Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

A COLUNA DO MESTRE LOC DE HOJE NO JB

31 janeiro 2015

As "composições instantâneas" de Jean-Michel Pilc
por Luiz Orlando Carneiro

Nascido na França, há 54 anos, o pianista Jean-Michel Pilc fixou-se em Nova York em 1995. À frente de um trio integrado por François Moutin (baixo) e Ari Hoenig (bateria), cativou a crítica especializada com os dois álbuns intitulados Together, gravados ao vivo no antigo Sweet Basil, em 1999, e lançados em 2000 e 2001, respectivamente. Na mesma época, a Dreyfus francesa editou o CD Welcome home, no qual Pilc exibiu a intensidade de sua intuição criativa – além de uma técnica assombrosa, digna de um Martial Solal – na reinterpretação de cânones sagrados do jazz moderno como So what (Miles Davis), Rhythm-a-ning (Thelonious Monk) e Giant steps (John Coltrane).

Em 2011, a etiqueta Motéma registrou, em Essential, duas apresentações de Pilc, solo, na sala de recitais mantida pelos fabricantes dos pianos Fazioli em Rahway, New Jersey. Ao todo, 18 faixas, com incríveis reinvenções (“recomposições improvisadas”) de temas batidos como Take the “A” Train, Someday my prince will come, Mack the knife, além de uma valsa de Chopin. E também seis breves estudos (études-tableaux) da lavra do virtuose do piano.

Agora, neste ínicio de ano, Jean-Michel Pilc reaparece num álbum solo da Sunnyside ainda mais extraordinário. Trata-se de What is thing called?, uma série de 31 variações (“composições instantâneas” como ele prefere chamar) direta ou vagamente inspiradas nos contornos melódicos e/ou na configuração harmônica de What is this thing called love?, de Cole Porter, um dos 10 mais tocados e ouvidos jazz standards de todos os tempos.

As 31 faixas foram selecionadas pelo pianista ao fim de três dias de gravações totalmente livres e espaçadas, num Yamaha CFX, no estúdio exclusivo da Yamaha Artist Services, em Nova York. Estas variações foram registradas no CD sem ordem cronológica e sem qualquer preocupação de constituírem uma espécie de suíte. Todas elas receberam títulos. Desde as mais breves ou brevíssimas, como Run (0:43),Quick (0:34) ou Dance (0:38), até as mais longas, como Cole (4m), Prelude (5m20) ou Now you know what love is (6m35).

Mas todas as “composições instantâneas” de Pilc têm alguma relação com o tema What is this thing called love?, estivesse ele pensando também, dependendo do momento, em Bach ou James P. Johnson, em Schubert ou Keith Jarrett, em Martial Solal ou Mozart.

A propósito, ele até interpreta (é a segunda faixa do disco), em tempo lento, de modo bem explícito, o tema-base de Cole Porter. Mas a faixa não dura mais de 1m17.

As notas de apresentação do novo álbum do pianista destacam – com razão e sem exagero – que se trata de “uma incrível (amazing) coleção de improvisações construídas em torno de uma única fonte musical”, sendo “espantoso (astonishing) ouvir a variedade de sons,moods, e texturas que emergem do mesmo material básico”.


O crítico de jazz do Los Angeles Times Don Heckman– que também já foi músico profissional – serviu-se da pintura para sublinhar aspectos da arte pianística de Pilc: “Interpretações cubistas da melodia, nas quais o original é transfigurado numa perspectiva visual completamente diferente; a cintilante densidade do impressionismo em algumas de suas ricas harmonias”.

