Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

THANKS FOR THE MEMORY

29 maio 2015

Com o controle remoto da tv na mão e passeando nos canais, paro no CURTA!TV onde começava um programa chamado Ícones do Jazz. O vÍdeo apresentado era o do pianista Erroll Garner numa viajem pela Europa em 63 e 64. Um dos temas apresentado por ele foi Thanks For The Memory. Ouvindo aquela apresentação, que diga-se de passagem, uma maravilha, me transportei no tempo e viajei pelos momentos que junto com queridos amigos, na casa do saudoso e inesquecível Mestre Lula, nos deliciávamos com os temas e improvisações do Erroll. A cada Lp que era lançado no comércio, sempre tinha um de nós que comprava e, nas noites de sábado, curtíamos cada faixa. Nesta minha viajem também vieram cenas dos encontros das sextas-feiras nas lojas Murray, após a saída do trabalho. Ali o encontro era de muito papo sobre Jazz com amigos inesquecíveis, tais como, Raimundo Flores(Mr.Jones), Adauto, Hélio Galindo, Lula, Lenine, Telmo, Rocha Melo, Nelson, Cândido, Olindo, Brandão, Tião Neto e muitos e muitos outros, e me desculpem se não me recordo os nomes pois faz muito tempo mesmo destes encontros. Quando a loja fechava íamos para o Restaurante Westfalia para alguns chopps e para um sanduíche La Paiva. Como não lembrar também das Jam Sessions nas tardes de domingo no Café Nice, com excelentes músicos, tais como, Cipó, Juarez, Chaim Levac, Aurino, Alex, Maciel, entre outros. Não tem como esquecer das excursões para ver os grupos e vocalistas de Jazz que vinham de fora, tais como, Gillespie, Armstrong, Sarah, Peterson, Getz, Blakey, Harry James, Heath Brothers, Evans, Buddy Rich, o American Jazz Festival, Ella e uma lista enorme de outros nomes que por aqui passaram. A ida, as terças-feiras, na Rádio Difusora Fluminense para assistir ao vivo o programa O Assunto É Jazz do querido amigo Lula, era uma verdadeira "religião". Na saída, pela madrugada, alguns chopps no Restaurante Bella Blu ou no Restaurante Bom Canto. Bons tempos que jamais serão esquecidos.
Amigo Erroll, THANKS FOR THE MEMORY, ou melhor, THANKS FOR THE MEMORIES.

P O D C A S T # 2 5 9

EDDIE BERT

DONALD BYRD
MAESTRO SPOK





PARA BAIXAR O ARQUIVO DE ÁUDIO:

http://www.divshare.com/download/26933004-121

RONNIE SCOTT'S CLUB

26 maio 2015

O famoso clube de jazz Ronnie Scott em Londres, uma verdadeira instituição britânica do mundo musical.



Ronnie Scott, como ele é universalmente conhecido, foi fundado pelo inglês saxofonista de mesmo nome em 30 de outubro de 1959 e rapidamente tornou-se o clube de jazz mais importante da Europa se tornando conhecido como a "Meca" do jazz nesta região do mundo, equivalente ao Birdland ou Blue Note em Nova York.
Por lá passaram dezenas de "gigantes" e sua história foi gravada a cada ano, durante cinco décadas, mostrando o desenvolvimento do jazz contemporâneo de ambos os lados do Atlântico.
Hoje todo seguidor de jazz, de fora ou de dentro de Grã-Bretanha, sabe da sua existência e todas as noites o clube é visitado por um público internacional. Uma das suas características típicas é que as paredes do clube são cobertas com retratos dos músicos de jazz mais famosos que têm ali atuado há cinco décadas. A partir de uma longa lista podemos citar Ella Fitzgerald, Freddie Hubbard, Bill Evans, Stan Getz, Miles Davis, Dexter Gordon, Dizzy Gillespie, Chet Baker, Carmen McRae, Nina Simone, Oscar Peterson, os irmãos Brecker, Art Blakey e os Jazz Messengers Elvin Jones, e as principais orquestras como Buddy Rich e Woody Herman.
Foi neste clube onde Miles Davis também "descobriu" o baixista Dave Holland e contratou-o para levá-lo para os EUA, hoje Holland é um dos nomes do jazz mundial. O clube está cheio de histórias semelhantes. Muitos músicos de jazz latino-americanos também foram lá, incluindo o Gato Barbieri, Astrud Gilberto, Chucho Valdes, Gonzalo Rubalcaba, Airto Moreira, Flora Purim, Arturo Sandoval, Nana Vasconcelos, Hilton Ruiz e Eddie Palmieri.
Recentemente, atuaram no clube alguns dos grandes de hoje, incluindo Wynton Marsalis, Chris Botti, Cedar Walton, Billy Cobham, Chick Corea, e Kenny Garrett.

