Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

CRÉDITOS DO PODCAST # 226

30 setembro 2014

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
GRAVAÇÕES LOCAL e DATA
AL HAIG
Al Haig (pi), Jamil Nasser (bx) e Frank Gant (bat)
BOUNCING WITH BUD
(Bud Powell / Gil Fuller) 
New York, 11/julho/1977
JANUSZ CARMELLO
Janusz Carmello (pocket tp), Brian Kellock (pi), John Hartley (bx) e Tony McLennan (bat)
JOY SPRING (Clifford Brown)  
Edinburgh, Escócia, 2/junho/1989
EUGENIE JONES
Eugenie Jones (vcl), acc by Bill Anschell (pi), Michael Powers (gt), Clipper Anderson (bx) e Mark Ivester (bat)
A GOOD DAY (Danny Orton)
Edgewood, Wisconsin,USA  /2013
LOUISIANA RITHYM KINGS
Red Nichols (cnt), Tommy Thunen (tp), Glenn Miller (tb,arr), Jimmy Dorsey (cl,sa), Babe Russin (st), Adrian Rollini (sax-baixo), Jack Russin (pi), Wes Vaughan (gt) e Gene Krupa (bat)
LAZY DADDY
(Larry Shields / Nick LaRocca / Henry Ragas)
New York, 27/janeiro/1930
RAY DRUMMOND
Randy Brecker (tp), Thomas Chapin (b-fl), Steve Nelson (vib), Kenny Barron (pi), John Scofield (el-gt), Ray Drummond (bx), Marvin "Smitty" Smith (bat) e Mor Thiam (perc)
A BLUES FROM THE SKETCHPAD
(Ray Drummond) 
New York, 16/janeiro/1994
WES MONTGOMERY
Ernie Royal, Snooky Young, Clark Terry (tp), Jimmy Cleveland, Urbie Green, Quentin Jackson, Chauncey Welsch (tb), Don Butterfield (tu), Jerome Richardson (fl,st), Bobby Scott (pi), Wes Montgomery (gt), Bob Cranshaw (bx), Grady Tate (bat) e Johnny Pate (arr,dir)
PEOPLE (Jule Styne)
New York, 11/ novembro/1964
DAVID "HONEYBOY" EDWARDS
“Honeyboy" Edwards (gt, vocal)
ROAMIN' AND RAMBLIN'
Bob Hall & Dave Peabody)
Chicago, 2008
EDDIE DAVIS
Simon Wettenhall (tp,) Graham Stewart (tb), Woody Allen (cl), Todd Robbins (pi), Eddy Davis (bj), Greg Cohen (bx) e Giampaolo Biagi (bat)
SOBBIN’ BLUES
(Art Kassel / Vic Berton) 
New York, 23/março/1988
RONNIE CUBER
Ronnie Cuber (sbar), Dr. Lonnie Smith (org), Bobby Broom (gt) e Idris Muhammad (bat)
OLD DEVIL MOON
(Burton Lane / E.Y. "Yip" Harburg) 
Chicago, IL, 29/junho, 2000
CLIFFORD JORDAN
Richard Williams (tp) Julian Priester (tb) Clifford Jordan (st) Mal Waldron (pi) Art Davis (bx) Max Roach (bat) e Coleridge Perkinson (cond)
IT’S TIME (Max Roach)   
New York, 15/fevereiro/1962
JAMES MOODY
Dave Burns (tp), William Shepherd (tb), James Moody (sa), Pee Wee Moore (sbar), Jimmy Boyd (pi), John Latham (bx) e Clarence Johnston (bat)
WAIL MOODY, WAIL
(Dave Burns / James Moody)
Hackensack, N.J., 12/dezembro/ 1955
B G
ART FARMER (flh), Benny Golson (st,arr), Bill Evans (pi), Addison Farmer (bx) e Dave Bailey (bat)
LIKE SOMEONE IN LOVE
(James Van Heusen / Johnny Burke)
New York, 14/setembro/1958 

BILLBOARD JAZZ CHART

29 setembro 2014


O trompetista Sean Jones permanece no topo da “CHART”  da Billboard Jazz Magazine pela quarta semana consecutiva com o seu álbum "IM.PRO.VISE".