P O D C A S T # 2 4 4

30 janeiro 2015

FATS NAVARRO
HUBERT LAW


MAURICIO EINHORN
SEBASTIÃO TAPAJÓS
JACK MCDUFF 




PARA BAIXAR O ÁUDIO:
http://www.divshare.com/download/26675823-3e2

CRÉDITOS DO PODCAST # 243

27 janeiro 2015

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
GRAVAÇÕES LOCAL e DATA
CHICO HAMILTON
Eric Dolphy (fl), Nate Gershman (cello), John Pisano (gt), Hal Gaylor (bx) e Chico Hamilton (bat)
IN A MELLOW TONE
(Duke Ellington)
Los Angeles, 22/agosto/1958
DEXTER GORDON
Dexter Gordon (st), Red Rodney (tp), Kenny Drew (pi), Niels-Henning Orsted Pedersen (bx) e Svend-Erik Norregaard (bat)
BUZZY (Charlie Parker)
TV broadcast, Copenhagen, Denmark, 16/abril/1975
DON BRADEN
Scott Wendholt (tp,flh), Noah Bless (tb), Steve Wilson (sa),Don Braden (st), Kevin Hays (pi), Joris Teepe (bx) e Cecil Brooks, III (bat)
THE LANDING ZONE
(Don Braden)  
Monster, Holanda, 10/maio/1994
LIGHTNIN' HOPKINS
Lightnin' Hopkins (gt, vcl)
HURRICANE BEULAH
(Lightnin 'Hopkins)
1967
BABY, SCRATCH MY BACK
(James Moore)  
RAY BROWN
Ray Brown(bx), Benny Verde (pi) e Jeff Hamilton (bat)
Duke Ellington - Medley
1. TAKE THE A TRAIN
2. SOPHISTICATED LADY
3. DO NOTHING 'TILL YOU HEAR    FROM ME
4. COTTONTAIL
Live - Umbria Festival - Itália em 1994

AMINA FIGAROVA
Marcel Reys (tp), Bart Platteau (fl), Tom Beek (sa), Kurt Van Herck (st), Amina Figarova (pi,arranjo), Wiro Mahieu (bx) e Chris Strik  (bat)
BUCKSHOT BLUES
(Amina Figarova )
Amsterdam, Holanda, 5/novembro/2004
JELLY ROLL MORTON
Red Hot Peppers: Ward Pinkett (tp), Geechie Fields (tb), Omer Simeon (cl), Jelly Roll Morton (pi,vcl), Lee Blair (bj), Bill Benford (tu) e Tommy Benford (bat)
KANSAS CITY STOMP
(Jelly Roll Morton)
Nova York, 11 de junho de 1928
BRANFORD MARSALIS
Terence Blanchard (tp), Branford Marsalis (st), Lawrence Fields (pi), Christian McBride (bx) e Jeff "Tain" Watts (bat)
RETURN OF THE JITNEY MAN
(Jeff "Tain" Watts)
New York, 28/julho/2008
FRANK MORGAN
Frank Morgan (sa), Eric Gale (gt), Mccoy Tyner (pi), Stanley Clarke (bx) e Peter Erskine, (bat)
ALL THE THINGS YOU ARE
(Jerome Kern / Oscar Hammerstein II)
ao vivo em 1986 em local não informado
NINA SIMONE
Nina Simone (vcl,pi) sem maiores detalhes da banda exceto o arranjo e condução de Sammy Lowe (arr,cond)
I WISH I KNEW HOW IT WOULD FEEL
(Billy Taylor)
New York, 13/junho/1967
TOSHIKO AKIYOSHI
John Eckert, Greg Gisbert, Joe Magnarelli, Mike Panella (tp), Luis Bonilla, Herb Besson, Conrad Herwig (tb), Tim Newman (b-tb), Jim Snidero (fl,as,sop), Lew Tabackin (st), Walt Weiskopf (fl,ts), Jerry Dodgion (fl,sa), Scott Robinson (sbar), Toshiko Akiyoshi (pi,arr), Doug Weiss (bx) e Terry Clarke (bat)
HIROKO'S DELIGHT
(Toshiko Akiyoshi)
New York, 3/dezembro/1993
B G
JERZY MALEK (tp), Marek Romanowski (tb), Tomasz Grzegorski (st) Michal Tokaj (pi), Romuald Twarozek (bx) e Sebastian Frankiewicz (bat)
CONFESSION
(Arthur Schwartz / Howard Dietz)   
Katowice, Polônia, 13/junho/2000

MORRE MEMBRO FUNDADOR DO "Double Six de Paris" E CRIADOR DO "Swingle Singers"

24 janeiro 2015


O vocalista e músico de jazz Ward Swingle morreu aos 87 anos em Eastbourne, Inglaterra.
De origem norte-americana, Swingle estudou clarinete, oboé e piano. Ele tocou com grandes bandas e em 1951 mudou-se para França, onde em 1959 foi membro fundador do famoso "Double Six Of Paris", criado pelo cantora Mimi Perrin, que transcreveu arranjos e solos de músicos famosos como Charlie Parker, vocalizados pelo grupo (em alguns casos com temas de ficção científica) e interpretada por músicos de jazz de nota, como foi o caso com Dizzy Gillespie, Bud Powell, Kenny Clarke e outros.
"Swingle Singers"
Quando o grupo se desfez, Swingle imaginou em 1962 o conceito de cantar no estilo "Scat"  a música de JS Bach, criando os aclamados "Swingle Singers", que teve um sucesso comercial global. Eles ganharam cinco Grammys.