Houve uma série de curtas-metragens e longas-metragens filmadas no clube com músicos famosos, incluindo um premiado documentário sobre o trompetista Chet Baker.
Abriu na Galeria Getty no centro de Londres, uma exposição de fotografias tiradas no clube, em que há imagens de dezenas de grandes nomes do jazz a tocar no Ronnie Scott.
Ronnie Scott, foi um dos grandes saxofonistas da Inglaterra, e seu sócio, também saxofonista, Peter King, fundaram o clube em um subterrâneo na Gerrard Street, distrito do Soho, em Londres, em 30 de outubro de 1959, e realizando um sonho antigo.
Em 1965 o clube mudou seu local para o atual em Frith Street, ainda no Soho e hoje a rua é sinônimo de jazz.
Muitos anos antes, Scott muito jovem viajou junto com outros músicos britânicos para Nova York, onde eles puderam ouvir Charlie Parker, Dizzy Gillespie e Miles Davis, nos anos em que esses pioneiros foram lançando as bases do revolucionário "jazz moderno" .
Essa impressão sobre os jovens britânicos, resultou  em seu retorno que estes mesmos se tornaram pioneiros do bebop na Grã-Bretanha e Ronnie Scott forjou a ideia de criar um clube onde estas novas formas de expressão musical poderiam ser liberadas.
Isso foi quase a uma década mais tarde, quando o próprio Ronnie Scott e outros britânicos como Peter King, Tubby Hayes e John Dankworth já haviam sido lançados como expoentes do jazz moderno dentro e fora da Grã-Bretanha.
"Foi um sonho tornado realidade", lembra Peter King:  ─ "as sementes que foram plantadas em Nova York finalmente germinaram em Londres e nosso clube desde então se tornou a casa do jazz moderno para todos os músicos, britânicos e não britânicos em passagem por lá".
Ronnie Scott também foi membro e solista da lendária orquestra de jazz internacional Clark Terry- Francis Boland.
Durante décadas Ronnie Scott foi mestre de cerimônias no seu próprio clube quando não estava em excursões musicais. Ele também tocou lá com seus quintetos e sextetos e piadas relacionadas à música foram igualmente famosas no mundo do jazz. Devido à sua reputação, no clube Ronnie Scott tem sido feitos muitos vídeos de música, filmes, TV e rádio. Em reconhecimento a isso, em 1981 Ronnie Scott recebeu da rainha Elizabeth a condecoração OBE honorária (Ordem do Império Britânico) pelos "seus serviços ao jazz e à cultura" na Grã-Bretanha.
Scott morreu de repente em dezembro de 1996, com 69 anos de idade. Seu parceiro Peter King seguiu com o clube, que foi vendido para o empresário artístico Sally Greene em 2005, que manteve o nome do clube, mas com uma renovada e deu-lhe uma nova dinâmica musical e de negócios.
Apesar da recessão econômica na Grã-Bretanha, o Ronnie Scott parece ter passado sem maiores problemas. O proprietário, Sally Greene, tem uma boa reputação como empreendedor e  também comprou e economicamente salvou o famoso teatro Old Vic, em Londres há alguns anos atrás.
O único problema relatado por alguns é que a entrada para o clube é extremamente cara, e os preços de alimentos e bebidas também.
Outro aspecto que é criticado é que em tempos de Ronnie Scott atuaram músicos no clube por uma ou mais semanas, ao passo que agora as suas apresentações têm entre um e três dias, no máximo.
Em tempos de Ronnie Scott uma única entrada servia para a noite inteira, que incluia duas apresentações de músicos. Hoje, a entrada é para um ou outro set, mas não mais ambas as apresentações.

De qualquer forma, o clube de jazz Ronnie Scott está funcionando e seu proprietário deverá manter o lugar mais importante do jazz na Europa por muitos anos

