Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

P O D C A S T # 4 4 2

30 novembro 2018



GRANDES SOLOS DA HISTÓRIA DO JAZZ





PARA DOWNLOAD DO ARQUIVO DE ÁUDIO USAR O LINK ABAIXO E CLICAR EM  BAIXAR


27 novembro 2018



Série    PIANISTAS   DE   JAZZ
Algumas  Poucas  Linhas  Sobre  o  Piano  e  os  Pianistas
58ª  Parte   II    
(50)(b) BARRY HARRIS      Pianista, Professor, PhD em Bud Powell..........

O COMPOSITOR
O volume e a qualidade das composições de BARRY podem ser avaliados na seguinte relação parcial: "Morning Coffee", "Luminescence", "Like This!", “Nicaragua", “You Sweet And Fancy Lady", "Rouge", "Looking Glass", "For the Moment", "That Secret Place", "Nobody's", "The Bird Of Red And Gold", "Anachronism", "Sphere", "Around The Corner", "Stay Right With It", "Clockwise", "Off Monk", "Oh So Basal", "Now And Then", "Sweet Sewanee Blues", "Renaissance", "And So I Love You" e "With A Grain Of Salt".

GRAVAÇÕES
A discografia de BARRY como lider é extensa e inclui alguns discos indispensáveis em qualquer discoteca, a saber e apenas como alguns exemplos: "Breakin' It Up" (Argo, 1958), "Chasin' The Bird" (Riverside, 1962), "Luminescence!" (Prestige, 1967), "Barry Harris At The Jazz Workshop" (Riverside, 1960), "Listen To Barry Harris" (Riverside, 1961), "Never Than New" (Riverside, 1961), "Barry Harris In Spain" (Nuba, 1991), "The Last Time I Saw Paris" (Vênus, 2000), "Vicissitudes" (MPS, 1972), "Live In Tokyo" (Xanadu, 1976), "The Bird Of Red And Gold" (Xanadu, 1989), "Live At Maybeck Recital Hall, Volume Twelve” (Concord, 1990), "Live In New York" (Reservoir, 2002) e "Live In Rennes" (Plus Lion, 2009).    
Como parceiro ou “sideman” BARRY gravou pelo menos 06 dúzias de albuns, muitos deles antológicos e entre os quais podemos citar “Byrd Jazz” com Donald Byrd (selo “Transition”, 1955, mais tarde absorvido com o título “First Flight” pela “Delmark”), com Dexter Gordon “Clubhouse” (Blue Note), “The Tower Of Power” e “More Power” (ambos pela Prestige e em 1969), com Cannonball Adderley “Them Dirty Blues” (1960, selo Riverside), com Benny Golson “The Other Side Of Benny Golson” (Riverside, 1958), com Coleman Hawkins “Wrapped Tight” (Impulse, 1965), com Jimmy Heath “Picture Of Heath” (Xanadu, 1975), com Harold Land “West Coast Blues !” (Jazzland, 1960), com Sonny Stitt 06 álbuns todos muito bons, a saber, “Burnin!” (Argo, 1958), “Tune-Up!” e “Constellation” (ambos pelo selo Cobblestone e em 1972), “12!” (Muse, 1972), “Blues For Duke” (também pela Muse, 1975) e muito, muito mais, com Yusef Lateef, Charles McPherson, Hank Mobley, Billy Mitchell, Lee Morgan e outros.
Todavia e sem descartar nenhuma dessas gravações, é importante focar o álbum duplo da “Columbia”(1979), sob o título “I Remember Bebop”, com certeza um dos melhores lançamentos da etiqueta, dedicado a Bud Powell. Foram 08 pianistas que nos dias 02 a 05 de novembro de 1977 e sempre no mesmo piano Steinway, desfilaram preciosidades ligadas ao “bebop”: Al Haig gravou 04 temas ligados a Gillespie, Duke Jordan lembrou Tadd Dameron em 02 temas, John Lewis executou ele mesmo em 04 temas, Sadik Hakim e Walter Bishop Jr reportaram-se a Charlie Parker em 06 temas, Tommy Flanagan executou 04 temas de Bud Powell, Jimmie Rowles desfilou 03 peças de Miles Davis e finalmente BARRY HARRIS executou à perfeição e com o mesmo “sotaque” de Monk 04 temas deste (“Epistrophy”, “In Walked Bud”, 52nd Street Theme” e “Ruby, My Dear”).

