha Imports: Stan Getz - Move!

Stan Getz Quintet
Stan Getz (sax.tenor), Duke Jordan (piano), Jimmy Raney (guitarra), Bill Crow (baixo), Frank Isola (bateria)
"Carnegie Hall", New York, 14/11/1952
1 There Will Never Be Another You
2 Strike Up The Band
3 Sweetie Pie
4 Moonlight In Vermont
5 Stella By Starlight
6 Cherokee
Album da FDC: Stan Getz - Duke Ellington 25th Anniversary Concert. Album da Fresh Sound: Stan Getz Quintet Live At Carnegie Hall

Stan Getz Quintet
Stan Getz (sax.tenor), Duke Jordan (piano), Jimmy Raney (guitarra), Bill Crow (baixo), Frank Isola (bateria)
New York, 12/12/1952
1. Stella By Starlight
2. Time On My Hands
3. 'Tis Autumn
4. The Way You Look Tonight
5. Lover Come Back To Me
6. Body And Soul
7. Stars Fell On Alabama
8. You Turned The Tables On Me
Albuns da NORGRAN: Stan Getz Plays (também VERVE), Stan Getz - Stella By Starlight With Time On My Hands, Stan Getz - Body And Soul With You Turned The Tables On Me. Albuns da Clef: Various Artists - Our Best, Stan Getz - 'Tis Autumn With Lover Come Back To Me (também Mercury), Stan Getz - The Way You Look Tonight With Stars Fell On Alabama (também Mercury). Album da VERVE: Various Artists - Verve Compendium Of Jazz, #2. Album da Universal: Stan Getz Plays (também pelo selo Clef)

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Duke Jordan (piano), Bill Crow (baixo), Kenny Clarke (bateria)
"Birdland", New York, 20/01/953
1 Yesterdays
2 Strike Up The Band
Album da Queen Disc: Stan Getz

Continua em (E), de 09/Fevereiro/1953 até 13/Março/1962

J.T MEIRELES TRIO É A PRÓXIMA ATRAÇÃO DO PROJETO QUINTA DE BOM TOM - Hípica Bossa & Jazz (Restaurante da Hípica)

29 agosto 2007


Reprodução do gentil e-mail recebido da produção do espaço Hípica Bossa & Jazz (clique na imagem para ampliar):

J.T MEIRELES TRIO É A PRÓXIMA ATRAÇÃO DO PROJETO QUINTA DE BOM TOM

O saxofonista J.T Meireles, acompanhado de Adriano Giffoni, no baixo acústico e Fernando Merlino, no piano, são os próximos convidados do projeto Quinta de Bom Tom, que acontece na quinta-feira, dia 30, na Sociedade Hípica Brasileira. O J.T. Meireles Trio, comandado pelo consagrado instrumentista, levará repertório voltado para o Samba-Jazz, incluindo músicas como Casa Forte, de Edu Lobo, Batida Diferente, de Mauricio Einhorn e Durval Ferreira e Take Five, de Paul Desmond. A série de encontros musicais tem direção artística do guitarrista Victor Biglione e já levou ao novo espaço cultural da cidade nomes como Marcel Powell, Carlos Malta e Nicolas Krassik, entre outros.

Instrumentista, arranjador e produtor de discos durante mais de quarenta anos, Meireles participou de inúmeras gravações incluindo o lendário Mas que nada, de Jorge Ben, além de participar do grupo MEIRELLES E OS COPA 5 e tocar com praticamente todos os grandes músicos de sua época, tornando-se um ícone da moderna música instrumental brasileira.

O Quinta de Bom Tom é um projeto quinzenal em que o público pode usufruir de boa música aliado a uma culinária de qualidade. A parte gastronômica ficará a cargo de Rebecca Lockwood, chef do restaurante da Hípica. “Queremos resgatar esse clima da década de 50, onde se podia ouvir música boa, comer bem e encontrar os amigos com conforto e segurança”, comenta Rebecca.

Diante da pouca oferta de locais para se ouvir Jazz, Bossa Nova e MPB na Zona Sul do Rio de Janeiro, a revitalização do Restaurante da Hípica surge em ótimo momento. Desde a entrada da chef Rebecca Lockwood, em fevereiro de 2007, o restaurante vem recebendo atrações musicais, aliada à boa comida e bebida, com preços bastante acessíveis.

SERVIÇO:

Hípica Bossa & Jazz (Restaurante da Hípica) - Av. Borges de Medeiros, 2448, Lagoa. (21) 2156-0155. Quinta-feira (30/08), às 20h. R$ 20,00. 18 anos. Cap: 120 p. Estacionamento no local (5 reais), c/c: Visa e Mastercard.


