Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

OS NOVOS NOMES DO JAZZ

03 novembro 2005

Aqui vai um apanhado de jovens talentos do panorama jazzístico americano. Depois de ver resenhados aqui no blog alguns dos jovens e promissores talentos do jazz e ter notado que eram todos brancos e europeus - Eldar Djangirov, Francesco Cafiso e, por favor não me xinguem, Jamie Cullum - fui pesquisar e o que encontrei foram os seguintes nomes, com auxílio da lista de discussões do site allaboutjazz. Desculpem o tamanho do post.


Matt Savage - piano; 13 anos; www.savagerecords.com

Matt Savage nasceu em 1992. Embora seja autista, Matt é um autodidata que começou a estudar piano clássico em outubro de 1998 e que descobriu o jazz em 99. Passou a estudar no New England Conservatory of Music, de Boston, no outono de 99. Em dezembro desse ano gravou seu primeiro CD em colaboração com seu instrutor no Conservatório de New England, para levantar fundos para as pesquisas sobre autismo.
Em setembro de 2000, ele conheceu e tocou piano para Dave Brubeck, que comentou sobre o encontro: "Fiquei desconcertado com o seu talento. Essa é a palavra. [...]Tem uma mente musical e não é música o que ele deve aprender. Já é um músico avançado em diversas formas, aos 8 anos."
Em dezembro de 2001, Matt encontrou-se e tocou para e com Chick Corea. E improvisou com Avishai Cohen e Jeff Ballard, acompanhantes de Chick, nesse mesmo encontro. Publicou seu segundo CD (o primeiro solo), Live at The Old Mill, em janeiro de 2001. Com 9 anos, formou seu conjunto, The Matt Savage Trio, complementado por dois adultos (baixo e bateria). Conheceu e tocou para McCoy Tyner em agosto de 2001, tendo brincado com Avery Sharpe e Al Foster na oportunidade. Depois de um artigo no Boston Globe, em outubro daquele ano, Matt começou a ser contratado para concertos. Em novembro, lançou o primeiro CD do trio, All Jazzed Up, cuja resenha saiu no site "All About Jazz" em fevereiro de 2002, onde foi declarado "fenomenal".
Sua carreira vem sendo pontuada por incontáveis apresentações por todos os EUA, onde mostra temas de sua autoria, sem ter jamais estudado composição. Em junho de 2003, a Bosendorfer Pianos o contratou, sendo Matt o mais jovem (e a única criança) a ser contratado como "artista Bosendorfer" em 175 anos.
Fez sua primeira apresentação com o trio no Blue Note, em novembro de 2003 e foi objeto de artigo na revista Time quando então tinha apenas 11 anos. Nesse mesmo mês, Matt apresentou-se no Birdland, num grupo de músicos em que constavam o legendário Clark Terry no trompete, Jimmy Heath no saxofone, Jon Faddis também no trompete, Marcus McLaurine no contrabaixo e Kenny Washington na bateria. Don Friedman também lá estava e revezou-se com Matt ao piano.
Em agosto de 2004, o Matt Savage Trio lançou seu último CD, Cutting Loose. O concerto de lançamento foi no mesmo Birdland, em 4 de outubro. De lá para cá, Matt vem colecionando prêmios em profusão e a despeito de sua condição particular, é voz corrente que pode vir a se transformar num grande gênio da música instrumental.


Renee Olstead - cantora , 16 anos - www.reneeolstead.com

Já resenhada aqui no passado pelo JoFla, a ruivinha texana vem fazendo grande sucesso nos EUA. Dela se diz, em comentário traduzido livremente:
"É normal a sensação de desconexão entre as canções que você ouve e a artista que as canta, no disco de lançamento de Renee Olstead pela 143/Reprise Records. Afinal, é uma coleção dos mais queridos temas do "Great American Songbook", de Summertime até Someone to Watch Over Me, de The Difference a Day Makes até Sentimental Journey, e inclui A Love That Will Last, uma balada de tirar o folego composta por seu mentor e produtor David Foster (Celine Dion, Michael Bublé).
Sua música é interpretada com toda aquela qualidade, lustro e beleza que já ressoaram nos repertórios de todas, de Billie a Judy [Garland]. Mais simplesmente, tem de ter uma baita confiança, para não dizer coragem, para pegar os clássicos e fazê-los soar como se fossem seus. Agora, imaginem isso tudo na idade de quinze anos."
A jovem Olstead parece conquistar os corações e virar as cabeças de todos cada vez que empunha um microfone, onde quer que seja. O que no início parece apenas uma voz madura numa adolescente, em pouco tempo se transforma num perfeito delírio diante da arte finamente destilada, e por toda a sua sensibilidade. Algo que talvez possa ser creditado ao fato de ter iniciado sua carreira aos cinco anos de idade, cantando junto ao rádio e sem ter tido nenhuma educação musical.
Dona de grande desembaraço cênico, Renee participou de alguns grandes filmes e co-estrela uma série na TV que vai para a terceira temporada.
Renee lançou o CD que carrega seu nome em abril de 2004. É uma bela promessa de cantora, a ser acompanhada de perto.