DOCUMENTÁRIOS
O documentário “Passing It On - A Musical Portrait Of Barry Harris - Pianist And Teacher” dirigido por David Chan e Ken Freundlich (Rhapsody Films, 23 minutos, cores, 1986) é importante por nos mostrar BARRY lecionando para músicos e cantores, lecionando no “Jazz Cultural Center” e ensinando técnicas de digitação ao piano para alunos. No final do documentário BARRY prepara-se para apresentação ao lado de Red Rodney, Pepper Adams e Clifford Jordan (que nas notas da capa é, erroneamente, indicado como Clifford Brown).
Esse documentário foi lançado originalmente em VHS e não temos notícias de versão em DVD, exatamente como no documentário citado a seguir.
“Thelonius Monk – Straight No Chaser” produzido por Clint Eastwood (Warner, 90 minutos, P&B, 1988), é documentário que nos presenteia com um magnífico dueto de BARRY com Tommy Flanagan no clássico de Monk “Well, You Needn’t”, assim como ensaiando o tema, também de Monk, “Misterioso”. Interessante apreciar-se a perfeição técnica de Flanagan, enquanto BARRY emula o toque de Monk, revelando como ouviu Monk à exaustão.

HOMENAGENS
As homenagens e prêmios concedidos a BARRY são muitas e bem expressivas, podendo citar-se:
- em 1989 e pela “NEA” o título de Jazz Master;
- em 1995 foram 03 prêmios, a saber, Doctor Of Arts pela “Northwestern University”, Honorary Jazz Award pela “House Of Representatives” e Prêmio Presidencial Especial em reconhecimento da dedicação no desempenho e na educação no Jazz;
- em 1997 o reconhecimento pela “Excelência na Música e na Educação no Jazz” e também o “Dizzy Gillespie Achievement Award”;
- em 1998 recebeu carta de congratulação da “Casa Branca” pelo seu trabalho como musico e educador no Jazz, assim como foi agraciado pela “National Association Of Negro Musician” com o Lifetime Achievements Award for Contributions to the Music World;
- em 2000 BARRY foi incluído no “American Jazz Hall Of Fame” por sua contribuição para o mundo do JAZZ.

 Prosseguiremos com o pianista DICK TWARDZIK

25 novembro 2018


LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
GRAVAÇÕES LOCAL e DATA
CLARK TERRY
Clark Terry Quintet : Clark Terry (tp), Johnny Griffin (st), Wynton Kelly (pi), Paul Chambers (bx) e Philly Joe Jones (bat)
BOARDWALK 
 (Clark Terry)
New York, 17/abril/1957
Clark Terry (tp), Jimmy Cleveland (tb), Cecil Payne (sbar), Horace Silver (pi), Wendell Marshall (bx), Oscar Pettiford (bx), Art Blakey (bat) e Quincy Jones (arranjo)
CO-OP (J.J. Johnson)
New York, 3/janeiro/1955
Clark Terry (tp) Ray Bryant (pi), Gene Bertoncini (gt), Major Holley (bx) e Dave Bailey (bat)
MISTY (Erroll Garner)
New York, setembro/1963
Clark Terry (flh), Oscar Peterson (pi), Ray Brown (bx) e Ed Thigpen (bat)
ROUNDALAY 
 (Oscar Peterson)
Toronto, Canadá, 26/fevereiro/1964
Clark Terry (flh), Junior Mance (pi), Joe Benjamin (bx) e Charlie Persip (bat)
THE SIMPLE WALTZ
(Bob Brookmeyer / Clark Terry) 
New York, 21/julho/1961
Clark Terry (flh) Bob Brookmeyer (v-tb), Roger Kellaway (pi), Bill Crow (bx) e Dave Bailey (bat)
STEP RIGHT UP 
(Oliver Nelson) 
New York, 24/novembro/1964 
ODE TO A FLUGELHORN
(Clark Terry)
New York, março/1965
Clark Terry (flh), Lester Robertson (tb), Budd Johnson (st), George Barrow (sbar), Eddie Costa (pi),Art Davis (bx), Ed Shaughnessy (bat) e Oliver Nelson (arranjo)
NIGHT LIFE
(Walt Breeland / Paul Buskirk / Willie Nelson) 
Englewood Cliffs, N.J., 11/maio/1962
Clark Terry (tp), Willie Jones (pi), Jimmy Woode (bx) e Sam Woodyard (bat)
TAKING A CHANCE ON LOVE
(Vernon Duke / Ted Fetter / John Latouche)
Chicago, 26/julho/1957
Clark Terry (flh), Greg Bobulinski, Dale Carley, Paul Cohen, Richard Williams (tp), Sonny Costanzo, Eddie Bert, Jimmy Wilkins (tb), Jack Jeffers (b-tb), Frank Wess, Chris Woods (sa), Ernie Wilkins, Ron Odrich (st), Charles Davis (sbar), Ronnie Mathews (pi), Victor Sproles (bx) e Ed Soph (bat)
COME SUNDAY 

