Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

NA ILHA DESERTA

14 novembro 2005

12 companhias para ouvir numa ilha deserta ? Tirando o trabalho do Benny Carter que traz Joe Pass, Milt Jackson, Tommy Flanagan, vou citar os músicos que admiro e que certamente estariam no meu MP3 player

1)Benny Carter - The King
2)Bill Evans
3)Charlie Parker
4)John Coltrane (que tenha Naima, Giant Spets e My favouite Things)
5)Herbie Hancock com VSOP
6)Oscar Peterson com Milt Jackson
7)Joe Pass tocando com
8)Dexter Gordon tocando os temas de Round Midnight
9)Wes Montgomery
10)Benny Carter & Dizzy Gillespie
11)Toots Thielemans
12)Stephane Grappelly

Mestres Raf, LLuLLa, Goltinho, consideram que estarei bem acompanhado ?

Beto Kessel

OS 10 DA ILHA DESERTA DO MESTRE LLULLA

12 novembro 2005

A pedido do LLulla, que não está conseguindo postar, aqui vão os 10 companheiros que ele levaria para uma ilha deserta, garantindo, pelo menos musicalmente, sua boa companhia.

Como as listas dos Mestres trazem sempre ótimas indicações, não apenas para os neófitos mas principalmente para estes, aviso aos jovens amigos Gabriel, Rodolfo, Xande e Flávio que dêem atenção especial a esta e à do Raf, publicada mais abaixo.

1 - Louis Armstrong/Jack Teagarden - Satchmo meets Big T; Giants of Jazz
2 - The Capitol Jazzmen - The Hollywood Sessions; Jazz Ultimate
3 - Stan Getz - Aniversary; Verve
4 - Stan Getz & J.J.Johnson - At Opera House; Verve
5 - Thad Jones & Charlie Mingus; Debut
6 - Lee Konitz - At Storyville; Black Lion
7 - Jackie McLean - Bluesnick; Blue Note
8 - Gerry Mulligan - Dream a little dream; Telarc
9 - Spike Robinson - Jus a bit' o' blues!; Capri
10- Charlie Parker - The strings session; Verve

"MR. CHIMES" ENTRA EM CAMPO

10 novembro 2005

Foi convidado e aceitou fazer parte da Armada CJUBiana o pianista, arranjador, produtor e ótima-praça Alberto Chimelli. Ainda em fase de familiarização com as lides blogueiras, Mr. Chimes já está prometendo diversas histórias e casos curiosos que vem colecionando em suas andanças musicais pelo mundo.

Aguardem, portanto, para breve, a presença desse novo e produtivo membro, botando para quebrar não apenas nas 52 teclas brancas e negras do seu instrumento predileto mas também nas alfanuméricas de sua workstation.

Alberto, sêde bem-vindo! Conjugação que me lembra, incontinenti, de fazer-lhe um brinde por ter-se juntado a nós.

Grande abraço!

É COM ESSES QUE EU VOU...

Minha lista para a ilha deserta, em ordem alfabética:



1. Bud Powell – In Paris (Reprise 1964) Pela genialidade.
2. Eric Dolphy – Out To Lunch! (Blue Note 1964) Pela criatividade.
3. Ella Fitzgerald – Clap Hands Here Comes Charlie! (Verve 1961) Pelo entrosamento.
4. Herbie Hancock – Maiden Voyage (Blue Note 1965) Pela inspiração.
5. McCoy Tyner – Inception (Impulse 1962) Pela surpresa.
6. Miles Davis – Someday My Prince Will Come (Columbia 1961) Por Miles & Coltrane.
7. Oscar Peterson – West Side Story (Verve 1962) Por ter sido o primeiro disco.
8. Shirley Horn – You Won’t Forget Me (Verve 1991) Pela emoção.
9. Sonny Rollins – Alfie (Impulse 1966) Por Oliver Nelson também.
10. Stan Getz & Jimmy Rowles – The Peacocks (Koch Jazz 1975) Pelo encontro.

# The Jimmy Giuffre 3 (Atlantic 1957) Pelo músico fantástico.

# 1º suplente.

Obs. De todos, apenas Out To Lunch e Maiden Voyage foram "coroados" pela Penguin.

OS 10 DISCOS DA ILHA DESERTA

A idéia da seleção para a ilha deserta é um fascinante exercício de escolha, extremamente dificultado pelo número reduzidíssimo de itens dentro do universo infinito constituído por milhões de discos/CDs dos melhores músicos que povoam/povoaram nosso planeta. Minha relação obviamente será bastante diferente da maioria de vocês e certamente despertará aquela reação a que me habituei ao longo dos anos: “Isso é lista de quem vive do passado”.

Data vênia, como dizem nossos preclaros amigos advogados, garanto que não é lista de quem vive do passado, mas de quem já ouviu mais de 90% dos músicos que gravaram em todos os estilos do jazz. Minha lista inclui 10 discos fundamentais da história do jazz, do cream of the crop, obras-primas indispensáveis que marcaram indelevelmente a grandeza da música dos músicos, apontando novos caminhos para sua evolução. De pouco adianta apreciar o que se ouve hoje sem conhecer o que foi feito anteriormente pelos grandes pioneiros e inovadores que lançaram as fundações indispensáveis para tudo o que veio depois. Esta é a maior lição que o jazz me ensinou: nada podemos apreciar em sua devida grandeza e profundidade se não conhecermos a verdadeira essência do jazz, ou seja, o que realizaram os grandes criadores da sua história.