CRÉDITOS DO PODCAST # 258

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
GRAVAÇÕES LOCAL e DATA
JAY MCSHANN
Orville Minor (tp), Clifford Jenkins (sa), Ben Webster, Fats Dennis (st), Jay McShann (pi, ldr), Gene Griddins (gt), Lloyd Anderson (bx) e Cooky Jackson (bat)
THE DUKE AND THE BRUTE (Ben Webster / Jay McShann)   
New York, 27/outubro/1951
DUKE JORDAN
Richard Williams (tp), Charlie Rouse (st), Duke Jordan (pi, ldr), Sam Jones (bx) e Al Foster (bat)
SULTRY EVE
 (Duke Jordan)
New York, 18/novembro/1975
ERNESTINE ANDERSON
Ernestine Anderson (vcl) acc do trio de Hank Jones (pi), Monty Budwig (bx) e Jeff Hamilton (bat)
WELCOME TO THE CLUB
(Mel Tormé)
San Francisco, fevereiro/1983
BENNY GOODMAN
Benny Goodman (cl,vcl) Harry James, Ziggy Elman, Chris Griffin (tp), Red Ballard, Vernon Brown (tb), Dave Matthews, Noni Bernardi (sa), Arthur Rollini, Jerry Jerome (st), Jess Stacy (pi), Ben Heller (gt), Harry Goodman (bx) e Buddy Schutz (bat) + Martha Tilton e Johnny Mercer (vcl), Leonard Ware (el-gt)
SWEET SUE, JUST YOU
 (Victor Young / Will J. Harris)
noite de uma terça feira às 21:30 de 10/janeiro/1939 com o  Camel Caravan broadcast, New York
COULD BE
(Johnny Mercer)
CIRIBIRIBIN
(Alberto Pestalozza / Jack Lawrence)
UMBRELLA MAN
(James Cavanaugh / Larry Stock / Vincent Rose)
SENT FOR YOU YESTERDAY (Count Basie / Eddie Durham / Jimmy Rushing)
JOHNNY GRIFFRIN
Johnny Griffin (st), Paul Bryant (org), Joe Pass (gt), Jimmy Bond (bx) e Doug Sides (bat)
CHERRY FLOAT
(Johnny Griffin)  
Los Angeles, 28/junho/1962
RED GARLAND
Donald Byrd (tp), John Coltrane (st), Red Garland (pi), Jamil Nasser (bx) e Art Taylor (bat)
WHAT IS THERE TO SAY ? (E.Y. "Yip" Harburg / Vernon Duke) 
Hackensack, N.J., 15/novembro/1957)
THE BRASS CONNECTION
Doug Hamilton, Ian McDougall, Jerry Johnson, Bob Livingston (tb), John Capon (b-tb), Don Thompson (vib), Frank Falco (pi), Lorne Lofsky  (gt), Dave Young (bx) e Terry Clarke (bat)
A SHADE OF JADE
(Joe Henderson)
Toronto, Canadá, novembro/1980
JACKIE MCLEAN
Charles Tolliver (tp), Jackie McLean (sa), Bobby Hutcherson (vib), Cecil McBee (bx) e Billy Higgins (bat)
I HEAR A RHAPSODY
(Dick Gasparre / George Fragos / Jack Baker)
Englewood Cliffs, N.J., 16/setembro/1964
SONNY STITT
Sonny Stitt (sa), Howard McGhee (tp), J.J. Johnson (tb), Walter Bishop Jr (pi), Tommy Potter (bx) e Kenny Clarke  (bat)
MY LITTLE SUEDE SHOES
(Charlie Parker)
New York, 1966
B G
MELISSA ALDANA (st), Michael Palma (el-pi), Lyles West (bx) e Ralph Peterson, Jr. (bat)
PASOS
(Gustavo Cerati)
Brooklyn, NY, 17/abril/2010

COLUNA DO MESTRE LOC NO JB

25 maio 2015

Filho de Clint Eastwood é estrela no jazz

Por Luiz Orlando Carneiro, em 23/5/15

Clint Eastwood, 84 anos, ícone do cinema americano, tanto como ator como premiado diretor (Sobre meninos e lobos, Menina de Ouro, Cartas de Iwo Jima), é também jazzófilo, pianista amador, e tem participado da composição de trilhas sonoras para seus próprios filmes. Pai de sete filhos - de dois casamentos e quatro uniões - não é surpreendente o fato que um deles tenha se dedicado à música, e se tornado jazzman profissional. E dos bons!

O contrabaixista Kyle Eastwood, que completou 47 anos na última terça-feira (19/5), não surgiu ontem na cena jazzística. Sua discografia na condição de líder começou em 1998, com From there to here (Columbia). Foi acrescida de três álbuns para o selo francês Rendezvous (Paris Blues, 2004; Now, 2006; Metropolitan, 2009). E consolidou-se com Songs from the Chateau (Mack Avenue, 2011) e The view from here (Jazz Village, 2013).

Kyle cresceu na California, na cidade litorânea de Carmel, da qual o seu famoso pai foi até prefeito. Mas, nos últimos 10 anos, o baixista viveu e tocou, principalmente, em Paris e em Londres. O seu atual quinteto europeu inclui os ingleses Brandon Allen (saxes tenor e soprano), Quentin Collins (trompete e flugelhorn), Andrew McCormack (piano) e o baterista cubano Ernesto Simpson, há muito radicado em Londres.