O guitarrista Mark Elf do terceiro para o segundo lugar e o guitarrista Bobby Broom vai do sexto para o terceiro.
As duas novas entradas para a primeira dúzia nessa semana são os CD’s de Chick Corea e Paul Carr.
A seguir estão os 12 melhores lugares da Billboard nesta semana:
01  Sean Jones, im.pro.vise
02  Mark Elf, Mark Elf Returns 2014
03  Bobby Broom, My Shining Hour
04  Dr John, Satch
05  Cyrus Chestnut, Midnight Melodies
06  Chick Corea, Trilogy
07  Fred Hersch, Floating
08  Orrin Evans, Liberation Blues
09  Paul Carr, B3 Sessions (DC-NY)
10  Joe Magnarelli, Lookin´ Up !
11 Mack Avenue Superband, Live At DJF, 2013

12  Tom Harrell, Trip

COLUNA DO MESTRE LOC NO JB DE 29/09/14

Stefano Bollani: "Alegria, apesar de tudo"

Por Luiz Orlando Carneiro

Aos 41 anos de idade, Stefano Bollani não é, apenas, o mais admirado pianista de jazz da Itália. Sua fama espalhou-se por toda a Europa e pelos Estados Unidos, sobretudo a partir da parceria que estabeleceu com o eminente trompetista Enrico Rava, registrada em quatro álbuns da ECM entre 2003 e 2008: Easy living, em quinteto; Tati, em trio com o baterista Paul Motian; The third man, em duo; New York days, em quinteto.

Mais recentemente, o eclético virtuose, de sólida formação clássica, adicionou à sua discografia o notável CD duplo Orvieto (2010) - um duo com Chick Corea flagrado ao vivo no festival anual de jazz que tem lugar naquela cidade fundada pelos etruscos - e O que será (2013) - um diálogo magistral de temática brasileira com o carioca Hamilton Holanda, considerado o maior bandolinista (de 10 cordas, e não de oito) do mundo.

Pois a etiqueta de Manfred Eicher vem de lançar outro excelente disco de Bollani, intitulado Joy in spite of everything, ou seja, “alegria apesar de tudo”. E é mesmo uma seleção de nove composições da lavra do pianista em que prevalece aquela união entre o alegre e o belo tal qual definida por Keats naquele célebre poema cujo primeiro verso é “A thing of beauty is a joy for ever”.

As peças – em allegro vivace, em moderato cantabile ou mesmo em andante – são arranjadas e interpretadas pelo líder em formações diversas (quinteto, quarteto, trio, duo), na companhia de seus dois sidemen habituais, os holandeses Jesper Bodilsen (baixo) e Morten Lund (bateria), mais os celebrados Mark Turner (sax tenor) e Bill Frisell (guitarra).

A faixa-título (5m55), em trio, é a última e a menos extensa do menu, com o ás do piano voando solto a partir de um tema simples, mas muito cativante. No primeiro “prato”, Easy healing (9m25), de tempero caribenho, o sax envolvente de Mark Turner, à la Charles Lloyd, levita por sobre o quarteto piano-baixo-bateria-guitarra. A ainda mais animada No pope, no party (8m05) é também interpretada pelo quinteto, com bom espaço para os solos de Turner e do guitarrista Frisell. Este último e Bollani são ouvidos, em duo, na minimalista Teddy (7m), e tocam a balada Ismene (8m45), em quarteto.

As demais composições do CD são: as especulativas Tales from the time loop (9m30) e Vale (12m20), em quinteto, com a dupla Bollani-Frisell abrindo sempre os trabalhos para os solos de Turner; a balada Las Hortensias (8m30), em quarteto (sem Frisell, mas com um belíssimo solo do saxofonista); Alobar e Kudra (6m), em trio, avivada por passagens contrapontísticas do virtuose do teclado.

Nas notas que escreveu para o novo álbum, Bollani lembra que o seu primeiro professor de jazz lhe chamou a atenção para o fato de que sendo ele, ainda jovem, fã de Oscar Peterson e Art Tatum, devia tomar cuidado para não se preocupar em “preencher todos os espaços”. E acrescenta: “Assim é que acabei apaixonado por gente como Ahmad Jamal, por exemplo, por ser ele muito cuidadoso com o balanço entre a música e o silêncio”.


Joy in spite of everything é o registro discográfico definitivo do pianista-compositor Stefano Bollani.