Site: www.shb.com.br

DO OUTRO LADO DO JAZZ # 24

28 agosto 2007

A DANÇA E O JAZZ (final)


Talvez a primeira manifestação de dança afro-americana tenha sido o CONGO (não confundir com a conga cubana, de origem mais recente) uma dança negra das Antilhas de caráter dramático encontrada também na Louisiana.
CONGO SQUARE foi uma designação popular e oficiosa de um campo vizinho da Rampart Street em New Orleans onde se reuniam os escravos aos domingos com permissão para dançar suas tradições e ritos africanos como o congo e o voodoo. Empregavam tambores improvisados de todos os tipos e curiosos objetos como a queixada de burro. Encontrava-se também a bamboula uma dança de movimentos eróticos acompanhada por um tambor primitivo de mesmo nome muito usado pelos negros da Lousiana.
Em 1885 existiam descrições de negros de Nova Orleans dançando tão lascivos quanto o possivel, as mulheres rodando não tirando os pés do chão enquanto os homens pulavam no ar. Não se deve presumir que damas e cavalheiros das antigas Virginia e Louisiana dançassem de maneira tão desenvolta e desinibida. Acontece que existem episódios na história da dança em sociedade cheios de casos em que uma mesma maneira ou tipo de dança existe, simultaneamente em dois níveis, assumindo uma forma polida e decorosa na sociedade refinada e manifestando caráter grotesco e licencioso no seio popularesco.
As canções e as danças dos negros das fazendas constituíram, a princípio, entretenimento também para os proprietários rurais e suas famílias. Mais tarde, imitações feita por brancos que pintavam os rostos de preto levaram as coon songs e os cakewalks a divertir todo os EUA através dos imensamente populares minstrel shows.
A música saltitante, sincopada passou a ser um enorme sucesso em todos os níveis sociais sendo criados inúmeros passos de dança calcados em formas rítmicas e coreográficas imitando certas danças de origem européia como as quadrilhas, polcas, cotillons, lanciers, mazurcas e outras e que foram modificadas dentro da mais pura tradição negróide.
Em tempos idos, encontrava-se o cakewalk, também o schottisch que reporta-se a uma antiga dança de salão, talvez proveniente da Hungria, em compasso binário, portanto, semelhante à marcha e cujos passos se aproximam dos da polca (no Brasil era conhecida como a escocesa). Estas músicas junto com as do minueto e da quadrilha francesa, todas cultivadas no sul da América do Norte no século XVIII, formaram o elo europeu do Ragtime.
Depois vieram as variações como o one-step, two-step, charleston e surgiram ainda as danças que acompanhavam o swing tais como o shimmy, lindy-hop, black bottom, jitterburg e outras...
Talvez a mais marcante tenha sido mesmo o FOX-TROT muito popular desde o final dos anos 10 e anos 20 e 30 e que se utilizava também de música de Jazz. Sua popularidade foi tal que passou a assinalar até os anos 50 a música em tempo rápido (hot e sincopada) tocada pelas orquestras para dançar, fosse ou não exatamente Jazz. Quando o tempo era lento, uma balada por exemplo, chamava-se de slow-fox. O FOX TROT, literalmente o trote da raposa, possuiu inúmeras variações também relacionadas com animais como o buzzard-lope (galope de urubu), turkey-trot (trote do peru), grizzly bear (urso pardo), camel walk (passo do camelo), horse-trot (trote do cavalo), honey-bug (percevejo amável) e outros tantos passos “zoológicos”.
O CAMEL WALK por exemplo, refere-se a uma dança derivada do fox-trot com música de Jazz bastante popular entre 1917 a 1927 empregando movimentos de ombros e um vai e vem com as costas que imitava o andar do camelo.
CHARLESTON era o nome de uma dança, inicialmente negra com origem na cidade de mesmo nome, na Carolina do Sul e popularizada a partir de 1923, após o grande sucesso da composição de nome Charleston South Caroline do pianista James Price Johnson que foi usada no musical intitulado Runnin’ Wild. Foi um sucesso universal até mais comercial do que jazzístico tendo os brancos a adotado em seus salões. A característica da dança eram os passos rápidos com cruzamento dos pés para dentro e para fora e o CHARLESTON foi praticado em todo o mundo contribuindo sobremodo para difundir o rítmo sincopado da música de Jazz, particularmente das bandas dixieland.
Ressalte-se, de passagem, que o Jazz chegou a New York por várias vias, mas no ano de 1917 uma banda branca de New Orleans, The Original Dixieland Jass Band, se apresentou no sofisticado Restaurante e Café Reisenweber com fantástica aceitação, tendo sido inclusive a primeira banda que gravou um disco sob a chancela de música de Jazz neste mesmo ano. Apesar de constituída por bons músicos, não possuía o "feeling" negróide executando um Jazz algo mecânico sem as características marcantes da música negra, contudo por serem brancos, tiveram a oportunidade de se apresentar junto a um público mais refinado, melhor dotado financeiramente e assim implantar em seu meio o "vírus" do Jazz, através de uma música extremamente dançante que foi e ainda é o DIXIELAND e que mais tarde contaminou o mundo todo.
Podemos ouvir At The Jazz Band Ball (Larry Shields /Nick LaRocca) uma das favoritas dos salões de dança de New York, em gravação de 18/março/1918 com a ODJB (Victor 18457-A).