Em 1973, este grupo foi dissolvido e Swingle mudou-se para Inglaterra, onde outros grupos vocais formados.


COLUNA DO MESTRE LOC NO JB ONLINE

As Imaginary Cities de Chris Potter

por Luiz Orlando Carneiro, em 24/01/2015

O saxofonista tenor Chris Potter, 44 anos, consolidou o seu prestígio quando foi convocado pelo eminente baixista-compositor Dave Holland para integrar aquele quinteto que gravou, para a etiqueta ECM, entre 1998 e 2001, três CDs excepcionais: Prime directive, Not for nothing eExtended play: Live at Birdland.

No ano passado, ele foi o sexto mais votado, na sua especialidade, pelos críticos de jazz reunidos pela Downbeat no 62º referendo anual da revista especializada, tendo à sua frente, “apenas”, os “cinco grandes” do sax tenor: Joe Lovano, Charles Lloyd, Sonny Rollins, Wayne Shorter e Branford Marsalis.

Em setembro de 2011, Potter gravou o primeiro álbum para a ECM na condição de líder, realçando também, de maneira definitiva, os seus dotes de compositor. Lançado mais de um ano depois, The sirens foi qualificado nesta coluna (9/2/2013) como o seu disco “mais autoral, mais especulativo e surpreendente”. A suíte de nove partes, inspirada na Odisseia, de Homero, foi interpretada pelo saxofonista na companhia de Craig Taborn (piano), David Virelles (piano preparado, efeitos na celesta e no harmonium), Larry Grenadier (baixo) e Eric Harland (bateria).

Na última semana, o mesmo selo de Manfred Eicher distribuiu a nova obra de fôlego concebida pelo saxofonista-compositor para a sua Underground Orchestra: a suíte Imaginary cities, dividida em quatro partes (Compassion, Dualities, Desintegration e Rebulding), com duração total de mais de 35 minutos, gravada em dezembro de 2003.

A orquestra reunida pelo líder concilia o seu já conhecido quarteto com Craig Taborn (piano), Adam Rogers (guitarra) e Nate Smith (bateria), mais o vibrafonista Steve Nelson e a dupla de baixistas Scott Colley (acústico)-Fima Ephron(elétrico), com um quarteto de cordas de configuração clássica (dois violinos, viola e violoncelo).

Trata-se, assim, de uma associação musical de 11 cabeças que não atua propriamente como uma orquestra jazzística típica – em que predominam instrumentos de sopro (palhetas e metais) apoiados pela seção rítmica tradicional – mas que segue partituras assemelhadas às escritas por Gunther Schuller e John Lewis, paladinos da chamada Third Stream Music, no início da década de 1960 (Abstraction,Variants on a theme of John Lewis, de Schuller).

Contudo, a nova obra de Chris Potter é mais aberta à participação criativa de seus pares do que aquelas peças mais “eruditas” de Schuller, Lewis, Hodeir & Cia. Há muito espaço para os solos sofisticados, hipnóticos, do grande saxofonista tenor, e uma intercomunicação permanente entre a “seção percussiva” da “orquestra” e a “tapeçaria” melódico-harmônica do quarteto de cordas.

A suíte-núcleo do CD é desenvolvida em peças de moods contrastantes, da contemplativa Compassion (8m30) à percussiva Rebuilding(11m30), passando pela movimentada Dualities (8m40) – com solo inebriante do líder no sax tenor – e a romântica Desintegration (7m20) – com Potter no sax soprano.

Há outras quatro faixas que até poderiam ser integradas à suíte que dá título ao álbum: Lament (8m05), a primeira do disco; Firefly (8m35), com solo acrobático do tenorista, por sobre a pulsação funky da bateria de Harland; Shadow self (6m10), meio bartokiana, com Potter no clarinete baixo, e especial realce para a combinação da guitarra de Adam Rogers com o vibrafone de Steve Nelson; Sky (12m), a faixa mais longa e final, bem dançante, as cordas desenvolvendo uma melodia balcânica, e preparando relevante intervenção do pianista Craig Taborn.