CINQUENTA RE-EDIÇÕES DA WARNER

28 setembro 2014


A gravadora Warner Jazz lançou no mercado esta semana 50 reedições em CD de álbuns de jazz dos mais famosos registrados em décadas passadas. Todos passaram por um processo com tecnologias de aprimoramento de som digital. Alguns deles eram impossíveis de se conseguir nos últimos anos e outros tinham sido publicados no formato de vinil há muito tempo.
Entre os álbuns de artistas cujas gravações foram re-editadas:
Bill Evans - New Conversations, Charles Mingus’  - Something Like a Bird, Dee Dee Bridgewater’s - Dee Dee Bridgewater, Donald Byrd’s  - Donald Byrd and 125th Street / N.Y.C. - Freddie Hubbard’s  - Ride Like the Wind, Lennie Tristano’s - The New Tristano, Miles Davis’  - Live Around the World e dois álbuns do Chico Hamilton Quintet - Gongs East! and The Three Faces of Chico.

Este projeto foi realizado pela subsidiária japonesa da Warner Jazz e o preço de cada álbum é mais do que razoável menos de US$ 8.
(Noticiero de Jazz)

P O D C A S T # 2 2 6

26 setembro 2014

RONNIE CUBER
EUGENIE JONE

CLIFFORD JORDAN


PARA BAIXAR O ARQUIVO DE ÁUDIO:

http://www.divshare.com/download/26060821-cf3



ÚLTIMAS GRAVAÇÕES DE DAVIS E COLTRANE JUNTOS

25 setembro 2014

O selo Acrobat anunciou que vai lançar uma coleção de quatro CDs com gravações obtidas na longa turnê européia do Miles Davis Quintet em 1960, que marcou o fim da associação fértil com John Coltrane que  havia começado cinco anos antes.

No quinteto também desempenha a seção rítmica lendária (conhecida na segunda metade do século "seção rítmica LA"), composta por Wynton Kelly, piano; Paul Chambers, baixo, e Jimmy Cobb, bateria.

A coleção inclui gravações feitas em transmissões ao vivo de rádios europeias, eventos de jazz apresentações e gravações obtidas em caráter privado. Algumas dessas peças históricas da música foram publicadas individualmente antes e esporadicamente. Esta é a primeira vez que uma seleção ordenada e  completa, é mostrada e realizada em quatro CDs.

Entre as seis faixas do primeiro álbum está incluída uma entrevista com John Coltrane por Carl-Eric Lindgren.
A seleção abrange seis horas de gravações tecnicamente de ótima qualidade de som e inclui um livreto com 36 páginas escrito pelo saxofonista Simon Spillett, comentarista e inclui ainda muitas fotografias. A coleção estará disponível a partir de 02 de dezembro, deste ano, aguardemos.

(Adaptado do Noticiero de Jazz)

UM EMPURRÃO LADEIRA ACIMA




Segundo Mesfin Fekadu, do Daily Herald de Chicago, em artigo de ontem, Tony Bennett e Lady Gaga, que lançaram o recente CD Cheek to Cheek, pretendem com ele atrair a atenção dos jovens para o jazz.

Gaga afirmou em recente entrevista (em tradução livre) que: "o motivo do disco é não só uma colaboração com Tony [Bennett] mas levar o jazz a uma audiência inteiramente nova. Na realidade é dar ao Jazz a importância que ele merece, que é o nosso maior respeito e admiração".

Gaga e Bennett trabalharam na confecção do disco por dois anos, e trazem versões para grandes canções do American Songbook, desde Sophisticated Lady, de Duke Ellington até Lush Life de Billy Straihorn, passando por Anything Goes, de Cole Porter.

"Além de ter o mundo a seus pés neste momento, ela tem um vasto grupo de jovens que a idolatram e que nunca ouviram músicas de Jazz populares, música clássica americana", disse Bennett numa entrevista à parte. "E minha ambição ao fazer este álbum foi permitir a essa audiência se aproximar dessa música".

Belas e sábias palavras do veterano. E também da musa pop com esse vastíssimo ibope planetário (ela afirma cantar jazz em casa desde os 13 anos - tem 28 -, e que pretende gravar outros discos exclusivamente jazzísticos). Corroboram, com essa sua atitude, a minha humilde posição a respeito disso aqui no blog, pois sempre defendi a entrada de novos intérpretes - por menos qualificados que fossem para fazê-lo, caso típico da nossa Sandy que ousou, mesmo sem "estrada" jazzística, total domínio vocal ou mesmo o swing necessário interpretar temas jazzísticos em um dos seus últimos CDs -, na esperança de que atraíssem para o estilo algumas gerações de jovens que só ouviram lixo desde que nasceram. 

A atitude de Gaga e Bennett de honrar como deve ser honrada a arte jazzística - a única 100% norteamericana -, vem dando resultados positivos pois há uma grande repercussão na imprensa sobre o seu CD, que já foi resenhado por inúmeras publicações para o público mais jovem, como a revista Rolling Stone, os diários Newsday e USAToday, além da ABC News, a CBS News e a rede MTV, dentre inúmeros outros veículos de mídia de todas as categorias dos EUA e do resto do planeta.