Eis a lista sem ordem de preferência:

Louis Armstrong – The Hot Fives and Hot Sevens - Sony Music
Duke Ellington – The Blanton/Webster Band - RCA/BMG
Count Basie - The Best of Count Basie with Lester Young - Decca/MCA
Dizzy Gillespie – Groovin’ High - Savoy
Charlie Parker – The Savoy and Dial Recordings - Stash
Thelonious Monk – Genius of Modern Music - Blue Note
Bud Powell – The Genius of Bud Powell - Verve
Fats Navarro – The Complete Blue Note and Capitol Recordings - Blue Note
Miles Davis – The Birth of the Cool - Capitol/Blue Note
Clifford Brown – The Complete Blue Note and Pacific Jazz Recordings - Blue Note

É com tristeza que sou obrigado a eliminar este itens maravilhosos:

Duke Jordan – Live in Japan (um dos melhores e mais inventivos álbuns de piano-baixo-bateria que conheço)
Charlie Parker & Dizzy Gillespie - The Quintet - Jazz at the Massey Hall
Benny Goodman – The Carnegie Hall Jazz Concert

Caso fosse obrigado a escolher UM ÚNICO DISCO para a ilha deserta, elegeria “Jazz Scene”, que reúne Charlie Parker, Duke Ellington, Bud Powell, Lester Young, Art Tatum, Billy Strayhorn, George Handy, Ralph Burns, Willie Smith, Benny Carter, Coleman Hawkins, Harry Carney, Flip Phillips, Howard McGhee, Hank Jones, etc, etc, etc. Sem dúvida, Norman Granz concebeu um disco para a posteridade quando produziu este álbum.

CJUB EM 25 CONCERTOS

09 novembro 2005

Há algum tempo, venho tendo curiosidade em saber mais sobre os Concertos Chivas Jazz Lounge, tendo em vista ter começado a frequentá-los somente a partir do Concerto "Legrand Par Idriss" neste ano.

À curiosidade, se juntou uma "intimação" amigável do Bene-X, que por motivo de tempo ainda não pude pesquisar com detalhes.

Ainda assim, pesquisei os arquivos do CJUB e preparei um breve resumo de todas as edições até o presente momento, trazendo as datas, os conceitos e os músicos participantes.

Fiquem à vontade para retificações, caso algum dado por mim coletado não esteja totalmente correto.

Desde já lamento não ter conhecido o CJUB desde o ínício. Quantos Concertos já perdi....

Segue abaixo a listagem:

CJUB – CONCERTOS


01
20.05.03
Piano – Dario Galante
Sax Alto – Idriss Boudrioua
Trompete – Jesse Sadock
Baixo – Augusto Mattoso
Bateria – Guilherme Gonçalves

02
25.06.03
Baixo - Dodô Ferreira
Sax tenor – Daniel Garcia
Piano – Marco Tommaso
Bateria – Pedro Strasser

03
30.07.03
Piano – Sheila Zagury
Trompete – Wander Nascimento
Sax – Fernando Trocado
Baixo – José Luis Maia
Bateria – Kleberson Caetano

04
19.08.03
Baixo - Edson Lobo
Trompete, flugelhorn, e trombone de válvulas - Paulinho Trompete
Sax-alto e flauta – Ricardo Pontes
Piano - Fernando Moraes
Bateria - Wallace Cardoso

05
25.09.05
RIO DE JANEIRO JAZZ TRIO
Piano – Dario Galante
Baixo – Paulo Russo
Bateria – Andrew Scott Potter

06
29.10.03
TRIBUTO A CHARLIE PARKER
Baixo - Adriano Giffoni
Sax Alto - Idriss Boudrioua
Trompete e Fluegelhorn - Altair Martins
Guitarra - Felipe Poli
Bateria - Amaro Junior

07
17.12.03
JAZZ PANORAMA, UM TRIBUTO A JORGE GUINLE
Piano - Hamleto Stamato,
Baixo - Augusto Mattoso
Bateria - Kleberson Caetano
Trompete - Paulinho Trompete
Sax Tenor - Widor Santiago
Trombone - Roberto Marques

21.01.04
I CHIVAS JAZZ LOUNGE INTERNATIONAL COM O BRAZILIAN JAZZ TRIO
Piano – Helio Alves
Baixo – Nilson Matta
Bateria – Duduka da Fonseca

08
28.01.04
TRIBUTO A BILL EVANS
Piano – Helio Celso
Baixo – Sergio Barroso
Bateria – Alfredo Gomes

09
25.03.04
TRIBUTO A JOHN COLTRANE
Piano – Kiko Continentino
Baixo – Sergio Barroso
Bateria – Pascoal Meirelles
Sax Tenor e Soprano – Nivaldo Ornellas

10
29.04.04
TRIBUTOS A SONNY ROLLINS E CHET BAKER, COM O QUINTETO LIDERADO POR WIDOR SANTIAGO
Sax Tenor – Widor Santiago
Trompete – Paulinho Trompete
Piano – Hamleto Stamato
Baixo – Rodrigo Villa
Bateria – Erivelton Ribeiro

11
27.05.04
TRIBUTO A RICHARD ROGERS, COM MARKOS RESENDE QUARTETO
Piano - Markos Resende
Baixo – Alberto Lucas
Bateria – Bob Wyatt
Trompete – Daniel D`alcantara

12
01.07.04
TRIBUTO A BILLY STRAYHORN, COM JOSÉ LOURENÇO SEXTETO
Piano – José Lourenço
Sax Tenor – Daniel Garcia
Trompete – Altair Martins
Trombone – Gilmar Ferreira
Baixo – José Carlos Barreto
Bateria – André Tandeta

13
29.07.04
TRIBUTO A DEXTER GORDON, COM O QUINTETO LIDERADO POR DANIEL GARCIA
Sax Tenor – Daniel Garcia
Piano - Dario Galante
Baixo - Augusto Mattoso
Bateria - Rafael Barata
Trompete – Altair Martins

14
26.08.04
NEW YORK JAZZ
Banjo – Eddy Davis
Clarineta – Orange Kellin
Piano - Conal Fowkes

15
30.09.04
TRIBUTO A VICTOR ASSIS BRASIL
Sax Alto – Idriss Boudrioua
Piano – Fernando Martins
Baixo – Paulo Russo
Bateria – Xande Figueiredo
Guitarra – Alex Carvalho

16
28.10.04 -
Cantora – Wanda Sá
Piano – Adriano Souza
Baixo – Dôdo Ferreira
Bateria – João Cortez

17
25.11.04
VICTOR BIGLIONE ORGAN TRIO
Guitarra – Victor Biglione
Órgão – José Lourenço
Bateria – André Tandeta