HISTORIAS DO JAZZ n ° 45

Mais “Saúvas” – “Fats” Quirino

“Fats” Quirino de Oliveira - Foi um dos mais pitorescos “atletas” do Clube dos Saúvas. Era um mulato gordo, bonachão, usava óculos de aro fino e gostava de criar frases engraçadissimas, as quais mostraremos dentro dessa narrativa. Freqüentava pouco as nossas reuniões. até porque, Dona Romana, sua terrível esposa, impunha severa marcação sobre ele.
Quando acontecia estarem juntos ele e Danilo, a musica rolando na”vitrola” era inevitável que os dois dançassem e ele afirmava:“Estamos dizendo no pé.”
Certa ocasião nos encontramos na estação das barcas, rumo a Niterói. O horário era de “rush” (18:30) e o aperto ombro a ombro era inevitável. Quando abriam os portões, os primeiros saiam em disparada como se estivessem disputando uma prova atlética ao que Quirino comentou – “nos cem metros rasos esses caras não perdiam.” Mas, o resto do “rebanho” ia se arrastando até a lancha naquele aperto descomunal e Quirino disparou :”Velhinho, nas Copas Roca” . relembrando naturalmente o povaréu que se deslocava para São Januário para assistir um Brasil e Argentina.
Quando eram marcadas nossas reuniões tinha sempre uma piada. Quando a mesma era na casa de Mr. Jones exclamava sorrindo : “Jogo no Maracanã”. Mas quando era na casa de outro saúva disparava: “O jogo é em Barirí!”.
De vez em quando eram estabelecidos “negócios” entre os Saúvas. Compra, venda ou troca de discos, ou “pastilhas” como ele batizava os 78 rotações. Então criou mais essa: “Vamos fazer um Jacó ? “.
Mas, a mais sensacional de Quirino na minha opinião foi quando comemoramos o segundo aniversário do Clube dos Saúvas. Nos encontraríamos na casa de Silvio para depois irmos jantar no restaurante “Gruta de Capri” em Icaraí . Acontece que tal encontro não pode ser realizado e fomos direto para o restaurante. Sentados a mesa já fazendo os pedidos , Quirino tirou o paletó e colocou nas costas da cadeira, e pegou o menu para escolher o seu prato. Não teve tempo. Um garçon aproximou-se e informou que havia uma senhora lhe chamando. Olhou para trás e viu na porta a Dona Romana, mãos nas cadeiras e olhar ameaçador. Calmamente vestiu o paletó, levantou-se não sem antes exclamar: “Desculpe velhinho, vôo cego da rádio patroa”. As gargalhadas devem ter provocado ainda mais a ira de madame Quirino mas,o resultado ele nunca contou.”
Deixou saudades.

ANIVERSÁRIO DE KESSEL

27 agosto 2007

Não o do guitarrista, mas o do CJUBiano, Beto Kessel, ocorrido - Beto, socorro! - ontem (ou anteontem). Confesso que embatuquei pois minha agenda tem duas marcações dessa data. De qualquer maneira, mando-lhe, em nome de todos os confrades, um grande abraço e desejo que possa desfrutar de muita saúde para ouvir jazz durante um extenso prazo de validade. Parabéns e felicidades.
P.S.: B.K., tira a minha dúvida, por favor?
Abs.

25 agosto 2007

JAZZ + JAZZ
O INÍCIO


A propósito da postagem do colega MÁRIO sobre o programa de ARLINDO COUTINHO na Globo.FM (92.5), adiciono alguns dados ainda que incompletos (à época morava no Rio de Janeiro, mas em função das viagens a trabalho por todo o Brasil deixei de gravar muitos programas e de comparecer a diversas “jam’s” promovidas pelo COUTO).
De todas as formas e a partir das notas a seguir apresentadas, quem sabe algum herói então mais assíduo possa completar a história do programa na Globo.FM enquanto esteve no ar: valeria a pena manter esse documento disponível no CJUB, como preservação dessa história ! ! !

ORIGEM
Egresso da Estácio.FM com seu programa JAZZ + JAZZ, ARLINDO COUTINHO iniciou o programa com o mesmo título na Globo.FM no dia 07/agosto/1986, uma 5ª feira, com seu prefixo já tradicional, “Jeanine”.
Essa data precedia a edição do “Free Jazz” de 1986 e por esse motivo COUTINHO apresentou faixas e comentários relativos aos músicos que estariam no palco do “Free Jazz” no dia 04/setembro:
- Idriss Boudrioua em quinteto com sua composição “Esperança”;
- notícias sobre o “Manhattan Transfer”;
- Azymuth (que se apresentou no final dessa edição do “Free Jazz”) com a faixa “The Prisioner”;
- Gerry Mulligan com o clássico “Carioca” de Kenny Dorhan;
- Claudio Roditi.
Importante assinalar que Idriss Boudrioua com Cláudio Roditi em sua formação, Manhattan Transfer e Gerry Mulligan apresentaram-se no mesmo dia 04/setembro nessa edição do “Free”.

OS 02 PRIMEIROS ANOS
Com entrevistas e “jam’s sessions” ao vivo COUTINHO movimentou o programa que, nas demais edições semanais, era gravado às terças para irradiação às quintas.
Assim, entre outros estiveram no programa:
- 27/novembro/1986, entrevista com Wayne Shorter;
- 05/fevereiro/1987, entrevista e apresentação de Mauricio Einhorn com Alberto Chimely;
- 05/março/1987, apresentação de Idriss Boudrioua com sua nova formação, “Jade”;
- 02/abril/1987, apresentação do Ramblers Tradicional Jazz;
- 09/abril/1987, entrevista com Joe Pass;
- 07/maio/1987, entrevista e apresentação de Ana Mazzotti;
- 05/junho/1987, entrevista com os componentes e apresentação do Cama de Gato;
- 18/junho/1987, entrevista com Márcio Montarroyos;
- 09/julho/1987, programa comemorativo do 1º aniversário;
- 06/agosto/1987, Sérgio Mendes entrevistado sobre a produção do mais recente LP de Sarah Vaughan;
- 24/setembro/1987, apresentação e entrevista com Rique Pantoja;
- 10/dezembro/1987, apresentação e entrevista com Nivaldo Ornelas e sua formação;
- 26/maio/1988, entrevista com Toshiko Akiyoshi;
- 02/junho/1988, apresentação e entrevista com os componentes do Quinteto Brasileiro de Metais;
- 16/junho/1988, entrevista com Lee Konitz;
- 07/julho/1988, apresentação de Idriss Boudrioua em sexteto;
- 21/julho/1988, entrevista com Mauro Senise.