(Duke Ellington) 
Live at "Buddy's Place", New York, 1976
Clark Terry (flh), Bob Wilber (cl,st), Dick Wellstood (pi), George Duvivier (bx) e Panama Francis (bat)
THE MARYLAND FARMER
(Bob Wilber) 
New York, 9/agosto/1960
Clark Terry (flh), George Robert (sa), Dado Moroni (pi), Isla Eckinger (bx) e Peter Schmidlin (bat)
MY SECRET LOVE
(Mitchell Parish / Bobby Sherwood) 
Live at "Jazzclub Container", Uster, Suiça, 9/dezembro/1993
Clark Terry (flh), Jimmy Knepper (tb), Julius Watkins (fhr), Yusef Lateef, Seldon Powell (st), Tommy Flanagan (pi), Joe Benjamin (bx) e Ed Shaughnessy (bat)
NO PROBLEM 
(Duke Jordan) 
New York, November 19/novembro/1960
Clark Terry (flh) e Benny Green (pi)
HONEYSUKLE ROSE
(Andy Razaf / Fats Waller)  
New York, 16/dezembro/1999

P O D C A S T # 4 4 1

23 novembro 2018

MÚSICO EM FOCO: CLARK TERRY






PARA DOWNLOAD DO ARQUIVO DE ÁUDIO USAR O LINK ABAIXO E CLICAR EM  BAIXAR
https://www.4shared.com/mp3/l42epGkNfi/PODCAST_441.html

21 novembro 2018



Série   PIANISTAS  DE  JAZZ
             Algumas Poucas Linhas Sobre o Piano e os Pianistas
58ª Parte  I

(50) (a) BARRY HARRIS      Pianista, Professor, PhD em Bud Powell..........


Barry Doyle Harris, artisticamente BARRY HARRIS, pianista, compositor, maestro, arranjador e professor norte-americano, vive uma vida totalmente dedicada ao JAZZ.
O INÍCIO
Nasceu em 15 de dezembro de 1929 em Detroit, Michigan, tendo como professora e iniciante no JAZZ sua mãe, pianista de Igreja; quando o menino tinha apenas 04 anos, ela perguntou se ele queria tocar a música de igreja ou JAZZ e ai começou a formação desse que tornou-se um expoente do piano na “música dos músicos”.
Anos de estudo, de aperfeiçoamento técnico, de audição do trabalho de Thelonius Monk e, principalmente, de Bud Powell, conduziram BARRY a posicionar-se no estilo de Powell, que ele tanto admirava e que definia como a “síntese” do JAZZ, conforme entrevista aos 73 anos durante “workshop” em Verona (Centro Regionale Veneto Di Formazione Jazzistica, 27/abril a 01/maio/2002) para o articulista Angelo Leonardi inserida na revista italiana “Musica Jazz”, 2002 (Ritrati – Barry Harris – La Vecchia Scuola Ci Rende Liberi):
                                                AL - Prima ha citato alcuni pianisti che l’hanno particolarmente influenzato. Bud Powell è stato il più importante, supongo.
                                                    BH - Si, la influenza nei miei confronti è stata enorme. Ascoltavo anche Art Tatum ma la mia attenzione era catalizzata da Bud Powell. Tatum ha avuto una grande influenza su colleghi più grande di me, come Jaki Byard o Hank Jones, che erano “teenagers” negli anni Trenta e ascoltavano soprattutto “stride piano”, lo invece lo sono stato nei Quarenta, quando il bebop cambio radicalmente le forme musicali. Considero tuttora Bud Powell il migliore pianista in assoluto per quanto riguarda la fantasia, la creatività. Naturalmente como tutti i giovani musicisti di allora amavo moltissimo Charlie Parker, Dizzy........
Com não mais de 17 anos e por ser um ouvinte dedicado às citadas gravações de Monk e de Powell (sendo que este era por BARRY reproduzido no piano à perfeição), tornou-se um cultor do “bebop”.
Com essa idade e um grupo de aficionados BARRY participou de um concurso musical e venceu.
Tocou em salões de baile, locais públicos e clubes, até converter-se em músico profissional com 22 anos e em 1951.

MATURIDADE PROFISSIONAL
A partir de 1954 (25 anos) e como pianista residente do “Bluebird Club” de Detroit BARRY teve oportunidade de acompanhar as então maiores estrelas do JAZZ: Charlie Parker(este já em fase quase terminal, mas que nunca gravou com BARRY), Lester Young, Miles Davis, Thad Jones e Sonny Stitt, entre outros. Em diversas ocasiões nos anos de 1954/1955 substituiu Junior Mance no grupo de Gene Amons
O grande baterista Max Roach o recrutou em 1956 para substituir Richie Powell (irmão mais novo de Bud Powell e falecido em acidente de automovel), com ele realizando temporada durante esse mesmo ano.
A partir de 1960 e movimentando-se profissionalmente entre sua cidade natal (onde atuava com trio próprio) e New York, BARRY atuou com Roy Eldridge, Lee Konitz e o quinteto de “Cannonball” Adderley, com o qual participou de temporada na televisão.
Em New York BARRY foi pianista para apresentações e gravações de Hank Mobley, Dexter Gordon, Yusef Lateef e Ilinois Jacquet. 
Pode-se afirmar que a essa altura BARRY já havia alcançado nivel pleno de excelência e de reconhecimento pelos músicos, pelo público e pela crítica.
INICIA O PROFESSORADO
Nessa década BARRY iniciou sua atividade de professorado e mudou-se em definitivo para New York, atuando no grupo comandado por Yusef Lateef, em seguida em trio sob sua liderança e depois, regularmente, com Coleman Hawkins no “Village Vanguard”.
Nos anos 1970 BARRY viveu em Weehawken, New Jersey, com Thelonius Monk, na casa da Baronesa Pannonica de Koenigswarter, Nica, destacada “padroeira” de tantos e tantos músicos de JAZZ.
Com Monk e em 1974 BARRY participou dos ensaios para a “New York Jazz Repertory Company”.

PIANISTA E PROFESSOR PELO MUNDO
Na segunda metade dessa década de 1970 BARRY liderou grupo em temporada por cidades européias e do Japão, onde teve a oportunidade de atuar por dois dias em Tóquio no “Yubin Chokin Concert Hall”. Os concertos nessa ocasião foram preservados em LP da etiqueta Xanadu.
No retorno aos U.S.A. BARRY atuou regularmente com Charles McPherson(saxofone tenor, Joplin, Missouri, 24/julho/1939), mas o mais importante em sua trajetória a partir do início da década de 1980 e por cinco anos (1982 a 1987), foi o fato de ter assumido a liderança do “Jazz Cultural Center”.
Essa instituição, um teatro, foi criada em New York 1982 por BARRY, Larry Ridley, Frank Fuentes e Jim Harisson, ocupando uma loja localizada no 368 da Oitava Avenida entre as ruas 28 e 29 de Manhattan, apresentando durante esses cinco anos importantes músicos e vocalistas atuantes na cena do JAZZ, em “jam sessions” e em grupos: os próprios BARRY HARRIS e Larry Ridley, Charles McPherson, Mickey Tucker, Ted Dunbar, Bill Hardman, Jack Wilson, Peter Leich, Junior Cook, Tommy Turrentine, Clifford Jordan, Mark Elf, Lou Donaldson, Leroy Williams, Vernel Fournier, Jamill Nasser, Chris Anderson, Walter Davis, Jr., Michel Weiss, além de muitos e tantos outros, ai incluido o biógrafo de Bud Powell, Francis Paudras e com a permanente presença da Baronesa “Nica”, com seu Bentley prateado na porta do "Center".
Nesse local BARRY ministrava aulas de música para instrumentistas e vocalistas, além de alí terem sido gravados diversos álbuns.
Em 14 de agosto de 1987 o aluguel do espaço foi drasticamente aumentado e BARRY permaneceu com seu professorado em muitos outros locais, não apenas em New York, mas também na Europa e no Japão, sempre com aumento crescente de estudantes interessados, muitos dos quais e aos poucos se profissionalizaram.

TUDO PELO JAZZ
Também em 1987 BARRY esteve na França pela primeira vez e participou de homenagem a Bud Powell no Festival de Boulogne-Billancourt, onde foi aplaudido com entusiasmo.
A partir do final dessa década de 1980 BARRY tornou-se assíduo frequentador do território espanhol, atuando em diversos clubes de JAZZ e ministrando a “Arte Popular Maior” em seminários e aulas.
Desde a década de 1990 BARRY colaborou, em Toronto no Canadá, com o pianista Howard Rees, ambos criando planilhas, roteiros e diversos vídeos para o ensinamento do JAZZ.
Os arquivos de BARRY foram bastante explorados por Frans Elsen, que os editou em uma coletânea de 54 vídeos para o Conservatório Real de Música, em Haia.
Quando não está viajando, pelos U.S.A. ou pelo restante do mundo, para apresentar-se ao piano ou para lecionar JAZZ, BARRY ministra sessões de ensino em oficina de música em New York dirigidas para alunos de piano, de outros instrumentos ou para cantoras(es).

Seguiremos com BARRY HARRIS

 



ESTÚPIDO RACISMO

19 novembro 2018




Na manhã do dia 15 de setembro de 1963, a organização racista e de ultra-direita Ku Klux Klan explode uma bomba durante um culto na Igreja Batista da rua 16, em Birmingham, Alabama, matando quatro jovens meninas. Com sua grande congregação afro-americana, o local era ponto de encontro de líderes dos direitos civis, como o reverendo Martin Luther King, Jr., que certa vez chamou Birmingham de “símbolo do núcleo de resistência à integração”.
JOHN COLTRANE compôs e gravou "ALABAMA", motivado pelo ataque racista contra a igreja evangelista em Birmingham, Alabama, que teve consequências trágicas, como indicado acima. Uma das meninas mortas tinha 11 anos, e três, 14. O homem que colocou a bomba, Robert Chambliss, foi condenado somente a SEIS MESES DE PRISÃO por posse de dinamite e a pagar uma multa. Mais de 10 anos depois, quando as autoridades do Alabama não mais pertenciam a grupos racistas, o caso foi reaberto e Chambliss foi considerado culpado e sentenciado à PRISÃO PERPÉTUA.
O padrão musical deste tema de Coltrane é baseado na estrutura do discurso que Martin Luther King que fez no funeral das vítimas do ataque. Como o discurso, a composição de Coltrane vai do sentimento de luto a um mais ardente de determinação e luta pela igualdade e pelos direitos civis, como ilustrado na seguinte gravação que não consideramos uma balada e sim um RÉQUIEM:


(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz)

 
John Coltrane (st), McCoy Tyner (pi), Jimmy Garrison (bx) e Elvin Jones (bat) -  Englewood Cliffs, N.J., 18/novembro/1963