Se isso não é uma empurrão na direção da revalorização do Jazz, teremos de aguardar os Rolling Stones decidirem tocar Moanin' num próximo concerto. Ou Justin Bieber cantar Strange Fruit

MESTRE LOC NO JB DE 20/9/14

O nosso Mestre resenha em sua coluna do sábado passado, a mágica que David Feldman - que fez um concerto inesquecível numa das jazz nights que o CJUB promoveu no finado Mistura Fina - imprime ao seu instrumento.


David Feldman reaparece em álbum solo

Por Luiz Orlando Carneiro

O novo CD solo de David Feldman intitula-se simplesmente piano. “Assim mesmo, com 'p' minúsculo, pois não se refere apenas ao seu instrumento, mas é a verdadeira tradução da sonoridade impressa a este disco, que traz um clima intimista, sereno e suave”, conforme se lê no release do álbum, que tem show de lançamento marcado para o próximo dia 14 de outubro, no Espaço Tom Jobim, lá no Jardim Botânico.

No entanto, não se deve concluir que esse recital de 10 peças, gravado em outubro do ano passado, tenha algo a ver com smooth jazz ou background music. Ou que esteja limitado ao termo piano como notação musical segundo a qual determinada partitura – ou parte dela – tenha de ser tocada suavemente em termos de volume.

Já escrevi neste espaço que David Feldman, hoje com 36 anos, alia a uma postura concertística e a uma técnica apurada – buriladas na New School of Jazz and Contemporary Music, Nova York – aquela ideia de que o jazz é basicamente o “som da surpresa”. Mestre Paquito D'Rivera dele disse: “Desde o início, sempre notei o refinado timing, a bela concepção lírica e o impecável pianismo de David Feldman. É muito fácil apaixonar-se por sua extraordinária musicalidade”.

Com duração total de 56 minutos, piano tem como temas seis originais do pianista e quatro joias do cancioneiro brasileiro: Primavera(3m40), Carlos Lyra/Vinicius de Moraes; Sabiá (6m45), Tom Jobim/Chico Buarque; Conversa de botequim (4m45), Noel Rosa/Vadico; Tristeza de nós dois (4m55), Maurício Einhorn/Durval Ferreira.

Estas peças são interpretadas com o toque delicado e meditativo que pedem, mas com a sutileza melódico-harmônica que caracteriza a arte de Feldman. A exceção, é claro, é a versão, com irresistível balanço (ou swing) da Conversa, de Noel Rosa, gravada em overdub (duo do pianista com ele mesmo, em gravações sobrepostas).

O macete do overdub é repetido em Esqueceram de mim no aeroporto (5m05), original do ás do teclado bem apimentado por inesperadas e saborosas dissonâncias.

As demais composições de David Feldman são: O latido do cachorro (5m15), de concepção bem original, assimétrica, com referências explícitas e implícitas a Rhythm-a-ning, um dos hipnóticos temas de Thelonious Monk; Chobim (4m30), um “prelúdio” chopiniano em homenagem a Tom Jobim; a balada Tetê (5m25); a mais especulativa Bad relation (7m), um marcante tema que vai e volta com obstinação; Intro/Sliding ways (8m25), a peça romântica, piano, mais longa do disco.


As faixas já estão à venda no iTunes.

