Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

KIND OF BLUE CELEBRA 60 ANOS

03 março 2019







O álbum de jazz mais vendido na história do jazz, KIND OF BLUE, de Miles Davis, faz aniversário,  foi gravado em uma sessão histórica em  2 de fevereiro de 1959, um marco da antologia no desenvolvimento deste gênero. Vendeu 5 milhões de cópias e obteve o disco Platinum.
Sessenta anos depois é celebrado como uma obra de arte da música moderna que deixou estampada a modalidade "modal" no jazz e que tem influênciado músicos em todos os cantos do mundo. 
Há três anos, ele ficou em primeiro lugar na lista da BBC dos melhores álbuns de toda a história, e a revista Rolling Stones o colocou no número 12 dos melhores álbuns da mesma categoria.
Vários livros foram escritos sobre Kind of Blue e sobre a  maratona de sua gravação .
O álbum foi gravado em estúdios que a Columbia tinha em uma antiga igreja grega na East 30th Street em Nova York, que foi posteriormente destruída para construir apartamentos "Yuppies" (*).
Além do próprio Davis, que interpreta muito bem para este álbum, o grupo era formado por John Coltrane no saxofone tenor, Julian "Cannonball" Adderley no sax alto, Bill Evans e Wynton Kelly no piano, baixista Paul Chambers e o baterista Jimmy Cobb. Todos gênios de seus instrumentos e todos estavam super inspirados, já que a maioria das músicas gravadas foi tocada apenas uma vez e o álbum inteiro foi concluído no mesmo dia.
Este registro de coleção deve estar na discoteca de todo amante do jazz.
(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz)

Lado A 
1.            "So What"  (Miles Davis ) - 9:04
2.            "Freddie Freeloader" (Miles Davis) - 9:34
3.            "Blue in Green"  (Miles Davis, Bill Evans) - 5:27
Lado B 
1.            "All Blues"  (Miles Davis ) - 11:33
2.            "Flamenco Sketches"  (Miles Davis, Bill Evans) - 9:26

Faixa bônus — reedição de 1997              

"Flamenco Sketches (alternative take)" 

(*) Yuppies é uma expressão inglesa que significa “Young Urban Professional", ou seja, Jovem Profissional Urbano. É um termo usado para se referir a jovens profissionais entre os 20 e os 40 anos de idade, geralmente de situação financeira intermediária entre a classe média e a classe alta.


7 comentários:

Takechi disse...

MaJor:
Relutei em fazer comentários ao "Kind o Blue" porque poderia parecer que eu não gosto do Miles Davis. EU GOSTO DO MILES DAVIS! Mas "Kind of Blue" tem muito do Bill Evans. (Exageradamente, acho que é um disco do Bill Evans!) Pelo menos o Miles Davis deveria dar a co-autoria para o Bill Evans.
Grande Abraço a você e a todos!
Takechi

Ivan Monteiro disse...

Estimado MaJor,
permita-me uma correção.
Kind Of Blue foi gravado em duas sessões, ambas no referido estúdio da Columbia, na (East) 30th Street (entre Segunda e Terceira Avenida) em NYC.
No dia 02 de Março foram gravadas, nesta ordem:
Freddie Freeloader (com Wynton Kelly ao piano), depois So What e, finalizando o dia, Blue In Green. Estas duas últimas já contando com a substituição de Kelly por Bill Evans.
No dia 22 de Abril, Miles e grupo eternizaram Flamenco Sketches e, para encerrar as gravações e também concluir o álbum, All Blues.
Abraço
I-Vans

MARIO JORGE JACQUES disse...

Valeu Ivan pela correção. Minha fonte, quase sempre fidedigna, foi o blog de Pablo Aguirre - que escreveu -"Todos genios de sus instrumentos.Y todos estaban inspirados ya que la mayoría de los temas grabados se tocaron una sola vez y el álbum completo se terminó en ese mismo día". Porém uma simples consulta na Wikipedia não me teria levado ao mesmo erro do Pablo. Importante que as informações que publicamos sejam exatas e realmente agradeço. Um grande abraço.

MARIO JORGE JACQUES disse...

Takechi concordo com você. Agora fiz esta postagem porque o álbum tem um enorme reconhecimento. Contudo novamente ouvi o Kind of Blue e digo com franqueza que é bom, mas há dezenas de álbuns pelo menos mais emocionantes. Como você disse é muito Bill Evans, introspectivo por natureza. As músicas são bem feitas inegavelmente usando inclusive o modal, mas a mim não entusiasma tanto jazzísticamente, aliás para mim nem o Miles, sei que isto é motivo para uma polêmica sem fim, mas é o que sinto,ok? Grande abraço

pedrocardoso@grupolet.com disse...

Estimado MÁRIO JORGE;

O álbum "é" BILL EVANS, tanto no clima, quanto nas notas da contra-capa ("Improvisation In Jazz"), mais ainda em composição de tema ("Blue In Green") e ainda muito mais no piano comandando a "cozinha". Como habitualmente MILES sempre fez, de créditos para terceiros nada e muito menos de direitos de gravação ou de textos de agradecimento.

Carlos Tibau disse...

Amigo Major
Cara!!!! 60 anos. Acho que estou ficando velho.
Um lindo tema. Inesquecível.
Valeu pelo post.
Forte abraço

Nelson disse...

É amigos,
Tudo nos parece "que foi ontem", mas são 60 anos. O disco tem muitíssimo a ver com Bill Evans, Assim como outra sua (Miles) grande obra, com Mulligan e John Lewis, tem tuda a ver muito mais com estes, do que com ele próprio. Era um gênio do jazz, mas como dizia Mestre Lulla:
-"Ele era meio bicão"

Abçs. a todos.

"Nels"