É com este grupo que Kyle Eastwood exibe sua notável técnica nos baixos acústico, elétrico e fretless electric, além de seus dons de compositor, no novo CD Time pieces (Jazz Village), gravado em estúdio, em junho do ano passado.

“Este álbum foi todo feito em torno da música que eu realmente amo, aquela da 'Era Blue Note' dos anos 50 e 60 (referência à etiqueta que consagrou o hardbop) – disse ele em entrevista recente. “São coisas que meus pais costumavam ouvir em casa quando eu era bem jovem. Eu queria gravar Blowin' the blues away, de Horace Silver, e Dolphin dance, de Herbie Hancock. Então comecei também a escrever originais para o álbum, e as outras peças foram surgindo no mesmo estilo”.

Time pieces contém – além de Blowin' (4m30) e Dolphin (7m20) – mais oito faixas com temas e arranjos escritos por Kyle ou por ele em conjunto com seus pares.

O quinteto é particularmente efusivo e brilhante na deliciosa peça inicial, Caipirinha (7m05), na levada funky de Prosecco smile (5m), em Peace of Silver (6m50) e em Bullet train (5m10) – esta última bem de acordo com a tradução do título (trem-bala). Vista (8m30) é tratada num clima melancólico, com realce para o flugel de Quentin Collis e, é claro – como no disco todo - para o engenho e a arte de Eastwood. O tema de Letter from Iwo Jima (3m40) é interpretado em duo (piano-baixo elétrico), em “feitio de oração”. Incantation (6m15) e Nostalgique (4m30) também refletem muito bem, nos arranjos e solos, as propostas dos seus títulos.

(Samples do CD Time pieces podem ser ouvidos em: http://store.harmoniamundi.com/time-pieces-6781.html)

OS PREMIADOS DA JJA

A Jazz Journalists Association (JJA) anunciou, no último dia 15, os resultados da votação dos destaques do ano março 2014-março 2015. Participaram da eleição anual mais de 400 jornalistas especializados do mundo todo, que escolheram o pianista-compositor Randy Weston, 89 anos, para o prêmio mais significativo: o “Lifetime Achievment in Jazz”. Ou seja, o de conjunto e importância da obra de Weston em mais de seis décadas dedicadas a esse modo de expressão musical de raízes afro-americanas, mas cada vez mais globalizado.

O pianista Jason Moran, 40 anos, que é também diretor do departamento de jazz do Kennedy Center, foi eleito o “músico do ano”.


Na categoria “álbum do ano”, o mais votado na eleição da JJA foi o CD The art of conversation (Impulse), um duo gravado, em março do ano passado, por mestres Kenny Barron (piano) e Dave Holland (baixo). Este disco foi comentado e indicado nesta coluna (25/10/2014).

TRANSCRIÇÃO DO ARTIGO DE RODRIGO CARRIZO SOUTO NO EL PAÍS

Deixo de traduzir o artigo não apenas por falta de tempo como também porque o espanhol é muito semelhante ao português e não acho que haverá muita dificuldade para os leitores chegarem ao sentido geral do escrito. Abraços.

Keith Jarrett, en estado de gracia a los 70 años

"Sus admiradores llegaron a la cita [Lucerna] desde toda Suiza, pero también desde Londres, Berlín o París. Y es que ver a una leyenda viviente en una de sus cada vez más raras apariciones en solitario no es algo que ocurra todos los días. Es por ello que las entradas para este recital de piano improvisado se agotaron en una mañana, y en la reventa alcanzaron precios de más de 500 euros. Keith Jarrett se presentó el pasado viernes en plena celebración de su reciente 70 cumpleaños en el apabullante Palacio de Conciertos y Congresos de Lucerna, o KKL, obra del francés Jean Nouvel con capacidad para 1.900 espectadores. Sala que es igualmente sede del festival de dicha ciudad, evento que han dirigido artistas del calibre de Claudio Abbado o Pierre Boulez.

Tras recordar al público que la música que íbamos a escuchar era "creada en tiempo real" y las advertencias de rigor al respetable acerca de la intolerancia del músico americano a los ruidos, toses, fotos y demás molestias provocadas por los seres humanos, un Jarrett protegido por sus tradicionales gafitas oscuras, delgado y pensativo hizo acto de presencia en el escenario del KKL. A la hora señalada. Ni un minuto antes ni uno después.

El pianista de Pensilvania reflexionó un momento y se arrancó con uno de esos temas modales, marca de la casa, que le hicieron mundialmente famoso. Acto seguido, se entregó a una improvisación que recordaba la música tradicional americana, con ecos de música religiosa y amplias praderas del Oeste. Pero el blues fue uno de los puntos fuertes del extenso recital, de casi tres horas de duración con un breve intervalo.