CRÉDITOS DO PODCAST # 225

23 setembro 2014

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
GRAVAÇÕES LOCAL e DATA
BLUE MITCHELL
Blue Mitchell (tp,ldr), Clark Terry (flh), Julius Watkins (fhr), Jerome Richardson (sa), Jimmy Heath (st,arr), Pepper Adams (sbar), Wynton Kelly (pi), Sam Jones (bx) e Albert "Tootie" Heath (bat)
WEST COAST BLUES
(Wes Montgomery)
New York, 7/março/1962
HOOTIE BLUES
(Charlie Parker / Jay McShann / Walter Brown)
Blue Mitchell (tp), Curtis Fuller (tb), Johnny Griffin (st), Wynton Kelly (pi), Wilbur Ware (bx) e Philly Joe Jones (bat)
BIG SIX (William Boone) 
New York, 3/julho/1958
THERE WILL NEVER BE ANOTHER YOU
(Harry Warren / Mack Gordon)
JAMPH (Curtis Fuller)
Blue Mitchell, Burt Collins (tp), Julian Priester (tb), Jerry Dodgion (sa), Junior Cook (st), Pepper Adams (sbar), McCoy Tyner (pi), Gene Taylor (bx),Al Foster (bat) e Jimmy Heath (arranjo)
TOGETHERNESS
(Horace Silver)
Englewood Cliffs, N.J., 17/novembro/1967
THE FOLKS WHO LIVE ON THE HILL
(Jerome Kern / Oscar Hammerstein II) - Duke Pearson (arrj)
Blue Mitchell (tp), Junior Cook (st), Chick Corea (pi), Gene Taylor (bx) e Al Foster (bat)
MARCH ON SELMA (Blue Mitchell)
Englewood Cliffs, N.J., 14/julho/, 1965
ELLA FITZGERALD
Ella Fitzgerald (vcl) e Joe Pass (gt)
STORMY WEATHER
(Ted Koehler / Harold Arlen)
Jazz-Club Hannover, Alemanha, 1975
MARCUS ROBERTS
Marcus Roberts (pi), Roland Guerin (bx) e Jason Marsalis (bat)
COUNTRY BY CHOICE (Marcus Roberts)
Jazz Marciac Festival, França, 2009
JACK TEAGARDEN
Jack Teagarden (tb), Matty Matlock (cl), Eddie Miller (st), Stan Wrightsan (pi), George Van Eps (gt), Phil Stevens (bx) e Nick Fatool (bat).
LOVER (Lorenz Hart / Richard Rodgers)
Stars Of Jazz - New York, 1956
B G
MICHAL WIERBA (pi), Klaudiusz Klosek (tp), Marcin Kaletka (st), Andrzej Swies (bx) e Sebastian Kuchczynski  (bat)
TROUBLE IS MY BUSINESS
(Don Miller / Jeff Driskill )
Katowice, Polônia, 13/abril/2008  