18
31.03.05
O SOM DO BECO DAS GARRAFAS – DAVID FELDMAN TRIO
Piano – David Feldman
Baixo – Jorge Helder
Bateria – Rafael Barata

19
28.04.05
LEGRAND POUR IDRISS
Sax Alto – Idriss Boudrioua
Piano – Alberto Chimelli
Baixo – Alex Rocha
Bateria – Xande Figueiredo
Guitarra – Alex Carvalho

20
31.05.05
PETERSON POR PERANZETTA
Piano – Gilson Peranzetta
Baixo – Paulo Russo
Bateria – João Cortez

21
07.07.05
TRIBUTO A TOOTS THIELEMANS
Harmônica – José Staneck
Piano – Luis Avellar
Baixo – Paulo Russo
Bateria – Rafael Barata
Guitarra - Marcos Amorim
Sax Soprano – Henrique Band

22
28.07.05
MICHAEL CARNEY & GUILHERME GONÇALVES QUINTETO
Vibrafone & Steel Drum – Michael Carney
Bateria – Guilherme Gonçalves
Piano – Glauton Campelo
Baixo – José Santa Roza
Sax Alto – Idriss Boudrioua

23
01.09.05
JAZZTOR PIAZOLLA
Sax tenor - Blas Rivera
Piano - Marcos Nimrichter
Bandoneón – Renato Hanriot
Violino – Ana de Oliveira

24
29.09.05
O TOM DO JAZZ
Piano – Haroldo Mauro Jr.
Baixo – Sérgio Barroso
Bateria – Rafael Barata

25
27.10.05
CJUB DREAM NIGHT - HOMENAGEM A JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI
Piano – Dario Galante
Baixo – Paulo Russo
Bateria – Rafael Barata
Sax Alto – IdrissBoudrioua
Sax Tenor – Daniel Garcia
Trompete – Jesse Sadock
Trombone – Vittor Santos


Com a excelência dos Concertos produzidos peloCJUB, me permito usar um título que constava na capa de um trabalho do Sérgio Mendes & Sexteto Bossa Rio, que dizia. "VOCE AINDA NÃO OUVIU NADA"

Abraços,

Beto Kessel

CJUB EM 25 CONCERTOS - PARTE II



Dando continuidade à primeira prévia, aproveito para um breve histórico dos músicos que mais participaram dos Concertos promovidos pelo CJUB.

Apenas foram citados aqueles que participaram duas ou mais vezes:

PIANO

Dario Galante - 6
Hamleto Stamato - 2
José Lourenço - 2 (sendo uma apresentação em orgão)

BAIXO

Paulo Russo - 5
Sérgio Barroso e Augusto Mattoso - 3

BATERIA

Rafael Barata - 5
João Cortez, Kleberson Caetano, Xande Figueiredo e Guilherme Gonçalves - 2

SAX ALTO

Idriss Boudrioua - 6

SAX TENOR

Daniel Garcia - 4
Widor Santiago - 2

TROMPETE

Paulinho Trompete e Altair Martins - 3
Jesse Sadock - 2

GUITARRA

Alex Carvalho - 2

Apesar de citarmos apenas os músicos que participaram de duas ou mais apresentações, é importante realçar cada um dos músicos que abrilhantaram os Concertos CJUB, cujos nomes estão em post anterior.

Abraços,

Beto Kessel

HOJE É O ANIVERSÁRIO DA PEGLU

Nossa querida confrade (ou seria comadre?) PegLu faz aniversário hoje e a gente está aqui para comemorar com ela. Se nosso Mestre Raf sempre termina suas mensagens com o tradicional "Keep Swingin'", o grafismo de hoje, embora simples, denota exatamente isso.

Como Luciana Pegorer, seu alter-ego, é presidenta da Delira Música, pela qual vive se jogando pra lá e pra cá, no seu incansável trabalho pela consolidação do sucesso de sua empresa - e diga-se, competentemente acolitada pelo sempre gentil e educado Marcelo - fica assim representada nossa homenagem 'a Luciana.

SAÚDE, MUITAS FELICIDADES E OS PARABÉNS DA TURMA DO CJUB!

VOCAL HARMÔNICO, O INÍCIO

07 novembro 2005

Muito populares na década de 40, os grupos vocais norte-americanos marcaram época. Não havia, porém, qualquer intenção jazzística. Em 1953, mais precisamente em Hollywood, formou-se um quarteto que até hoje é lembrado como o precursor do chamado “vocal harmônico”, bem mais próximo ao jazz, tendo como mentor Gene Puerling – mais tarde formaria outro grupo de vanguarda, Singers Unlimited. The Hi-Los é referência unânime até hoje quando o assunto é vocal moderno, ou seja, harmônico. A discografia do grupo resume-se a 15 álbuns de difícil acesso, principalmente quando remasterizados em CD. Entre os mais cotados está “All That Jazz”, trazendo de quebra a banda de Marty Paich, também responsável pelos arranjos, ao lado do pianista Clare Fischer. Participam do álbum o saxofonista Bud Shank, o baixista Joe Mondragon, o baterista Mel Lewis e o trombonista Jack Sheldon. Ao lado de Puerling, Bob Strasen, Clark Burroughs e Bob Morse sobram em criatividade e fazem do CD um raro momento no gênero. Entre os seguidores dessa escola, além do próprio Singers Unlimited – já desaparecido – , estão os grupos Manhattan Transfer, The Real Group (sueco), New York Voices e Take 6. Segundo a All Music Guide, o quarteto foi desfeito em 64, já com Don Sheldon no lugar de Strasen.
O repertorio navega entre standards consagrados como “Fascinating Rhythm” e “Of The I Sing”(Gershwin), “Something’s Coming” (Bernstein), “The I’ll Be Tired Of You” (Harburg & Schwartz) e “Small Fry” (Carmichael & Loesser), entre outros. Um crédito especial deve ser dado ao engenheiro de remasterização, que conseguiu manter a fidelidade do similar em vinil, lançado em 1959. Como estamos em fase de talentos super precoces, nada como voltar um pouco ao túnel do tempo e passar a limpo músicos e vocalistas que deixaram escolas até hoje marcantes. Entre os grupos vocais, The Hi-Los é a maior delas (#).