Julian Lage - guitarra; 17 anos - http://www.tedkurland.com/pbuild/linkbuilder.cfm?selection=doc.284

Quando Russel Malone deixou Lage tocar uma versão em improviso de "Straight, No Chaser", de Monk, no Festival de Jazz de San Francisco, em 2000, ficou abismado. Mesmo já o tendo ouvido antes, sua frase foi definitiva: "caramba, se você deixar um moleque desses entrar no seu closet, ele sai vestindo a sua roupa!"
Desde cedo, Julian vem atraindo muita atenção profissional por seu trabalho na guitarra. Foi o personagem retratado no documentário "Julian at Eight" e aos 16 anos já viajava para apresentar-se com Gary Burton e Martin Taylor, além de ter se apresentado com Herbie Hancock, Carlos Santana, Bobby Hutcherson, Charles Lloyd e Joe Lovano, para citar uns papas.
Começou a tocar aos cinco anos, tendendo para o blues. Quando foi para o Conservatório de Música de San Francisco, foi jogado no poço profundo da música clássica e então introduzido à liberdade do jazz. Depois de passar pela Sonoma State University, Lage foi aluno do Ali Akbar College of Music e da Berklee College of Music, em Boston, numa carreira de aprendizado que poucos músicos podem ostentar.
Seu primeiro trabalho foi acompanhando o vibrafonista Gary Burton em seu disco Generations, lançado em abril de 2004, onde são interpretados três temas de sua autoria, junto a outros de Oscar Peterson, Steve Swallow, Carla Bley e Pat Metheny. Compor tem sido o foco de Julian nos últimos anos, e ele costuma testar suas músicas com um trio ou quarteto que escolhe para isso, mas acha que vê-las interpretadas pelo quinteto de Gary Burton levou seu trabalho e musicalidade a um outro nível.
Corajoso, Julian sempre se desafia quando toca, buscando inspiração nas dificuldades a que se impõe. A despeito do arsenal de manobras proporcionadas pela dexteridade de ter cursado exaustivamente os "standards", Lage prefere deixar a coisa correr frouxa e aberta para sentir-se confortável com qualquer rumo que os improvisos tomem em sua cabeça.
Aos 17 anos, Julian é considerado um guitarrista maduro. Sua carreira deve ser profícua.

Obs.: Julian Lage apresentou-se este ano no Brasil, no Festival Tudo É Jazz, na cidade de Ouro Preto; e também no Rio e em São Paulo Fina, ao lado de outro jovem talento emergente, o pianista Taylor Eigsti (vide abaixo). Eu vi sua apresentação. Achei que, de fato, é possuidor de um talento nato e uma musicalidade extremada. É brilhante.


Yuma Sung: piano, 16 anos - www.yumasung.com

O mais velho de três irmãos e interessado em música desde que ouviu a primeira, Yuma iniciou seus estudos aos seis anos, pelos clássicos, e somente depois dos nove foi atraído pelo jazz, quando esteve num concerto de David Benoit no verão de 1988. Foi quando passou a gostar do piano jazzístico e das improvisações. Ainda estudando ambas as vertentes musicais, Yuma fez inúmeros concertos de jazz e de classicos e já liderou diversas bandas em festivais de jazz, nos quais recebeu premios como solista, como em Reno e San José, além do Central California Jazz Festival.
Começou a compor para o jazz em 2000, aos 10 anos e ficou em primeiro lugar no 25o. concurso da revista DownBeat para Composições Originais, com a música "Looking Up", escrita em homenagem a dois de seus professores de música anteriores. Seu interesse agora está voltado para trilhas sonoras de cinema e tem sido visto pelos cantos da casa compondo inúmeras peças para esse fim.
Seu primeiro CD, Looking Up saiu em maio de 2003 e foi David Benoit quem escreveu as "liner notes" que descrevem a atuação de Yuma, acompanhado de John Shifflet e Jason Lewis.
Em agosto de 2003, participou do concerto Três Gerações, com Dave Brubeck e Benoit, sendo ele mesmo o representante da última geração. É, certamente, um outro nome a ser seguido de perto.