ALGUMAS POUCAS LINHAS SOBRE A
GUITARRA E OS GUITARRISTAS  -  30
AL DI MEOLA guitarrista, compositor e produtor discográfico norteamericano, nasceu na cidade de Jersey, estado de New Jersey (que também abriga as sempre citadas e famosas cidades de Atlantic City, Hackensack, Jackson, Madison, Ocean City, Vineland e mais 296 outras), no dia 22 de julho de 1954 em família descendentes de napolitanos.
Em seu lar ouvia-se todo tipo de música, particularmente os clássicos italianos, maior paixão do pai.
Com a idade de 05 anos Di Meola interessou-se inicialmente pelo acordeom, escolha lógica para o núcleo familiar, logo após pela bateria, para aos 07 anos passar a dedicar-se à guitarra em muito influenciado pelo “rock” do final dos anos 1950 e início dos 1960.
Chegou a encantar muitos colegas e seus respectivos pais tocando em orquestras infantis.
Seu professor musical foi Bob Aslanian, guitarrista de JAZZ, grande incentivador para que ouvisse, estudasse e tocasse os mais diversos gêneros, aí incluídas a música erudita, o JAZZ e a bossa nova.     
Esse tipo de incentivo foi particularmente interessante para Di Meola, já que além de despertar-lhe para novos, musicalmente melhores e mais amplos horizontes que o “rock” e o “pop” então e infelizmente próprios de sua idade, dotaram-no de rígida e continuada  disciplina diária e de técnica progressivamente mais acurada, assim como de excelentes velocidade, destreza e fraseado.
Está claro que mesmo ouvindo e praticando “standards” tocados por guitarristas clássicos do JAZZ como Tal Farlow (Greensboro / Carolina do Norte, 07 de junho de 1921) e Kenny Burrell (Detroit / Michigan, 31 de julho de 1931), essa não era a seara preferida pelo jovem Di Meola, que em suas apresentações de adolescente, tal como os de sua geração, executava os “sucessos” de Eric Clapton (Ripley / Surrey, Inglaterra, 30 de março de 1945) e Jimmy Hendrix (Seattle / Washington, 27 de novembro de 1942), mas já exibindo muito de sua técnica, avançada em relação aos colegas de sua idade, além de maior diversidade de temas e de estilos.
Em determinado momento sentiu-se atraído pela música “country” e pelo estilo “picking” de “Doc” Watson (Arthel Watson, 02 de março de 1923, Carolina do Norte, ganhador do “Grammy” de 1973 e de 1974 pelos “Best Ethnic Or Traditional Recording” e que gravou intensamente até 1986), adotando a tendência de “seguir” na guitarra a Chet Atkins, somente não prosseguindo na cauda dessa influência por, em determinado instante e com 16 anos, ouvir a Larry Coryell (Galveston, Texas, 02 de abril de 1943).
Passou a ser viajante constante de ônibus de Jersey para New York como meio de poder seguir as atuações de Coryell pelos clubes de New York, conseguindo tocar com ele para poder, em consequência, receber seus conselhos e ensinamentos e tornarem-se amigos.     Por essa época Coryell já participava de experiências com o vibrafonista Gary Burton (Anderson / Indiana, 23 de janeiro de 1943), na busca de empobrecer o JAZZ misturando-o com “rock”.
Terminados seus estudos básicos com 17 anos em 1971, Di Meola ingressou no “Berklee College Of Music” de Boston, passando a residir em pequeno apartamento local, mas após poucos meses desligou-se e passou a integrar o grupo de Barry Miles.
Retornou à “Berklee” estudando arranjos e com 20 anos e em 1974 recebeu desde New York o convite de Chick Corea (Chelsea / Massassuchets, 12 de junho de 1941) para ensaiar com sua formação e de Stanley Clarke (Filadélfia / Pensilvânia, 30 de junho de 1951), a “Return To Forever”;   desse ensaio resultou seu ingresso no grupo substituindo o guitarrista William “Bill” Connors (Los Angeles / Califórnia, 24 de setembro de 1949, portanto 05 anos mais velho que Di Meola).
Estréia gloriosa e até 1976, portanto por cerca de 03 anos, multiplicaram-se as temporadas e as gravações, levando Di Meola a ombrear-se com as “estrelas” do apelidado “jazz.rock”, então Steve Gadd, Jan Hammer, Jaco Pastorius e Mingo Lewis, assim como com os “top” da guitarra:  Les Paul (Waukesha / Visconsin, 09 de junho de 1915), Paco de Lucía (Francisco Sanches Gómez, Algeciras / Cádiz, Andaluzia na Espanha, 21 de dezembro de 1947)  e John McLaughlin (Kirk Sandall / Yorkshire, 04 de janeiro de 1942).
Foi a fase mais, digamos assim, “popular” do “Return To Forever”, então com público seguidamente crescente, ávido pelo som da banda servindo de base para as composições  de Chick Corea. 
Por ocasião do lançamento da gravação “Romantic Warrior” a banda chegou a tocar em Filadélfia (no “Spectrum”) para público próximo a 10 mil pagantes, quantidade recorde para os padrões então vigentes.