(#) com a palavra, a respeito, nosso mestre Raffaelli.

OS NOVOS NOMES DO JAZZ

03 novembro 2005

Aqui vai um apanhado de jovens talentos do panorama jazzístico americano. Depois de ver resenhados aqui no blog alguns dos jovens e promissores talentos do jazz e ter notado que eram todos brancos e europeus - Eldar Djangirov, Francesco Cafiso e, por favor não me xinguem, Jamie Cullum - fui pesquisar e o que encontrei foram os seguintes nomes, com auxílio da lista de discussões do site allaboutjazz. Desculpem o tamanho do post.


Matt Savage - piano; 13 anos; www.savagerecords.com

Matt Savage nasceu em 1992. Embora seja autista, Matt é um autodidata que começou a estudar piano clássico em outubro de 1998 e que descobriu o jazz em 99. Passou a estudar no New England Conservatory of Music, de Boston, no outono de 99. Em dezembro desse ano gravou seu primeiro CD em colaboração com seu instrutor no Conservatório de New England, para levantar fundos para as pesquisas sobre autismo.
Em setembro de 2000, ele conheceu e tocou piano para Dave Brubeck, que comentou sobre o encontro: "Fiquei desconcertado com o seu talento. Essa é a palavra. [...]Tem uma mente musical e não é música o que ele deve aprender. Já é um músico avançado em diversas formas, aos 8 anos."
Em dezembro de 2001, Matt encontrou-se e tocou para e com Chick Corea. E improvisou com Avishai Cohen e Jeff Ballard, acompanhantes de Chick, nesse mesmo encontro. Publicou seu segundo CD (o primeiro solo), Live at The Old Mill, em janeiro de 2001. Com 9 anos, formou seu conjunto, The Matt Savage Trio, complementado por dois adultos (baixo e bateria). Conheceu e tocou para McCoy Tyner em agosto de 2001, tendo brincado com Avery Sharpe e Al Foster na oportunidade. Depois de um artigo no Boston Globe, em outubro daquele ano, Matt começou a ser contratado para concertos. Em novembro, lançou o primeiro CD do trio, All Jazzed Up, cuja resenha saiu no site "All About Jazz" em fevereiro de 2002, onde foi declarado "fenomenal".
Sua carreira vem sendo pontuada por incontáveis apresentações por todos os EUA, onde mostra temas de sua autoria, sem ter jamais estudado composição. Em junho de 2003, a Bosendorfer Pianos o contratou, sendo Matt o mais jovem (e a única criança) a ser contratado como "artista Bosendorfer" em 175 anos.
Fez sua primeira apresentação com o trio no Blue Note, em novembro de 2003 e foi objeto de artigo na revista Time quando então tinha apenas 11 anos. Nesse mesmo mês, Matt apresentou-se no Birdland, num grupo de músicos em que constavam o legendário Clark Terry no trompete, Jimmy Heath no saxofone, Jon Faddis também no trompete, Marcus McLaurine no contrabaixo e Kenny Washington na bateria. Don Friedman também lá estava e revezou-se com Matt ao piano.
Em agosto de 2004, o Matt Savage Trio lançou seu último CD, Cutting Loose. O concerto de lançamento foi no mesmo Birdland, em 4 de outubro. De lá para cá, Matt vem colecionando prêmios em profusão e a despeito de sua condição particular, é voz corrente que pode vir a se transformar num grande gênio da música instrumental.


Renee Olstead - cantora , 16 anos - www.reneeolstead.com

Já resenhada aqui no passado pelo JoFla, a ruivinha texana vem fazendo grande sucesso nos EUA. Dela se diz, em comentário traduzido livremente:
"É normal a sensação de desconexão entre as canções que você ouve e a artista que as canta, no disco de lançamento de Renee Olstead pela 143/Reprise Records. Afinal, é uma coleção dos mais queridos temas do "Great American Songbook", de Summertime até Someone to Watch Over Me, de The Difference a Day Makes até Sentimental Journey, e inclui A Love That Will Last, uma balada de tirar o folego composta por seu mentor e produtor David Foster (Celine Dion, Michael Bublé).
Sua música é interpretada com toda aquela qualidade, lustro e beleza que já ressoaram nos repertórios de todas, de Billie a Judy [Garland]. Mais simplesmente, tem de ter uma baita confiança, para não dizer coragem, para pegar os clássicos e fazê-los soar como se fossem seus. Agora, imaginem isso tudo na idade de quinze anos."
A jovem Olstead parece conquistar os corações e virar as cabeças de todos cada vez que empunha um microfone, onde quer que seja. O que no início parece apenas uma voz madura numa adolescente, em pouco tempo se transforma num perfeito delírio diante da arte finamente destilada, e por toda a sua sensibilidade. Algo que talvez possa ser creditado ao fato de ter iniciado sua carreira aos cinco anos de idade, cantando junto ao rádio e sem ter tido nenhuma educação musical.
Dona de grande desembaraço cênico, Renee participou de alguns grandes filmes e co-estrela uma série na TV que vai para a terceira temporada.
Renee lançou o CD que carrega seu nome em abril de 2004. É uma bela promessa de cantora, a ser acompanhada de perto.


