Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

UM FELIZ 2012 PARA TODOS

31 dezembro 2011

Prezados Confrades, leitores e amantes do jazz de modo geral, este ano nos mostrou que nosso grande patrimonio cultural - na figura dos nossos importantes Mestres e educadores jazzisticos - ficou preservado mesmo depois de alguns percalcos sofridos por alguns, devidamente superados com sua plena recuperacao, motivo de jubilo para todos.

Como nosso bem primordial eh a nossa saude, eh exatamente isso que desejo a todos em 2012! Que possamos nos esquivar das "malaises" contrapondo a elas uma vida dedicada ao bem para com nossos concidadaos, estimulada e lubrificada, sempre, pelo estilo musical que nos move e nos inspira a sermos ainda melhores, a arte maior do JAZZ.

Como bem escreveu nosso Mestre Apostolo, que em 2012 todos possamos desfrutar de "PAZ, JAZZ e (porque nao?)uns DOLAREZINHOS a mais!

FELIZ ANO NOVO!

EXCELENTE A REUNIÃO DA AND

30 dezembro 2011




Foi no dia 29 que voltei as atividades junto a AND, nossa confraria que em janeiro estará completando vinte e quatro anos de existência. Gostaria de agradecer mais uma vez aos queridos confrades, que sempre solidários mostravam sua satisfação com meu retorno. Lá estavam Luiz Carlos Nascimento Silva, Haniel Santos, Carlos Muller, Nilton Fantesia,Cezar de Vasconcellos, Gilson Magalhães, Maurício Einhorn, Dr. Aldo Salles, Arlilndo Coutinho, Renato Silva Pereira, Mariozinho de Oliveira, Estevão Herman e o nosso Sazz (Sazinho), representando o CJUB.

P O D C A S T # 8 3




MORRE SAXOFONISTA SAM RIVERS

28 dezembro 2011



Mestre Raffa me informa e eu divulgo para o CJUB. Quem faleceu em 26 de dezembro aos 88 anos em Orlando, Flórida foi o saxofonista Sam Rivers, vitimado por uma pneumonia. Rivers esteve no Brasil em maio de 1987, integrando o grupo de Dizzy Gillespie que se apresentou no Canecão. Aliás, ele e James Moody salvaram o show daquela noite pois Dizzy falou mais do que tocou e ainda colocou no palco um “bicão” brasileiro devidamente vaiado pela platéia. Rivers e Moody brilharam.



RIP

CLEM DE ROSA (* 1925 + 20-12-11)

26 dezembro 2011


Mestre Raffa me informou e eu divulgo para o CJUB.

O nome não é muito conhecido entre nós, mas Clem de Rosa construiu uma carreira espetacular, não só como baterista e líder de orquestra mas também como de “Jazz Educator”.
Aos 18 anos , durante sua carreira militar ele integrou a famosa “Glenn Miller Air Corps Orchestra”. Quando deu baixa voltou a vida profissional e gravou com gente famosa como Marian McPartland, Teo Macero, Teddy Wilson, Clark Terry, Phil Woods, Coleman Hawkins , John LaPorta , Bobby Hackett e muitos outros.
Matriculou-se na Julliard School para aprimorar seus conhecimentos nas cadeiras de arranjo e regência . Mais tarde transferiu-se ara a “Manhattan School of Music” onde recebeu o diploma de Mestre.
A educação musical foi o seu forte sendo ele um pioneiro da chamada “jazz education”. Entre as posições que ocupou no mundo musical estão : Fundador e presidente da “International Association of Jazz Educators”, professor da “Columbia University Teachers College”, doutor honoris-causa pelo “Five Towns College” e ainda nomeado para o Hall Of Fame do IAJE em 1990.
RIP

CLARK TERRY - Problema de saúde

24 dezembro 2011



A notícia foi postada por Gwen, esposa de Terry, no próprio site do músico. Internado durante alguns meses num hospital de Arkansas, Terry acabou tendo a perna direita amputada, em razão de complicações com a diabete. Após a cirurgia, Terry permanece internado numa UTI do hospital .A família espera que seus fans de St. Louis, sua terra natal,e de todo o mundo enviem mensagens e orações pedindo por sua rápida reabilitação.