A banda tocou em Paris para público superior a 20 mil espectadores e no Central Park para mais de 15 mil presentes.
Segundo o baixista Stanley Clarke em declaração para a revista “Down Beat”, a banda era admirada pelo que “tocava”, sem necessidade de pirotecnias e acrobacias, como era costume nas apresentações das bandas de “rock”.
Al Di Meola e Stanley Clarke desligaram-se do “Return To Forever” para seguir suas carreiras-solo, desde logo com maiores frutos para Di Meola com a gravação de seus álbuns “Land Of Midnight Sun” (primeiro álbum-solo de Di Meola) e “Elegant Gipsy” (com Paco de Lucia), ambos de 1976, “Casino” (com Les Paul) de 1977 e “Splendid Hotel” de 1979.
É exatamente com os já citados Paco e McLaughlin que Di Meola formou um trio no início dos anos 1980, com enorme reconhecimento e entusiasmo do público e da crítica, esta considerando-o o “guitarrista mais rápido que a própria sombra”.  Este trio gravou os álbuns  Friday Night in San Francisco”,  The Guitar Trio  e  Passion, Grace and Fire.    Esse trio de sucesso teve a duração de praticamente 03 anos, com seguidas apresentações em universidades, teatros e locais com grandes capacidades de público.  
Di Meola teve oportunidade prática no contato com esses outros 02 guitarristas de aprofundar-se na música latina, ai incluídos o “flamenco” e a música brasileira.
A essa altura Di Meola decidiu que nada mais tinha a demonstrar sobre o terreno musical até então trilhado, passando a tocar com sobriedade, de forma menos “cerebral” e mais elaborada.    Como ele mesmo definiu, “passou a executar sua música buscando o equilíbrio entre o cérebro e o sentimento”.
Aderiu à instrumentação eletrônica (sintetizadores), claro que ganhando recursos técnicos mas logicamente perdendo sua sonoridade pessoal.   Foi como se iniciasse uma segunda carreira, bem mais madura, sem exibicionismos naturais de sua anterior pouca idade e que podem ser notados em Larry Coryell e John McLaughlin, por exemplos.
É um virtuose vertiginoso, buscando harmonias e concepções rítmicas audazes, sempre bem inspirado, de toque sensual e exótico que, com certeza, tornam seu “discurso” bem pessoal e singular.
Segundo muitos críticos Al Di Meola não é um guitarrista de JAZZ, com certeza em função de seu largo período internado nos limites da “fusion” e da “world music”. 
Na realidade e em nossa particular opinião o que ouvimos em Di Meola são suas linhas melódicas, explorações harmônicas e capacidade de improvisações, o que se não é JAZZ, digamos “clássico”, com certeza reúne muitos dos seus atributos.   Ele é, antes de tudo e ao largo de escolas e de estilos, um GUITARRISTA.
Di Meola prossegue atualmente em franca atividade, podendo anotar-se a partir de sua agenda os seguintes compromissos, por exemplos:   no Opera House de Viena / Austria,  no Festival “La Milanesiana” realizado no Teatro Dal Verme em Milão / Itália, no “Ljubljana Festival” em Ljubljana / Eslovenia, em Hamburgo / Alemanha, em duo com Gonzalo Rubalcaba em Gent / Bélgica e em Reims / França, no Aspendos Amphitheatre de Antalya e no Cesme Alacati Amphitheatre de Cesme-Izmir / Turquia, no Palácio de la Opera em La Coruña / Espanha e no Kulturufer de Friedrichshafen / Alemanha.    Portanto uma alentada agenda para os 60 anos de Di Meola.
Algumas das principais gravações de Al Di Meola são:
-        “Touchstone”, 1970, com Chick Corea;
-        “No Mistery”, 1975, Polydor, com Chick Corea;
-        “Elegant Gipsy Suite”, 1976, CBS, com Paco de Lucia;
-        os 03 albuns citados anteriormente com Paco de Lucia e John McLaughlin;
-        “Electric Rendez-Vous”, 1982;
-        “Cielo e Terra”, EMI / Capitol, 1984;
-        “Tirami Su”, EMI / Capitol, 1987;
-        Orange And Blue”, Bluemoon, 1994;
-        “The Great Passion:  World Sinfonia”, Telarc, 2000;
-        “Vocal Rendezvous”, SPV, 2006.
Di Meola pode ser visto nos DVD’s:
-        “Live At Montreux 1986/1993”, Eagle Vision, 2004;
-        “Al Di Meola - 1992”, WBP, 2005;
-        “The Super Guitar Trio In Concert – Live 1990”,  TDK, 2205.
Para ler um pouco mais sobre Al Di Meola recomendamos (01) “Al Di Meola”, volume 18 da coleção “Folha Clássicos do Jazz” (texto preciso e conciso de Carlos Calado, 2007, 60 páginas, mais CD encartado com 09 faixas, 06 das quais da autoria de Di Meola) e (02) “Dictionnaire Du Jazz” (Philippe Carles, André Clergeat e Jean-Louis Comolli, 1988, Editions Robert Laffont, S.A., Paris, 1350 páginas), com excelente verbete sobre Di Meola.
Retornaremos à guitarra e aos guitarristas em próximo artigo.