Aunque lo más sorprendente de la noche fue que el músico, que tiene fama de huraño en el ambiente musical, hizo gala de un sorprendente buen humor. Bromeó con el público, fue hasta el micrófono para contar anécdotas de su familia (una abuela húngara, ancestros gitanos, su amor por Europa...) y hasta se permitió reír con algunas toses especialmente estruendosas. Aunque se retiró de escena en dos ocasiones a causa de dichas molestias. Pero volvió, que es lo importante.

"Estas grabaciones nos salen muy caras", dijo el pianista, "o sea que si quieren participar con sus ruidos en mi disco, me avisan y les doy la entrada". Humorada que fue recibida con ovaciones (y alivio evidente) por parte del público. Tras alabar el "poderío" del piano que los suizos pusieron a su disposición y dedicar un tema al recientemente desaparecido B.B. King, Jarrett entró en la segunda parte de un recital para el recuerdo, por el que desfilaron todos sus estilos habituales: las baladas intimistas, el blues, los largos ostinatos acompañados de canturreos, gemidos y grititos, y hasta un par de digresiones atonales bien recibidas en el KKL.

El hombre que logró el hito de vender más de cinco millones de copias del mítico Koln Concert dio por terminado su recital hacia las 22.00, pero ante las ovaciones y pataleos insistentes del público aceptó volver a salir a escena una y otra vez. Hasta un final antológico, interpretando con una sencillez y elegancia inhabituales el clásico When I fall in love.


Ahora solo cabe esperar que la ECM, su exquisita discográfica alemana, tenga a bien obsequiarnos con el disco de este evento irrepetible. Tras las grabaciones realizadas en la Scala de Milán, la Ópera de Rio de Janeiro, la Salle Pleyel de París o el Carnegie Hall, ahora llega el turno de otra de las grandes salas de concierto del mundo. Ojalá podamos contar pronto con la grabación de esta noche memorable en Lucerna."

Série   PIANISTAS  DE  JAZZ
Algumas Poucas Linhas Sobre o Piano e os Pianistas
12ª Parte
 
(15)       DENNY  ZEITLIN   -   Influência de Bill Evans       (Resenha curta)
Dennis Jay Zeitlin, DENNY ZEITLIN, pianista, compositor e eventualmente percussionista, nasceu em 10 de abril de 1938 em Chicago / Illinois, filho de pai e mãe médicos mas também pianistas apaixonados.
ZEITLIN estudou piano com afinco, seriedade, dedicação, chegando a atuar em um grupo “dixieland” antes de descobrir o “bebop” e todo o denominado “JAZZ moderno”.    
A partir de então passou a atuar em trio nos arredores de Chicago, enquanto cursava  medicina e psicologia, ao mesmo tempo em que recebeu aulas de George Russell.
Atuou em clubes da Califórnia e em 1965 apresentou-se nos festivais de JAZZ de Newport e Monterey.
Diplomou-se em  música pela “Johns Hopkins University”, seguiu atuando e gravando simultaneamente com suas atividades de psiquiatria e de professorado na “California University”.
Na década de 1970 “descobriu” os sintetizadores, mas retornou ao piano acústico acompanhado por Charlie Haden.
Gravou com Herbie Hancock (“Jazz At The Opera House”, 1982), com Jeremy Steig e como titular.
ZEITLIN foi profundamente influenciado por Bill Evans (este habitualmente em suas apresentações tocava o tema de ZEITLIN “Quiet Now”), assim como por Lennie Tristano, projetando essas influências em suas gravações de 1965 “Carole’s Waltz” e “What Is This Thing Called Love”.
A internet oferece-nos a oportunidade de apreciá-lo nesse clássico de sua autoria “Quiet Now”, assim como sua presença e atuação no “Festival de Berlim” de 1983 com o hiper-clássico de Cole Porter “What Is This Thing Called Love”.
ZEITLIN viaja por frases com espaços amplos e pela atonalidade, bem pronunciados  em seus álbuns “Spur Of The Moments” (também de 1965) e “Gulf Stream” (de 1978).
Pianista de refinada técnica e de grande brilho, dotado de perfeita articulação, ZEITLIN produz sonoridade marcante amparada em controle absoluto da dinâmica, com perfeita capacidade de improvisação, de  invenção no fraseado.
ZEITLIN pode ser apreciado, além dos álbuns antes indicados, em suas gravações “Starburst” (1977), “Bird Food” (1981, com Charlie Haden), “Chelsea Bridge” (1983) e “Homecoming” (1986).
As gravações de ZEITLIN foram realizadas para os selos “Columbia” e “Sony”.
Também participou da trilha sonora do longa metragem “Invasion Of The Body Snatchers”.
 