19 dezembro 2011

ALGUMAS POUCAS LINHAS SOBRE A
GUITARRA E OS GUITARRISTAS - 17


MUNDELL LOWE, guitarrista norte-americano, nasceu no dia 21 de abril de 1922 na cidade de Laurel, no estado do Mississipi, no seio de família de classe média, protestante e, para felicidade de todos nós, permanece vivo com seus 87 “aninhos”.
Seu pai era pastor na igreja local, violinista amador e professor de música, com o qual MUNDELL aprendeu os fundamentos da guitarra a partir dos 06 anos de idade.
A partir dos 13 anos MUNDELL viveu entre constantes escapadas do lar e resgates pelo pai, com retorno à casa paterna.
Assim, fugiu de casa com 13 anos para tocar em New Orleans nos bares, clubes, espeluncas e casas de espetáculo, onde consolidou sua aprendizagem prática com os expoentes da época, chegando a integrar grupo “country” com ABBIE BRUNIES (cornet) e SID DAVILLA (clarinete e saxofone).
Reconduzido ao lar por seu pai, tornou a evadir-se em 1939 com 17 anos, desta feita indo até Nashville apresentando-se em programa radiofônico (“Grand Old Opry”), então abrilhantado pela banda de PEE WEE KING durante 06 meses.
Novamente resgatado pelo pai pouco tardou em casa; no ano seguinte, 1940, MUNDELL concluiu seus estudos básicos na escola e iniciou vôos mais longos, com uma série de apresentações em clubes dos estados do Mississipi, da Flórida e da Louisiana. Conheceu e tocou na “big band” de JAN SAVITT (nascido na Filadélfia e que havia iniciado sua banda em 1935, onde tocaram ao longo dos anos e entre outros CUTTY CUTSHALL, GEORGIE AULD, GENE DE PAUL, GUS BIVONA, URBIE GREEN e NICK FATOOL, utilizando arranjos próprios e de EDDIE DURHAM e capitaneando as vocalistas JANE WARD, HELEN WARREN e GLORIA DE HAVEN, além do “crooner” BON BON).
MUNDELL LOWE permaneceu com a banda de JAN SAVITT até ser convocado para o serviço militar em 1943, servindo em base próxima a New Orleans onde, por sua sorte, o oficial encarregado de proporcionar diversão à soldadesca era JOHN HENRY HAMMOND Jr. (15/dezembro/1910 a 11/julho/1987), nascido em uma das famílias mais ricas dos U.S.A., grande produtor na área do JAZZ, descobridor e incentivador de talentos (BILLIE HOLIDAY, TEDDY WILSON e BENNY GOODMAN apenas para citar os exemplos mais importantes) e que em 1945, ao desligar-se do exército, conseguiu para MUNDELL um contrato com a banda de RAY McKINLEY, na qual o guitarrista permaneceu até 1947, já então reconhecido nos meios musicais e com as portas abertas para sua carreira.
Atuou com BENNY GOODMAN, FATS NAVARRO e WARDELL GRAY e apresentou-se durante os seguintes 02 anos no “Café Society” de New York, ao lado de DAVE MARTIN, atuando também com SARAH VAUGHAN, MILDRED BAILEY e MARY LOU WILLIAMS, assim como em 1948 com ELLIS LARKINS no “Village Vanguard” e em 1949, também com ELLIS LARKINS e RED NORVO, no “Bop City”.