apostolojazz@uol.com.br

 

FESTIVAL DE JAZZ EM MONTEREY

21 setembro 2014



Na noite de 19 deste mês começou o 570  Festival Internacional de Jazz de Monterey.
Entre os músicos mais proeminentes que abriram o evento estão:  Herbie Hancock, Cécile McLorin Salvant, Robert Glasper, Melissa Aldana, Harold Mabern, Charles Lloyd e Christian McBride.

Nos próximos dias, vão participar, entre muitos outros, Brooker T. Jones, Aaron Diehl, Billy Childs, Jason Moran, Pete Escovedo, Donald Brown, Next Generation Jazz Orchestra, Jon Batiste, Marcus Miller, Brian Blade, Harold López-Nussa Ambrose Akinmusire, Delfeayo Marsalis, Ellis Marsalis, Jimmy Lyons.

No festival haverá muitas palestras e discussões sobre músicos lendários, tendências do jazz, etc, bem como um "teste cego", no qual músicos devem identificar os seus colegas nas gravações onde não são ditos maiores pormenores. O festival é realizado em oito locais diferentes da cidade.

(adaptado do Noticiero de Jazz)

ADEUS A KENNY WHEELER


O trompetista de jazz Kenny Wheeler morreu em Londres aos 84 anos de idade.
Wheeler nasceu no Canadá, mas viveu a maior parte de sua vida na Grã-Bretanha, mas também passou períodos nos EUA. Trompetista refinado, Wheeler foi também compositor, arranjador de grandes grupos de jazz.
Estudou  no Conservatório de Toronto em 1952 e se mudou para Londres, onde tocou com os “gigantes” britânicos  -  Ronnie Scott e Tubby Hayes.
Uma de suas características em sua forma de tocar (trompete e flugelhorn) foi a sutileza com belas frases improvisadas que apesar de sua complexidade pareciam simples. Foi muito versátil, podendo ser facilmente enquadrado entre os estilos pós-bop, big band, fusion e avant-garde.
Em 1958, ele abriu o caminho para os EUA quando tocou com a banda do britânico John Dankworth no Festival Internacional de Jazz de Newport, o mais importante naqueles dias. Depois gravou e tocou com músicos de destaque, entre eles Keith Jarrett, Bill Frisell, Jack DeJohnette, Steve Coleman, John Abercrombie, Ralph Towner e outros.
Sua fama mundial foi alcançada ao integrar o quarteto TITAN FREE-JAZZ, de Anthony Braxton, entre 1971 e 76.
Depois disso, ele realizou muitos projetos com Big Bands de som contemporâneo e com suas composições. Ele também foi um educador notável  com  permanência na prestigiosa  Royal Academy de Londres.
Ele deixou gravado 24 álbuns com o seu nome e 60 como parte de outros conjuntos.
Enquanto ele estava com a saúde muito ruim foi visto no Festival de Cinema de Londres, há dois anos, e era notória sua fragilidade.

Kenny Wheeler recentemente havia sido hospitalizado em Londres.
(adaptado do Noticiero de Jazz)

P O D C A S T # 2 2 5

19 setembro 2014


BLUE MITCHELL
MARCUS ROBERTS


JACK TEAGARDEN


PARA BAIXAR O ARQUIVO DE ÁUDIO:

http://www.divshare.com/download/26132730-045

ADEUS A JOE SAMPLE

16 setembro 2014


O pianista, tecladista e compositor Joe Sample morreu em sua casa em Houston, aos 75 anos devido a  insuficiência cardíaca e câncer de pulmão.
Sample foi co-fundador do The Jazz Crusaders, onde floresceu como solista e compositor. Crusaders foi um grupo de música popular no início de 1970 ficou conhecido por amalgamar jazz, pop, R&B e soul. Desde 1961, mais de quarenta álbuns foram creditados ao grupo (alguns ao vivo e outras compilações), dos quais 19 foram registrados sob o nome  "The Jazz Crusaders" (1961-1970).

Sample evoluiu do hard-bop para formas de rhythm & blues e soul.
Em 1960, após o término de alguns grupos da base de Houston de curta duração chamados The Swingsters e os Hawks Nite, Joe Sample (piano), Stix Hooper (bateria), Wilton Felder (saxofone) e Wayne Henderson (trombone), mudou-para Los Angeles. Depois de mudar o nome para "The Jazz Crusaders", o grupo assinou com a Pacific Jazz Records, onde permaneceriam durante toda a década de 1960.
O grupo encurtou seu nome para "The Crusaders" em 1971, e adotou um estilo jazz-funk, incorporando o baixo elétrico e a guitarra elétrica em suas músicas.
Em 1975, após o lançamento do seu álbum  28 (o seu nono como The Crusaders), Henderson deixou o grupo para seguir uma carreira em tempo integral como produtor. Sua partida criou um vazio, mudando permanentemente o caráter do grupo. Outro membro fundador, Hooper, deixou o grupo em 1983, sinalizando o fim de período mais popular do grupo.
Mais três álbuns foram gravados em meados dos anos 1980; no entanto na década de 1990, The Crusaders, em sua maior parte, tinha se dissolvido, com uma discografia completa.

Joe Sample se apresentou com inúmeros músicos de jazz inclusive de  outras várias tendências em sessões de gravação, turnês e concertos,  incluindo: Quincy Jones, Beach Boys, Kenny Burrell, Eric Clapton , Miles Davis, Marvin Gaye, Milt Jackson, Steely Dan, Joni Mitchell, as Supremes, Rod Stewart, Albert King, Willie Nelson, James Brown, Queen Latifah, Freddie Hubbard, Joe Cocker, Al Jarreau, Aaron Neville, Donald Byrd, o Mamas and the Papas, George Benson, BB King, Buddy Rich, Ella Fitzgerald, dentre outros.
(Adaptado do Noticiero de Jazz)