“Não quis (criar) aquele negócio de música clássica-com-jazz feeling – comenta o próprio saxofonista-compositor. Quis que tudo fosse completamente integrado, e que, em alguns momentos, o material escrito e o improvisado estivessem um pouco misturados, e que as cordas pudessem também improvisar”.

Estes objetivos foram plenamente atingidos pelo autor e principal ator de Imaginary cities.

P O D C A S T # 2 4 3

23 janeiro 2015

DON BRADEN
CHICO HAMILTON
AMINA FIGAROVA
NINA SIMONE




PARA BAIXAR O ÁUDIO: http://www.divshare.com/download/26649971-ee1

CRÉDITOS DO PODCAST # 242

20 janeiro 2015

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
GRAVAÇÕES LOCAL e DATA
THAD JONES
Thad Jones (tp), Frank Wess (st,fl), Mal Waldron (pi), Kenny Burrell (gt), Paul Chambers (bx) e Art Taylor (bat)
STEAMIN’ (Mal Waldron)  
New York, 21/junho/1957
COUNT ONE (Mal Waldron)
Thad Jones Sextet : Thad Jones (tp), Billy Mitchell (st), Tommy Flanagan (pi), Kenny Burrell (gt), Oscar Pettiford (bx) e Shadow Wilson (bat)
BLUE ROOM
(Lorenz Hart / Richard Rodgers)
New York, 13/março/1956
SCRATCH (Kenny Barron)
ZEC (Thad Jones)
Thad Jones/Mel Lewis Jazz Orchestra: Thad Jones (flh), Snooky Young, Danny Moore, Jimmy Nottingham, Richard Williams (tp), Eddie Bert, Benny Powell, Jimmy Knepper (tb), Cliff Heather (b-tb), Jerome Richardson (sa), Jerry Dodgion (sa,cl), Joe Farrell, Eddie Daniels (st), Joe Temperley (sbar), Sir Roland Hanna (pi), Barry Galbraith, Sam Brown (gt), Richard Davis (bx) e Mel Lewis (bat)
BIG DIPPER (Thad Jones)
New York, 17/junho/1969
Thad Jones/Mel Lewis Jazz Orchestra: Thad Jones (flh), Jim Bossy, Cecil Bridgewater, Jon Faddis, Steve Furtado, Lew Soloff (tp) Billy Campbell, Earl McIntyre, Janice Robinson (tb), David Taylor (b-tb), Ray Alonge, Earl Chapin, Peter Gordon, Julius Watkins (fhr), Jerry Dodgion, Ed Xiques (sa) Lou Marini, Gregory Herbert (st), Pepper Adams (sbar), Sir Roland Hanna (el-pi), Steve Gilmore (bx) Mel Lewis (bat) e Leonard "Doc" Gibbs (cga)
THE FAREWELL
(Ben Oakland / Thad Jones)
New York, 22/ julho/1975
Thad Jones Quartet : Thad Jones (tp), John Dennis (pi), Charles Mingus (bx) e Max Roach (bat)
GET OUT OF TOWN
(Cole Porter)  
Hackensack, N.J., 10/março/ 1955
MORE OF THE SAME
(Thad Jones)
Thad Jones (flh), Pepper Adams (sbar), Duke Pearson (pi), Ron Carter (bx) e Mel Lewis (bat)
MEAN WHAT YOU SAY
(Thad Jones)
New York, 9/maio/1966
Thad Jones (tp), Frank Wess (st), Teddy Charles (vib), Mal Waldron (pi), Doug Watkins (bx) e Elvin Jones (bat)
BLUES WITHOUT WOE
(Teddy Charles) 
Hackensack, N.J., 16/ fevereiro/1957
Thad Jones (cnt) Al Porcino, Frank Gordon, Earl Gardner, Lynn Nicholson (tp), Billy Campbell, John Mosca, Clifford Adams (tb), Earl McIntyre (b-tb), Ed Xiques, Jerry Dodgion (sa), Gregory Herbert, Larry Schneider (st), Pepper Adams (sbar), Harold Danko (pi), Bob Bowman (bx) e Mel Lewis (bat)
BG
A’ THAT’S FREEDOM
(Hank Jones)  
Live "Jazz Jantar", Sópot, Polônia, 6/agosto/1976