CONCLUSÃO
Por conta dos colegas Cjubianos os complementos que permitiriam manter a história do “JAZZ + JAZZ”, produção e apresentação de ARLINDO COUTINHO.

apostolojazz@uol.com.br, 25/agosto/2007


JANNE ERSSON

23 agosto 2007

O baterista Janne Ersson nasceu na Suécia em 1946.
Sua fascinação por Buddy Rich começou quando, aos 20 anos, o ouviu com a Swingin' New Big Band e a partir daí tomou a decisão de um dia tocar aquela música, começando os estudos de bateria por 8 horas ao dia.
E não parava de ouvir Louis Bells, Joe Morello, Gene Kruppa e Jo Jones, além de Buddy, claro, seu ídolo.

Sua iniciação musical passou por todos os tipos de música, da dance music ao fusion. O início é sempre "doloroso" até a gente realmente tocar o que gosta. Mas, desapontado com a música que vinha fazendo, começou a trabalhar em escritório de serviços, fora do ambiente musical, para se sustentar e quando a empresa se desfez ele se viu com economias de salário equivalente a 2 anos, o que alimentou novamente seu sonho de montar uma verdadeira big band.
Chamar músicos realmente interessados não foi difícil e finalmente conseguiu montar o grupo, músicos talentosos e com formações distintas, combinação essa que era o grande desafio.
E montou sua big band e ela está aí até hoje ... firme e forte.

Aqui Janne Errson em apresentação de 21 de agosto último (2007) no Théâtre de Verdure, Ramatuelle, France no show em tributo a ele, claro, Buddy Rich. Que show !

A big band é formada por Mikael Högdahl e Urban Johansson alto sax ; Björn Cedergren e Eric Leftig tenor ; Magnus Jönsson baritono ; Jakob Gudmundsson, Klas Nilsson, Patrik Janson, Dan Warvne trompetes ; Magnus Stranne, Markus Ahlberg, David Bystedt, Sixten Hay trombones ; Mikael Björck guitarra ; Per Johansson piano ; Martin Landin baixo elétrico e Janne Ersson bateria e direção.

Deixo aqui 2 temas deste concerto, o tema de abertura Wind Machine e Straight No Chaser, esta, particularmente, uma das mais contagiantes que já ouvi.



Powered by eSnips.com
RETRATOS
05. STAN GETZ (C)
Filmografia e Bibliografia
FILMOGRAFIA
Mesmo transitando por décadas no mundo do Jazz (festivais, shows, clubes, estúdios de gravação, casas noturnas, excursões etc etc) e gravando intensamente, os registros filmográficos de Stan Getz são reduzidos e, quase sempre, em trilhas sonoras. Alguns poucos documentários mostram a arte e a sonoridade de Getz, com perfeita e acabada lógica de improvisação. As 17 indicações seguintes, em ordem cronológica, são um retrato ao vivo e/ou em áudio desse músico superlativo.
01. ARTISTRY IN RHYTHM
1944, 20 minutos, U.S.A., direção de Lewis Collins
Participação de Stan Getz na banda de Stan Kenton, em trilha sonora.
02. WOODY HERMAN AND HIS ORCHESTRA
1948, 15 minutos, U.S.A., direção de Will Cowan.
Documentário com a banda de Woody Herman e participação de Stan Getz.
03. STEVE ALLEN IN MOVIELAND
1955, 15 minutos, U.S.A.
Produção para a televisão americana (NBC) apresentando alguns dos músicos que participaram do longa metragem “The Benny Goodman History”: Buck Clayton, Teddy Wilson, Urbie Green, Stan Getz, Gene Krupa e outros.
04. THE BENNY GOODMAN STORY
1956, 116 minutos, U.S.A., direção de Valentine Davies, longa metragem
Participação, juntamente com mais cerca de outras 03 dezenas de músicos de Jazz, nesse clássico.
05. LES TRICHEURS
1958, 125 minutos, Itália e França, direção de Marcel Carné, longa metragem.
Filme sobre delinqüência juvenil com trilha sonora gravada por sessão do “Jazz At The Phillarmonic”, com participação de Stan Getz (mais Dizzy Gillepsie, Roy Eldridge, Coleman Hawkins, Oscar Peterson e outros).
06. SOLDATERKAMMERATER
1958, 84 minutos, Suécia e Dinamarca.
Stan Getz em formação com a participação de Oscar Pettiford.
07. THE INTERVIEW
1960, 05 minutos, U.S.A., direção de Ernest Pintolf.
Desenho colorido com Stan Getz na trilha sonora.
08. THE HANGED MAN
1964, 87 minutos, U.S.A., direção de Donald Siegel, longa metragem
Filme da Universal rodado em New Orleans durante o “Mardi Grass”, trilha sonora de Benny Carter e cena com Stan Getz tocando bossa nova (Gary Burton / vibrafone e Astrud Gilberto / vocal).
09. GET YOURSELF A COLLEGE GIRL
1964, 85 minutos, U.S.A., direção de Sidney Miller, longa metragem
Stan Getz em grupo, participação de Astrud Gilberto com “The Girl From Ipanema”.
10. MICKEY ONE
1965, 93 minutos, U.S.A., direção de Arthur Penn.
Stan Getz improvisando na trilha sonora composta por Eddie Sauter.
11. JAZZ GOES TO COLLEGE
1966 e 1967, série para a televisão britânica (BBC), com participação de Stan Getz em quarteto.
12. GETZ: RAVEL, SAUTER, WILDER, MACERO AND ALL THAT JAZZ
1969, 52 minutos, U.S.A., direção de Gary Crabtree
Produção para a televisão americana com Getz apresentando-se com a “Chamber Symphony Orchestra” e quarteto de cordas.
13. THE ORIGINAL ROMPIN’ STOMPIN’ HOT AND HEAVY, COOL AND GROOVY ALL STARS JAZZ SHOW
1976, 52 minutos, U.S.A.
Produção em cores para a televisão americana com apresentação de Dionne Warwick e participação de diversos músicos de Jazz: Stan Getz, Herbie Hancock, Gerry Mulligan, Dizzy Gillespie, Count Basie e outros.
14. MORT D’UN POURRI
1977, 123 minutos, França, direção de Georges Lautner, longa metragem
Filme com Alain Delon sobre corrupção governamental (pré-monição???), trilha sonora com a “London Symphony Orchestra” e Stan Getz.
15. THE EXTERMINATOR
1980, 102 minutos, U.S.A., direção de James Glickenhaus, longa metragem
Breve participação com sexteto.
16. TRIBUTE TO CHARLIE PARKER
1989, 55 minutos, França, direção de Frank Cassenti
Precioso documentário com uma constelação de astros do Jazz: Stan Getz (sax.tenor), Phil Woods e Jackie McLean (saxes.alto), Dizzy Gillespie (trumpete), Milt Jackson (vibrafone), Hank Jones (piano), Percy Heath (baixo) e Max Roach (bateria). 10 temas são executados após cenas da preparação (ensaio e recordações), incluindo “Yardbird Suíte”, “Groovin’ High”, “Hot House” e outros. Absolutamente imperdível ! ! !
17. VINTAGE GETZ
1990, 108 minutos, U.S.A., direção de David W. Sams
Apresentação de Stan Getz no “Napa Valley” / Califórnia, em 1983, acompanhado de trio (Jim McNeely / piano, Marc Johnson / baixo e Victor Lewis / bateria), desfilando pérolas como “Lush Life”, “Alone Together” e mais uma dúzia de temas.