Taylor Eigsti, piano, 20 anos - http://www.tedkurland.com/pbuild/linkbuilder.cfm?selection=doc.284

Começou a tocar aos 4 anos e estreou profissionalmente aos 8, quando foi convidado para abrir uma apresentação do pianista David Benoit. Desde então vem recebendo ótimas críticas por sua proficiência técnica e seu estilo maduro e intuitivo de tocar. Já se apresentou com Dave Brubeck, James Moody, Ernestine Anderson, Bobby Hutchinson, Bill Watrous, Kevin Mahogany, Alan Broadbent, Lewis Nash, Rufus Reid, Ira Sullivan e Diane Schuur, dentre uma grande quantidade de músicos do primeiro time do jazz, embora não se limite a isso. Já tocou temas clássicos para e com Sylvia McNair e Frederica von Stade, e inúmeras grandes sinfonias.
Seu último CD em trio, lançado em agosto de 2003, Resonance, com o baixista John Shifflett e o baterista Jason Lewis (que parecem ter-se especializado em acompanhar aos fenômenos emergentes) recebeu 4 estrelas dos críticos da DownBeat, do All Music Guide, da Jazz Connection, entre outros especializados. Como líder, lançou também Tay's Groove, em 2000, o ao vivo Live At Filoli em 2001 e Taylor's Dream naquele mesmo ano.
Ultimamente vem se apresentando com o guitarrista Julian Lage, já mencionado acima, em pródiga parceria. Ambos se complementam, estimulando uma criação constante de grandes momentos sonoros. Segundo o próprio Taylor, ele estará lançando em fevereiro de 2006 um novo CD do qual participam Lage, Christian McBride e Lewis Nash, entre outros jazzistas. Fica óbvio que, pelo que já apresentam, merece(m) ser acompanhados de perto sob pena de se perder jazz de primeiríssima.


E.J. Strickland - bateria; 26 anos - http://www.gigmama.com/?ejstrickland

É considerado um dos mais "quentes" entre os jovens bateristas da atualidade. Desde que entrou em cena em 1997, já tocou com o quartetos de Ravi Coltrane, Russel Malone, Marcus Strickland (seu irmão gêmeo), com a cantora Lizz Wright, nas formações de quarteto e quinteto lideradas por Vincent Herring, com Myron Walden e com Freddie Hubbard. Com sua pouca idade, não é difícil prever que o melhor ainda está por vir.
Seu nome é Enoch Jamal Strickland e ele foi criado na Flórida. Seu pai era um entusiasta do jazz e assim os irmãos E.J. e Marcus foram imersos na música de Miles, Coltrane, dos Jazz Crusaders, Stevie Wonder e etc, desde garotos. Aos 11 anos, E.J. decidiu dedicar-se exclusivamente ao estudo da música. Estudou música clássica e jazz, onde adquiriu influências de Elvin e Philly Joe Jones, Roy Haynes, Tony Williams, Jeff 'Tain' Watts e Brian Blade, entre outros. Depois de conhecer Wynton Marsalis, Jon Faddis e Bobby Watson em clínicas em Miami, os irmãos decidiram partir para New York e perseguir ali seus objetivos musicais.
Em 1997, E.J. estava estudando piano para polir suas qualidades como compositor e então pode estudar bateria com bateristas do naipe de Joe Chambers, Jimmy Cobb e Lewis Nash, entre outros. Faz parte do quarteto de seu irmão Marcus onde desenvolveu um modo de tocar característico, mesclando toques sutilíssimos e uma batida pesadamente sincopada. Mesmo antes de se graduar, já havia tocado com Wynton Marsalis, Christian McBride, Herbie Hancock, Diane Reeves e Abbey Lincoln.

Pode vir a ser mais uma boa surpresa no cenário jazzístico.


