Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

DOIS ANOS SEM ROY HARGROVE

09 novembro 2020

 

Dois anos atrás, o celebrado e premiado trompetista ROY ANTHONY HARGROVE faleceu aos 49 anos de um ataque cardíaco.

Hargrove passou um ano (1988–1989) estudando no Berklee College of Music de Boston, mas podia ser encontrado com mais frequência em jam sessions em Nova York. Hargrove ganhou notoriedade mundial ao ganhar o Grammy Awards em 1996, 1997 e 2002. Ele tocou principalmente no estilo hard-bop e seu repertório incluía principalmente composições convencionais. No entanto, desde a primeira parte deste século ele também combinou jazz com funk, hip-hop, soul e gospel.

Quando muito jovem, aos 18 anos, foi Wynton Marsalis quem o descobriu em uma escola de artes cênicas em Dallas, Texas

Uma de suas primeiras influências mais profundas foi uma visita a sua escola secundária do saxofonista David "Fathead" Newman, que atuou como sideman na banda de Ray Charles Sua primeira gravação naquela cidade foi com o saxofonista Bobby Watson. Posteriormente, gravou com Mulgrew Miller e Kenny Washington, atraindo a atenção da crítica e do público.

Em 1990, ele gravou seu primeiro álbum solo, Diamond In The Rough pelo selo Novus / RCA. Em 1993 estreou a sua obra The Love Suite: In Mahogany, encomendada pela Lincoln Center Jazz Orchestra.

A partir de então, sua carreira disparou. Suas inúmeras gravações incluem Havana, com Crisol, grupo formado por músicos americanos e cubanos, gravado em Cuba, álbum que ganhou outro Grammy, de Melhor Álbum de Jazz Latino e Directions In Music: Live At Massey Hall, gravado com Herb Hancock e Michael Brecker, entre outros. Em 1994, agora contratado pela Verve, gravou With the Tenors of Our Time, com Joe Henderson, Stanley Turrentine, Johnny Griffin, Joshua Redman e Branford Marsalis. Gravou Family em 1995, depois experimentou um formato de trio no álbum Parker's Mood em 1995, com o baixista Christian McBride e o pianista Stephen Scott.

Hargrove participou de vários festivais de jazz e esteve associado à vocalista Roberta Gambarini, com quem gravou e se apresentou em várias ocasiões, com sua própria big band, outro dos frutíferos projetos de Roy Hargrove.

Hargrove explorou outras manifestações musicais, mas sempre mantendo a ligação com o jazz, Em 2000, Hargrove usou um som jazz com muito groove e funk, se apresentando e gravando com o cantor neo soul D'Angelo, resultando no álbum Voodoo.

Hargrove também executou a música de Louis Armstrong na produção musical de Roz Nixon, "Dedicated To Louis Armstrong", como parte do Verizon Jazz Festival. Em 2002, ele colaborou com D'Angelo e Macy Gray, os Soultronics e Nile Rodgers, em duas faixas para Red Hot & Riot, um álbum de compilação em homenagem à música do pioneiro afrobeat Fela Kuti. Ele atuou como sideman da pianista e vocalista de jazz Shirley Horn e do rapper Common no álbum Like Water for Chocolate e em 2002 com a cantora Erykah Badu no Worldwide Underground.

Mas o acúmulo de sua produção artística foi eminentemente hard-bop, gravando 22 discos como líder e 60 como integrante de outros grupos.

Uma pessoa simples e reservada na vida, Hargrove lutou contra uma insuficiência renal.

 


(Traduzido e adaptado de Noticias de Jazz de Pablo Aguirre)

Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente trompetista apesar de sair às vezes do jazz para coisas do tipo funk (um horror), mas no jazz fabuloso uma pena sua morte tão cedo.
Carlos Lima