Entrando nos anos 50 do século passado MUNDELL LOWE trabalhou em diversos clubes da “big apple” e em gravações com os “grandes” de então, citando-se LESTER YOUNG, BILLIE HOLIDAY, BUCK CLAYTON e CHARLIE PARKER (gravação tomada ao vivo diretamente do “Rockland Palace” de New York em 26 de setembro de 1952, em que CHARLIE PARKER no sax.alto e MUNDELL LOWE na guitarra, alinharam ao lado de WALTER BISHOP Jr. no piano, TEDDY KOTICK no baixo e MAX ROACH na bateria, para um total de 31 faixas entre as quais o clássico “Everything Happens To Me”, com estupendo solo de PARKER).
Ainda assim MUNDELL LOWE chegou à Broadway, onde além de músico foi ator no longa metragem “The Bird Cage”. Trabalhou para a orquestra da rede de televisão “NBC” (permaneceu durante 15 anos, de 1950 até 1965), dirigiu o programa “Today”, tocou em clubes e gravou com ninguém menos que BEN WEBSTER, RUBY BRAFF, GEORGIE AULD (reencontro após 12 anos), integrou a “Sauter-Finegan Band” e formou um quarteto com o grande pianista e professor de música BILLY TAYLOR para atuar no rádio.
A partir do final da década de 50 (1958) MUNDELL LOWE dedicou-se ao ensino, ao arranjo e à composição, tendo se estabelecido a partir de 1965 em Los Angeles, onde compunha músicas para a televisão e o cinema, tendo como destaque o longa metragem “Billy Jack” de 1971.
Apresentou-se em clubes e em festivais: no “Monterey Jazz Festival” de 1971 atuou ao lado de ROY ELDRIDGE e DIZZY GILLESPIE, voltando anos mais tarde ao mesmo festival (1983) com o grupo “TransiWest” que formara nessa década, com músicos do nível de um SAM MOST (de Atlantic City mas á época radicado na Califórnia), MONTY BUDWIG e NICK CEROLI, passando a realizar temporadas por todo o mundo, uma delas pela Europa com a cantora BETTY BENNETT.
No retorno da Europa tocou com o grande sax.tenorista RICHIE KAMUKA.
MUNDELL LOWE é considerado um “chefe-de-escola”. Guitarrista de técnica perfeita, estilo moderno, com improvisações que revelam excepcionais “sensibilidade e inteligência” melódicas, com acentuações do “bebop” (ainda que seja um músico marcadamente “cool”), cuja estética emprega com agilidade e segurança exemplares em audaciosos contrastes rítmicos e harmônicos, plenos de “swing”. Nas baladas é um guitarrista lírico, sensível, capaz de transmitir todas as nuances da melodia. Em função de décadas e décadas de “estrada” com músicos do mais alto nível, MUNDELL LOWE adquiriu apurado senso de humor e vasto repertório, que emprega nas contínuas citações de “standards”, via “harmonia”.
Entre as muitas gravações com a participação de MUNDELL LOWE (como titular ou “sideman”), destacamos entre outros:
- Tumblebug, 1946
- Cheek To Cheek, 1955
- A Grand Night For Swing, 1957
- Porgy And Bess, 1958
- After Hours (Sarah Vaughan), 1961