Marcus Strickland - sax tenor; 26 anos - http://www.marcusstrickland.com

Seu último disco, Brotherhood, (lançado em 2003), traz uma boa amostra do som sempre em desenvolvimento de Marcus. Esse jovem de 26 anos, criado em Miami, executa ali, nos saxes soprano e tenor, suas composições intrigantes de uma tal maneira que prende a atenção mesmo do ouvinte mais pretensioso. "Acho que o som que fazemos chega bem ao público porque mesmo que o som apresente alguns desafios, nós nos divertimos muito mostrando nossas personalidades. Tocar direito, correto, não é o bastante, é preciso ter a coragem de assumir riscos com entusiasmo, para que essa expressão faça arrepiar os ouvintes. Fazemos com que estes possam bater os pés mesmo tocando formas e ritmos mais complicados", diz ele.
No disco, Marcus compôs todos os temas, exceto um (The Unsung Hero, de seu irmão E. J.), mantendo a trama de sua personalidade sempre presente, sem fazer concessões a fórmulas convencionais. Na sua idéia, a composição deve levar em conta quem vai executá-la, e considera que a seção rítmica deva ter uma participação interativa forte, maior do que simplesmente prover acompanhamento, pois acha que este deve ser tão memorável quanto a melodia. A variedade de grooves em Brotherhood permite diversas paisagens distintas para a improvisação. Este disco é considerado uma perfeita continuação para seu anterior At Last, de ótima aceitação, e cuja orientação principal foi na direção do swing.
A formação em Brotherhood, aliás repetindo a de At Last, inclui seu irmão gêmeo, E. J. Strickland, da nova linhagem de bateristas, Robert Glasper no piano, Brandon Owens no contrabaixo, com a adição do trompetista Jeremy Pelt em duas faixas. Segundo Marcus, juntos, eles provêm o combustível que move a produtividade dos conceitos genuínos do jazz - um som de grupo.
Pessoalmente, Marcus deve seu aperfeiçoamento - visível, nos últimos dois anos - ao aprendizado com o baterista Roy Haynes e com o baixista Lonnie Plaxico. Sobre Haynes, ele diz que seu vasto conhecimento e versatilidade ajudaram profundamente em seu crescimento musical; e que a inventividade e imaginação fértil de Plaxico o ajudaram em muito a abrir seus horizontes.
Marcus vem se apresentando em grandes bandas, como a do Carnegie Hall, a Mingus Big Band, a do Village Vanguard, a big band de Tom Harrell, na de Milt Jackson e na do Lincoln Center, e com os conjuntos de Roy Haynes, de Lonnie Plaxico e de Jeff 'Tain' Watts.


Darryl Reeves - sax alto, 26 anos - www.darrylreeves.com

Saxofonista, compositor e visionário, Darryl é um dos músicos emergentes nos EUA com um olho nas mudanças. Um músico que se pretende inovador, vem cativando as audiências ao despejar seu coração e sua alma, sem avareza, através de seu sax.
Nascido no Mississippi, vem de família se músicos dos quais recebeu diversificadas influências desde cedo, Seu pai era cantor, tem irmão e irmã músicos e ainda um outro irmão que também toca sax. Mudando-se para Miami, no início negligenciava, admite, a prática, e estava mais interessado em funk, hip-hop e rythm-'n-blues. Foi o irmão saxofonista que o reconduziu aos trilhos jazzísticos pois detinha muito material de Parker, Clifford Brown, Monk e Coltrane. Quando Darryl descobriu que era dali que o hip-hop vinha buscando inúmeras "samples" (partes de músicas), entendeu tudo e resolveu dedicar-se ao jazz.
Através de um professor do colégio, foi apresentado a Melton Mustafa, trompetista que tocara das bandas de Thad Jones e Count Basie e que dava aulas de teoria de jazz aos sábados. "O cara era durão. Eu sempre saía de lá com dor de cabeça depois das sessões com ele, mas valeu a pena", diz Darryl. Tendo estudado na Jackson State University, foi lá que teve contatos "enriquecedores" com o baixista London Branch e o baterista Alvin Fielder, e com o compositor de trilhas para cinema, Dee Barton, com quem aprendeu arranjos e harmonia.
Daí Darryl foi para New Orleans, para obter seu Master Degree em música, na Universidade local, onde estudou com Terence Blanchard, Ed Peterson e Harold Batiste, entre outros, e onde desenvolveu a reputação de tocar um sax-alto feroz, tendo apresentado-se junto a Delfeayo Marsalis, Nicholas Payton, Russell Gunn, Roy Hargrove, Jason Marsalis, Roland Guerin, Rodney Whitaker e Donald Harrison, entre vários outros.


