Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

RECORDANDO SERGE CHALOFF

28 novembro 2017


Até a "chegada" de Serge Chaloff, o único saxofonista barítono de nota no jazz era Harry Carney. Chaloff foi o primeiro exponente do seu instrumento no jazz moderno. Depois dele viria Gerry Mulligan, Pepper Adams e um punhado de outros que podem ser considerados "grandes". Serge Chaloff, filho de dois pianistas clássicos, era um músico excepcional altamente avaliado por seus colegas. Ele fazia parte da seção de saxofone da orquestra Woody Herman, onde se tornou um dos lendários ─ "Four Brorthers" (vide nota). 
Serge Chaloff nasceu em 24 de novembro de 1923 em Boston, Massachusetts, aprendeu piano de ambos os pais entre seis e doze anos, e também tomou aulas de clarinete com Manuel Valerio da Boston Symphony. No início da década de 1940, ele estava tocando o saxofone tenor profissionalmente com uma grande banda de Boston, liderada por Tommy Reynolds, mas ele se comprometeu com o barítono logo depois. Ambos, Harry Carney e Jack Washington, que tocaram saxofone barítono com a banda Count Basie na década de 1930, foram influências iniciais sobre Chaloff enquanto trabalhava como sideman em várias bandas, incluindo as lideradas por Jimmy Dorsey, Shep Fields e Boyd Raeburn. Chaloff estava demonstrando o que havia aprendido de Charlie Parker e a revolução do bebop, que na época tinha apenas alguns anos. Estava atuando com o conjunto de George Auld na lendária 52nd Street de New York quando recebeu o convite para ingressar na nova orquestra de Woody Herman, que estava se formando em Los Angeles. Este grupo tornou-se conhecido como Herman’s Second Herd, cujas posições incluíam Red Rodney, Shorty Rogers, Oscar Pettiford, Gene Ammons, Stan Getz, Jimmy Giuffre, Al Cohn, Zoot Sims e Shelly Manne. A fama de Chaloff, se deveu, principalmente, às transmissões de rádio dos “Herds” de Woddy Herman e apresentações ao vivo. Ele estava ganhando nas pesquisas em revistas de música como saxofonista superior do barítono e, no início de 1950, liderava um quinteto que incluía o trombonista Earl Swope e o pianista Bud Powell. Chaloff gravou boa produção entre 1951 e 1954.
Ele continuou a visitar cidades em todo o país com combos e bandas diferentes, retornando à Costa Oeste em 1956, onde gravou o que muitos acreditam ser sua obra-prima, o “Blue Serge” uma variação prolongada do tema Cherokee. Com uma grande profundidade nas improvisações, que inclui entre suas muitas gemas, “Stairway to the Stars” e, especialmente, “Thanks for the Memory”, cuja invenção melódica coloca dentro das melhores performances da balada da década.
Foi em algum momento em L.A. que Chaloff foi diagnosticado com câncer na coluna vertebral. Apesar de debilitado por doença terminal se forçou a trabalhar em cadeira de rodas ou muletas, Chaloff continuou a tocar, gravando um encontro dos Four Brothers com Al Cohn, Zoot Sims e Howard Steward alguns meses antes de morrer em Boston em 16 de julho de 1957.
No seguinte vídeo o ouvimos em 1955 com várias ilustrações.
Serge Chaloff- sax baritono, Boots Musulli- sax alto, Herb Pomeroy trompete, Ray Santisi piano, Everett Evans baixo e Jimmy Zitano-bateria.
"BOB THE ROBIN" (Boots Mussulli)

(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz)





NOTA: FOUR BROTHERS  



literalmente quatro irmãos, porém a expressão marca uma estética de sonoridades individuais de saxofones arranjadas em ensembles. Sua origem vem do tema de mesmo nome de autoria e arranjo de Jimmy Giuffre gravado pela banda de Woody Herman em 27/dez/1947 (Columbia 38304) no qual sobressaíam-se coletivamente e como solistas os músicos: Stan Getz, Zoot Sims e Herbie Steward nos saxofones tenor e Serge Chaloff no sax-barítono. Uma formação inusitada até então e que fez enorme sucesso pela justaposição de timbres e sucessão de choruses.

Um comentário:

Carlos Tibau disse...

Amigo Mario
Realmente um ícone do Jazz. Grande musico.
Valeu pelo post
Forte abraço