Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

ESTÚPIDO RACISMO

19 novembro 2018




Na manhã do dia 15 de setembro de 1963, a organização racista e de ultra-direita Ku Klux Klan explode uma bomba durante um culto na Igreja Batista da rua 16, em Birmingham, Alabama, matando quatro jovens meninas. Com sua grande congregação afro-americana, o local era ponto de encontro de líderes dos direitos civis, como o reverendo Martin Luther King, Jr., que certa vez chamou Birmingham de “símbolo do núcleo de resistência à integração”.
JOHN COLTRANE compôs e gravou "ALABAMA", motivado pelo ataque racista contra a igreja evangelista em Birmingham, Alabama, que teve consequências trágicas, como indicado acima. Uma das meninas mortas tinha 11 anos, e três, 14. O homem que colocou a bomba, Robert Chambliss, foi condenado somente a SEIS MESES DE PRISÃO por posse de dinamite e a pagar uma multa. Mais de 10 anos depois, quando as autoridades do Alabama não mais pertenciam a grupos racistas, o caso foi reaberto e Chambliss foi considerado culpado e sentenciado à PRISÃO PERPÉTUA.
O padrão musical deste tema de Coltrane é baseado na estrutura do discurso que Martin Luther King que fez no funeral das vítimas do ataque. Como o discurso, a composição de Coltrane vai do sentimento de luto a um mais ardente de determinação e luta pela igualdade e pelos direitos civis, como ilustrado na seguinte gravação que não consideramos uma balada e sim um RÉQUIEM:


(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz)

 
John Coltrane (st), McCoy Tyner (pi), Jimmy Garrison (bx) e Elvin Jones (bat) -  Englewood Cliffs, N.J., 18/novembro/1963

3 comentários:

pedrocardoso@grupolet.com disse...

Estimado MÁRIO JORGE:

Bela lembrança que nos relembra a malfadada intolerância racista, que tantos males causou (e ainda causa) nesse nosso pobre e miserável mundinho, tão mesquinho quanto estúpido.

ts disse...

Amigos:
É isso aí, Pedro. Concordo plenamente.
Belo, sofrido e emocionante desempenho do quarteto clássico do sempre fantástico john Coltrane!
Grande abraço a todos.
Takechi

Nelson disse...

Pretty bad this sick world.
Coltrane's feeling in respect to Alabama's episode is well expressed
by his music here.

Good show Mario

"Nels"