Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 56 – CANTORAS DE BLUES 4 - MA RAINEY

30 abril 2009

Gertrude Malissa Nix Pridgett nasceu a 26/abril/1866 na Georgia em uma família ligada ao "showbiz" se apresentando em minstrels shows. Sua primeira atuação em um palco foi aos 12 anos cantando e dançando em uma revista do teatro vaudeville intitulada - A Bunch of Blackberries.
Em 1902 casou-se com o cantor e dançarino William "Pa" Rainey e a partir daí passou a ser conhecida como a "Ma" Rainey. Atuaram juntos em canções populares e nos Blues excursionando pelos EUA, primeiramente pelo sul como uma popular atração do Tolliver's Circus. A partir de 1915 participa de várias excursões pelo circuito T.O.B.A.
Em 1923 grava seus primeiros discos em Chicago para a Paramount Records acompanhada da pianista Lovie Austin e do trompetista Tommy Ladnier, e conseguiu registrar mais de 100 canções entre 1923 e 28 nas quais foi acompanhada por muitos notórios músicos de Jazz como: Louis Armstrong, Joe Smith, Fletcher Henderson e Coleman Hawkins.
No início dos anos 20 encontra-se com a excepcional Bessie Smith em espetáculos do T.O.B.A. debutando no grupo Florida Cotton Blossoms na peça musical Extravaganza tornando-se amigas. Bessie de certa forma foi uma protegida de Ma Rainey durante um tempo. Ma Rainey foi cognominada como ― Mother of the Blues.
Continuou trabalhando até 1935 quando se aposenta e fixa residência em Rome, Georgia. Trabalhou na gerência de 2 teatros. Faleceu em 1939. Considerada como a melhor cantora de Blues após Bessie Smith possuíndo uma bela voz de contralto, cheia, com um majestoso acento muito próprio para o sentimento dos Blues. Dentre seus inúmeros sucessos se destacam:

See See Rider Blues (Ma Rainey / Lena Arant) – Louis Armstrong (cornet), Buster Bailey (cl), Charlie Green (tb), Fletcher Henderson (pi), Charliem Dixon (banjo), Kaiser Marshal (bat).
Gravação original: 16/out/1924 - New York, selo Paramount 12252 (mx 1925-1)

Oh Papa Blues (Herbert / Russell) - Ma Rainey and Her Georgia Band - Shirley Clay (tp), Kid Ory (tb), Claude Hopson (pi), banjo e tuba desconhecidos.
Gravação original: 27/ago/1927 - Chicago, selo Paramount 12566 (mx 4692-1)

Fonte: CD – Madam Gertrude “Ma” Rainey -1923 -1928 - Giants Of The Jazz Collection –junho/ 2006 – Brasil.



Subscribe Free
Add to my Page

AQUI JAZZ ! CURTA METRAGEM

27 abril 2009



Curta produzido no terceiro semestre da faculdade de produção audiovisual da PUCRS.

MESTRE MAJOR NO CALENDARIO

24 abril 2009

Por uma hora, apenas uma hora, perdi a chance de saudar o Mestre na data exata de seu aniversario. Mas, nobre motivo, estava no teatro. Bem, quase. Estava num teatro, na Gavea, assistindo a alguns bons humoristas - alias, o pais esta' cheio deles, a maioria esmagadora em Brasilia...

Mas ainda estou de bom humor e sem querer arriscar-me a perde-lo, aproveito para mandar esta mensagem pro Mario Jorge Jacques, nosso MaJor: muita SAUDE & TEMPO, para aproveitar a sua vida plenamente, arrodeado da familia e dos discos tempo.

Parabens pra voce!!!

Abracos.

GUITARRISTAS, JAKE LANGLEY

22 abril 2009

Pouco se fala sobre guitarristas por aqui, e por ali também. Então vou colocar em foco alguns destes brilhantes músicos que sempre aparecem como sideman e geralmente “roubam a cena” como é o caso de Jake Langley.
Pois é, e quem viu a apresentação do Joey deFrancesco no Tim Festival pelas nossas praias sabe do que estou falando e aposto que ficou questionando quem era aquele albino de cabelo ruivo abraçado a uma Gibson Birdland com um timbre e fraseado impecáveis. E o cara chegou ao grupo de Joey deFrancesco para substituir o colega Paul Bollenback, e veio pra ficar.

Jake Langley é canadense e possui 4 discos solo, em todos sempre acompanhado pelo groove de um Hammond ao estilo que classificamos como organ trio cujo formato teve muito destaque nos 60' geralmente liderado pelo Hammond de Jimmy Smith ou pela guitarra de Grant Green.
E uma das grandes gravações deste formato foi com McLaughlin, deFrancesco e Elvin Jones em tributo a Coltrane no disco intitulado "Take the Coltrane", vale conferir.

