
Muito populares na década de 40, os grupos vocais norte-americanos marcaram época. Não havia, porém, qualquer intenção jazzística. Em 1953, mais precisamente em Hollywood, formou-se um quarteto que até hoje é lembrado como o precursor do chamado “vocal harmônico”, bem mais próximo ao jazz, tendo como mentor
Gene Puerling – mais tarde formaria outro grupo de vanguarda,
Singers Unlimited.
The Hi-Los é referência unânime até hoje quando o assunto é vocal moderno, ou seja, harmônico. A discografia do grupo resume-se a 15 álbuns de difícil acesso, principalmente quando remasterizados em CD. Entre os mais cotados está “
All That Jazz”, trazendo de quebra a banda de
Marty Paich, também responsável pelos arranjos, ao lado do pianista
Clare Fischer. Participam do álbum o saxofonista
Bud Shank, o baixista
Joe Mondragon, o baterista
Mel Lewis e o trombonista
Jack Sheldon. Ao lado de
Puerling,
Bob Strasen,
Clark Burroughs e
Bob Morse sobram em criatividade e fazem do CD um raro momento no gênero. Entre os seguidores dessa escola, além do próprio
Singers Unlimited – já desaparecido – , estão os grupos
Manhattan Transfer,
The Real Group (sueco),
New York Voices e
Take 6. Segundo a All Music Guide, o quarteto foi desfeito em 64, já com
Don Sheldon no lugar de
Strasen.
O repertorio navega entre standards consagrados como “
Fascinating Rhythm” e “
Of The I Sing”(
Gershwin), “
Something’s Coming” (
Bernstein), “
The I’ll Be Tired Of You” (
Harburg & Schwartz) e “
Small Fry” (
Carmichael &
Loesser), entre outros. Um crédito especial deve ser dado ao engenheiro de remasterização, que conseguiu manter a fidelidade do similar em vinil, lançado em 1959. Como estamos em fase de talentos super precoces, nada como voltar um pouco ao túnel do tempo e passar a limpo músicos e vocalistas que deixaram escolas até hoje marcantes. Entre os grupos vocais,
The Hi-Los é a maior delas (#).
(#) com a palavra, a respeito, nosso mestre Raffaelli.
Nenhum comentário:
Postar um comentário