Julian Lage - guitarra; 17 anos - http://www.tedkurland.com/pbuild/linkbuilder.cfm?selection=doc.284

Quando Russel Malone deixou Lage tocar uma versão em improviso de "Straight, No Chaser", de Monk, no Festival de Jazz de San Francisco, em 2000, ficou abismado. Mesmo já o tendo ouvido antes, sua frase foi definitiva: "caramba, se você deixar um moleque desses entrar no seu closet, ele sai vestindo a sua roupa!"
Desde cedo, Julian vem atraindo muita atenção profissional por seu trabalho na guitarra. Foi o personagem retratado no documentário "Julian at Eight" e aos 16 anos já viajava para apresentar-se com Gary Burton e Martin Taylor, além de ter se apresentado com Herbie Hancock, Carlos Santana, Bobby Hutcherson, Charles Lloyd e Joe Lovano, para citar uns papas.
Começou a tocar aos cinco anos, tendendo para o blues. Quando foi para o Conservatório de Música de San Francisco, foi jogado no poço profundo da música clássica e então introduzido à liberdade do jazz. Depois de passar pela Sonoma State University, Lage foi aluno do Ali Akbar College of Music e da Berklee College of Music, em Boston, numa carreira de aprendizado que poucos músicos podem ostentar.
Seu primeiro trabalho foi acompanhando o vibrafonista Gary Burton em seu disco Generations, lançado em abril de 2004, onde são interpretados três temas de sua autoria, junto a outros de Oscar Peterson, Steve Swallow, Carla Bley e Pat Metheny. Compor tem sido o foco de Julian nos últimos anos, e ele costuma testar suas músicas com um trio ou quarteto que escolhe para isso, mas acha que vê-las interpretadas pelo quinteto de Gary Burton levou seu trabalho e musicalidade a um outro nível.
Corajoso, Julian sempre se desafia quando toca, buscando inspiração nas dificuldades a que se impõe. A despeito do arsenal de manobras proporcionadas pela dexteridade de ter cursado exaustivamente os "standards", Lage prefere deixar a coisa correr frouxa e aberta para sentir-se confortável com qualquer rumo que os improvisos tomem em sua cabeça.
Aos 17 anos, Julian é considerado um guitarrista maduro. Sua carreira deve ser profícua.

Obs.: Julian Lage apresentou-se este ano no Brasil, no Festival Tudo É Jazz, na cidade de Ouro Preto; e também no Rio e em São Paulo Fina, ao lado de outro jovem talento emergente, o pianista Taylor Eigsti (vide abaixo). Eu vi sua apresentação. Achei que, de fato, é possuidor de um talento nato e uma musicalidade extremada. É brilhante.


Yuma Sung: piano, 16 anos - www.yumasung.com

O mais velho de três irmãos e interessado em música desde que ouviu a primeira, Yuma iniciou seus estudos aos seis anos, pelos clássicos, e somente depois dos nove foi atraído pelo jazz, quando esteve num concerto de David Benoit no verão de 1988. Foi quando passou a gostar do piano jazzístico e das improvisações. Ainda estudando ambas as vertentes musicais, Yuma fez inúmeros concertos de jazz e de classicos e já liderou diversas bandas em festivais de jazz, nos quais recebeu premios como solista, como em Reno e San José, além do Central California Jazz Festival.
Começou a compor para o jazz em 2000, aos 10 anos e ficou em primeiro lugar no 25o. concurso da revista DownBeat para Composições Originais, com a música "Looking Up", escrita em homenagem a dois de seus professores de música anteriores. Seu interesse agora está voltado para trilhas sonoras de cinema e tem sido visto pelos cantos da casa compondo inúmeras peças para esse fim.
Seu primeiro CD, Looking Up saiu em maio de 2003 e foi David Benoit quem escreveu as "liner notes" que descrevem a atuação de Yuma, acompanhado de John Shifflet e Jason Lewis.
Em agosto de 2003, participou do concerto Três Gerações, com Dave Brubeck e Benoit, sendo ele mesmo o representante da última geração. É, certamente, um outro nome a ser seguido de perto.


Taylor Eigsti, piano, 20 anos - http://www.tedkurland.com/pbuild/linkbuilder.cfm?selection=doc.284

Começou a tocar aos 4 anos e estreou profissionalmente aos 8, quando foi convidado para abrir uma apresentação do pianista David Benoit. Desde então vem recebendo ótimas críticas por sua proficiência técnica e seu estilo maduro e intuitivo de tocar. Já se apresentou com Dave Brubeck, James Moody, Ernestine Anderson, Bobby Hutchinson, Bill Watrous, Kevin Mahogany, Alan Broadbent, Lewis Nash, Rufus Reid, Ira Sullivan e Diane Schuur, dentre uma grande quantidade de músicos do primeiro time do jazz, embora não se limite a isso. Já tocou temas clássicos para e com Sylvia McNair e Frederica von Stade, e inúmeras grandes sinfonias.
Seu último CD em trio, lançado em agosto de 2003, Resonance, com o baixista John Shifflett e o baterista Jason Lewis (que parecem ter-se especializado em acompanhar aos fenômenos emergentes) recebeu 4 estrelas dos críticos da DownBeat, do All Music Guide, da Jazz Connection, entre outros especializados. Como líder, lançou também Tay's Groove, em 2000, o ao vivo Live At Filoli em 2001 e Taylor's Dream naquele mesmo ano.
Ultimamente vem se apresentando com o guitarrista Julian Lage, já mencionado acima, em pródiga parceria. Ambos se complementam, estimulando uma criação constante de grandes momentos sonoros. Segundo o próprio Taylor, ele estará lançando em fevereiro de 2006 um novo CD do qual participam Lage, Christian McBride e Lewis Nash, entre outros jazzistas. Fica óbvio que, pelo que já apresentam, merece(m) ser acompanhados de perto sob pena de se perder jazz de primeiríssima.


E.J. Strickland - bateria; 26 anos - http://www.gigmama.com/?ejstrickland

É considerado um dos mais "quentes" entre os jovens bateristas da atualidade. Desde que entrou em cena em 1997, já tocou com o quartetos de Ravi Coltrane, Russel Malone, Marcus Strickland (seu irmão gêmeo), com a cantora Lizz Wright, nas formações de quarteto e quinteto lideradas por Vincent Herring, com Myron Walden e com Freddie Hubbard. Com sua pouca idade, não é difícil prever que o melhor ainda está por vir.
Seu nome é Enoch Jamal Strickland e ele foi criado na Flórida. Seu pai era um entusiasta do jazz e assim os irmãos E.J. e Marcus foram imersos na música de Miles, Coltrane, dos Jazz Crusaders, Stevie Wonder e etc, desde garotos. Aos 11 anos, E.J. decidiu dedicar-se exclusivamente ao estudo da música. Estudou música clássica e jazz, onde adquiriu influências de Elvin e Philly Joe Jones, Roy Haynes, Tony Williams, Jeff 'Tain' Watts e Brian Blade, entre outros. Depois de conhecer Wynton Marsalis, Jon Faddis e Bobby Watson em clínicas em Miami, os irmãos decidiram partir para New York e perseguir ali seus objetivos musicais.
Em 1997, E.J. estava estudando piano para polir suas qualidades como compositor e então pode estudar bateria com bateristas do naipe de Joe Chambers, Jimmy Cobb e Lewis Nash, entre outros. Faz parte do quarteto de seu irmão Marcus onde desenvolveu um modo de tocar característico, mesclando toques sutilíssimos e uma batida pesadamente sincopada. Mesmo antes de se graduar, já havia tocado com Wynton Marsalis, Christian McBride, Herbie Hancock, Diane Reeves e Abbey Lincoln.