Jake Langley tem o swing na guitarra, como poucos, sua técnica reflete o blues com a destreza de um Kenny Burrell e uma forte influência de Wes Montgomery, como todos os grandes guitarristas que fluem pela praia do jazz, e o mais desafiador que é tocar em uptempo, não é pra qualquer um.

Wynton Marsalis disse certa vez que guitarra não é instrumento pro jazz argumentando que é um músico de sonoridade acústica e a guitarra exige amplificação justificando a ausência do instrumento em sua música, assim como para o jazz. Até onde Wynton tem razão ?

2 temas na radiola -
Gibraltar (Joey DeFrancesco no Hammond e Terry Clarke bateria);
Jingles (Joey DeFrancesco no Hammond e Byron Landau bateria);

Som na caixa !

QUIET NIGHTS: DIANA KRALL ARREPIANDO

19 abril 2009

Lançado no último dia 31 de março, o mais recente CD da louraça canadense, pianista de mãos cheias e cantora de voz aveludada, é capaz de derreter as mais empedernidas e gélidas almas de seus críticos. Com uma atenção mais do que especial para temas brasileiros, como Corcovado/Quiet Nights (faixa 9) que dá nome ao disco, em que figuram ainda a versão The Boy From Ipanema (faixa 4), Este Seu Olhar (faixa 7) e So Nice (versão de Samba de Verão, na faixa 8), ocupando um terço do total, Mrs. Costello desfia as faixas com uma "caliência" capaz de levantar defuntos. Até a faixa em "portugues", Este Seu Olhar, levada com uma delicadeza extrema em contraponto às inevitáveis falhas de pronúncia - erro constante em interpretações de cantores estrangeiros querendo agradar aos conterraneos dos compositores - "passa" bem.

É esperada a renitência de parte da imprensa especializada em admitir as qualidades de Diana, taxando-a de oportunista, comercial, utilizadora de sua imagem de beleza e sensualidade para vender discos, relegando-a a um segundo plano perene, dentro do panorama jazzístico. Que falem, mas ainda desta vez ela excede, fazendo com que aqueles que compram seu disco acertem no pleno se estiverem em busca de algo que lhes revista momentos (tardes e noites, mais especificamente, acho) de amor, romance ou conquista com algo absolutamente sofisticado e de alta qualidade, tanto em termos vocais quanto instrumentais.

No mundo atual, permeado de mudanças e avanços em velocidade cada vez mais vertiginosa, seu trio, e a orquestra arranjada eficientemente por Claus Ogermann (que dispensa apresentações), atuam de modo a permitir que sua voz esteja sempre no primeiro plano, enfeitiçando e cativando os ouvidos a cada frase, sem pressa e sem pressão, tudo fluindo com uma placidez elegante, jamais beirando a pieguice, o meloso ou a simplificação. Não há, mesmo em batidos standards que já ouvimos bastante ao longo da vida, nenhuma tentativa de criar algo novo, com "marca própria", senão expressá-los com um vagar proposital, deliberado, entregando aos ouvintes relaxadas versões tanto para clássicos da bossa-nova como algumas suntuosas baladas, muito bem pinçadas no universo da canção norte-americana, e capazes de inflamar corações, mesmo aqueles menos suscetíveis. Destaques para a linda I've Grown Accustomed to His (Her, no original) Face, You're My Thrill, e Walk on By, esta última arrepiando até os pelos do calcanhar.
Mesmo a popular How Can You Mend a Broken Heart ganha uma versão sofisticada que a retira da parada pop e a põe numa prateleira mais alta.

É música para se amar (e ser amado/a, claro). Sem pressa.

DIANA KRALL - QUIET NIGHTS
Verve - B001K3JF7K

1. Where Or When, 4:09
2. Too Marvelous For Words,
3. I've Grown Accustomed To His Face, 4:46
4. The Boy From Ipanema, 4:53
5. Walk On By, 5:01
6. You're My Thrill, 5:47
7. Este Seu Olhar, 2:45
8. So Nice, 3:51
9. Quiet Nights, 4:45
10. Guess I'll Hang My Tears Out To Dry, 4:51
11. How Can You Mend A Broken Heart, 4:29
12. Everytime We Say Goodbye, 5:19


Depois da lembrança do Manim sobre o DVD a ser lançado, fui ao YouTube e lá estava a "monetária" diva, explicando o que nem precisava, sobre o seu envolvimento com o projeto.