BIBLIOGRAFIA
A bibliografia referente a Stan Getz é extensa, já que a prática totalidade de obras sobre JAZZ se alongam ou, pelo menos, citam-no em verbetes e comentários. Como exemplos entre outras dezenas indicamos os citados a seguir.
· The New Edition Of The Encyclopedia Of Jazz, Leonard Feather, 1ª Edição, 1956 (reimpressão de 1960), U.S.A., assim como as edições relativas às décadas de 60 e 70, dedica verbetes a Stan Getz.
· Diccionario Del Jazz, Philippe Carles / André Clergeat / Jean-Louis Comolli, 1965, edição espanhola do Grupo Anya S.A., contempla Stan Getz com extenso verbete, conciso e preciso nas páginas 452/453.
· O Jazz Do Rag Ao Rock (infeliz tradução para o título da obra original), Joachim E. Berendt, 1ª Edição no Brasil em 1975, tradução de original alemão de 1971, nas páginas 194/195 pontua que “...Getz é um virtuose do seu instrumento e essa característica o distingue da simplicidade – consciente – de seus colegas do four brothers....”.
· Gran Enciclopédia Del Jazz, Editora SARPE / Espanha, 1980, contém alentado verbete sobre Stan Getz nas páginas 685 a 688.
· Gigantes do Jazz, 1980, Abril Cultural, Brasil, dedica um dos volumes a Stan Getz, com excelente texto de Leonard Feather (com a ressalva já indicada no início da biografia e relativa à época da ida da família de Getz para Nova York), acompanhado de LP de 12” com 10 faixas em que se destacam “Gone With The Wind”, “Prelude To A Kiss”, “Moonlight In Vermont” e outros clássicos.
· Obras Primas do Jazz, Luiz Orlando Carneiro (prefácio de J.D.Raffaelli), 1986, Jorge Zahar Editor, nas páginas 136 a 140 destaca Stan Getz como “...mestre da balada e da improvisação linear, capaz de descobrir belezas melódicas invisíveis no desenvolvimento de temas os mais banais...”.; também nas páginas de 63 a 67 (Woody Herman) aborda a participação de Getz no “rebanho” de Woody.
· O Mundo do Jazz, 1990, Editora Afrontamento, Portugal, Jim Godbolt, 160 páginas, além da belíssima foto da capa refere-se a Stan Getz nas páginas 123, 126 e 137.
· Os Grandes Criadores de Jazz, 1991, Editora Pergaminho Ltda, Portugal, Gérald Arnaud e Jacques Chesnel, nomeia Stan Getz na página 117 como “...um aerodeslizador sobre a vaga do cool...” e indica álbum com Stan Getz como um dos preferidos.
· JAZZ, John Fordham, 1993, Inglaterra, contem diversas indicações sobre Stan Getz (páginas 29, 36, 40, 44) e inclusão do álbum da Verve “Jazz Samba” como um dos “clássicos”.
· Los 100 Mejores Discos Del Jazz, Jorge Garcia, Federico G. Herraiz, Federico Gonzáles e Carlos Sampayo, Editora La Máscara, 1993, Espanha, refere-se a Stan Getz (páginas 53, 73, 125, 129, 139, 140, 157) e inclui entre os 100 melhores o álbum “Voyage” gravado em 1986 e que contem uma linda versão de “Falling In Love”.
· La Discoteca Ideal Del Jazz, 1995, Enciclopédias Planeta, Espanha, Joan Riambau Möller, 488 páginas, cita Stan Getz no capítulo de “Bossa Nova” (páginas 94/95) e dedica-lhe verbete nas páginas 186/188, com recomendações discográficas.
· JAZZ – The Rough Guide, Ian Carr / Digby Fairweather / Brian Priestley, 1995, Inglaterra, editora The Rough Guides, dedica histórico e indicações de gravações de Stan Getz nas páginas 230/231.
· Els 25 Grans Del Jazz, Miguel Jurado, 1996, Editora Pirene e Proa, Barcelona / Espanha (texto em catalão), dedica as páginas de 86 a 95 a um bom histórico sobre Stan Getz (segundo o autor, um dos 25 “grans”).
· Os Grandes do Jazz, Ediciones Del Prado, 1996/1997, Espanha (tradução para o português), apresenta bom histórico sobre Stan Getz nas páginas de 25 a 36 do 4º volume; traz acoplado CD com 12 faixas, 65’26”, que inclui “I Remember Clifford”, “East Of The Sun” e outros clássicos gravados na Europa.
· All That Jazz, 1996, Carlton Book Limited, Inglaterra, Ronald Atkins, 224 páginas, refere-se a Stan Getz nas páginas 7, 25, 70/71 (como um dos “gigantes”), 85, 94, 116, 159 e 202/203 (gravações recomendadas).
· A Century Of Jazz, 1997, Reed International Books Limited, Inglaterra, Roy Carr, 256 páginas, entre outras referências a Getz, destaca 05 de seus álbuns na página 169.
· Tributo ao Século XX, 1999, Editora Papel Virtual, Brasil, 198 páginas e diversos autores, em que Luiz Carlos Antunes, Mestre LULA, sintetiza em 26 páginas um panorama do JAZZ, assinalando na página 185: “....Getz passou a ser um referencial para a chamada sonoridade branca do saxofone...”; de resto e como para nós, Mestre LULA não titubeia ao considerar Stan Getz o maior dos saxofonistas do Jazz moderno.