P O D C A S T # 2 4 2

16 janeiro 2015


                       THAD JONES
 




PARA BAIXAR O ÁUDIO:  http://www.divshare.com/download/26620446-561

13 janeiro 2015


ALGUMAS POUCAS LINHAS SOBRE A
GUITARRA E OS GUITARRISTAS  -  34

REMO PALMIERI, guitarrista norte-americano, nasceu em New York no dia 29 de março de 1923 vindo a falecer em vias de completar 79 anos no dia 02 de fevereiro de 2002, também em New York.
Sua primeira vocação e seu primeiro estudo foram as belas artes e, em função de custear essa vocação,  trabalhou em diversos clubes e casas noturnas como guitarrista.
No mês de dezembro de 1942 tornou-se profissional, ingressando no trio do pianista Nat Jaffe.
No ano de 1943 tocou com Coleman Hawkins.
No ano seguinte tocou com Red Norvo, após o que formou seu próprio grupo e acompanhou Billie Holiday nas casas noturnas e Mildred Bailey em transmissões radiofônicas.
Nesse mesmo ano de 1944 foi incluído no grupo da pianista e cantora Phil Moore, nele permanecendo até fevereiro de 1945 e tocando no “Café Society”
No dia 28 de fevereiro de 1945 e em New York gravou com o “Dizzy Gillespie Sextet” integrado por Dizzy Gillespie/trumpete, Charlie Parker/sax.alto, REMO PALMIERI/ guitarra, Clyde Hart/piano, Slam Stewart/baixo e Cozy Cole/bateria.  Na ocasião ficaram registrados os temas “Groovin’ High” (áudio disponível na Internet via “YouTube”), “All The Things You Are” (áudio também disponível na Internet via “YouTube”, podendo ouvir-se curto solo de PALMIERI) e “Dizzy Atmosphere”.
No início desse ano de 1945 os vencedores da enquete da revista “Esquire” como os melhores do ano (“Esquire All American Winners”), gravaram sob a supervisão do crítico Leonard Feather os temas “Snafu” e “Long Long Journey”.  Para essas gravações a formação contou com Luis Armstrong e Charlie Shavers nos trumpetes, Jimmy Hamilton no clarinete, Johnny Hodges no sax.alto, Don Byas no sax.tenor, Billy Strayhorn e Duke Ellington ao piano, REMO PALMIERI na guitarra, Chubby Jackson no contrabaixo e Sonny Greer à bateria.
Atuou em clubes e sob contrato com Dizzy Gillespie, assim como e logo depois com o grande clarinetista Barney Bigard.
Ainda nessa época atuou por pouco tempo com o pianista Teddy Wilson para acompanhar a “Divina” Sarah Vaughan, chegando a gravar com eles.
Ato seguido e por razões de saúde PALMIERI interrompeu suas atividades noturnas,  passando a fazer parte da orquestra de estúdio da gravadora “CBS” com grande sucesso, inclusive gravando prefixos e “background’s” para programas de grande audiência, como por exemplo o “Arthur Godfrey Radio Show” de larga permanência no ar.
Quando o programa de Arthur Godfrey terminou em 1972, PALMIERI desligou-se da CBS e retornou à cena do JAZZ, atuando como freelance com Benny Goodman, Bobby Hackett, Hank Jones, Herb Ellis, Barney Bigard e muitos outros.
Em 1977 o seu então amigo e guitarrista Herb Ellis convenceu Carl Jefferson, o Presidente da “Concord Jazz”, a convidar PALMIERI para participar do “Concord Jazz Festival” na Califórnia, o que realmente sucedeu, com os 02 guitarristas atuando em duo.
Nesse mesmo ano os dois guitarristas gravaram o álbum “Windflower”.
PALMIERI gravou como titular em 1978 e 1979 para a “Concord Jazz”.
Nos anos 1990 ainda encontrávamos PALMIERI em atividade, gravando para o selo “JVC” os álbuns “Tribute To Tal Farlow” em 1996, “Tribute To Barney Kessel With Love From Your Friends” em 1997 e Tribute To Herb Ellis With Love” em 1998.
Ele foi guitarrista de descendência direta de Charlie Christian e, com certeza, influenciado por Django Reinhardt.   Seus fraseado e timbre o definem não como um “bopper”, mas com seguramente e de forma precursora na linha do “cool”.  É importante assinalar que PALMIERI estudou com Tibor Serby (um dos poucos alunos de composição de Bela Bartok), o que nos faz compreender as surpresas e sutilizas das linhas harmônicas que desenvolve.
Entre as gravações onde podemos apreciá-lo como solista ou como acompanhante, citamos:
-        “Seven Come Eleven” (com Red Norvo), 1944;
-        “Side Track”, 1976;
-        “A Time for Love”, 1976;
-        “Windflower” (com Herb Ellis), 1977.
Retornaremos à guitarra e aos guitarristas em próximo artigo.

