Nosso Mestre LOC já disse tudo o que rolou nesta edição do festival em sua coluna no JB nesta segunda-feira (aí em cima).
É inegável que o festival de Ouro Preto é um marco no nosso calendário musical e desta vez a estrada ficou pequena frente aos shows que assistimos. Nossos confrades Mauro, Gilberto, Pedro e Ivan também estavam presentes e provavelmente vão colocar suas impressões por aqui. E mais uma vez a oportunidade de encontrar com Wilson Garzon (
clubedejazz.com.br) e o grande Salsa (
jazzigo.blogspot.com).
Pena que o festival começou na quinta-feira e lamento não ter acompanhado o show de Joshua Redman (pra mim o número 1 hoje) que, como disseram nossos amigos presentes, salvou o show do (ainda) prodígio pianista russo Eldar. Mas a sexta-feira não ficou por menos, desde a abertura da noite com o grupo Rabo de Lagartixa (que não assisti inteiro, cheguei no meio do show) liderado pelo sax carioca de Daniela Spilzman. Bonito show e que já teve a participação mais que especial da clarineta de Anat Cohen e um repertório de Villa Lobos com a roupagem do choro carioca. Bom show, gostei !
Os 3 Cohens deram uma aula de jazz, sobrou swing para todo lado. Anat Cohen novamente em cena ao lado dos irmãos Avishai e Yuval mais o grande pianista Aaron Goldberg e o excelente contrabaixista Matt Penman, este que assisto pela terceira vez este ano e sem dúvida um dos gigantes da cena nova iorquina no instrumento. Show nota 10!
Regina Carter fez um show viajandão com um repertório com elementos cajun passeando pelas atmosferas indiana e africana. Não foi uma apresentação jazz, mas eu curti o som.
Meia noite no relógio e não tinha nenhuma cinderela por perto mas o trio do baterista Antonio Sanchez literalmente fez a casa cair. David Sanchez não veio e o sax alto de Miguel Zenon voou alto. Essa formação sax-contrabaixo-bateria é ousada e foram 5 longos temas e não sobrou espaço vazio. Show nota 10!
Sabado começa devagar com o show da cantora Mariana Machado que resolveu focar num repertório les français, cheguei mais tarde também e na hora que ela chamou a participação do sax de Chico Amaral para a interpretação de Nice work if you can get it, saí em seguida.
Voltei para a espantosa apresentação da bela Nnenna Freelom que fez um show primoroso. Baladas para despertar todo tipo de sentimentos. Show nota 10!
Jon Hendricks é uma figura, 89 anos e está melhor que muita gente por aí com metade da idade. Como ele mesmo apresentou, um show Hendricks, Lambert & Ross redo. Um contrabaixista espetacular (que não peguei o nome) que deu uma aula de arco e pena que o violonista Paul Meyers não estava com uma guitarra acústica (acho que cairia melhor ali) mas é um grande músico, mostrou boa digitação e aplicação das vozes harmônicas de forma soberba.
E chega o fim do festival com 1, 2, 3 trompetes da melhor qualidade no palco - Jon Faddis, Roditi e Terell Stafford fizeram um show eletrizante, pra deixar saudade.
Nosso colega
Salsa tem uns videozinhos gravados da platéia disponibilizados no YouTube.
É isso, ano que vem tem mais !
Valeu.
7 comentários:
Ainda esta semana, eu postarei a bela versão de Skylark defendida pela sensualíssima Nnenna Freelom e mais alguma coisa dos outros shows do restante da noite.
Aleluia, irmão!
Gusta, que quase me convenceu a voltar ao Tudo é Jazz, mas desta vez preferi esperar suas impressões e aqui vão as minhas;
Joshua salvar a apresentação do chato do Eldar, não é nenhuma surpresa e como diz o nosso Couto, como gosta de jogar notas fora...
Rabo de Lagartixa já pelo nome não me pega e os Cohens viraram arroz de festa em Ouro Prêto, e são de fato um ponto alto na minha opinião, principalmente pela atual musa do Bragil a Anat, e acho ainda o Avishai muito criativo e ótimo compositor.
Regina Carter assisti ano passado em São Paulo no Auditório Ibirapuera e confesso não ter sido a razão da ponte aérea.
Antonio Sanchez e o virtuoso Miguel Zenon, são para empolgar.
Mariana Machado não conheço mas Nnenna Freelon é meio barro meio tijolo, faz apresentações bastante boas e outras pífias, como seus cd's, bem irregulares.
Jon Hendricks do alto dos seus quase 90 anos serve de exemplo, para mostrar que musica boa não tem idade e merece sempre o nosso maior respeito.
Jon Faddis , Roditi e Stafford devem ter feito tremer o teatro e valem a ida a qq festival de jazz, inclusive o de Ouro Prêto com suas ladeiras e inúmeras igrejas.
Parabéns Guzz pela sua ótima resenha.
Valeu !!!
Sá
Desta vez não fui; enquanto insistirem com quatro shows por noite estou fora. A gente tem que pagar pelos quatro mesmo que assista só a dois deles... Será que estou sozinho nessa?
De qualquer forma, com a cobertura feita pelo Guzz, Salsa e o mestre LOC, já deu pr avaliar o evento.
figbatera, em outros tudo é jazz somente 3 shows, esse ano começou as 18 hs ninguem chega e as 24 hs ta tudo mundo indo embora.....q pena mesmo........bom acho q em 2011 isso será corrigido pela maria alice.......
Ué, este ano esqueceram de programar a famigerada Martinália!!
Que falha imperdoável !
Jorge, na primeira vez que eu fui (2007) tb foram 4 shows; e acontecia isso mesmo: no primeiro o no último quase ninguém...
Tomara mesmo que mudem esse esquema para 2011. Inclusive pode baratear ocusto dos ingressos. Vamos aguardar!
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