Pode vir a ser mais uma boa surpresa no cenário jazzístico.


Marcus Strickland - sax tenor; 26 anos - http://www.marcusstrickland.com

Seu último disco, Brotherhood, (lançado em 2003), traz uma boa amostra do som sempre em desenvolvimento de Marcus. Esse jovem de 26 anos, criado em Miami, executa ali, nos saxes soprano e tenor, suas composições intrigantes de uma tal maneira que prende a atenção mesmo do ouvinte mais pretensioso. "Acho que o som que fazemos chega bem ao público porque mesmo que o som apresente alguns desafios, nós nos divertimos muito mostrando nossas personalidades. Tocar direito, correto, não é o bastante, é preciso ter a coragem de assumir riscos com entusiasmo, para que essa expressão faça arrepiar os ouvintes. Fazemos com que estes possam bater os pés mesmo tocando formas e ritmos mais complicados", diz ele.
No disco, Marcus compôs todos os temas, exceto um (The Unsung Hero, de seu irmão E. J.), mantendo a trama de sua personalidade sempre presente, sem fazer concessões a fórmulas convencionais. Na sua idéia, a composição deve levar em conta quem vai executá-la, e considera que a seção rítmica deva ter uma participação interativa forte, maior do que simplesmente prover acompanhamento, pois acha que este deve ser tão memorável quanto a melodia. A variedade de grooves em Brotherhood permite diversas paisagens distintas para a improvisação. Este disco é considerado uma perfeita continuação para seu anterior At Last, de ótima aceitação, e cuja orientação principal foi na direção do swing.
A formação em Brotherhood, aliás repetindo a de At Last, inclui seu irmão gêmeo, E. J. Strickland, da nova linhagem de bateristas, Robert Glasper no piano, Brandon Owens no contrabaixo, com a adição do trompetista Jeremy Pelt em duas faixas. Segundo Marcus, juntos, eles provêm o combustível que move a produtividade dos conceitos genuínos do jazz - um som de grupo.
Pessoalmente, Marcus deve seu aperfeiçoamento - visível, nos últimos dois anos - ao aprendizado com o baterista Roy Haynes e com o baixista Lonnie Plaxico. Sobre Haynes, ele diz que seu vasto conhecimento e versatilidade ajudaram profundamente em seu crescimento musical; e que a inventividade e imaginação fértil de Plaxico o ajudaram em muito a abrir seus horizontes.
Marcus vem se apresentando em grandes bandas, como a do Carnegie Hall, a Mingus Big Band, a do Village Vanguard, a big band de Tom Harrell, na de Milt Jackson e na do Lincoln Center, e com os conjuntos de Roy Haynes, de Lonnie Plaxico e de Jeff 'Tain' Watts.


Darryl Reeves - sax alto, 26 anos - www.darrylreeves.com

Saxofonista, compositor e visionário, Darryl é um dos músicos emergentes nos EUA com um olho nas mudanças. Um músico que se pretende inovador, vem cativando as audiências ao despejar seu coração e sua alma, sem avareza, através de seu sax.
Nascido no Mississippi, vem de família se músicos dos quais recebeu diversificadas influências desde cedo, Seu pai era cantor, tem irmão e irmã músicos e ainda um outro irmão que também toca sax. Mudando-se para Miami, no início negligenciava, admite, a prática, e estava mais interessado em funk, hip-hop e rythm-'n-blues. Foi o irmão saxofonista que o reconduziu aos trilhos jazzísticos pois detinha muito material de Parker, Clifford Brown, Monk e Coltrane. Quando Darryl descobriu que era dali que o hip-hop vinha buscando inúmeras "samples" (partes de músicas), entendeu tudo e resolveu dedicar-se ao jazz.
Através de um professor do colégio, foi apresentado a Melton Mustafa, trompetista que tocara das bandas de Thad Jones e Count Basie e que dava aulas de teoria de jazz aos sábados. "O cara era durão. Eu sempre saía de lá com dor de cabeça depois das sessões com ele, mas valeu a pena", diz Darryl. Tendo estudado na Jackson State University, foi lá que teve contatos "enriquecedores" com o baixista London Branch e o baterista Alvin Fielder, e com o compositor de trilhas para cinema, Dee Barton, com quem aprendeu arranjos e harmonia.
Daí Darryl foi para New Orleans, para obter seu Master Degree em música, na Universidade local, onde estudou com Terence Blanchard, Ed Peterson e Harold Batiste, entre outros, e onde desenvolveu a reputação de tocar um sax-alto feroz, tendo apresentado-se junto a Delfeayo Marsalis, Nicholas Payton, Russell Gunn, Roy Hargrove, Jason Marsalis, Roland Guerin, Rodney Whitaker e Donald Harrison, entre vários outros.