(16)       JIMMY  YANCEY    -   Blues  &  Boogie-Woogie    (Resenha  curta)
James Edward Yancey, JIMMY YANCEY, nasceu em Chicago / Illinois em 20 de fevereiro de 1898 e faleceu com 53 anos em sua terra natal, no dia 17 de setembro de 1951.
Seu pai foi guitarrista e cantor.
YANCEY “estreou” no mundo dos espetáculos com 06 anos, como cantor e sapateador em companhia ambulante de vaudeville.
Dos 05 aos 10 anos (1903 / 1908) atuou na revista “Man From Bam” no “Pekin Theatre” de Chicago, à época o mais famoso teatro negro americano.
Após essa temporada e até 1911 retornou à estrada pelo território americano e no período de 1912 a 1914 (dos 14 aos 16 anos)  trabalhou em várias cidades da Europa: Londres, Paris,  Bruxelas, Budapeste e Berlim.
No ano de 1913 em Londres YANCEY apresentou-se no Palácio de  Buckingham para a família real, cantando e dançando.
A partir de 1915 iniciou o estudo do piano com ninguém menos que seu irmão Alonzo Yancey.     Passou a tocar em “rent parties” e em clubes de Chicago.
Simultaneamente passou a praticar  o beisebol.
Com 21 anos e em 1919 YANCEY casou-se com a cantora Estella Harris, famosa como “Mama” Yancey, passando a  acompanhá-la ao piano.
A partir de 1925 YANCEY passou a trabalhar como porteiro no estádio do “Chicago White Soc Baseball Team”, mantendo esse emprego até 1945.
1938 marca o renascimento do “boogie-woogie”, o que proporcionou a YANCEY uma projeção até então inexistente;  sempre foi de estranhar-se o fato de ter sido ignorado pelos produtores das gravações dos “race records” desde os anos 1920.      No ano seguinte, 1939, ele realiza suas primeiras gravações.
Em 1948 YANCEY apresentou-se em New York, com “Mama” Yancey, no “Carnegie Hall”.
Dessa época e até 1950 trabalhou regularmente no “Bee Hive Club” de Chicago, passando depois a  reduzir suas atividades em função de enfermidade, até falecer de coma diabética.
YANCEY, pianista tardio, ainda assim foi dos mais  autênticos e importantes para  o blues e, principalmente, para o “boogie-woogie”. 
Autêntico, original, vibrante, caracterizou-se pelos “baixos” como modelos de pureza (em muitos momentos utilizava somente de 03 a  05 baixos por compasso), com ritmos latinos que tangenciavam a habanera.   Popularizou as figuras com a mão esquerda. 
YANCEY influenciou toda uma “árvore” de cultores do “boogie-woogie”, passando por Pine Top Smith, Albert Ammons, Mead Lux Lewis, Dave Alexander, Roy Byrd, Don Ewell, Charlie Spand e Clarence Lofton.
Gravou em 1939 seu sucesso “Jimmy’s Stuff”, assim como “Beezum Blues”, “Big Bear Train”, “Lean Bacon”, “PLK Special” e outros temas;   em 1940 “35th And Dearborn”, “Yancey’s Bugle Call” e outras.
Prosseguiremos  nos  próximos  dias
 

COLEÇÕES: Miles Davis, Clifford Brown, John Coltrane, Thelonious Monk

24 maio 2015

Após as celebrações do 75º aniversário do famoso selo de jazz Blue Note, a empresa havia anunciado o lançamento de quatro coleções em caixas de luxo para a música de Miles Davis, Clifford Brown, John Coltrane e Thelonious Monk, acompanhado da arte do álbum original, livretos com fotos e notas, bem como novos ensaios sobre os músicos. A coleção já está no mercado.
São eles:
  1) Miles Davis’ Take Off: The Complete Blue Note Albums;
  2) Clifford Brown, Brownie Speaks: The Complete Blue Note Recordings  Sideman;
  3) Trane’s Blue Note Sessions, de John Coltrane;
  4) Thelonious Monk  ’Round Midnight: The Complete Blue Note Recordings..


As coleções trazem gravações originais publicadas pela Blue Note, mas além de serem tecnicamente melhoradas incluem faixas inéditas como “bonus”.
A maioria das gravações originalmente publicadas pertencentem à "juventude" dos quatro músicos e não tinham sido re-editadas em CD ou em formato digital, o que dá um imenso valor para tais coleções.