MEXENDO NA DISCOTECA

Olá turma.
O querido e saudoso amigo Tião Neto toda vez que chegava ao Brasil, depois de uma excursão com Sergio Mendes, sempre nos reuníamos na casa do Lula onde ele contava as histórias das apresentações e das novidades jazzísticas lá dos Estados Unidos. Numa destas reuniões ele nos surpreendeu dando um Lp para cada um de nós como presente. Eu fui agraciado com o álbum de um pianista que ainda, naquela época, não tinha ouvido falar. Dick Morgan. Neste Lp Dick se apresenta com o seu trio ao vivo na boite Showboat em Wahington, DC, em 4 de Maio de 1960. O trio é complementado com Keeter Betts no baixo e Bertell Knox na bateria. A faixa que trago para vocês é A1 que leva o título de "For Pete´s Sake". Espero que vocês gostem.
Forte abraço.






RECORDANDO MOSE ALLISON











Há dois anos atrás, o pianista e compositor MOSE ALLISON falecia de causas naturais em sua casa na Carolina do Sul. Ele tinha acabado de celebrar seu 86º aniversário no dia 11 de novembro.
Allison era conhecido por misturar jazz e blues, principalmente em seus trios, e por ter sido uma importante influência em músicos de jazz baseados nos blues dos anos 60 e 70.
Nascido no delta do rio Miassissippi, aprendeu a tocar piano de ouvido quando era muito novo. Mais tarde ele teve aulas formais. Quando criança, ele ouviu Louis Armstrong, Fats Waller, Duke Ellington, Louis Jordan e Nat King Cole, que foram suas primeiras influências.
Em 1956 mudou-se para Nova York, onde começou a ser conhecido nos sets de Al Cohn, Bob Brookmeyer, Zoot Sims, Gerry Mulligan e Stan Getz. Mas sua carreira musical foi desenvolvida com seus próprios trios, como um vocalista e pianista muito original com sua própria gravadora.
Suas primeiras gravações foram para a gravadora Prestige, com a qual gravou seus clássicos Mose Allison Sings, Back Country Suite, Young Man Mose e Seventh Son. Depois passou para os selos Columbia, Atlantic e Blue Note.
Outros de seus álbuns clássicos incluem: Your Mind Is on Vacation, Middle Class White Boy, My Backyard y The Earth Wants You..
Por 40 décadas, Allison fez inúmeras turnês internacionais com seu trio.
Poucos de seus seguidores sabem que Mose Allison tinha pós-graduação em Inglês e Filosofia, que ele obteve em 1952.
(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz)

