Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

13 novembro 2007

RETRATOS
07. HAMPTON HAWES (A)
Ao Piano Charlie Parker ......


BIOGRAFIA

Uma das últimas gravações do pianista Hampton Hawes, o LP “Hampton Hawes At The Piano”, Contemporary Records S7637, 06 faixas, gravado no estúdio da Contemporary Records (Los Angeles, Califórnia) em 14/agosto/1976, na companhia de Ray Brown e Shelly Manne, traz na contra.capa entrevista de Hampton Hawes para o produtor Lester Koenig da Contemporary, em 20/janeiro/1977 (nesse mesmo ano viriam a falecer seguidamente Hampton Hawes - 22/maio e o produtor Lester Koenig - 21/novembro). Lester Koenig perguntou a Hampton se a influência de Charlie Parker em sua música, agora estava influenciando muitos novos músicos, recebendo como resposta que sim.
Ouvir esse LP é constatar que a obra de Parker foi claramente desenvolvida nas 88 teclas por esse pianista excepcional, fonte como referência para uma série de pianistas posteriores (André Previn, Oscar Peterson, Claude Williamson, Pete Jolly, Toshiko Akiyoshi), mantendo viva a criação e a mensagem de “Bird”. Nesse LP e particularmente no tema “When I Grow Too Old To Dream” (Sigmund Romberg e Oscar Hammerstein II) Hampton Hawes desenvolve um solo à Parker que soa como homenagem, incorporação e testemunho da linguagem parkeriana, improvisando com antecipação ou atraso em relação ao tempo, muitas vezes multiplicando-o.
Sem nenhuma dúvida e mesmo com citações que lembram Nat “King” Cole ou Bud Powell (segundo Hampton e enquanto piano seu “sumo sacerdote”) e mesmo com sonoridade própria no instrumento.síntese, Hampton Hawes é “Charlie Parker ao Piano”.

ORIGENS
Hampton Barnett Hawes, Jr., Hampton Hawes, nasceu em Los Angeles / Califórnia em 13/novembro/1928 e faleceu de derrame em 22/maio/1977 (no mesmo dia de seu pai) em sua terra natal aos 48 anos.
Era o sétimo e mais novo filho do pastor da “Westminster Presbysterian Church” (que chegou ao “National Presbyterian Senate”), onde sua mãe era a pianista e desde muito criança e com certeza a partir dos 02 anos de idade teve como diversão reproduzir no piano as canções e os cantos corais da igreja, orientado por sua irmã com 10 anos mais de idade que ele. O irmão mais velho destacou-se como um pianista clássico.
As primeiras influências pianísticas de Hampton contrariando a vontade de seu pai, pastor e voltado para o trabalho na Igreja, foram Earl Hines em “St Louis Blues”, o “boogie-woogie” de Albert Amons, o “stride” de James P. Johnson, os requintes de Nat “King” Cole e de Teddy Wilson, além do pianismo de Thomas “Fats” Waller e de Art Tatum. Na adolescência formou grupo com seu amigo de escola Sonny Criss (com quem mais tarde tocou e gravou) e tocou com o saxofonista Jay McNeely.
Essas influências e o fato de ser um auto-didata, permitiram-lhe tocar o “boogie-woogie”, o “blues” e, claro, o “gospel”, sempre desenvolvendo-se no piano, até dedicar-se ao Jazz; interessante apontar neste ponto que mesmo conceituado como um “boper” de primeira linha era um dos pianistas preferidos dos músicos da “West Coast”, onde gravou alguns de seus melhores albuns.
Foi um jovem pessoalmente atraente, sensível e em certas situações grosseiro, vaidoso e violento, mas soube transformar quaisquer características menos positivas em virtudes, mais uma vez e já então sob o ponto de vista comportamental, de forma auto-didata.
Sua biografia aponta que nasceu com 06 dedos em cada uma das mãos, tendo o dedo extra de cada uma removido aos 03 dias de nascido (! ! ! . . .).
Desenvolveu ao extremo e sob o ponto de vista musical uma poderosa digitação com a mão direita, o que lhe permitia criar sucessivos niveis de tensão em improvisações a partir da ampliação progressiva de frases musicais.

INICIANDO EM LOS ANGELES E COM CHARLIE PARKER
Participou de uma série de apresentações nos clubes da Avenida Central de Los Angeles onde, aos 19 anos, teve oportunidade para seu primeiro grande teste no caminho do “mapa do Jazz”, participando de quinteto sob a titularidade de Howard McGhee ao trumpete e, nada menos que com Charlie Parker (sax-alto), Addison Farmer (contrabaixo) e Roy Porter (bateria) nessa formação: isso ocorreu durante temporada de 08 meses do quinteto no “Hi-De-Ho Club” de Los Angeles, temporada que marcou também o início da longa série de gravações “piratas” de Dean Benedetti (músico e uma espécie de técnico amador de som), lançadas no mercado em um box (“Mosaic Benedetti”, CD’s 1, 2, 3 e 4).
Ai temos a participação de Hampton Hawes em um total de 199 (cento e noventa e nove) “takes” registrados por Dean Benedetti no período de 01 até 13/março/1947 (listadas na parte (C), "Discografia"), mas escassamente pode-se ouvir algumas notas de Hampton ao piano, já que Dean procurava gravar exclusivamente os solos de Parker e desligava seu gravador nos “ensembles” e nos solos dos demais músicos.
Para que se tenha uma idéia das gravações de Dean, essas 199 tomadas apresentam como a de menor duração uma com 3 segundos (tema de impossível identificação, no dia 12/março, o de número 21), enquanto que a de maior duração não chega aos 04 minutos (“Dee Dee's Dance”, com 3’53”, faixa 11 no dia 09/março/1947); são inúmeras as tomadas com menos de 01 minuto e poucas as que ultrapassam os 02 minutos. Assim, ouvir Hampton nesse contexto é obra de ouvidos pacientes e acurados.
Mais que possível, provavelmente é desse início bem jovem ao lado de Parker, já então uma lenda viva nos circuitos jazzísticos, que Hampton teve impressas indelevelmente as características musicais de “Bird”.
Na mesma ocasião é gravada sessão ao vivo no “Hi-De-Ho”, sem Parker e com Sonny Criss e Teddy Edwards nas palhetas, portanto Howard McGhee em sexteto.

COM OS “GRANDES”
Ainda em 1947 (dia 06/julho) e no "Elks Auditorium" de LA/Califórnia, sob o título de “The Bopland Boys”, Hampton participou de octeto com Howard McGhee, Trummy Young, Sonny Criss, Dexter Gordon, Barney Kessel, Red Callender e Roy Porter, para a gravação de 05 temas, cada um com diversos “takes”: The Hunt, Disorder At The Border (Bopera), Bopland, Cherokee (Jeronimo) e Bop After Hours: essas faixas foram regiamente editadas e distribuidas pelos selos Savoy e Bop.
O ano de 1947 para Hampton foi encerrado em 09/dezembro, com a gravação do quinteto capitaneado pelo trombonista George “Happy” Johnson e sob o título de “Happy Johnson And His International Jive Five”: Ray Preasley (sax.tenor), Roger Alderson (baixo) e Chuck Thompson (bateria).
Em 1948 Hampton gravou apenas em uma oportunidade (outubro, Hollywood) e em 1949 sob o título de “The Kenton All Stars” grava 02 faixas para o selo Spotlite, no início de abril em Los Angeles (“Shrine Auditorium”) e ao lado de Art Pepper, Art Farmer, Bob Cooper e Teddy Edwards: isso significou que com apenas 21 anos Hampton já granjeara alto conceito entre os grandes.
No final de 1949 (setembro) Hampton gravou novamente ao lado de Sonny Criss em Los Angeles, para os selos de Norman Granz (Verve, Norgran, Clef).
No final de 1951 (setembro) Hampton voltou a gravar, desta vez em seu nome e em trio (Harper Cosby e Lawrence Marable), ao vivo e diretamente do “The Haig” em Hollywood pelo selo Xanadu, com clássicos como “What Is The Thing Called Love”, “Another Air Do”, “All The Things You Are” e seguindo os cânones de Parker.
Ainda em 1951 e no mês seguinte, para o selo Capitol e em Hollywood, a “avant.premiere” das sucessivas gravações com Shorty Rogers, ao lado deste e de Art Pepper, John Graas, Jimmy Giuffre e Shelly Manne, para 06 faixas bem “West Coast” com destaque para “Over The Rainbow”.
1952 é ano de apresentações e gravações ainda e até então sempre na Califórnia: Los Angeles, Hollywood e pela primeira vez no reduto de Howard Rumsey, o "Lighthouse Club" em Hermosa Beach (agosto). Art Pepper o requisitou para apresentar-se em quarteto no “Surf Club” de Hollywood, resultando em gravação pela Xanadu. Essas gravações foram editadas e distribuidas sob diferentes titularidades: “Wardell Gray Sextet”, “Preston Love Sextet”, “Art Pepper Quartet”, “Harry Babasin Trio”, “Warne Marsh With Hampton Hawes Trio ”, “Howard Rumsey’s Lighthouse All Stars” e “Hampton Hawes” (trio e quarteto).

“GIANTS” - SERVIÇO MILITAR - TRIO “PERMANENTE”
No ano seguinte e em janeiro (12 e 15/1953) grava com os “Giants” de Shorty Rogers 08 temas para a RCA (distribuidos no Brasil pela BMG com o selo “econômico” da RCA, “Bluebird”, em album duplo contendo outras formações dos “Giants” sem Hampton Hawes até 03/março/1954), gravação com arranjos bem “West Coast”. Hampton sola nas 06 primeiras faixas gravadas, em especial em “Diablo’s Dance”.
Por essa época (1952 – 1954) e até o início de 1955 Hampton fez o serviço militar com períodos no Japão, ainda que conseguindo gravar em intervalos: em Hermosa Beach em fevereiro e em junho/1953, em LA em maio/1953, no “Mocambo Club” de Yokohama / Japão em julho/1954 com músicos locais, em 1955 na Califórnia com quinteto de Lennie Niehaus (leia-se trilhas sonoras para os filmes de Clint Eastwood), com quinteto de Bud Shank / Bill Perkins e em trio com Red Mitchell e Shelly Manne.
O ano de 1955 marca também o contrato de Hampton com a Contemporary.
A partir daí Hampton Hawes forma seu trio mais permanente com Red Mitchell (baixo) e Chuck Thompson (bateria), que além de clubes, rádios, excursões pelos U.S.A. e outras apresentações, gravou de 28/junho/1955 até 15/maio/1956 albuns da maior importância, entre eles os “Trios” para a Contemporary. Esse trio mostra a perfeita integração entre os músicos, com Red Mitchell e Hampton dialogando nas explorações das riquezas harmônicas enquanto Thompson sublinha as execuções.
É importante observar que o trio Hampton Hawes, Red Mitchell e Chuck Thompson possui cronologia própria:
a. Chuck Thompson gravou com Hampton pela primeira vez em 09/dezembro/1947 e pela última vez em 25/novembro/1957;
b. Red Mitchell gravou pela primeira vez com Hampton em 02/maio/1955 e pela última vez em 01/maio/1966;
c. juntos, Hampton, Mitchell e Thompson, gravaram pela primeira vez em 28/junho/1955 e pela última vez em 15/maio/1956. Também em 1955 esse trio gravou com Bob Cooper e Barney Kessel, assim como com Conte Candoli e Joe Maini.

DOWN BEAT - METRONOME
Em 1956 contrato com o “Tiffany Club” de Los Angeles, excursão pelo Leste americano (ocasião em que Hampton conheceu Thelonius Monk), a eleição na pesquisa da “Down Beat” como “New Star Of The Year” e pela Metronome como “Arrival Of The Year”. Ainda em 1956 o trio foi ampliado para quarteto com a inclusão da guitarra de Jim Hall e a bateria de Eldridge “Bruz” Freeman substituindo Chuck Thompson, gerando a gravação de 03 albuns nos estudios da Contemporary: são as “All Night Sessions” em sessão “non.stop” iniciada a noite e indo até a manhã seguinte, gerando 16 temas para os albuns “Hampton Hawes Quartet: All Night Session, Volumes I, II e III”, em que a linguagem parkeriana emerge com autoridade e em toda a sua plenitude.
Anos depois e também para a Contemporary essa experiência foi renovada com outra formação: Hampton, Red Mitchell, Barney Kessel e Shelly Manne, deixaram registrado o album “Hampton Hawes: Four”.
Durante 1957 Hampton seguiu apresentando-se e gravando, sendo que em 09/julho/1957 gravou em New York para a Roulette e com Charles Mingus o album “Charles Mingus - Mingus Three”, os dois com Dannie Richmond à bateria.
Em 1958 tocou e gravou bastante desde janeiro e sempre com expoentes musicais: Barney Kessel, Harold Land, Scott LaFaro, Teddy Edwards, Jimmy Witherspoon, Victor Feldman, Leroy Vinnegar, Stan Levy, Sonny Rollins e outros.

DROGAS - PRISÃO - INDULTO
Logo após completar 30 anos Hampton foi preso por Agentes Federais acusado de consumo de heroina (problema que vinha agravando-se desde o serviço militar), levado a julgamento e condenado a 10 anos de prisão hospitalar.
Em 24 e 25/novembro/1958 (entre a prisão e enquanto aguardava o julgamento) e em Los Angeles Hampton gravou o album “Hampton Hawes – The Sermon” para a Contemporary, ao lado de Leroy Vinnegar e Stan Levy, gravação que marcou seu afastamento dos estúdios de gravação até fevereiro/1964.
Em 16/agosto/1963 e graças a indulto pelo Presidente Kennedy (42º de um total de 43 indultos concedidos por Kennedy), Hampton Hawes obteve a liberdade.
Sua primeira atividade foi a reaparição musical em show de televisão, participando em seguida do concerto de John Hendricks (lembrar de “Lambert, Hendricks & Ross”) “The Evolution Of The Blues”, para logo depois e ainda em 1963 ser contratado para temporada no “Basin Street” de San Francisco.
Em 17/fevereiro/1964 voltou a gravar em trio (Monk Montgomery / baixo e Steve Ellington / bateria) pela Contemporary com sugestivo título para o album: “Hampton Hawes – The Green Leaves Of Summer”. Foi o único album desse ano.
Em 1965 atuou em diversos pequenos grupos, ao lado de Jackie McLean, de Harold Land e voltou a trabalhar com Red Mitchell em trio e durante 01 ano em Los Angeles (temporada no restaurante “Mitchell’s Studio Club”).
Nesse ano Hampton participou de apenas 02 albuns, sendo um para a Contemporary e outro para a Xanadu.
Em 1966 Hampton gravou apenas 01 album, em companhia de Red Mitchell e Donald Bailey no “Mitchell’s Club” de Los Angeles e para a Contemporary. Logo depois Red Mitchell foi substituído no trio por Jimmy Garrison.

EUROPA - JAPÃO
A partir de 1967 Hampton percorreu praticamente o mundo inteiro, “descobrindo-se” como uma lenda viva na Europa e no Japão. No final desse primero ano europeu gravou na Floresta Negra (Villingen / Alemanha) no estúdio particular de Hans Georg Brunner-Schwer (o mesmo empresário que hospedou Oscar Peterson a partir de meados dos anos 60 do século passado para diversas gravações, ai incluidas as da série “Exclusively For My Friends” = “Action”, “Girl Talk”, “The Way I Really Play”, “My Favorite Instrument”, “Mellow Mood” e “Travelin’On”), em companhia de músicos alemães (Eberhard Weber e Klaus Weiss). Essa gravação foi editada e distribuida pela MPS / BASF (tal como as gravações de Peterson).
Martial Solal, Daniel Humair, Pierre Michelot, Kenny Clarke, Art Taylor e outros na França, Johnny Griffin e Dexter Gordon na Alemanha, Pedro Iturralde na Espanha, solos e músicos japoneses no Japão, marcaram as gravações de Hampton Hawes nesse êxodo musical até o final de 1968.
Hampton Hawes em trio com Bob West / baixo e Larry Bunker / bateria, mais arranjos e regência de Billy Byers, gravaram em agosto/1969 com cordas, já em Los Angeles e para o selo Fresh Sound o álbum “Hampton Hawes Plays Movie Musicals”
Nesse regresso à terra natal Hampton trabalhou com Leroy Vinnegar, gravou com Sonny Criss, com Harry “Sweets” Edson em sexteto e montou um trio para novas incursões pela Europa em 1971.
As atuações no Cassino de Montreux para o “Montreux Jazz Festival” em junho/1971 e em trio, com Gerry Mulligan em Pescara em julho, com Peter King em Londres em agosto e com Dexter Gordon em Copenhague em setembro, marcaram as gravações de Hampton nesse itinerário europeu.

A FASE ELETRÔNICA
A partir desse ponto Hampton adentrou o mundo eletrônico, apresentando-se e gravando seguidamente com sintetizador, piano elétrico, órgão e retornando ao acústico em 1973. A exceção foi a gravação em piano acústico com Sonny Stitt em setembro/1972.
Em 1974 localizamos uma única sessão de gravação com Hampton Hawes e para o selo Prestige como titular e em noneto do qual participou Jay Migliori (remember “Super Sax”) no sax.alto e dobrando na flauta.
1975 é ano de escassas gravações para Hampton Hawes: para a Concord Jazz (Carl Jefferson) em duo com o baixista Mario Suraci e tomada desde o “Great American Music Hall” em San Francisco, para a Contemporary em quarteto (Art Pepper, Charlie Haden, Shelly Manne) em Los Angeles e em Hollywood para a RCA com a “Blue Mitchell Band” (15 componentes).

O DERRADEIRO ANO DE GRAVAÇÕES - O FINAL
Em 1976 ocorreu o inverso, com inúmeras participações de Hamptom Hawes em gravações e todas ao piano acústico e na Califórnia:
- em janeiro, Los Angeles, com vocal e titularidade de Joan Baez mais sexteto;
- também em janeiro, Burbank, em duo com Charlie Haden;
- em junho na Half Moon Bay, como titular de um quarteto;
- em julho como integrante do quinteto de Art Farmer, em Los Angeles e para o selo Contemporary;
- em agosto e também em Los Angeles para a Contemporary com um trio em estado de graça (Ray Brown e Shelly Manne), citado no início deste “Retrato”
- ainda em agosto, mais uma vez em Los Angeles e também para a Contemporary, novamente integrando o quinteto de Art Farmer (Art Farmer, Art Pepper, Hampton Hawes, Ray Brown e Shelly Manne);
- outra vez em agosto e novamente em duo com Charlie Haden, Los Angeles, para a Artists House.
Em seus últimos anos de vida Hampton dedicou boa parte de suas atividades para trabalhos em estúdios de gravação.
Em 23/novembro/1976 Hampton participou em Los Angeles de sua derradeira gravação, em quinteto e sob a titularidade do guitarrista Irving Ashby, para o selo RCA (também á guitarra John Collins, John Heard no baixo e Billy Higgins à bateria).
Hampton Hawes faleceu de derrame em 22/maio/1977 (no mesmo dia de seu pai) em sua terra natal aos 48 anos.
Agora em 2004 foi aprovada na Cidade de Los Angeles a declaração do dia 13/novembro como o “Hampton Hawes Day” para o Estado da Califórnia.

Continua em (B), Bibliografia e Filmografia

APELO AOS "CONTADORES"

11 novembro 2007

Venho percebendo com muita alegria a avidez e a atenção com que alguns dos confrades e leitores assíduos tem acompanhado as listas postadas, dos discos a serem levados para uma hipotética e sabática temporada na Ilha Deserta, controlando-as e examinando-as com cuidado e em detalhes.

Gostaria então de convidá-los e incentivá-los a juntar esforços, entre si - confesso que ficarei de fora, por questões pessoais - no sentido de produzir algo que almejo há muito tempo, mas que nunca pude publicar aqui por receio de que ficasse incompleta (devido à necessidade de pesquisar amplamente, e o tempo que isso requer), que é a lista de TODOS os Festivais de Jazz em curso no mundo, ocorridos em 2007 e os programados para 2008. Sei que os há atualmente, e num número que nos fará abrir a boca, vários acontecendo na África - aí descontados os bastante tradicionais da Africa do Sul -e agora estão iniciando-se os insulares.

Talvez fosse interessante uma divisão por continentes, e quem se dispusesse a colaborar e compilá-los, anunciaria aqui nos comentários, sua área predileta de atuação. Ou, nos casos de incidência muito grande (como os EUA e Europa), uma subdivisão dentro desses.

O fato é que essa iniciativa dará visibilidade a algo que ainda não foi percebido claramente pelas autoridades públicas estaduais/municipais do Rio de Janeiro, onde apenas a cidade de Rio das Ostras detém evento de envergadura entre mediana e grande. A capacidade de atração turística de um evento dessa natureza, e bem aonde a própria é mais exuberante do em qualquer outro lugar do planeta.

Acho que deu para se captar a idéia. Alguém se habilita a ajudar?

O JAZZ NA WEB

Um bom website com canais de rádio para todos os gostos é a net radio www.sky.fm
Mas o que me deixou curioso é o fato de existir o número de ouvintes online de cada gênero musical – e olha quantos tipos diferentes de música estão catalogadas.

No momento em que eu entrei, a relação, por ordem decrescente, era a seguinte:

Smooth Jazz – 3600 (os jazzófilos não consideram como jazz)
Trance – 2215
Best of the 80s – 1651
Top Hits Music – 1618
Mostly Classical – 1505
Chillout – 1305
New Age – 1202
Eurodance – 1015
Classical Guitar – 972
House – 801
All Hit 70s – 793
Roots Reggae – 782
Lounge - 665
Da Tempo Lounge – 500
Country – 391
Oldies – 366
Soulful House – 251
Solo Piano – 239
Uptempo Smooth Jazz – 200 (?)
Salsa – 190
Ambient – 185
Piano Jazz – 176 (jazz tradicional)
Modern Jazz – 166
Bossa Nova Jazz – 158
World Music – 141
Classic Rap – 128
Urban Jamz – 105
Alternative Rock – 75
Classic Rock – 69
Indie Rock – 34
Contemporary Christian – 30
Simply Soundtracks – 29

O que ainda resiste bem é a música clássica. A programação do jazz é boa, idem a bossa nova. O número de ouvintes de jazz tradicional não chega a 1 por cento do total.

LUCIANA SOUZA

09 novembro 2007

Luciana Souza tem feito um grande sucesso nos Estados Unidos. Confesso que ainda não consegui gostar das suas interpretações.

Pelo que tenho lido ela tem cativado o público norte americano, mais com bossa nova antiga do que com as músicas do seu novo disco The New Bossa Nova.

Quando canta standards credita a Frank Sinatra sua influencia. Mas decerto, como brasileiro, ainda não me acostumei e, até então, vou continuar a ouvi-la para ver se algo me cativa.

Seu último show no Seattle's Jazz Alley só convenceu quando cantou repertórios de bossa nova compostos de Águas de Março, Corcovado e afins.

Não acredito que faça sucesso no Brasil, mas vai levando bem nos EUA.

Tributo a ART BLAKEY

08 novembro 2007

Art Blakey é considerado um dos maiores bateristas de jazz de todos os tempos. Pascoal Meirelles sabia que não seria fácil prestar um tributo a esse notável baterista. Porém seu trabalho foi brilhante, colocando no palco nada menos que um sexteto reunindo os melhores músicos de jazz brasileiros.
Com interpretações impecáveis, Pascoal conseguiu criar um clima empolgante, que resultou num dos melhores concertos de jazz que presenciamos no Brasil.

Para o lançamento do seu disco, o sexteto Pascoal Meirelles é composto dos seguintes músicos:


Idriss Boudrioua, sax alto

Daniel Garcia, sax tenor

Jessé Sadoc, trompete

Dario Galante, piano

Sergio Barrozo, contrabaixo acústico

participação especial do percussionista Mingo Araújo

Os temas bem escolhidos são: Caravan ( Duke Ellington, Irving Mills Juan Tiso), Up Jumped Spring ( Freddy Hubbard), Blues March (Bennie Golson), Blue Moon( Rodgers& Hart), Wicht Hunt (Wayne Shorter), Close Yours Eyes ( Bernice Petkene), Moanin'n (Bobby Timmons), A Night in Tunísia(Dizzy Gillespie), That Old Feeling( Lew Brown &Sammy Fain).

O jazz straight ahead flui de uma maneira impressionante. Dario Galante toca como Monk e para cada música Pascoal escolheu um solista principal. Daí é possível se deleitar com aqueles excelentes músicos, dando tudo de si, com interpretações imperdiveis.


CCV - CENTRO CULTURAL VENEZA

(antigo Cine Veneza - Av. Pasteur)

Dia 13 de Novembro de 2007, às 20:00 horas

Valet Parking no local

ANDRÉ MEHMARI NA SALA CECÍLIA MEIRELES

07 novembro 2007

Encerrando a série Sala Jazz, a Sala Cecília Meireles apresenta nesta sexta-feira, 9/11, o pianista Andre Mehmari e seu trio formado por Jose Alexandre Carvalho contrabaixo e Sergio Reze bateria, o mesmo trio que o acompanhou na edição do TIM Festival do ano passado.
E quem viu gostou !

A data : 9 de novembro, sexta-feira
O horário : 21hs
O local : Sala Cecília Meirelles - Largo da Lapa 47, RJ
O Telefone : (21) 2224-4291


Vale conferir !
RETRATOS
06. LEE MORGAN (E)
Mini-Discografia - Término

QUINTETOS - SEXTETOS - FASE DE OURO

LEE MORGAN QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Joe Henderson (sax.tenor), Barry Harris (piano), Bob Cranshaw (baixo), Billy Higgins (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 21/12/1963
1. Totem Pole
2. Boy, What A Night
3. Hocus-Pocus
4. The Sidewinder
5. Gary's Notebook
Albuns da Blue Note: The Sidewinder / Lee Morgan e Lee Morgan Memorial Album
Sucesso de crítica e de público, album que além do aspecto musical surpreendeu pelas vendas.

LEE MORGAN SEXTET
Lee Morgan (trumpete), Wayne Shorter (sax.tenor), Herbie Hancock (piano), Grant Green (guitarra), Reggie Workman (baixo), Billy Higgins (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 15/02/1964
1. Mr. Kennyatta
2. Search For The New Land
3. The Joker
4. Morgan The Pirate
5. Melancholee
Album da Blue Note: Search For The New Land / Lee Morgan
Album de “mesinha de cabeceira”: todos os temas da autoria de Lee Morgan.

LEE MORGAN QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Curtis Fuller (trombone), Jackie McLean (sax.alto), McCoy Tyner (piano), Bob Cranshaw (baixo), Art Blakey (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 11/08/1964
1. Exotique
2. Tom Cat
3. Twice Around
4. Rigor Mortis
5. Twilight Mist
Album da Blue Note: Tom Cat/Lee Morgan
Atenção para o improviso extremamente bem humorado de Lee no tema de sua autoria “Tom Cat”, assim como sua lógica de improvisação no tema de McCoy Tyner “Twilight Mist”.

ENCONTRO DE ESCOLAS E ORIGENS

BUDDY DEFRANCO SEXTET
Lee Morgan (trumpete), Curtis Fuller (trombone), Buddy DeFranco (clarinete e clarinete baixo), Victor Feldman (piano e vibrafone), Victor Sproles (baixo), Art Blakey (bateria)
Hollywood, Califórnia, 01 e 03/12/1964
1. Twelve Tone Blues
2. Rain Dance
Album da Vee-Jay: Blues Bag / Buddy DeFranco
A faixa 1 é da autoria de Leonard Feather e a 2 do inglês Victor Feldman (Londres 07/04/1934 a Los Angeles 12/05/1987), vibrafonista, baterista (apelidado quando jovem de “Kid Krupa”), pianista, compositor e arranjador. Lembrar que Victor Feldman é o titular do sensacional álbum “Suíte Sixteen – The Music Of Victor Feldman” (Londres, 1955, Contemporary), com o tema-título em 04 movimentos por um quarteto em estado de graça.

FREDDIE HUBBARD SEPTET
Lee Morgan e Freddie Hubbard (trumpetes), James Spaulding (flauta e sax.alto), Harold Mabern (piano), Larry Ridley (baixo), Pete LaRoca (bateria), Big Black (conga)
"Club La Marchal", New York, 09/04/1965
1. Jodo
2. Breaking Point
Album da Blue Note: The Night Of The Cookers Vol.2 / Freddie Hubbard
Os 02 temas são de Freddie Hubbard, notando-se claramente a influência de Lee sobre Hubbard, como numa “passagem de bastão”.

FREDDIE HUBBARD SEPTET
Mesma formação e local anteriores, 10/04/1965
1. Pensivata
2. Walkin'
Album da Blue Note: The Night Of The Cookers Vol.1 / Freddie Hubbard

COM O BRILHANTE PIANISTA RONNIE MATTHEWS

LEE MORGAN QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Joe Henderson (sax.tenor), Ronnie Matthews (piano), Victor Sproles (baixo), Billy Higgins (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 21/04/1965
1. The Rumproller
2. Desert Moonlight
3. Edda
4. Eclipso
5. The Lady
Album da Blue Note: The Rumproller / Lee Morgan
Mais um sucesso de crítica e de público com solos espetaculares, em especial o de Lee Morgan no tema “The Lady” de Rudy Stevenson.

HANK MOBLEY QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Hank Mobley (sax.tenor), Harold Mabern (piano), Larry Ridley (baixo), Billy Higgins (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 18/06/1965
1. Recado Bossa Nova (de Durval Ferreira)
2. Ballin'
3. The Vamp
4. The Dip
5. I See Your Face Before Me
6. The Break Through
Album da Blue Note: Dippin' / Hank Mobley

LEE MORGAN QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Wayne Shorter (sax.tenor), Harold Mabern (piano), Bob Cranshaw (baixo), Billy Higgins (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 25/06/1965
1. Trapped
2. The Gigolo
3. A Stitch In Time
4. Yes I Can, No You Can't
Album da Blue Note: The Gigolo / Lee Morgan
Particularmente considero álbum imprescindível em qualquer coletânea: Lee e Wayne Shorter em plena forma, apoiados por uma “cozinha” exuberante. O complemento deste album ocorreu, como indicado a seguir, uma semana após.

LEE MORGAN QUINTET
Mesma formação e local anteriores, 01/07/1965
1. The Gigolo
2. You Go To My Head
3. Yes I Can, No You Can't
4. Speedball
Albuns da Blue Note: The Gigolo / Lee Morgan e Lee Morgan Memorial Album (CD com “alternate take” do tema “Gigolo”)
A faixa “Speedball” define todo o estilo e a musicalidade de Lee Morgan, com uma técnica superior.

NOVAMENTE COM JACKIE McLEAN

LEE MORGAN SEXTET
Lee Morgan (trumpete), Jackie McLean (sax.alto nas faixas 2 e 4), Hank Mobley (sax.tenor), Herbie Hancock (piano), Larry Ridley (baixo), Billy Higgins (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 18/09/1965
1. Ceora
2. Our Man Higgins
3. Most Like Lee
4. Cornbread
5. Ill Wind
Albuns da Blue Note: Cornbread / Lee Morgan e Lee Morgan Memorial Album
Outro album sucesso de público e de crítica, com vendagem estupenda. Temas da autoria de Lee Morgan, com exceção da faixa 5 (T.Hoehler / Harold Arlen).

HANK MOBLEY SEXTET
Lee Morgan (trumpete), Curtis Fuller (trombone exceto na faixa 3), Hank Mobley (sax.tenor), McCoy Tyner (piano), Bob Cranshaw (baixo), Billy Higgins (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 18/12/1965
1. Third Time Around
2. Venus De Mildew
3. Ace Deuce Trey
4. The Morning After
5. A Caddy For Daddy
Album da Blue Note: A Caddy For Daddy / Hank Mobley

JOE HENDERSON ORCHESTRA
Lee Morgan (trumpete), Curtis Fuller (trombone), Joe Henderson (sax.tenor), Bobby Hutcherson (vibrafone), Cedar Walton (piano), Ron Carter (baixo), Joe Chambers (bateria)
New York, 27/01/1966
1. A Shade Of Jade
2. Caribbean Fine Dance
3. Granted
4. Mode For Joe
5. Black
6. Free Wheelin'
Album da Blue Note: Mode For Joe / Joe Henderson
As 03 primeiras faixas são de autoria de Joe Henderson; “Mode For Joe” e “Black” são de Cedar Walton e “Free Wheelin’” é de Lee Morgan

UMA FORMAÇÃO ESPETACULAR

LEE MORGAN GROUP
Lee Morgan e Ernie Royal (trumpetes), Tom McIntosh (trombone), Jim Buffington (french horn), Phil Woods (flauta e sax.alto), Wayne Shorter (sax.tenor), Danny Banks (sax.barítono, flauta e clarinete), McCoy Tyner (piano), Bob Cranshaw (baixo), Philly Joe Jones (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 08/04/1966
1. Sunrise Sunset
2. The Delightful Deggie
3. Filet Of Soul
4. Yesterday
5. Zambia
6. Need I ?
Album da Blue Note: Delightfulee / Lee Morgan
Arranjos de Oliver Nelson, com destaque para o tema.título do album e de Lee Morgan “The Delightful Deggie”

QUINTETOS E SEXTETOS

LEE MORGAN SEXTET
Lee Morgan (trumpete), Jackie McLean (sax.tenor), Hank Mobley (sax.tenor), Cedar Walton (piano), Paul Chambers (baixo), Billy Higgins (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 29/09/1966
1. The Double Up
2. Somethin' Cute
3. Sweet Honey Bee
4. The Murphy Man
5. Hey Chico
6. Rainy Night
Album da Blue Note: Charisma / Lee Morgan
Excepcional sonoridade para essa formação de trumpete e 02 palhetas (alto e tenor), particularmente no tema de Duke Pearson “Sweet Honey Bee”

LEE MORGAN QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Hank Mobley (sax.tenor), Cedar Walton (piano), Paul Chambers (baixo), Billy Higgins (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 29/11/1966
1. Davisamba
2. Once In My Lifetime
3. The Rajah
4. Is That So
5. A Pilgrim's Funny Farm
6. What Now My Love
Album da Blue Note: The Rajah / Lee Morgan
“What Now My Love”, tema de Gilbert Becaud, recebe magnífico tratamento nesse arranjo de Lee Morgan

LEE MORGAN SEPTET
Lee Morgan (trumpete), Wayne Shorter (sax.tenor), James Spaulding (flauta e sax.tenor), Pepper Adams (sax.barítono), Herbie Hancock (piano), Ron Carter (baixo), Mickey Roker (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 13/01/1967
1. Blue Gardenia
2. God Bless The Child
3. Somewhere
4. If I Were A Carpenter
5. A Lot Of Livin' To Do
6. This Is The Life
Album da Blue Note: Standards / Lee Morgan
Album de exceção, com destaques para “Blue Gardenia” (remember Nat “King” Cole), para o tema de Tim Hardin “If I Were A Carpenter” e para a bela “Somewhere” (composição da dupla do sucesso da Broadway “West Side Story”, Leonard Bernstein e Stephen Sondhein).

LEE MORGAN QUINTET
Lee Morgan (trumpete), David Newman (sax.tenor), Cedar Walton (piano), Ron Carter (baixo), Billy Higgins (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 28/04/1967
1. Sneaky Pete
2. The Mercenary
3. Mumbo Jumbo
4. Fathead
5. I'll Never Be The Same
Album da Blue Note: Sonic Boom / Lee Morgan

LEE MORGAN ALL-STAR SEXTET
Lee Morgan (trumpete), Wayne Shorter (sax.tenor), Bobby Hutcherson (vibrafone), Herbie Hancock (piano), Ron Carter (baixo), Billy Higgins (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 14/07/1967
1. The Procrastinator
2. Party Time
3. Dear Sir
4. Stop Start
5. Rio
6. Soft Touch
Albuns da Blue Note: The Procrastinator / Lee Morgan e Lee Morgan All Stars (Blue Note japonesa)
O álbum da Blue Note americana é imperdível, pela formação “top de linha” e pelos temas de Lee Morgan e Wayne Shorter.

FORMAÇÃO ESTELAR

MCCOY TYNER GROUP
Lee Morgan (trumpete), Bob Northern (flugelhorn exceto na faixa 6), Julian Priester (trombone exceto na faixa 6), Howard Johnson (tuba exceto na faixa 6), James Spaulding (sax.alto e flauta exceto na faixa 6), Benny Maupin (sax.tenor exceto na faixa 6), McCoy Tyner (piano), Herbie Lewis (baixo), Joe Chambers (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 01/12/1967
1. Mode To John
2. The High Priest
3. Man From Tanganyika
4. Utopia
5. All My Yesterdays
6. Lee Prus Three
Album da Blue Note: Tender Moment / McCoy Tyner
Todos os 06 temas são da autoria de McCoy Tyner

ANDREW HILL QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Booker Ervin (sax.tenor), Andrew Hill (piano), Ron Carter (baixo), Freddie Waits (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 05/08/1968
1. Grass Roots
2. Venture Inward
3. Bayou Red
4. Soul Special
5. Mira
Album da Blue Note: Grass Roots / Andrew Hill
Todos os temas da autoria do pianista Andrew Hill, destaque ao lado de Lee Morgan e do tenorista Booker Ervin

LEE MORGAN SEXTET
Lee Morgan (trumpete), Julian Priester (trombone), George Coleman (sax.tenor), Harold Mabern (piano), Walter Booker (baixo), Mickey Roker (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 12/09/1969
1. Stormy Weather
2. Mr. Johnson
3. Untitled Boogaloo
Albuns da Blue Note: The Procrastinator / Lee Morgan e Lee Morgan Sextet (Blue Note japonesa)

LEE MORGAN QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Bennie Maupin (flauta, tenor e clarinete), Harold Mabern (piano), Jymie Merritt (baixo), Mickey Roker (bateria)
Both/And, San Francisco, Califórinia, 06/1970
1. Willow Weep For Me
2. Peyote
3. Meo Felia
4. Ujimma
5. Ceora
6. Speedball
7. Umjanna
8. Rakin' And Scrapin'
9. Something Like This
Albuns da TRIP: One Of A Kind / Lee Morgan, Speedball / Lee Morgan e A Day With Lee Morgan. Albuns da Mercury: Speedball / Lee Morgan e A Date With Lee / Lee Morgan. Album da DJM: All That Jazz / Lee Morgan. Album da Fresh Sound: Live At The Lighthouse '70 / Lee Morgan

BOBBY HUMPHREY ORCHESTRA
Lee Morgan (trumpete), Billy Harper (sax.tenor), Bobby Humphrey (flauta), Gene Bertoncini (guitarra), George Devens (vibrafone e percussão), Hank Jones (piano e teclado), George Duvivier (baixo), Idris Muhammad e Jimmy Johnson (baterias), Ray Armando (conga)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 30/09 e 01/10/1971
1. Ain't No Sunshine
2. The Sidewinder
3. It's Too Late
4. Sad Bag
5. Spanish Harlem
6. Don't Knock My Funk
7. Journey To Morocco
8. Set Us Free
Album da Blue Note: Flute In / Bobbi Humphrey

LEE MORGAN QUINTET
Lee Morgan (trumpete e flugelhorn), Billy Harper (flauta e sax.tenor), Harold Mabern (piano), Jymie Merritt (baixo), Freddie Waitts (bateria)
New York, 28/01/1971
1. I Remember Britt
2. Angela
3. The Sidewinder
Album da Fresh Sound: We Remember You / Lee Morgan

AS 02 ÚLTIMAS SESSÕES DE GRAVAÇÃO DE LEE MORGAN

CHARLES EARLAND ORCHESTRA
Lee Morgan, Virgil Jones, Victor Paz e Jon Faddis (trumpete), Dick Griffin e Jack Jeffers (trombones), Clifford Adams (também trombone na faixa 3), Hubert Laws (flauta com exceção da faixa 4 substituido por Billy Harper que dobra no sax.tenor), Charles Earland (órgão), Greg Millar e John Fourie (guitarras), Billy Cobham (bateria), Sinny Morgan (conga)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 16/02/1972
1. Happy 'Cause I'm Goin' Home
2. Will You Still Love Me
3. 'Cause I Love Her
4. Low Down
Albuns da Prestige: Intensity / Charles Earland (sem a faixa 4) e Charles III / Charles Earland

CHARLES EARLAND ORCHESTRA
Lee Morgan e Virgil Jones (trumpetes), Billy Harper (sax.tenor), William Thorpe (sax.barítono), Hubert Laws (pícolo), Charles Earland (órgão), Maynard Parker (guitarra), Billy Cobham (bateria), Sinny Morgan (conga) mais seção de cordas na faixa 2
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 17/02/1972.
1. Morgan
2. Speedball
Albuns da Prestige: Charles Earland - Intensity (também Fantasy na série “Original Jazz Classics”), Charles Earland - Charles, III e Charles Earland - Burners

Uma coletânea que recomendamos é o lançamento “Lee Morgan” da EMI (Blue Note) dentro da série “Music For Lovers”, com diferentes formações em 09 temas clássicos (“All The Way”, “You Go to My Head”, “Lover Man”, “Since I Fell For You” e outros). É deixar rodar o CD e desfrutar da músicalidade de um mestre do trumpete.

A seguir: RETRATOS 07. HAMPTON HAWES
AO PIANO CHARLIE PARKER ! ! ! . . .

MAIS ANIVERSÁRIOS EM NOVEMBRO

06 novembro 2007

Que nos desculpe o confrade Raynaldo mas "varamos" a sua data, sem trocadilho. Pois foi no dia 3 passado que o dublê de baixista, humorista e Itamar comemorou seu "natalício"(ô coisa cafona! a palavra, não a festinha, à qual nem fomos convidados, mas que deve ter sido bem musical). Daqui o nosso abraço, atrasado mas com todos aqueles batidos, porém sinceros, votos de Saúde e muito Jazz.

Antecipando-nos para não deixar passar, no próximo dia 9 será a vez da valorosa PegLu completar mais uma primaverinha (meigo, não?). Com a sua Delira Música bombando por todos os lados para que se olhe, fruto do belo trabalho da Luciana e do Marcelo, mandamos daqui nosso abração de Muitas Felicidades. E muita Saúde para que possa desfrutar de sua vida por longos e profícuos anos de vida.

Fortes abraços de Parabéns ao nosso confrade e à nossa confreira(?)!!!

TIM FESTIVAL RIO: CÓPIA PURA E SIMPLES DOS ARTIGOS DO
MESTRE RAF NO GLOBO ONLINE

05 novembro 2007

Para que nossos fiéis leitores não fiquem órfãos de informações sobre o Tim Jazz, decidi afanar o que foi publicado alhures, mas com uma diferença: o pedigree dos artigos, de autoria do Mestre Raf, enviado especial para reportar o evento para o globo online por indicação precisa e certeira do A.C.Miguel. Para que não se sofra de crise de abstinência, vamos ao seu texto:

Sexta:

"Joe Lovano vai de Miles Davis a Thelonious Monk e entusiasma

A primeira noite de jazz do festival ofereceu quatro atrações de estilos e concepções variadas. O saxofonista Joe Lovano abriu a seqüência. Arrebatou o público com sua música pulsante, solos inventivos, arranjos criativos e interpretações efervescentes que entusiasmaram o público. Lovano é um dos mais articulados saxofonistas em atividade. Cria momentos de alta tensão e força de expressão. Seu noneto possui unidade e integração absolutas, contando com solistas do porte de Steve Slagle (sax-alto e flauta), Ralph Lalama (sax-tenor), Gary Smulyan (sax-barítono), Barry Ries (trompete) e Larry Farrell (trombone), apoiados por James Weidman (piano), Dennis Irwin (baixo) e Steve Williams (bateria), uma seção rítmica que toca, acompanha e atua como uma única célula.

O noneto causou forte impacto abrindo o seu set com o clássico “On A Misty Night”, agraciado pelo solo esfuziante de Lovano, seguido por Slagle e Ries, ambos em grande forma. A suíte “Birth of the Cool”, primoroso arranjo de Gunther Schüller, oferece ampla variedade de coloridos tonais em seus três movimentos: “Moondreams”, composição de Chummy McGregor, um autêntico poema cuja beleza lírica foi realçada em sua plenitude pela sonoridade coletiva do conjunto; “Move”, de Denzil Best, em andamento supersônico, com intervenções de Lovano, Ries e Slagle, realçadas pelo suporte da seção rítmica; e o clássico “Boplicity”, no qual Barry Ries reeditou o solo de Miles Davis da gravação original. Seguiu-se “Ask Me Now”, obra-prima de Thelonious Monk, agraciada pela improvisação de Lovano, variando do sublime ao frenético, mas retendo a essência melódica da composição.


Joey DeFrancesco e sua imaginação inesgotável

O trio do organista Joey DeFrancesco com o vibrafonista Bobby Hutcherson, como convidado, agradou sobremaneira ao público por sua musicalidade, sua criatividade e seu entendimento. DeFrancesco confirmou que é, sem dúvida alguma, o grande nome do órgão no jazz. A suprema facilidade como supera as dificuldades técnicas, a excelente articulação das frases - mescla das mais simples com progressões harmônicas em oitavas - e as cascatas de sons ascendentes e descendentes proporcionam ampla variedade tonal e rítmica, tudo a serviço da sua imaginação aparentemente inesgotável.

O contraste do volume de som do órgão com o do vibrafone poderia resultar num conflito, mas o entendimento entre DeFrancesco e Hutcherson deu o equilíbrio desejado. Logo no número de abertura – “Tedo” -, em andamento alucinante, o quarteto disse ao que veio; o guitarrista Jake Langley exibiu sua fluência e comando instrumental, e Byron Landham, na bateria, colocou lenha na fogueira todo o tempo. “Ângela”, a seguir, uma bossa estilizada com grande apelo melódico, teve um superlativo solo de Hutcherson, com impressionante concatenação de ricas idéias. “Take the Coltrane”, em tempo acelerado, abordado por DeFrancesco com sua patriarcal fluência, colocou mais água na fervura. Em contraste, a balada “I Thought About You”, interpretada com rara delicadeza e sensibilidade, foi um dos momentos mais líricos da noite.


Cecil Taylor não disse a que veio

O pianista Cecil Taylor deve ter confundido a maioria dos espectadores. Após entrar no palco vestido exoticamente e cantarolando coisas ininteligíveis, leu um manifesto misturando dialeto swalihi e inglês. Depois tocou piano da mesma forma que o fizera em sua apresentação no Free Jazz de 1989, quando provocou a maior debandada de público da história do festival. Usando todo o teclado para tocar acordes fortíssimos, sem melodia definida, abusando das figuras rítmicas e dos exercícios de virtuosismo, com passagens reiterativas e cansativas, não disse ao que veio, embora alguns espectadores gozadores pedissem bis e ele atendeu tocando um minuto mais.


Miles Davis de novo, no jazz latino de Conrad Herwig, para delírio da platéia

O septeto do trombonista Conrad Herwig trouxe o jazz latino com temas de Miles Davis. A força da música latina explodiu em sua plenitude quase todo o tempo, enfatizada pela percussão de Pedro Martinez (que também cantou em dois números) e do baterista Robby Ameen. Iniciando com “Seven Steps to Heaven”, Conrad, Walter White (trompete) e Craig Handy (sax-tenor) proporcionaram solos de alta voltagem que galvanizaram o público. “Flamenco Sketches” (transformado em salsa caliente), “So What”, com introdução de baixo elétrico (Ruben Rodriguez), “Blue in Green”, “Solar” (num arranjo ebuliente) e “All Blues” deixaram a marca latina na música de Miles Davis para delírio da platéia.

Sábado:

Italiano domina noite de jazz, que teve ainda gênio precoce ao piano

A noite de encerramento do festival no Palco Club apresentou quatro atrações do Jazz Europeu: o trio do pianista Eldar Djangirov, a cantora Lisa Ekdahl, o quarteto do guitarrista francês Sylvain Luc e o quarteto do saxofonista italiano Stefano DiBattista.

O jovem Eldar Djangirov, uma das grandes revelações do jazz empolgou o público com uma apresentação em que seu virtuosismo virtualmente inacreditável fez o difícil parecer fácil. Aos 20 anos possui um domínio instrumental notável e profundo conhecimento de jazz, deleitando os presentes com passagens em stride inseridas em meio às suas improvisações executadas com energia e inesgotável vontade de tocar. Com Harish Raghavan (baixo) e Aaron McLendon (bateria), proporcionou um dos mais aplaudidos concertos deste evento.

A despeito de sua capacidade de tocar e criar incontáveis climaxes em seus solos, ele precisa aprender a contornar seu impulsos para não alongar demasiadamente os finais de cada tema. Ele abriu seu set com “Place St. Henri”, de Oscar Peterson, o pianista que influenciou seu estilo; em andamento rapidíssimo, tocou uma sucessão de passagens dificílimas alternando acordes com linhas melódicas simples. “I Remember When” foi outra interpretação arrasa-quarteirão, com o trio esbanjando entusiasmo.

Para surpresa de muitos, seguiu-se o conhecido bolero “Besame Mucho”, proporcionando a Eldar revelar seu lado mais contido. O standard “I Shoud Care”, “Daily Living” (de Eldar, em andamento ultra-rápido), "Defeayo’s Dilemma", de Wynton Marsalis, contribuíram ainda mais para contagiar a platéia.


Aparência de menina, voz de alcance mínimo e sem qualquer traço pessoal

A cantora sueca Lisa Ekdahl era uma incógnita para a maioria. Com aparência de menina e voz de alcance mínimo, limitou-se a cantar as letras das canções, sem qualquer traço pessoal nas interpretações. Numa palavra, é uma cantora pop comercial, sem vínculos com jazz. Ela cantou “My Heart Belongs to Daddy”, “Cry Me A River”, “But Not For Me”, “Night & Day” (a fragilidade da sua voz foi constrangedora ), “All Really Wants Is Love” e “Vem Vet” (em sueco).


Guitarrista francês traz proposta alternativa, com jazz ao largo

O guitarrista francês Sylvain Luc e seu quarteto trouxeram uma proposta alternativa para o festival, passando o jazz apenas pela periferia da música que tocam. Com o excelente Olivier Ker Ourio (harmônica-de-boca), Phillipe Chayeb (baixo) e Pascal Rey (bateria), tocaram música de bom gosto, com destaque para a guitarra do líder e a musicalidade de Ourio.

Luc possui uma técnica extraordinária, cuja variada gama de recursos proporcionam-lhe extrair sonoridades diversas e efeitos instigantes do seu instrumento. A combinação de guitarra e harmônica-de-boca na linha de frente sugere uma espécie de mood music. Deve-se ressaltar que o entendimento entre Luc e Ourio predomina em quase todos os temas, sendo especialmente realçado no duo em “Accalme”. Os demais números foram “This Never Happened Before”, “Lê Roi Dans Les Bois” (peça introspectiva ), “Fil Bleu” (com um diálogo guitarra-baixo dos mais efervescentes) e “Fandanguito”.


Stefano DiBattista justifica pujança e prestígio do jazz italiano no cenário mundial

Encerrando a noite, o excepcional quarteto do saxofonista italiano Stefano DiBattista, com Fabrizio Bosso (trompete), Jean-Baptiste Trotignon (órgão Hammond 3) e Greg Hutchison (bateria) mostrou a razão da pujança e prestígio do jazz italiano no cenário mundial. Foi um autêntico concerto do mais puro hardbop com direito a um tema de jazz funk dos anos 50/60 (“The Jody Grind”, de Horace Silver). Descrever a brilhante atuação do quarteto não é tarefa fácil, pois seus integrantes são músicos de primeira linha do jazz de hoje, de agora. Eles tocam com uma força de vontade que desafia a descrição, atirando-se às improvisações com energia fora do comum, oferecendo um dos melhores concertos de jazz dos últimos tempos.

Di Battista, Bosso e Trotignon esbanjaram categoria, construindo solos com direção, propósito e imensa vontade de tocar, e Hutchison mostrou ser uma máquina rítmica a serviço do grupo. “Weather or Not” abriu o set com o quarteto incendiando a platéia, ao mesmo tempo em que o líder e Bosso mostraram suas credenciais de improvisadores de mão cheia, Seguiu-se o mencionado “The Jody Grind”, um blues do jazz funk interpretado com espírito e soberba musicalidade realçando a imensa capacidade de Bosso e Stefano.

“Under Her Spell”, uma balada de Stefano na qual Bosso utilizou a surdina plunger, acelerou o andamento adiante transformando-se num tour de force do quarteto. Stefano brilhou no sax-soprano em “The Serpent Charm”, uma peça em que Trotignon alimentou os solos com intensos riffs de balanço incomum. “Trouble Shottin”, música-título do último CD de Stefano DiBattista encerrou o memorável concerto com a platéia pedindo mais."

Palavras de Mestre.

DIANA KRALL CANTA NO RIO

02 novembro 2007

Visual, charme, piano e voz. Diana Krall consegue reunir esses quatro atributos, valendo a pena sentar na mesa da frente.

Finalmente ela vem ao Rio de Janeiro depois de cancelar seu show de 2005.

Local: Vivo Rio - Museu de Arte Moderna
Data: 28 de novembro de 2007 às 21 horas

HOJE TEM OUTRO ANIVERSÁRIO

01 novembro 2007

Com a desculpa de que perdeu a senha e por isso o Blogger não o aceita mais, etc etc, e assim não pode mais postar seus artigos - campoões de comentários, com muita vantagem sobre os demais - chegou ao Rio para comemorar devidamente seu aniversário, que É HOJE! - o nosso representante oficial para qualquer coisa de São Paulo para baixo, o ilustre carioca exilado voluntariamente em Londrina, o boa-praça, bom-copo, e bom-moço JoFla.

Mantendo o número de primaveras bem guardado, qual segredo de polichinelo, o homem aportou ontem na Cidade Maravilhosa e aparentemente iniciará "os trabalhos" com uma incursão à Modern Sound, ao cair da tarde. Quem estiver por perto e puder ir abraçá-lo, estou certo que o Zé vai ficar feliz com isso. Nada há de melhor que poder comemorar um aniversário aqui no Rio, cercado de amigos jazzófilos, num ambiente festivo e cuja trilha sonora será toda composta, como ocorre às quintas, por temas muito bem interpretados por Senise, Russo & Cia.
No flagrante ao lado, nosso Embaixador sendo homenageado, ano passado, em festejo similar, por seu grande amigo, Galvão Bueno, com direito a "seresta" de sax e violino, e a ganhar miniatura de um sax-tenor em ouro maciço, que o conhecido locutor lhe ofereceu. Em tempo, o JoFla é o com a camisa lilás (embora jure que era, na realidade, azul), à direita da foto.

Grandecíssimo abraço, JoFla, pela data de hoje. Que se repita ad libitum, com você esbanjando saúde e cercado da família e dos amigos.

Parabéns!!!

ELDAR DJANGIROV

31 outubro 2007

Para quem não viu Eldar no palco Tim, eis aí o dedo mais rápido do teclado. Eldar é um tiro certeiro. Confiram neste video feito pela TV holandesa, acompanhado do brilhante Marco Panascia no contrabaixo e Todd Straight na bateria.

RETRATOS
06. LEE MORGAN (D)
Mini-Discografia - Continuação

NO BIRDLAND E “ABJM”

MONDAY NIGHT AT BIRDLAND
Lee Morgan (trumpete), Hank Mobley (sax.tenor), Billy Root (saxes.tenor e barítono), Curtis Fuller (trombone exceto na faixa 5), Ray Bryant (piano), Tommy Bryant (baixo), Specs Wright (bateria)
Birdland, New York, 21/04/1958
1. Walkin'
2. All The Things You Are
3. Bag's Groove
4. There Will Never Be Another You
5. It's You Or No One
6. Jamph
7. Nutville
8. Wee
Albuns da Roulette: Monday Night At Birdland, Another Monday Night At Birdland

ART BLAKEY AND THE JAZZ MESSENGERS
Lee Morgan (trumpete), Benny Golson (sax.tenor), Bobby Timmons (piano), Jymie Merritt (baixo), Art Blakey (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 30/10/1958
1. Are You Real
2. Moanin'
3. Moanin' (alternate take)
4. The Drum Thunder (Miniature) Suite
5. Along Came Betty
6. Blues March
7. Come Rain Or Come Shine
Album da Blue Note: Moanin' / Art Blakey And The Jazz Messengers
Na série “Clássicos do Jazz” da Folha de São Paulo (outubro/2007) o tema “Blues March” teria sido gravado em 01/01/1958, o que é incorreto. Tanto esse tema quando as 02 versões do tema “Moanin’” de Bobby Timons foram gravados em 30/10/1958; até esta data que marca o início da continuidade das gravações com os “ABJM”, Lee Morgan somente havia gravado em uma única ocasião com Art Blakey (02/abril/1957); tampouco Lee Morgan gravou uma única faixa em janeiro/1958, já que neste ano sua primeira gravação data de 02/02/1958 (exatamente no dia em que minha irmã Lina Cardoso Nunes completou 25 anos).

ART BLAKEY SEPTET
Lee Morgan (trumpete), Bobby Timmons (piano), Jymie Merritt (baixo), Art Blakey, Philly Joe Jones e Roy Haynes (bateria), Ray Barreto (congas)
New York, 02/11/1958
1. Let's Take 16 Bars
2. Moose The Mooche
3. Drums In The Rain
4. Lee's Tune
5. Blakey's Blues
6. Lover
Album da Blue Note: Drums Around The Corner / Art Blakey

ART BLAKEY AND THE JAZZ MESSENGERS
Lee Morgan (trumpete), Benny Golson (sax.tenor), Bobby Timmons (piano), Jymie Merritt (baixo), Art Blakey (bateria)
Holanda, 19/11/1958
1. Moanin'
2. Along Came Betty
3. I Remember Clifford
4. Whisper Not
5. A Night In Tunisia
Album da Jazz Band: Live In The '50s / Art Blakey And The Jazz Messengers Album da Bandstand: Live In Holland 1958 / Art Blakey And The Jazz Messengers
Magníficos solos de Lee, Golson e Timmons na versão do “carro-chefe” deste, “Moanin’”. Lee presta digna homenagem musical a Clifford Brown com o tema de Benny Golson “I Remember Clifford”.

COM TOMMY FLANAGAN

CURTIS FULLER SEXTET
Lee Morgan (trumpete), Curtis Fuller (trombone), Hank Mobley (sax.tenor), Tommy Flanagan (piano), Paul Chambers (baixo), Elvin Jones (bateria)
New York, 09/03/1959
1. Down Home
2. Down Home (alternate take)
3. C.T.A.
4. When Lights Are Low
5. Wonder Where Our Love Has Gone
6. Bongo Bop
7. Bit Of Heaven
Album da Mosaic: The Complete Blue Note UA Curtis Fuller Sessions Album da United Artist: Sliding Easy / Curtis Fuller
Lee Morgan em magnífico solo no tema de “mestre” Benny Carter “When Lights Are Low” (tema muito e sempre bem executado pelo patrono do CJUB, Dick Farney)

ART FARMER TENTET
Lee Morgan, Art Farmer e Ernie Royal (trumpetes), Jimmy Cleveland, Curtis Fuller e Wayne Andre (trombones), Julius Watkins (french horn), Don Butterfield (tuba), Percy Heath (baixo), Philly Joe Jones (bateria em 1, 2 e 4), Elvin Jones (bateria em 3 e 5)
New York, 14/05/1959
1. Minor Vamp
2. Five Spot After Dark
3. Nica's Dream
4. Autumn Leaves
5. Stella By Starlight
Álbum da United Artist: Brass Shout / Art Farmer Tentet
Atenção para o arranjo e o desenvolvimento dos solos em “Nica’s Dream”. Repertório de clássicos gravado com classe.

WYNTON KELLY - CURTIS FULLER

WYNTON KELLY QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Wayne Shorter (sax.tenor), Wynton Kelly (piano), Paul Chambers (baixo), Philly Joe Jones (bateria)
New York, 12/08/1959
1. Wrinkles
2. June Night
3. Mama "G"
4. What Know
5. Sydney
Album da Vee-Jay: Kelly Great ! / Wynton Kelly

CURTIS FULLER JAZZTET
Lee Morgan (trumpete), Curtis Fuller (trombone), Benny Golson (sax.tenor), Wynton Kelly (piano), Paul Chambers (baixo), Charlie Persip (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 25/08/1959
1. Wheatleigh Hall
2. It's Alright With Me
3. I'll Walk Alone
4. Arabia
5. Judy's Dilemma
Album da Savoy: The Curtis Fuller Jazztet With Benny Golson

WAYNE SHORTER QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Wayne Shorter (sax.tenor), Wynton Kelly (piano), Paul Chambers (baixo), Jimmy Cobb (bateria)
New York, 09/11/1959
1. Blues A La Carte
2. Blues A La Carte (alternate take)
3. Harry's Last Stand
4. Harry's Last Stand (alternate take)
Albuns da Vee-Jay: Introducing Wayne Shorter - Alternate Sessions At Early 60's - Alternative Takes Of Introducing Wayne Shorter And Go. Album da Mosaic: The Complete Vee Jay Lee Morgan - Wayne Shorter Sessions
Todos os temas da autoria de Wayne Shorter, que ao lado de Lee Morgan domina as cenas de solos

ART BLAKEY AND THE JAZZ MESSENGERS
Lee Morgan (trumpete), Wayne Shorter (sax.tenor), Walter Davis Jr. (piano), Jymie Merritt (baixo), Art Blakey (bateria)
Theatre Des Champs-Elysees, Paris, França, 15/11/1959
1. Close Your Eyes
2. Goldie
3. Ray's Idea
4. Lester Left Down (Shorter) (1)
5. Blues March
6. Are You Real
7. Night In Tunisia
8. Along Came Betty
9. No Problem
Album da Jazz Band: Live In The '50s / Art Blakey And The Jazz Messengers. Album da RCA: Au Theatre Des Champes-Elysees / Art Blakey And The Jazz Messengers. Album da Moon: Are You Real / Art Blakey And The Jazz Messengers. Album da EMI: Art Blakey And The Jazz Messengers
Solo de Lee Morgan no tema de sua autoria “Goldie” desenvolvido dentro de perfeita lógica de improvisação, assim como na leitura dos clássicos “Ray’s Idea” (Ray Brown e Gillespie) e “No Problem” (Duke Jordan)

QUINCY JONES - BUDDY RICH

QUINCY JONES ORCHESTRA
Lee Morgan, Ernie Royal, Lennie Johnson, Jimmy Maxwell, Nick Travis e Art Farmer (trumpetes), Urbie Green, Frank Rehak, Billy Byers e Jimmy Cleveland (trombones), Julius Watkins (French Horn), Phil Woods e Porter Kilbert (saxes.alto), Jerome Richardson e Budd Johnson (saxes.tenor) e Sahib Shihab (sax.barítono), Patti Bown (piano), Les Spann (guitarra), Buddie Jone (baixo), Don Lamond (bateria)
New York, de 04 a 09/12/1959
1. Lester Leaps In
2. Gahna
3. Caravan
4. Everybody's Blues
5. Cherokee
6. Air Mail Special
7. They Say It's Wonderful
8. Chant Of The Weed
9. I Never Has Been Show
10. Eesom
Album da Mercury: The Great Wide World Of Quincy Jones
Os solos de maior destaque ficam a cargo de Phil Woods, mas são bem encaixados os de Lee Morgan e de Budd Johnson. Em maio do ano seguinte a banda de Quincy Jones foi à Europa (Bélgica e Suissa), mas com formação modificada e sem a participação de Lee Morgan, à época excursionando também na Europa com os “Jazz Messengers” de Art Blakey

LEE MORGAN QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Clifford Jordan (sax.tenor), Wynton Kelly (piano), Paul Chambers (baixo), Art Blakey (bateria)
New York, 08/02/1960
1. Mogie
2. Mogie (alternate take)
3. Mogie (alternate take)
4. Off Spring
5. Off Spring (alternate take)
6. Bess
7. Bess (alternate take)
8. Running Brook
9. Running Brook (alternate take)
10. Terrible "T"
11. Terrible "T" (alternate take)
12. I'm A Fool To Want You
13. I'm A Fool To Want You (alternate take)
14. I'm A Fool To Want You (alternate take)
Album da Mosaic: The Complete Vee Jay Lee Morgan - Wayne Shorter Sessions. Albuns da Vee-Jay: Here's Lee Morgan - Alternate Sessions At Early 60's - Alternative Takes Of Here's Lee Morgan

ART BLAKEY - BUDDY RICH
Lee Morgan (trumpete), Wayne Shorter (sax.tenor), Bobby Timmons (piano), Jymie Merritt (baixo), Buddy Rich (bateria na faixa 1, “Justice”), Art Blakey (bateria nas demais faixas)
Birdland, New York, 06/04/1960
1. Justice
2. This Here
3. Dat Dere
Albuns da Alto: Electric Sticks / Art Blakey-Buddy Rich - Drums Ablaze / Art Blakey And The Jazz Messengers. Album da Fresh Sound: Unforgettable Lee! / Lee Morgan