(adaptado do blog Noticias de Jazz)

P O D C A S T # 2 5 8

22 maio 2015

DUKE JORDAN
JACKIE McLEAN
ERNESTINE ANDERSON






PARA BAIXAR O ARQUIVO DE ÁUDIO:

http://www.divshare.com/download/26926716-7ce

CRÉDITOS DO PODCAST # 257

19 maio 2015

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
GRAVAÇÕES LOCAL e DATA
JOE PASS
Joe Pass (gt) e Niels-Henning Orsted Pedersen (bx)
TRICOTISM (Oscar Pettiford) 
Londres, 19/novembro/1978
YARDBIRD SUITE (Charlie Parker)
Joe Pass (gt), John Pisano (rhythm-gt), Jim Hughart (bx) e Colin Bailey (bat)
ROSETTA
(Earl Hines / Henri Woode) 
Los Angeles, 2/setembro/1964
NIGHT AND DAY (Cole Porter)
Joe Pass (gt) solos
HERE’S THAT A RAINY DAY (James Van Heusen / Johnny Burke) 
Los Angeles, 28/agosto/1973
BLUES FOR ALICAN (Joe Pass)
Conte Candoli (tp), J.J. Johnson (tb), Tom Scott (fl), Joe Pass (gt), Carol Kaye (el-b), Paul Humphrey (bat) e  Milt Holland (perc)
BETTER DAYS (Bruce Springsteen) 
Los Angeles, ao final de 1960
Joe Pass (gt) solos
I NEVER KNEW
(Gus Kahn / Ted Fio Rito)
6/junho/1975
ALAGARN (Joe Pass)
Joe Pass (gt), Eberhard Weber (bx) e Kenny Clare (bat)
EL GENTO (Willi Fruth)
Villingen, Alemanha, junho/1970
Joe Pass (gt) solo
I’SNT IT ROMANTIC?
(Lorenz Hart / Richard Rodgers)
Hollywood, CA, 11/ agosto/1992
Oscar Peterson (pi), Joe Pass (gt) e Ray Brown (bx)
WHO CARES?
(George Gershwin / Ira Gershwin) 
Los Angeles, 7/dezembro/1974
RIFF BLUES (Oscar Peterson)
JOE PASS e acc Conte Candoli (flh), J.J. Johnson (tb), Tom Scott (st), Joe Pass (gt), Ray Brown (el-b), Earl Palmer (bat)
AFTER SCHOOL (Jimmy Rowles)   
Los Angeles, 1960

MESTRE LOC FALA DE JARRETT EM SUA COLUNA NO JB

18 maio 2015

Keith Jarrett comemora 70 anos

por Luiz Orlando Carneiro, em 14/05/2015

Keith Jarrett, virtuose do piano, conhecido como o Glenn Gould do jazz – por sua genialidade, seu temperamento e suas excentricidades – é septuagenário desde o último dia 8 de maio. Ele é capaz de interromper um concerto solo ou do celebrado trio que lidera há 32 anos (Gary Peacock, baixo; Jack DeJohnette, bateria) por causa de um flash ou de um ruído vindos da audiência. Durante toda a década de 2000, reinou supremo na categoria best pianist do referendo anual internacional dos críticos promovido pela revista Downbeat. E o seu trio continua a ser, sem dúvida, o melhor pequeno combo de jazz num nível de excelência só comparável ao quarteto Footprints do saxofonista Wayne Shorter (Danilo Perez, piano; John Patitucci, baixo; Brian Blade, bateria).

Em maio de 2003, Jarrett recebeu, da Academia de Música da Suécia, o Polar Music Prize, destinado a músicos excepcionais nos campos erudito e popular. Em anos anteriores tinham sido homenageados, entre outros, os compositores Pierre Boulez e Stockhausen, o violinista Isaac Stern e o celista Rostropovitch. Na área da música popular, foram premiados, por exemplo, Paul McCartney, Stevie Wonder e Miriam Makeba. O único jazzman a merecer o Polar Prize, até 2003, foi Dizzy Gillespie. Sonny Rollins recebeu a mesma distinção em 2007.

Keith Jarrett foi garoto-prodígio. Aos sete anos já dava recitais, e desenvolveu os seus dons extraordinários com Nadia Boulanger (1887-1979) e, depois, na então Berklee School of Music de Boston. Aos 21 anos, deixou os Jazz Messengers de Art Blakey para associar-se ao quarteto do saxofonista Charles Lloyd (Forest flower, Altantic, 1966). Na década de 1970, passou a se apresentar solo numa série de concertos mundo afora, totalmente improvisados, cujo ponto culminante foi o Köln Concert, de 1975, gravado pela ECM, e que – desde sua edição em LP duplo – vendeu mais de três milhões de exemplares.

Como pianista “erudito”, o prodigioso e controverso músico gravou obras de fôlego como as Variações Goldberg e o Cravo bem temperado, de J.S. Bach, e a série de 24 prelúdios e fugas de Shostakovitch.

Para marcar o seu 70º aniversário, Keith Jarrett vem de lançar – sempre no selo ECM, de Manfred Eicher – dois CDs com material inédito selecionado por ele e por Eicher.