Continua em (D), (E), (F) e (G) com a Discografia Reduzida de Stan Getz.

BRAD MEHLDAU

Ou -- Quem não tem cão, caça com gato -- uma homenagem ao meu amigo Bene-X do seu "músico preferido" e seu instrumento de estudo.

TIM FESTIVAL 2007, Palcos JAZZ US e EURO JAZZ

21 agosto 2007

As atrações do TIM Festival 2007 foram divulgadas e este ano o palco Jazz terá novo formato, não mais o chamado Palco Club e sim a divisão em Jazz US e Euro Jazz.

No Rio de Janeiro – Marina da Glória
26 de outubro, sexta-feira - Palco Jazz US - 20h
Joe Lovano Nonet
Joey DeFrancesco Trio e Bobby Hutcherson
Cecil Taylor
Conrad Herwig’s Latin Side Band

27 de outubro, sábado - Palco Euro Jazz - 20h
Eldar Djangirov
Roberta Gambarini Quartet
Sylvain Luc Quartet
Stepano Di Battista Quartet

Em São Paulo – Auditório Ibirapuera
26 de outubro, sexta-feira, 20h30
Eldar Djangirov
Roberta Gambarini Quartet
Sylvain Luc Quartet
Stepano Di Battista Quartet

28 de outubro, domingo, 20h30
Joe Lovano Nonet
Joey DeFrancesco Trio e Bobby Hutcherson
Cecil Taylor
Conrad Herwig’s Latin Side

Em Vitória – Teatro UFES
27 de outubro, sábado, 20h30
Paulo Moura e Samba de Latada
Joe Lovano Nonet

29 de outubro, segunda-feira, 20h30
Eldar Djangirov
Roberta Gambarini Quartet

Mais detalhes depois !

SÓ DEU ELE ONTEM, NA IMPRENSA: VICTOR BIGLIONE


Victor Biglione foi vitrine de luxo ontem, na imprensa.

O guitarrista, violonista, arranjador, compositor e - para nosso privilégio - grande amigo e incentivador do CJUB, saiu vencedor do Festival de Gramado, ganhando o prêmio, por unanimidade, na categoria QUALIDADE ARTÍSTICA, pela trilha sonora do filme Condor, de Roberto Mader.

Vale ressaltar que trilhas sonoras não são objeto de premiação regular, em Gramado, e só recebem o Kikito em ocasiões excepcionais, quando, pelo alto nível do trabalho, o juri decide agraciá-las com o referido prêmio QUALIDADE ARTÍSTICA.

Biglione é cinéfilo de carteirinha, grande conhecedor da 7ª arte e já prestou relevantes serviços ao cinema nacional, assinando outras trilhas de filmes de prestígio.

Notícia de ontem, 20 de agosto, do Jornal O Globo, pág. 2 do "Segundo Caderno".

Logo abaixo, na mesma página, Luiz Paulo Horta, em sua tradicional coluna de 2ª-feira, destaca, entre os concertos de música clássica mais relevantes no período, a reprise, no próximo domingo (26/8), da Ópera-rock "Tommy" (The Who), na "Sala Cecília Meirelles, em versão para 16 violoncelos" e ... ele mesmo, Victor Biglione.

Ontem só deu o cara, gente !