Miguel Zenón - sax; 28 anos - http://www.miguelzenon.com

Outro saxofonista nesta lista, Zenón é porto-riquenho e estudou na famosa Escuela Libre de Musica, de San Juan. Apesar de já ouvir Parker e outras feras no ginásio, só quando chegou a Berklee com uma bolsa concedida pelo Festival Heineken de Jazz de Porto Rico é que Miguel começou seu treinamento formal em jazz.
Foi um excelente aluno em Boston, tendo recebido o prêmio de melhor-aluno-bolsista, entre outros prêmios, tais como uma bolsa durante seus estudos, concedida pela Corporation of Musical Arts. Foi também nessa época que Zenon tornou-se ativo participante na cena jazzística no entorno de Boston, onde ganhou experiência profissional. Quando de sua graduação em 1998, recebeu como prêmio outra bolsa, desta vez para a Manhattan School of Music, onde recebeu seu Master em Performance de Saxofone, em 2001. Entre seus mestres, Angel Marrero, Leslie Lopez, Rafael Martinez, Danilo Perez, Dick Oatts, Dave Liebman, George Garzone and Bill Pierce.
Em sua curta mas prestigiosa carreira, Zenón tocou ou gravou com uma infinidade de grupos de todos os tipos, incluindo: David Sanchez, Danilo Perez, William Cepeda's Afrorican Jazz, Bob Moses' Mozamba, The Either/Orchestra, The Village Vanguard Orchestra, The Guillermo Klein Big Band, The Mingus Big Band, Charlie Haden, The David Murray Big Band, The Jason Lindner Big Band, Brian Lynch, Greg Tardy, Branford Marsalis, Ray Barretto, Michele Rosewoman e Ed Simon.
Já lançou 2 CDs como líder, Looking Forward, em 2002 e Ceremonial em 2004, este pelo selo Marsalis Music, tendo sido um dos primeiros a assinar como estrela da nova "griffe" de Branford. Miguel ganhou o topo da lista da DownBeat em 2004, para a categoria "Sax Alto Merecedor de Maior Reconhecimento".
Desde a primavera de 2004, faz parte do projeto "SFJazzCollective", na companhia de ninguém menos do que Joshua Redman, Nicholas Payton, Reene Rosnes, Robert Hurst, Brian Blade, Josh Roseman and Bobby Hutcherson. O projeto se iniciou focado no ensino na área de São Francisco e então viajou pela California toda antes de gravar um CD ao vivo que inclui uma composição de cada membro da banda além de algumas outras de Ornette Coleman. Vão voltar a se reunir em 200r, para repetir a dose.
Em 2005, Miguel Zenón lançou seu segundo CD pela Marsalis Music, chamado Jibaro.


Danny Grissett - piano; 30 anos - http://home.earthlink.net/~dangris/bio.htm

Originario de Los Angeles, o pianista e compositor Danny Grissett é a novidade na cena musical de New York. Começou no piano aos cinco anos, e passou para os clássicos aos seis. Danny continuou seus estudos de música clássica durante o ginásio e a faculdade, recebendo seu diploma em Educação Musical em 1998, enquanto ia desenvolvendo sua paixão pelo jazz.
Explorou mais profundamente essa vertente ao longo de sua graduação pela California Arts em 2000, anexando a esta o Certificado de Performance Avançada, obtida do prestigioso Thelonious Monk Institute, em 2001. Ali, estudou jazz com mestres como Barry Harris, Herbie Hancock, Terence Blanchard, Kenny Barron, Bobby Watson, Jimmy Heath e Carl Allen. Enquanto morou em Los Angeles, trabalhou com artistas locais e visitantes do porte de Billy Higgins, George Coleman, Jackie McLean e Ralph Moore.
Danny mudou-se para New York no verão de 2003, e em poucos meses foi trabalhar como o sideman predileto de gente como Vincent Herring, Vanessa Rubin, and Wycliffe Gordon. Tocou também com Freddie Hubbard, Tom Harrell, Bob Hurst, The Mingus Big Band, Russell Malone e Jeremy Pelt para citar alguns. Mais recentemente, tem alternado apresentações viajando com o novo quarteto de Nicholas Payton e os quintetos de Vincent Herring e de Tom Harrell.


A relação pára por aqui pois decidi que não listaria artistas promissores acima dos 30 anos. Menciono apenas seus nomes, pois são talentos que se firmam a cada dia mais no mercado fonográfico de jazz, como o trompetista Russel Gunn, de 34 anos e o trombonista Joshua Roseman, de 36. Além do saxofonista-alto Jaleel Shaw (cuja idade não pude encontrar), outro young-lion de peso no cenário jazzístico.

Talvez estejamos em breve resenhando suas próprias obras aqui no CJUB. Vamos aguardar.

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