Faz cinco anos, nove dias após seu aniversário de 83 anos (4/dezembro/2013) de um dos mais influentes, criativos e admirados da guitarra jazz, Jim Hall, após
uma longa e extraordinária vida musical incansável, na qual ele permaneceu
ativo até os seus últimos dias.
Desde o início de sua carreira, nos anos 50, Jim Hall não
mostrou apenas virtuosismo e criatividade, mas seria transformado em um dos
guitarristas de jazz menos previsíveis e exploratórios. Muitos atributos que
foram "modernizados" no seu instrumento no jazz se expandiu nas
profundezas quase orquestral. No entanto, um de seus méritos artísticos é que ele
nunca ostentou grande técnica em seus solos improvisados, mas sempre procurou
criar belas frases melódicas e inovadoras.
Hall também foi elogiado como compositor e arranjador.
Sua família era musical. Sua mãe tocava piano, seu avô violino
e um tio violão instrumento que o jovem
Jim gostava e que começou a tocar aos 10 anos de idade.
Como um adolescente tocou profissionalmente em Cleveland,
uma cidade onde também estudou piano, contrabaixo e teoria musical, bem como
guitarra. Logo ele se mudou para Los Angeles, onde foi destacado no estilo
"cool", no entanto se concentrou na guitarra clássica entre 1955 e
56. Ele só começou a ser conhecido em jazz ao se juntar ao grupo de Chico
Hamilton.
Foi com o famoso grupo "cool" de Jimmy Giuffre onde começou a desenvolver sua
própria personalidade musical e quando sua carreira finalmente decolou.
Naqueles dias, apesar de já estar ensinando, ele excursionou com "Jazz At
The Philharmonic", organizado por Norman Granz, e tocou com estrelas como
Ben Webster, Bill Evans, Paul Desmond, Ella Fitzgerald, Lee Konitz, Sonny
Rollins e Art Farmer, entre outros, com quem deixou gravações de inumeráveis
álbuns.
Na década de 60, e em Nova York, Jim Hall organizou um trio
com Tommy Flanagan e Ron Carter, substituido por Red Mitchell alguns anos mais
tarde. Ele também tocou e arranjou músicas para programas de televisão naqueles
dias.
Em 1962 ele gravou com Bill Evans, um dueto, o famoso álbum Undercurrant, que foi transformado em
uma coleção de discos.
A partir desse momento Hall atuou mais e mais com contemporâneos músicos que surgiram na cena do jazz, incluindo Wayne Shorter, Chris Potter,
Michel Petrucciani e Bill Frisell.
Ele se apresentou nos festivais de jazz de New York, que incluía
outros guitarristas como Pat Metheny e John Scofield, com quem ele também tocou.
Ao final dos anos 90 estava tocando em um quinteto com Joe
Lovano. Ele continuou a participar de festivais de jazz até pouco antes de sua
morte e sua última gravação foi feita em 2008.
Desde jovem, ele disse ter sido influenciado por tenoristas
como Lester Young e Coleman Hawkins e na guitarra por Charlie Christian e Barney
Kessel, antes de desenvolver o seu próprio estilo musical. Para muitos a sua
maior influência exercida sobre guitarristas foi sobre John Scofield, Bill
Frisell, Pat Metheny, John Abercrombie e Mick Goodrick.
Jim Hall deixou gravado cerca de 100 álbuns, 48 deles como
líder. Hall faleceu a 10/dezembro/2013.
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JIM HALL COM A JAZZ AT LINCOLN CENTER JAZZ ORCHESTRA |
(Traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz)