
Sem ser essencialmente uma cantora de Jazz, Lena Horne esporadicamente ingressava no setor, participando de musicais, filmes e shows. Ganhou notoriedade quando surgiu no filme “Stormy Weather”,com elenco só com artistas de cor, cantando a canção título que foi o seu maior sucesso.
Esteve no Brasil em 1960, apresentando-se no Copacabana Pálace em 28,29 e 30 de junho. Seu trio integrado por Benny Aronov (p)- Stuart Wheeler(b) e Frank Dunlop (dm) atuou em movimentada Jam Session no Clube Central de Niterói no dia 29.
Em 1940 foi vocalista da banda de Charlie Barnett, mas logo desistiu face ao racismo que imperava na época. Casou-se com Lennie Hayton, pianista, maestro e compositor branco, só que o enlace se deu em Paris e demorou a ser divulgado.
No musical “The lady and her music”, onde contava e cantava sua carreira, que esteve em cartaz durante um ano na Broadway e em Londres, a artista obteve o prêmio “Tony”
que se juntou aos dois “Grammys” que obtivera com seu trabalho fonográfico. Lena Horne faleceu em 16 de maio aos 92 anos de idade.
RIP
Um comentário:
Mestre LULA:
"Mesmo não sendo uma cantora de JAZZ", conforme suas palavras, "mas com muita classe", sigo eu, LENA destacou-se, mais que pela beleza, pela perfeita dicção e fraseado, como podemos assistir no DVD da Blue Note "An Evening With Lena Horne", gravado no "The Supper Club" de New York em 19/09/1994.
Ao lado de Donald Harrison / tenor, Mike Renzi / piano, Rodney Jones / guitarra, Ben Brown / baixo e Akira Tana / bateria, LENA já com 76 anos dá o recado em clássicos como "Something To Live For", "Just Squeeze Me", "April In Paris", "I've Got The World On A String", "Just One Of Those Things" e outros.
Uma senhora Lady, com fino senso de humor e extrema correção no cantar e no viver.
Uma pena seu passamento, mas deixou-nos um belo legado...
Postar um comentário