Parabéns, Vitinho, e muito sucesso. V. merece !

DO OUTRO LADO DO JAZZ # 23

20 agosto 2007
























A DANÇA E O JAZZ (parte II) - A música sincopada de New Orleans a partir dos anos de 1913 e 14 tornou-se o acompanhamento mais em moda para a dança que invadia os salões de New York, principalmente os freqüentados por brancos da ilha de Manhattan. Em todos os cabarés e restaurantes da cidade passou a existir um conjunto com música sincopada. Note-se que frisamos MÚSICA SINCOPADA, já que o Jazz realmente viria se impor um pouco mais tarde.
Um dos responsáveis foi o músico e maestro negro James Reese Europe, o Jim Europe como era mais conhecido, que dirigia nessa época uma orquestra de dança atuando nos principais acontecimentos sociais de Nova York.
O outro responsável por esta euforia “sincopada-dançante” foi um casal de dançarinos brancos Vernon e Irene Castle. Todas as tardes os Castle se apresentavam no salão Castle House em Manhattan acompanhados pela banda de Jim Europe. Seus modos de dançar faziam enorme sucesso, talvez por atuarem de forma menos convencional para a época, precursores que foram de padrões sociais mais liberais antecipando as maneiras e atitudes que seriam correntes na Era do Jazz nos anos seguintes.
Irene, jovem e bela encrespava os cabelos, fumava em público, não usava mais espartilhos, enfim incorporava beleza e atitudes modernas. Vernon, alto e magro, de uma elegância impecável, inteiramente inglês. As mulheres afluíam para as aulas em que Vernon ensinava os novos passos, uma escola de dança social como era chamada e que revolucionaria os hábitos sociais-dançantes da América do Norte.
As danças executadas pelos Castles eram de origem afro-americana e requeriam músicas saltitantes e as bandas de New York não as executavam da forma que Vernon gostaria. Após ver a James Reese Europe's Society Orchestra atuar em uma grande festa Vernon convidou Europe para acompanhar o casal em suas exibições. Logo depois, a Victor Talking Records oferecia um contrato para a orquestra gravar, era a primeira vez que uma banda de negros conseguia um contrato de uma grande companhia fonográfica.
Em janeiro de 1914 os Castles passaram a se apresentar no Palace Theater e no Hammersteins' Victoria Theatre em New York principais redutos do show business à época. Contudo um impasse surgiu pela banda ser de músicos de raça negra e terem que dividir espaço com a banda branca da casa que fazia parte também do espetáculo. Vernon insistiu sobremodo que a banda para acompanhá-lo teria que ser a Europe's Society. Alguma confusão até que tudo foi resolvido e a banda durante as danças dos Castles sentaria no palco e não no poço da orquestra (incrível a ignorância de tal segregação, até porque a banda no palco ficava muito mais destacada!).
De qualquer forma era a primeira vez que músicos negros atuavam nos "New York Vaudeville Theatres". A música de Europe não era Jazz propriamente e sim Ragtime, embora tenha sido parte importante na transição do desenvolvimento do Jazz em New York, pré-divulgando a música que viria do sul e acabaria dominando inteiramente o cenário musical da cidade.
O período conhecido como a Era do Jazz refere-se aos anos 20 quando o Jazz invadiu os salões de Nova York e partiu também para a Europa, principalmente a França. Não se pode esquecer que foi uma época de muita dança a qual foi apresentada ao mundo por Vernon e Irene Castle que introduziram uma série de passos, variações e estilos sendo um dos mais notáveis o FOX-TROT.
Podemos agora recriar o ambiente musical do salão dos Castles com a Europe's Society Orchestra conduzida pelo maestro Jim Europe e o medley com os maiores sucessos: Castle Walk (J R Europe/Ford Dabneye); Too Much Mustard (Cecil Macklin); Castle House Rag (J R Europe); e You're Here and I'm Here (Jerome Kern) – gravações Victor de 1914. (Tempo total: 6:44min)




De 1986 a 1992, todas as últimas 5as. feiras, a Globo FM do Rio de Janeiro, irradiava o programa Jazz + Jazz, tendo como produtor e apresentador, nosso mestre cejubiano Arlindo Coutinho.

Nas Jam Sessions ao vivo estiveram muitos músicos. Arturo Sandoval, Luizinho Eça, Nico Assunção, Leny Andrade e diversos outros que alegravam os jazzófilos das dez da noite até a meia noite.

Abaixo o resgate de um desses momentos do programa que ficou conosco no coração. "So What" de Davis, tocada por Joyce Collins, Claudio Roditi, Mauro Senise, Idriss Boudrioua, Pascoal Meirelles, Sergio Barrozo e Alexandre Carvalho.



19 agosto 2007



Para comemorar os 73 anos de João Donato, os amigos se reuniram na Modern Sound, nesta última sexta feira, onde Pedro Passos inaugurou seu retrato, um grande poster colorido, que agora emoldura as paredes da conhecida casa de música ao lado de muitos outros artistas.

João tocou piano e teve o acompanhamento de vários músicos, entre eles, Paulo Moura, Cris Delano, Leo Gandelman, Emilio Santiago, Robertinho Silva, Nina Becker, Tita, Edson Lobo, Leny Andrade e Jacinta Almeida.

Uma boa jam session comemorativa, onde quem esteve lá teve motivos para divertir-se ouvindo a consagrada música de João Donato.