Miguel Zenón - sax; 28 anos - http://www.miguelzenon.com

Outro saxofonista nesta lista, Zenón é porto-riquenho e estudou na famosa Escuela Libre de Musica, de San Juan. Apesar de já ouvir Parker e outras feras no ginásio, só quando chegou a Berklee com uma bolsa concedida pelo Festival Heineken de Jazz de Porto Rico é que Miguel começou seu treinamento formal em jazz.
Foi um excelente aluno em Boston, tendo recebido o prêmio de melhor-aluno-bolsista, entre outros prêmios, tais como uma bolsa durante seus estudos, concedida pela Corporation of Musical Arts. Foi também nessa época que Zenon tornou-se ativo participante na cena jazzística no entorno de Boston, onde ganhou experiência profissional. Quando de sua graduação em 1998, recebeu como prêmio outra bolsa, desta vez para a Manhattan School of Music, onde recebeu seu Master em Performance de Saxofone, em 2001. Entre seus mestres, Angel Marrero, Leslie Lopez, Rafael Martinez, Danilo Perez, Dick Oatts, Dave Liebman, George Garzone and Bill Pierce.
Em sua curta mas prestigiosa carreira, Zenón tocou ou gravou com uma infinidade de grupos de todos os tipos, incluindo: David Sanchez, Danilo Perez, William Cepeda's Afrorican Jazz, Bob Moses' Mozamba, The Either/Orchestra, The Village Vanguard Orchestra, The Guillermo Klein Big Band, The Mingus Big Band, Charlie Haden, The David Murray Big Band, The Jason Lindner Big Band, Brian Lynch, Greg Tardy, Branford Marsalis, Ray Barretto, Michele Rosewoman e Ed Simon.
Já lançou 2 CDs como líder, Looking Forward, em 2002 e Ceremonial em 2004, este pelo selo Marsalis Music, tendo sido um dos primeiros a assinar como estrela da nova "griffe" de Branford. Miguel ganhou o topo da lista da DownBeat em 2004, para a categoria "Sax Alto Merecedor de Maior Reconhecimento".
Desde a primavera de 2004, faz parte do projeto "SFJazzCollective", na companhia de ninguém menos do que Joshua Redman, Nicholas Payton, Reene Rosnes, Robert Hurst, Brian Blade, Josh Roseman and Bobby Hutcherson. O projeto se iniciou focado no ensino na área de São Francisco e então viajou pela California toda antes de gravar um CD ao vivo que inclui uma composição de cada membro da banda além de algumas outras de Ornette Coleman. Vão voltar a se reunir em 200r, para repetir a dose.
Em 2005, Miguel Zenón lançou seu segundo CD pela Marsalis Music, chamado Jibaro.


Danny Grissett - piano; 30 anos - http://home.earthlink.net/~dangris/bio.htm

Originario de Los Angeles, o pianista e compositor Danny Grissett é a novidade na cena musical de New York. Começou no piano aos cinco anos, e passou para os clássicos aos seis. Danny continuou seus estudos de música clássica durante o ginásio e a faculdade, recebendo seu diploma em Educação Musical em 1998, enquanto ia desenvolvendo sua paixão pelo jazz.
Explorou mais profundamente essa vertente ao longo de sua graduação pela California Arts em 2000, anexando a esta o Certificado de Performance Avançada, obtida do prestigioso Thelonious Monk Institute, em 2001. Ali, estudou jazz com mestres como Barry Harris, Herbie Hancock, Terence Blanchard, Kenny Barron, Bobby Watson, Jimmy Heath e Carl Allen. Enquanto morou em Los Angeles, trabalhou com artistas locais e visitantes do porte de Billy Higgins, George Coleman, Jackie McLean e Ralph Moore.
Danny mudou-se para New York no verão de 2003, e em poucos meses foi trabalhar como o sideman predileto de gente como Vincent Herring, Vanessa Rubin, and Wycliffe Gordon. Tocou também com Freddie Hubbard, Tom Harrell, Bob Hurst, The Mingus Big Band, Russell Malone e Jeremy Pelt para citar alguns. Mais recentemente, tem alternado apresentações viajando com o novo quarteto de Nicholas Payton e os quintetos de Vincent Herring e de Tom Harrell.


A relação pára por aqui pois decidi que não listaria artistas promissores acima dos 30 anos. Menciono apenas seus nomes, pois são talentos que se firmam a cada dia mais no mercado fonográfico de jazz, como o trompetista Russel Gunn, de 34 anos e o trombonista Joshua Roseman, de 36. Além do saxofonista-alto Jaleel Shaw (cuja idade não pude encontrar), outro young-lion de peso no cenário jazzístico.

Talvez estejamos em breve resenhando suas próprias obras aqui no CJUB. Vamos aguardar.

CONVERSANDO COM HÉLIO DELMIRO

02 novembro 2005

Por causa da temporada que Helio Delmiro vai fazer aqui no RJ nas sextas-feiras de novembro no projeto Brasilian Jazz Spirit, já publicado pelo nosso amigo Kessel, conversei rapidamente com ele sobre os shows e compartilho esse papo com os amigos do CJUB.

Confesso ser uma grande alegria poder ouvi-lo e vê-lo novamente, cuja guitarra, de estilo e timbre tão originais, esteve presente nos grandes momentos da nossa música popular e instrumental.

O show será SOLO com repertório de standards do jazz já gravados pelo Helio Delmiro e temas próprios, clássicos, que fizeram dele, com certeza, um dos grandes guitarristas do Brasil. Lembrando também que seu lado cantor vai estar presente, conforme registrado em seu último trabalho - Compassos - no tema “Ilusão à Toa”.

Sobre os standards de jazz, fica a nossa expectativa de ouvirmos Body and Soul, Round Midnight, Epistrophy, My Favorite Things e Autumn Leaves, entre outros, onde Helio os desenvolve com maestria e beleza inconfundíveis. Para Helio Delmiro, cada show é único e o repertório é influenciado, e muito, pela dinâmica do público presente, cujo entusiasmo e participação motiva um tema e outro.

Sobre o relançamento dos antigos álbuns – Chama, Romã, Symbiosis – ele tem a intenção de colocá-los no mercado novamente, seja por selo próprio, independente ou pela internet, através de seu site que em breve estará no ar.

Perguntado sobre o que ele gosta de ouvir e daquelas coisas que ficam guardadas no “baú”, no bom sentido, Helio falou do seu gosto por Bill Evans e Thad Jones e disse que ouve poucos guitarristas, preferindo outras sonoridades e intrumentos como piano e orquestra.

É isso, foi um papo rápido, mas fica o registro e, mais uma vez, o convite para os shows.