CRÉDITOS DO PODCAST # 241

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
GRAVAÇÃO  LOCAL / DATA
LIGHTHOUSE ALL STARS 
Conte Candoli (tp), Stu Williamson (v-tb), Bud Shank (sa, sbar), Bob Cooper (st), Claude Williamson (pi), Howard Rumsey (bx) e Stan Levey (bat)
DICKIE'S DREAM
(Count Basie / Lester Young) 
Los Angeles, 22/fevereiro/1955
LONG AGO AND FAR AWAY
(Jerome Kern / Ira Gershwin)
WARDELL GRAY
Harry "Sweets" Edison (tp), Buddy DeFranco (cl), Benny Carter, Willie Smith (sa), Wardell Gray, Stan Getz (st), Count Basie (org), Arnold Ross (pi), Freddie Green (gt), John Simmons (bx) e Buddy Rich (bat)
BLUES FOR THE COUNT
(Count Basie / Oscar Peterson) 
Hollywood, CA, 3/agosto/1953
EASY SWING (Wardell Gray)
GERRY MULLIGAN
Chet Baker (tp), Gerry Mulligan (sbar), Bob Whitlock (bx) e Chico Hamilton (bat)
FREEWAY (Vince Guaraldi)
Los Angeles, 15/outubro/1952
NIGHTS AT THE TURNTABLE (Gerry Mulligan)   
HAL GALPER
Hal Galper (pi), Todd Coolman (bx) e Steve Ellington (bat)
WHAT’S NEW?
(Bob Haggart / Johnny Burke)   
Live "Clinton Recording Studio", New York, 18/novembro/1990
BRIGHT MOMENTS
(Rahsaan Roland Kirk)
ILLINOIS JACQUET
e
BEN WEBSTER
Illinois Jacquet, Ben Webster (st), Johnny Acea (pi), Al Lucas (bx), Osie Johnson (bat) e Chino Pozo (cga)
THE KID AND THE BRUTE
 (Ben Webster / Illinois Jacquet)
New York, 13/dezembro/1954
I WROTE THIS FOR THE KID
(Ben Webster / Illinois Jacquet)
BLUE MITCHELL
Blue Mitchell (tp), Wynton Kelly (pi), Sam Jones (bx) e Philly Joe Jones (bat)
BLUE SOUL (Blue Mitchell)  
New York, 24/ setembro/1959
THE WAY YOU LOOK TONIGHT (Dorothy Fields / Jerome Kern)
BUDDY CHILDERS
Buddy Childers (flh,tp), Danny Barber, Mark Thompson, Nipper Murphy, Art Davis (tp), Scott Bleige, Tom Kordus, Bob Lustera, John Blane, Bob Samborski (tb), Mike Smith, Peter Ballin, Dave Brandom, Ron Kolber, Jerry DiMuzio (saxes), Bobby Schiff (pi), Steve Roberts (gt), Larry Gray (bx) e Joel Spencer (bat)
NICA’S DREAM (Horace Silver)  
Chicago, IL, 7/fevereiro/1984
 LOOKING UP, OLD FRIENDS
 (Matt Catingub)
B G
Benny Green (pi) e Russell Malone (gt)
REUNION BLUES  (Milt Jackson)   
New York, 17/novembro/2003

VOLTEI !!!

12 janeiro 2015

E ísso aí amigos cejubianos estou de volta, no dia em que completa + 1 primavera o nosso editor chefe Maunah a quem já parabenizei e prometendo novos "posts" brevemente, inclusive sobre o Festival de Jazz de Buenos Aires 2014 em que estive presente.

Abs,
Sazz

P O D C A S T # 2 4 1

09 janeiro 2015


ILLINOIS JACQUET
BUDDY CHILDERS
HAL GALPER
BLUE MITCHEL





PARA BAIXAR O ÁUDIO: http://www.divshare.com/download/26656171-41f