O primeiro é Creation, com solos improvisados em seis concertos gravados, entre abril e julho de 2014, no Japão (Kioi Hall e Orchard Hall, Tóquio), na Itália (Parco Della Musica, Roma), na França (Salle Pleyel, Paris) e no Canadá (Roy Thomson Hall, Toronto). No total, são nove faixas, de duração variando entre 6m 55 e 8m35.

John Kelman, do site All About Jazz, considera o todo formado pelas nove partes sem títulos de Creation uma espécie de suíte, na qual Jarrett “evita quaisquer construções previsíveis no decorrer do programa, em geral meditativo e sombrio, baseado sobretudo em achados harmônicos e melodias esparsas”, que, em termos de dinâmica, vão “do mais suave pianíssimo ao mais dramático fortíssimo”.

O segundo álbum intitula-se Samuel Barber/Béla Bartók, e contém os concertos para piano e orquestra de Barber (Opus 38) e de Bartók (o número 3), registros dos anos 80, em apresentações, respectivamente, com a Saarbrücken Radio Symphony Orchestra, e a New Japan Philarmonic.


(Samples das faixas do CD Creation podem ser ouvidos em http://www.jazzecho.de/keith-jarrett/diskografie/album/product:274702/creation)

HOMENAGEM a B.B. KING

16 maio 2015


O músico B.B. King, considerado o "rei do blues" e integrante do Hall da Fama desde 1987, morreu na madrugada desta sexta-feira (15) em Las Vegas, nos Estados Unidos, aos 89 anos de idade.
Riley Ben King, conhecido como B. B. King, foi um guitarrista de BLUES e RHYTHM & BLUES compositor e cantor estado-unidense. O "B. B." em seu nome significa Blues Boy, seu pseudônimo.
A lenda se despede com 16 prêmios Grammy, mais de 50 álbuns em quase 60 anos de carreira. Considerado o maior guitarrista de Blues da atualidade, verdadeira lenda. B B. King, nasceu em 16 de setembro de 1925, no Mississippi, Estados Unidos. Sua infância foi parecida com a de milhares de meninos negros, trabalhadores agrícolas nas grandes plantações de algodão do sul segregacionista ao extremo.
Tocava nas esquinas e em bares. Comprou a primeira guitarra quando a falta de eletricidade no interior do país fazia dos instrumentos musicais a maior atração dos anos de 1940.
O músico foi autodidata, nunca teve professor convencional. Gostava de ser seduzido pelas melodias. Mas teve a sorte de contar durante a adolescência com o apoio protetor de Bukka White, seu primo. Este guitarrista, muito renomado na região, deu as dicas de guitarra ao futuro gênio e o levou a descobrir a grande cidade da música, e do blues, Memphis, para onde se mudou em 1947.
O futuro B.B. King passou a conviver com Sonny Boy Williamson (Rice Miller), Robert Lockwood Jr, Bobby "Blue" Bland e tocava regularmente na Beale Street, onde mais tarde abriu um clube com seu nome, conhecido com a "Broadway" da música negra nos Estados Unidos.
Sua carreira ganhou novo fôlego em 1949 ao ser contratado como DJ de uma rádio, onde ganhou o apelido que o eternizou, Blues Boy, ou B.B.
Seu primeiro grande sucesso nacional foi “Three o'clock blues”, que estourou nos anos 1950. A partir daí começou a fazer turnês sem parar. Só no ano de 1956 sua banda chegou a fazer 342 apresentações.
B.B. King criou um estilo autêntico de guitarra. Em seus solos, ao contrário de outros guitarristas, o Rei do Blues preferia usar poucas notas. Ele dizia que conseguia fazer uma nota valer por mil.
Em 2012, fez parceria inesperada com o presidente americano Barack Obama, durante um show de blues na Casa Branca.
Em outubro de 2014, o guitarrista precisou abandonar um espetáculo em Chicago, diante de um quadro de desidratação e esgotamento, o que provocou a suspensão do restante da turnê, que ainda tinha 8 shows programados.
Aos 86 anos, ainda fazia cerca de 100 apresentações por ano. O último show no Brasil ocorreu em 2012, em São Paulo. Antes, se apresentou no Rio de Janeiro e em Curitiba.

Abaixo BB King Band em atuação no Festival de Montreaux em 1993

 WHY I SING THE BLUES  (Dave Clark / Riley   King)

 TWO I SHOOT BLUES (Eddie S. Synigal / J.  Bolden / L. Warren / Walter King)


 LET THE GOOD TIMES ROLL (Fleecie Moore /  Sam Theard)



PARA BAIXAR O ARQUIVO DE ÁUDIO :

http://www.divshare.com/download/26930228-f17