MAIS FOTOS DO VELHO ARMAZEM

14 abril 2009

No dia do show da cantora francesa Manu Le Prince, foram tiradas as fotos abaixo :
1 – Ao lado de Manu e Márvio Ciribelli
2 – Confraternizando com Manu Le Prince após o show.
3 – O filho de Manu, Julien de apenas 14 anos acompanhado por Alex Rocha (b) e Guilherme Gonçalves (fora do foco) à bateria interpreta “So What” de Miles Davis com raro brilhantismo.

BOBBY WATSON , JAZZ UPCLOSE: KIND OF BLUE TURNS 50

11 abril 2009

Dando sequencia ao projeto Jazz Up Close: Kind of Blue Turns 50 no Kimmel Center, Philadelphia, quem se apresentou em 28 de março último foi o saxofonista Bobby Watson, "esse é o cara", um dos grandes nomes no instrumento na atualidade.
Neste concerto, intitulado Honoring Cannonball Adderly and John Coltrane, está acompanhado por Larry Willis piano, Curtis Lundy contrabaixo e Eric Kennedy bateria.

Deixo dois temas na radiola - Jeannine (Duke Pearson) e a balada Flamenco Sketches do clássico álbum Kind of Blue.

Em 9 de maio próximo o projeto apresenta John Patitucci, Rufus Reid e Danilo Perez no show intitulado Honoring Paul Chambers.

Som na caixa !

O QUE É MÚSICA?

07 abril 2009

As notícias correm o mundo instantâneamente com a Internet, nela se sabe de tudo, principalmente assuntos relativos à música.

Entretanto alguns fatos importantes, mesmo com a velocidade da luz da Internet, as vezes demoram a chegar a nosso conhecimento.

O texto da palestra proferida por Karl Paulnack (pianista), diretor de música do Conservatório de Boston, para os novos alunos em 2004, impressiona pela sua visão do que é música.

Esse texto está em inglês, se alguém se dispuser a traduzir acredito que será aproveitado por muita gente.

link: http://www.symphonymusicians.com/WelcomeAddressbyKarlPaulnack/tabid/87/Default.aspx

Manim

MORREU BUD SHANK



A notícia do falecimento de Bud Shank veio entristecer a todos aqueles que admiram o Jazz West Coast, já que o saxofonista era figura proeminente daquele movimento. Nascido em 1926, teve seus primeiros trabalhos nas orquestras de Charlie Barnett e Stan Kenton nos anos 40. Nos anos 50 foi um dos principais solistas do grupo “Lighthouse All-Stars” do contrabaixista Howard Rumsey e lançou com Laurindo Almeida um álbum que ainda hoje é sucesso ; “Braziliense”, sendo com Laurindo o principal divulgador da música brasileira nos “states”. Gravou Radamés, Ary Barroso, Humberto Teixeira, Romualdo Peixoto e outros mais. Fez um bom acervo fonográfico gravando nos principais selos da Costa Oeste, Contemporary e Pacific Jazz. Com Bob Cooper gravou pela primeira vez o que se chamou de experiência “Flauta e Oboé”, obtendo os melhores elogios da crítica. Nos anos 70 e 80 integrou o famoso “Los Angeles Four”, reencontrado Laurindo, Ray Brown e Jeff Hamilton. Teve várias vezes no Brasil gravando com João Donato e atuando no Chivas Jazz Festival quando tive a oportunidade de vê-lo e ouví-lo, podendo constatar que se tratava de um solista excepcional . Não foi a toa que ganhou por quatro vezes o prêmio “MOST VALUABLE PLAYER” da National Academy of Records . Ficaram gravadas em minha mente dois excepcionais números tocados por Shank naquele festival. Dois clássicos do bebop : “Bouncing with Bud” e “Scrapple from the Apple”. Bud Shank morreu de falência respiratória em 2 do corrente. RIP

PARABÉNS AO MESTRE LULA !!!

03 abril 2009

Mestre LULA escreve hoje mais um tema em seu repertório. É importante homenageá-lo nesta data, que representa para todos nós, amantes da "Arte Popular Maior", um marco de excelência.
Vida longa Mestre e que você possa receber, durante muitos e muitos anos mais, a amizade que só o JAZZ faz.
Armstrong, Eldridge, Gillespie, Parker, Phil Woods e tantos e tantos outros, presentes e/ou já em outro patamar, tão bem divulgados em anos e anos de radiofonia, com certeza estarão cumprimentando-o nesta data.

Não sei se todos já viram mas tem nova edição da Jazz Mais, número 17, nas bancas.