CRÉDITOS DO PODCAST # 440

18 novembro 2018

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
GRAVAÇÕES LOCAL e DATA
CANNONBALL ADDERLEY
Cannonball Adderley (sa), Nat Adderley (cnt), Junior Mance (pi), Sam Jones (bx) e Jimmy Cobb (bat)
A FOGGY DAY
(George Gershwin / Ira Gershwin)
New York, 7/fevereiro/1957
DEE DEE BRIDGEWATER
Dee Dee Bridgewater (vcl), Edsel Gomez (pi), Christian McBride (bx) e Lewis Nash (bat)
Los Angeles, 28/julho/ 2009
DICK HYMAN
Dick Hyman (pi) solo
Live at "Maybeck Recital Hall", Berkeley, CA., 14/fevereiro/ 1990
BIRELI LAGRENE
Bireli Lagrene (gt) + WDR Big Band - Henning Berg, Roy Deuvall, Bernt Laukamp, Dave Horler (tb), Rob Bruynen, Andy Haderer, Klaus Osterloh, Rick Kiefer, John Marshall (tp), Olivier Peters, Rolf Römer (st), Harold Rosenstein, Heiner Wiberny (sa), Jens Neufang (sbar), Frank Chastenier (pi), Ray Brown (bx) e Jeff Hamilton (bat) Michael Abene (condução)
ALL OF ME
(Gerald Marks / Seymour Simons) 
Cologne, Alemanha
15/setembro/2005
LUIZ AVELAR
Luiz Avelar (pi), Nico Assumpção (bx) e Kiko Freitas (bat)
TEMA PRO EINHORN
(Victor Assis Brasil)
31/março/2000 ao vivo no bar Mistura Fina/ Rio de Janeiro
ESBJÖRN  SVENSSON
Esbjorn Svensson (pi), Dan Berglund (bx) e Magnus Ostrom (bat) 
IN MY GARAGE
(Esbjorn Svensson)
Estocolmo, Suécia, 2002
DAVE O’HIGGINS
Dave O'Higgins (st), James Pearson (pi), Arnie Somogyi (bx), Kristian Leth (bat) e Eric Alexander (st)
FRITH STREET BLUES
(Dave O'Higgins)
Londres, 27/março/2008
LARRY FULLER
Larry Fuller (pi), Hassan Shakur (bx) e Gregory Hutchinson (bat)
PARKING LOT BLUES
(Ray Brown) 
Paramus, NJ, 14/janeiro/2014
CHARLIE VENTURA
Red Rodney (tp), Willie Smith (sa), Charlie Ventura (st), Arnold Ross (pi), Barney Kessel (gt) Billy Hadnott (bx) e Nick Fatool (bat)
S’ WONDERFUL
(George Gershwin / Ira Gershwin)  
Los Angeles, março/1946
RICH WILLEY
Rich Willey (tp), Jack Wilkins (st), Larry Camp (gt), Rick Shaw (bx) e Victor Mannecchia (bat)
TAMPA BLUES
 (Rich Willey)
Tampa, FL, 11/agosto/1997
ED THIGPEN
Jens Winther (tp), Tomas Franck (st), Kasper Villaume (pi), Jesper Bodilsen (bx) e Ed Thigpen (bat, ldr)
SHAKE IT OUT
 (Ed Thigpen)
Copenhagen, Dinamarca, 21/agosto/2003
NICK BRIGNOLA
Nick Brignola (sbar), Mike Holober (pi), Rich Syracuse (bx) e Dick Berk (bat)
EAST OF THE SUN
 (Brooks Bowman)
Live at "Sweet Basil", New York, 28/agosto/1992

P O D C A S T # 4 4 0

16 novembro 2018

DEE DEE BRIDGEWATER 
BIRELI LAGRENE

DICK HYMAN 

ED THIGPEN 


PARA DOWNLOAD DO ARQUIVO DE ÁUDIO USAR O LINK ABAIXO E CLICAR EM BAIXAR 
https://www.4shared.com/mp3/DJ4ibXE0fi/PODCAST_440.html

40 MELHORES SOLOS DA HISTÓRIA DO JAZZ

13 novembro 2018


A revista JAZZ TIMES publicou a lista dos 40 solos que mais impressionaram os críticos e músicos de jazz, depois de fazer uma pesquisa vasta e profunda entre eles, que levou vários meses.
O resultado é lucrativo e empolgante, pois engloba artistas de todos os períodos e estilos, incluindo improvisações vocais. É também um bom guia para aqueles que desejam completar suas coleções de discos com o melhor que foi gravado ao longo dos anos.
O músico escolhido com o maior número de solos foi John Coltrane.
A seguir estão os 40 melhores solos de todos os tempos, de acordo com esta pesquisa:
 1  Miles Davis. “So What”. Kind of Blue (Columbia, 1959)
2.   Cannonball Adderley. “Milestones”. Miles Davis. Milestones (Columbia, 1958)
3.   Louis Armstrong. “Potato Head Blues”. Louis Armstrong & His Hot Seven. “Potato Head Blues” (OKeh, 1927)
4.   Louis Armstrong. “West End Blues”. Louis Armstrong & His Hot Five. “West End Blues” (OKeh, 1928)
5.   Paul Bley. “All the Things You Are”. Sonny Rollins/Coleman Hawkins . Sonny Meets Hawk! (RCA Victor, 1963) 
6.   Charlie Christian. “Swing to Bop”. Charlie Christian. Various compilations (rec. 1941)
7.   Ornette Coleman. “Chronology”. Ornette Coleman. The Shape of Jazz to Come (Atlantic, 1959)1.  
8.   John Coltrane. “Chasin’ the Trane”. John Coltrane. Coltrane “Live” at the Village Vanguard (Impulse!, 1962)
9.   John Coltrane. “Crescent”. John Coltrane Quartet. Crescent (Impulse!, 1964)
10.  John Coltrane. “Giant Steps”. John Coltrane. Giant Steps (Atlantic, 1960)
11.  John Coltrane. “My Favorite Things”. John Coltrane. My Favorite Things (Atlantic, 1961)
12. John Coltrane. “Resolution” . John Coltrane. A Love Supreme (Impulse!, 1965)
13. John Coltrane. “Transition”. John Coltrane. Transition (Impulse!; rec. 1965, rel. 1970)
14.  Chick Corea. “Matrix”. Chick Corea. Now He Sings, Now He Sobs (Solid State, 1968)
15.  Israel Crosby, “But Not for Me”. Ahmad Jamal. At the Pershing: But Not for Me (Argo, 1958)
16.  Bill Evans, “Come Rain or Come Shine”. Bill Evans Trio. Portrait in Jazz (Riverside, 1960)
17.  Ella Fitzgerald, “How High the Moon”. Ella Fitzgerald. Mack the Knife: Ella in Berlin (Verve, 1960)
18.  Paul Gonsalves. “Diminuendo and Crescendo in Blue”. Duke Ellington. Ellington at Newport (Columbia, 1957)
19.  Dexter Gordon. “Cheese Cake” . Dexter Gordon. Go (Blue Note, 1962)
20.    Charlie Haden. “Ramblin’”. Ornette Coleman. Change of the Century (Atlantic, 1960)
21.  Herbie Hancock. “Actual Proof”. Herbie Hancock. Thrust (Columbia, 1974)
22.  Coleman Hawkins. “Body and Soul”. Coleman Hawkins & His Orchestra. “Body and Soul” (Bluebird, 1939)
23.  Freddie Hubbard. “Birdlike”. Freddie Hubbard. Ready for Freddie (Blue Note, 1962)
24. Freddie Hubbard. “One Finger Snap”. Herbie Hancock . Empyrean Isles (Blue Note, 1964)
25.  Elvin Jones. “Monk’s Dream”. Larry Young. Unity (Blue Note, 1966)
26.   Rahsaan Roland Kirk. “C Jam Blues”. Charles Mingus. Mingus at Carnegie Hall (Atlantic, 1974)
27.   Pat Metheny. “Bright Size Life”. Pat Metheny. Bright Size Life (ECM, 1976)
28.   Hank Mobley,“Remember”. Hank Mobley. Soul Station (Blue Note, 1960)
29.    Oliver Nelson. “Stolen Moments”. Oliver Nelson. The Blues and the Abstract Truth (Impulse!, 1961) 
30.  Charlie Parker. “Embraceable You”. Charlie Parker Quintet. “Embraceable You” (Dial, rec. 1947)
31.  Charlie Parker. “Just Friends”. Charlie Parker. Charlie Parker With Strings (Verve, rec. 1949)
32.  Charlie Parker. “Ko Ko”. Charlie Parker’s Ri Bop Boys. “Ko Ko” (Savoy, 1945)
33.  Jaco Pastorius. “Donna Lee”.Jaco Pastorius. Jaco Pastorius (Epic, 1976)
34.  Jaco Pastorius.“Havona”. Weather Report. Heavy Weather (Columbia, 1977)
35.   Sonny Rollins. “Blue 7”. Sonny Rollins. Saxophone Colossus (Prestige, 1956)
36.   Sonny Rollins, Sonny Stitt . “The Eternal Triangle”.Dizzy Gillespie/Sonny Rollins/Sonny Stitt. Sonny Side Up (Verve, 1959) 
37.  Wayne Shorter. “On Green Dolphin Street”. Miles Davis. The Complete Live at the Plugged Nickel 1965
38. Lennie Tristano. “Line Up”. Lennie Tristano. Lennie Tristano (Atlantic, 1956)
39. McCoy Tyner. “Passion Dance”. McCoy Tyner. The Real McCoy (Blue Note, 1967)
40.  Sarah Vaughan, Clifford Brown. “September Song”. Sarah Vaughan Sarah Vaughan With Clifford Brown (EmArcy, 1955) 


PS: O PODCAST VAI APRESENTAR EM BREVE UM PROGRAMA ELEGENDO ALGUNS DESTES SOLOS