HISTORIAS DO JAZZ n ° 44

O JAZZ NA REPRESSÃO

Essa aconteceu no principio dos anos setenta, quando em pleno regime ditatorial as repartições públicas tiveram seus cargos de chefia e direção até então ocupados por funcionários de carreira, preenchidos por militares.
Coronéis e brigadeiros passaram a condição de “colegas” e na verdade não incomodaram muito, a não ser quando um ou outro resolvia praticar atos administrativos , “dar ordens” sobre assuntos que não estavam familiarizados.
Outra prática eram as chatérrimas fichas de recadastramento que éramos obrigados a preencher a todo o momento . Não se limitavam a vida funcional.
Procuravam escarafunchar os mínimos detalhes, na esperança de quem sabe, encontrar mais um perigoso “comunista”.
Sempre fui irreverente e na terceira ou quarta “inquisição” comecei a inventar coisas . Num dos itens estava a pergunta : Compareceu a algum congresso ? Qual o assunto e onde foi realizado ?
Calmamente preenchi o quesito informando que comparecera aos congressos de Jazz realizados em Mar del Plata ,em Antofogasta e em Palmeira dos Indios. Não me preocupava com as conseqüências, pois era público e notório que tais fichas eram engavetadas e sequer examinadas.
O tempo passou e certo dia, ao me encaminhar para um dos setores da repartição veio ao meu encontro uma senhora,que trabalhava no Gabinete do Diretor e discretamente me passou um bilhete. Seria um torpedo, um número de telefone, um endereço ?
Fui para o lavatório e tive então a grande surpresa.
Dizia o bilhete : “Apresentar-se amanhã as 12 horas no Serviço de Segurança“.
Confesso que não me assustei . Afinal de contas, com mais de vinte anos de carreira, jamais fora sequer advertido por qualquer falta e muito pelo contrário, muito cedo já tinha ocupado cargos de chefia e direção. Participava de todos os cursos para o qual era convocado e mais tarde escalado para, com outros colegas,dar aulas ao pessoal concursado. Nada me pesava na consciência e dentro da minha clássica irreverência comuniquei a alguns colegas sobre a minha “convocação”.
Dia seguinte, doze horas em ponto me apresentei a recepção do Serviço de Segurança. Um funcionário pediu que aguardasse e foi me anunciar. Em seguida me levou até ao Gabinete onde seria interrogado. Por trás de uma mesa estava um senhor a paisana que cordialmente me estendeu a mão e mandou que sentasse. Sempre sorrindo, com minha ficha nas mãos, fez a primeira pergunta:
Luiz Carlos, você compareceu mesmo a esses congressos de Jazz ?
A resposta não se fez esperar :” Claro que não brigadeiro, primeiro porque eles não aconteceram e depois se tivessem acontecido eu não teria ido porque como funcionário público não teria verba suficiente.”
Veio a segunda pergunta : Pelo visto você deve gostar de Jazz . Verdade ?
Respondi – “Claro que sim brigadeiro.” e então dei todo o meu currículo incluindo os órgãos de imprensa em que escrevi e o programa de rádio que apresentava na Rádio Fluminense.
O brigadeiro sempre sorrindo perguntou : Não vai me dizer que você é o Lula de “O Assunto é Jazz”.
Respondi que sim e ele imediatamente entrou no assunto, não sem antes mandar acender a luz vermelha na porta do gabinete. Contou seu lado jazzófilo, as gravações que fizera quando em missão nos Estados Unidos , e perguntou se conhecia um colega que morava em Niterói, Sylvio Monteiro, que por coincidência era amigo nosso e fazia parte do nosso grupo.
Aí a coisa acendeu. Contou sobre as horas de jazz que os dois ouviam na base aérea, sobre os shows que assistiram nos Estados Unidos etc.
Quando o assunto é Jazz a conversa se desenvolve tranqüilamente e a troca de informações é uma constante. Qual o pessoal que gravou aquele disco; quando foi realizado o Concerto de Jazz no Municipal, em que ano morreu Clifford Brown e coisas que tais.
Esgotado o assunto exatamente as 16 horas, o brigadeiro levantou-se, me abraçou e prometeu comparecer as reuniões da AND que na época eram realizadas no restaurante Westfalia na Rua México, o que fez por três vezes consecutivas.
Ao sair do Serviço de Segurança e chegar ao hall dos elevadores encontrei um bando de colegas ”,preocupadíssimos” com a a minha convocação. Queriam saber o que houvera. Se eu sofreria alguma punição etc. etc.
Amarrei a cara e disse baixinho : “Não posso falar nada aqui. Vamos tomar um café que lá fora eu conto. “. Fomos até o Amarelinho, em frente a ABI e alí eu despejei : “È bom vocês tomarem jeito. A coisa está preta. “
Ante a ansiedade deles completei : “Acho bom vocês passarem a ouvir meu programa de rádio . O brigadeiro ouve e por isso me convocou para dar os parabéns.”
Primeiro alguns palavrões saudaram a minha resposta,em seguida suspiros de alivio por parte de alguns e por fim gostosas gargalhadas completaram aquela tarde.
Posso agora dar o nome do brigadeiro que chefiou a Segurança de minha repartição o qual tive a honra de conhecer. Ele faleceu vítima de um acidente de carro – Brigadeiro Armando Tróia, que mais tarde vim a saber ser pai de Eduardo Tróia,também jazzófilo e que teve programa na rádio Estácio.E tem mais, após seu falecimento, Eduardo me deu de presente a coleção de fitas cassete que lhe pertencera.
Só mesmo o Jazz !
llulla