Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

A HISTÓRICA KO KO

29 novembro 2017

A importância histórica da gravação Ko-Ko feita por Charlie Parker em Nova York para Savoy Records em 26 de novembro de 1945 é que existe uma opinião ampla de que esta foi a primeira vez que realmente o estilo bebop foi gravado em um disco, se perpetuando como uma escola moderna.
Nessa sessão, outras músicas também foram gravadas, entre elas Billie's Bounce e Now's the time.
O bebop havia "nascido" antes, mas entre os anos 1942 a 1944, a Federação Americana de Músicos proibiu seus membros de gravar, devido a uma disputa sindical em protesto pela radiodifusão de música gravada.
Mais de meio século depois, em 2002, a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos homenageou esta gravação de Ko-Ko, ao incluí-la no National Record of Recordings (ver nota).
Naquela data, eles gravaram no estúdio com Charlie Parker's Rebop Boys: Dizzy Gillespie (tp), Charlie Parker (sa), Argonne Thornton [tb conhecido como Sadik Hakim] (pi), Curly Russell (bx) e Max Roach (bat).
Parker há muito tempo desvendava a progressão harmônica da composição de Ray Noble Cherokee, em todas as claves ou tons, improvisando até o ponto de exaustão. Ele descobriu que, usando os intervalos mais altos de um acorde como a linha de melodia, e apoiando com mudanças harmônicas apropriadas, ele poderia finalmente obter "o que ele estava ouvindo em sua cabeça por um longo tempo". Foi assim que Ko-Ko surgiu, com base na progressão dos acordes de Cherokee.
Abaixo em um clipe ─a gravação original, nela, os solos de trompete de Gillespie são curtos e é Parker quem leva um longo solo de improvisação, demonstrando tudo aquilo que imaginou.




(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz de Pablo Aguirre)

NOTA: Todos os anos, desde 2002, a National Recording Preservation Board (NRPB) e os membros do público nomeam gravações para o National Recording Registry. na Biblioteca do Congresso que escolhe 25 gravações que mostram o alcance e a diversidade do patrimônio sonoro norte-americano gravado, a fim de aumentar a consciência de preservação.
A diversidade de indicações recebidas destaca a riqueza do legado de áudio do país e ressalta a importância de assegurar a preservação a longo prazo desse legado para as futuras gerações.


2 comentários:

Anônimo disse...

Estimado MÁRIO JORGE:

Desde sua primeira gravação de "Cherokee" PARKER foi trabalhando nesse "work-in-progress" até alcançar os 128 alucinantes compassos de "Ko-Ko", precedidos por 08 compassos de Gillespie ao trumpete, que depois vai para o piano e retorna com mais 08 compassos na coda.
É uma ode ao perfeccionismo, agora mais imortalizada que nunca.
Para meu gosto pessoal tem que ser colocada ao lado de "West End Blues" de Louis Armstrong (28/junho/1928).

PEDRO CARDOSO

Carlos Tibau disse...

Obrigado aos mestres Mario e Pedro por essa aula.
Forte abraço