Segue agenda do programa, todas as 5as, 6as e sábados de novembro:

03/11 - Nelson Faria Trio com Ney Conceição e Kiko Freitas
04/11 - Helio Delmiro
05/11 - Marcos Ariel
10/11 - Thaís Fraga e Trio
11/11 - Helio Delmiro
12/11 - Gilson Peranzetta e Mauro Senise
17/11 - Marcelo Salazar e Trio
18/11 - Helio Delmiro
24/11 - Fernando Moura
25/11 - Helio Delmiro
26/11 - Marco Pereira e Gabriel Grossi

O ingresso custa R$20,00, incluindo R$10,00 de consumação individual;
O horário dos shows é 21:00hs;
O local é no Espírito das Artes (80 lugares), Cobal do Humaitá, Botafogo, RJ;
O telefone é 21 5794091 (a partir das 15:00hs.)

O projeto “Brazilian Jazz Spirit” tem produção e realização do Espírito das Artes, apoio do Espírito do Chopp e VISA e direção de Thaís Fraga.

Bom show !

JAZZ NOS 40 ANOS DA SALA CECÍLIA MEIRELES

Final de semana de jazz na Lapa, Rio de Janeiro, em comemoração dos 40 anos da Sala Cecília Meireles, templo da música clássica carioca que também já serviu de palco para grandes nomes do jazz e da música instrumental contemporânea.

Para celebrar o evento, que vem sendo promovido desde fevereiro deste ano, estarão se apresentando :

sábado, 05/11, Amy Duncan e a Rio Jazz Orchestra;

domingo, 06/11, Idriss Boudrioua Quarteto e a UFRJazz Ensemble


Para quem não conhece, Amy Duncan é pianista, iniciou sua trajetória nos anos 60 onde se juntou com músicos do movimento "free" sob a liderança do saxofonista Sam Rivers. Participou em todas as edições do Women's Jazz Festival, em Kansas City, recebendo elogios do crítico Leonard Feather na revista Jazz Times. Estabeleceu-se em NY em 1981 e em 1984 formou a "Brass Tacks", da qual participaram Randy Brecker, Lew Tabackin, Delfeayo Marsalis, Robin Eubanks, entre outros. Em 2000, de volta ao Rio de Janeiro, criou a versão brasileira da "Brass Tacks" com a ajuda do baterista Pascoal Meireles e gravou o CD My Joy. A big band brasileira, com uma formação inovadora composta por 10 músicos - 2 trompetes, 2 trombones, 2 bombardinos, 1 tuba, baixo, piano, e bateria - parte do jazz para receber influências de ritmos africanos, funk, salsa, samba e bossa nova.

Os ingressos custam R$ 20,00
O horário é 19:00hs
O local é na Sala Cecília Meireles, no Largo da Lapa, 47, Centro, RJ
O telefone é (21) 2224-4291

Bom show !

JOFLAVIO: MAIS UMA VOLTA NO HODÔMETRO

01 novembro 2005

José Flavio Garcia, o JOFLA, que funciona como nosso Embaixador Plenipotenciário para as Áreas Abaixo do Trópico de Capricórnio, está completando hoje mais uma virada na quilometragem, rodagem que no entanto me reservo o direito de não revelar pois vai que o sujeito precisa voltar ao mercado e resolve mexer no velocímetro...

Mando daqui o meu abraço ao gentil amigo (e peço que dê atenção especial ao meu email de ontem) pela data, desejando-lhe muita saúde e paz de espírito para gozar as boas coisas da vida como merece, ao som de jazz.

Parabéns, Zé!

STYNE & MINE

Na esteira do comentário do Sazz, outro importante pianista europeu, o francês Christian Jacob (8 de maio, 1958, Lorraine), merece atenção especial. Com o seu habitual trio – Trey Henry, baixo, e Ray Brinker, bateria - ele caba de lançar um empolgante CD, trazendo temas de Jule Styne e outros de sua autoria.“Styne & Mine” é a confirmação do que se fala a seu respeito como um pianista de primeiro time no cenário atual do jazz. Alan & Marilyn Bergman:”Christian’s taste and touch are impeccable, Jule Styne would love this CD and so will you”.

Jacob entrou no conservatório de Metz aos 6 anos, graduando-se aos 12 - seguiu depois para o conservatório de Paris –, sempre focado à música clássica. A opção pelo jazz veio com Oscar Peterson e Dave Brubeck. A Berklee foi o caminho natural, já sob os cuidados de Gary Burton e Phil Wilson, com tempo ainda para tocar com Chick Corea, Michael Brecker, Eddie Gomez, Peter Erskine e Steve Gadd, entre outros. Mas foi com o próprio Burton, que considera um gênio, e Maynard Ferguson, que se tornou conhecido entre os músicos. Certa vez, numa rádio francesa, Herbie Hancock teria mencionado seu nome como um grande pianista, embora nem mesmo os franceses soubessem de quem se tratava. Hoje na Califórnia , Jacob tem a sua carreira ligada à cantora Tierney Sutton, com quem fez vários discos, não só como pianista mas como arranjador. Esse trabalho chamou a atenção de Benny Golson:”This thing called talent is usually found within the voluminous folds of phenomenon itself and there are a select few who have been endowed with a full measure of its fruitage. An excepcional, young pianist name Christian Jacob is one of these”.
Styne & Mine” é um álbum com a marca registrada de Jacob, a criatividade. “Just In Time” e “People” - essa última um show à parte -, clássicos de Jule Styne, renascem revigoradas. A própria Tierney Sutton – e não poderia ser diferente – aparece em duas faixas, com destaque para “I Fall In Love Too Easily”. Se o piano moderno passa por uma concepção de harmonia mais ousada, Christian Jacob já faz parte dos novos e definitivos talentos, ao lado de Jacky Terrasson e Brad Mehldau, por exemplo, além de outros colegas europeus, como o abaixo citado pelo Sazz.

CDS LANÇADOS:
1996 - Maynard Ferguson Presents Christian Jacob (Concord Jazz)
1999 - Time Lines (Concord Jazz)
2005 - Styne & Mine (Wilder Jazz)