ART BLAKEY - BUDDY RICH
Mesma formação anterior, com Buddy Rich em “A Night In Tunisia” e Art Blakey nas outras 02 faixas. Apresentação também no “Birdland” e transmitida via rádio.
New York, 23/04/1960
1. A Night In Tunisia
2. Nelly Bly
3. Along Came Betty
Mesmos albuns anteriores

THE YOUNG LIONS
Lee Morgan (trumpete), Frank Strozier (sax.alto), Wayne Shorter (sax.tenor), Bobby Timmons (piano), Bob Cranshaw (baixo), Louis Hayes (bateria nas 04 primeiras faixas) e Al Heath (bateria nas 04 últimas faixas)
New York, 25/04/1960
1. Seeds Of Sin
2. Seeds Of Sin (alternate take)
3. Scourn
4. Scourn (alternate take)
5. Fat Lady
6. Fat Lady (alternate take)
7. Peaches And Cream
8. That's Right
Album da Mosaic: The Complete Vee Jay Lee Morgan - Wayne Shorter Sessions. Album da Vee-Jay: The Young Lions

QUINTETOS - ABJM

LEE MORGAN QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Jackie McLean (sax.alto), Bobby Timmons (piano), Paul Chambers (baixo), Art Blakey (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 28/04/1960
1. These Are Soulful Days
2. The Lion And The Wolff
3. Midtown Blues
4. Nakatini Suite
Album da Blue Note: Lee Way / Lee Morgan
Num período fertil de boas gravações, este album é um destaque pela formação em grande forma e pelas faixas 2 e 3 da autoria, respectivamente, de lee Morgan e Jackie McLean (as outras 02 faixas são da autoria de Calvin Massey, colaborador de Coltrane, Max Roach, Zoot Sims, Herbie Mann e outros). Todas as faixas com longa duração, 08 a 12 minutos. No encarte do Cd notas de Nat Hentoff e fotos, como habitual dos albuns da Blue Note, de Francis Wolff o sócio de Alfred Lyon.

ART BLAKEY AND THE JAZZ MESSENGERS
Lee Morgan (trumpete), Wayne Shorter (sax.tenor), Walter Davis (piano), Jymie Merritt (baixo), Art Blakey (bateria)
Birdland, New York, 28/10/1960
1. Noise In The Attic
2. So Tired
Album da Fresh Sound: More Birdland Sessions / Lee Morgan Featuring With Art Blakey And The Jazz Messengers

ART BLAKEY AND THE JAZZ MESSENGERS
Mesma formação anterior
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 12/02/1961
1. Look At The Bridie
2. United
3. Ping Pong
4. Mastermind
5. Pretty Larceny
6. Blue Ching
7. Pisces
Album da Mosaic: The Complete Blue Note Recordings Of Art Blakey's 1960 Jazz Messengers. Albuns da Blue Note: Pisces / Art Blakey And The Jazz Messengers e Roots And Herbs / Art Blakey And The Jazz Messengers

ART BLAKEY AND THE JAZZ MESSENGERS
Mesma formação anterior, mas com Bobby Timons nas faixas de 1 até 5.
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 18/02/1961
1. Look At The Birdie
2. Master Mind
3. Ping Pong
4. Pretty Larceny
5. Roots And Herbs
6. United
Albuns da Blue Note: Roots And Herbs / Art Blakey And The Jazz Messengers e The Freedom Rider / Art Blakey And The Jazz Messengers. Album da Mosaic: The Complete Blue Note Recordings Of Art Blakey's 1960 Jazz Messengers

LEE MORGAN QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Clifford Jordan (sax.tenor), Barry Harris (piano), Bob Cranshaw (baixo), Louis Hayes (bateria)
New York, 24/01/1962
1. Raggedy Ann
2. A Waltz For Fran
3. Lee-Sure Time
4. Little Spain
5. Take Twelve
6. Second's Best
Album da Jazzland: Take Twelve / Lee Morgan

LEE MORGAN QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Jimmy Heath (sax.tenor), Barry Harris (piano), Spansky DeBrest (baixo), Al Heath (bateria)
New York, 17/11/1962
1. Bruh Slim
2. Bluesville
3. All Members
Album da Fresh Sound: We Remember You/Lee Morgan

HANK MOBLEY - GRACHAN MONCUR III

HANK MOBLEY QUINTET
Lee Morgan (trumpete), Hank Mobley (sax.tenor), Andrew Hill (piano), John Ore (baixo), Philly Joe Jones (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, NJ, 02/10/1963
1. No Room For Squares
2. Three Way Split
3. Comin' Back
4. Carolyn
5. Me 'N You
6. Syrup And Biscuits
Album da Blue Note: No Room For Squares / Hank Mobley

GRACHAN MONCUR III SEXTET
Lee Morgan (trumpete), Grachan Moncur III (trombone), Jackie McLean (sax.alto), Bobby Hutcherson (vibrafone), Bob Cranshaw (baixo), Tony Williams (bateria)
Estúdio de Rudy Van Gelder, Hackensack, New Jersey, 21/11/1963
1. Monk In Wonderland
2. The Coaster
3. Evolution
4. Air Raid
Album da Blue Note: Evolution / Grachan Moncur III

A Mini-biografia de LEE MORGAN encerra-se na seqüência (E)

MUSEU DE CERA # 31 – ORIGINAL TUXEDO JAZZ ORCHESTRA

30 outubro 2007

Uma famosa casa de danças em New Orleans chamada Tuxedo Dance Hall abrigou uma banda liderada por um dos mais populares cornetistas de New Orleans — Oscar “Papa” Celestin a qual passou a ser conhecida como a ORIGINAL TUXEDO JAZZ ORCHESTRA. Ali atuou de 1910 a 1913 quando o ballroom foi fechado após intensa confusão inclusive com tiroteio. Celestin nasceu em Napoleonville, Louisiana, em 1884. Ainda criança decide ser músico e inicialmente estuda guitarra e depois trombone e mais tarde o cornetim seu instrumento de carreira. Tocou em várias pequenas bandas até se mudar para New Orleans em 1906 e ingressar na Henry Allen Sr.’s Excelsior Band em 1908.
Após o fechamento do Tuxedo Dance Hall Celestin continuou com a banda na cidade sob o título de Tuxedo Brass Band. Com o sucesso dos registros fonográficos liderados pela ODJB em 1917 Celestin junto com o trombonista William “Baba” Ridgley, monta uma banda voltada para realizar gravações e assim continua atuando em vários estados: Texas, Louisiana, Mississippi, Alabama e Florida conhecidos como Gulf Coast States.
Em 1925 houve um desentendimento com Ridgley que divide o grupo e Celestin cria uma nova Tuxedo Jazz Orchestra, porém no início dos anos 1930 a Depressão econômica o obriga a abandonar o negócio de música até o final da 2ª Grande Guerra.
Durante o período chamado de Dixieland Revival ao final dos anos 40 sua banda foi revitalizada e continuou a tocar até sua morte em 1954 aos 70 anos. O veterano cornetista teve a oportunidade de tocar na Casa Branca no governo Eisenhower quase no fim da vida e sua última gravação foi Marie LaVeau, considerada um clássico voodoo.
A Tuxedo foi um importante veículo de treinamento na formação de vários músicos que ali atuaram como Louis Armstrong (ct), Peter Bocage (ct), Mutt Carey (tp), Johnny St. Cyr (bj), Louis Keppard (gt), Alphonse Picou (cl), Isidore Barbarin (bat) e outros..
Entre 1926 e 27 foram os anos de suas maiores atuações em gravações dentre as quais selecionamos um original de Marrero em delicioso arranjo típico de New Orleans com destaque para o clarinete e sax-alto de Barnes e o excelente cornetim de Papa Celestin.


CELESTIN'S ORIGINAL TUXEDO JAZZ ORCHESTRA - Oscar “Papa” Celestin (cornet e líder), August Rousseau (tb), Paul Barnes (cl, as), Earl Pierson (st), Abby “Chinee” Foster (bat), Jeanette Salvant Kimball (pi), John Marrero (bj).
Gravação original: I’M SATISFIED YOU LOVE ME (Simon Marrero) de 13/04/1926 - selo Columbia 14200 D (mx 142014-2) - New Orleans
Fonte: CD – Celestin's Original Tuxedo Jazz Orch / Sam Morgan's Jazz Band – selo Jazz Oracle BDW 8002 – 2000 – USA



||

O ANIVERSÁRIO DO MESTRE LOC É HOJE


E é motivo especial de júbilo para todos os que com sua pessoa calma e serena tem o privilégio de interagir. Não vou ficar aqui falando das suas demais qualidades pois seria apenas um dilúvio no mar. Queria apenas expressar, em nome do time cjubianístico, que é um grande privilégio o termos como amigo, parceiro de audições e sobretudo MESTRE, a quem podemos recorrer - assim como a todos os demais, é certo -para obter uma visão ecumênica da música de qualidade, seja o jazz, no qual excede, ou na música clássica, da qual é igualmente fervoroso amante.

Mestre, que possamos abrir o jornal a cada semana e recolher suas opiniões e ensinamentos, vazados com aquela peculiar elegância, por muitos e muitos anos, amém, e que todos esses possam ser desfrutados pelo amigo com saúde perfeita e uma infinidade de notas idem.

Parabéns!!! E nosso grande abraço pela data.