Retornaremos à guitarra e aos guitarristas em próximo artigo
apostolojazz@uol.com.br

DUDUKA DA FONSECA TRIO NO STUDIO RJ

Imperdível. Lançamento do CD, dedicado ao Mestre Raffa e com agradecimentos ao CJUB, segundo me disse, por e-mail, o próprio Duduka. Todos lá !

AS MORTES DE PETE RUGOLO E BOB BROOKMEYER




A divulgação foi quase nenhuma e só pela Internet e pelo blog Renajazz tomamos conhecimento das mortes do maestro Pete Rugolo e de Bob Brookmeyer. O primeiro faleceu em 16 de outubro aos 96 anos, tendo cumprido uma carreira importante, principalmente quando foi arranjador da banda de Stan Kenton, dando à orquestra todo o seu talento como compositor e arranjador. Nos últimos anos, dedicou-se a compor para o cinema e ficou mais famoso com a trilha sonora da série “O Fugitivo” entre algumas outras que compôs.

Bob Brookmeyer era um dos principais nomes do Jazz West Coast, atuando como trombonista, pianista, compositor e arranjador. Veio a falecer em 16 de dezembro,aos 81 anos de idade. Ganhou notoriedade quando substituiu Chet Baker nos grupos de Gerry Mulligan e também cumpriu uma série de gravações como líder ou side men de importantes músicos. Como pianista, gravou em duo com Bill Evans o que causou espécie entre os aficionados. Era um grande músico.

ESTAMOS AI !

11 dezembro 2011

O ano esta errado, era 1993. Marcio Montarroyos, Raul Mascarenhas, Claudio Guimarães, Nico Assumpção e Andre Tandeta.
"Secret Love".



O SHOW NÃO PODE PARAR

05 dezembro 2011

SALA BADEN POWELL e Prefeitura do Rio de Janeiro APRESENTAM

“JAM SESSION”

O Show do ano!

Será realizado dia 08/12/2011 as 20:00h

MAURÍCIO EINHORN E CONVIDADOS

Zazá Desidério – bateria

Zé Luiz Maia – Baixo

Alberto Chimelli – piano

Idriss Boudrioua – sax

Nivaldo Ornelas – sax

Kiko Continentino – piano e teclados

e outros

Valor do ingresso R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia

Local: Av. Nossa Senhora de Copacabana, 360

Informações e reservas: (21) 2255-1067 / 2255-1366

O RANKING DOS LEITORES - DOWNBEAT

03 dezembro 2011

Só publico este ranking, tarefa tradicional do Sazz, porque este encontra-se em estado catatobabônico por conta do nascimento do seu primeiro neto (o Joaquim), e bem provavelmente, não está tendo olhos para outra coisa. E faço isso antes que o resultado seja divulgado por algum "jazzescutator" de pequeno calibre à procura de assunto.

Aqui estão os vencedores, seguidos dos segundo e terceiro escolhidos em cada categoria:

- Hall of Fame: Ahmad Jamal, Pat Metheny, Ron Carter;
- Jazz Artist of the Year: Esperanza Spalding, Kurt Elling, Ahmad Jamal;
- Jazz Album of the Year: Live in Marciac - Brad Mehldau, Jasmine (Keith Jarrett/Charlie Haden), Bird Songs (Joe Lovano Us Five);
- Historical Jazz Album of the Year: Bitches Brew 40th Anniversary Collector's Edition (Miles Davis); The Complete 1932-1940 Brunswick, Columbia and Master Recordings (Duke Ellington), Art Pepper Meets The Rythm Section (Art Pepper);
- Jazz Group: Keith Jarrett/Gary Peacock/Jack DeJohnette, Dave Brubeck Quartet, Joe Lovano Us Five;
- Big Band: Maria Schneider Orchestra; Darcy James Argue's Secret Society, Mingus Big Band;
- Trumpet: Wynton Marsalis, Roy Hargrove, Randy Brecker;
- Trombone: Steve Turre, Robin Eubanks, Delfeayo Marsalis;
- Soprano Sax: Wayne Shorter, Branford Marsalis, Dave Liebman;
- Alto Sax: Phil Woods, Kenny Garrett, David Sanborn;
- Tenor Sax: Joshua Redman, Sonny Rollins, Joe Lovano;
- Baritone Sax: James Carter, Gary Smulyan, Ronnie Cuber;
- Clarinet: Anat Cohen, Don Byron, Paquito D'Rivera;
- Flute: Hubert Laws, Nicole Mitchell, Charles Lloyd;
- Electronic Keyboard: Chick Corea, Herbie Hancock, George Duke;
- Organ: Joey DeFrancesco, Dr. Lonnie Smith, Larry Goldings;
- Guitar: Pat Metheny, Jim Hall, John McLaughlin;
- Bass: Christian McBride, Ron Carter, Esperanza Spalding;
- Electric Bass: Marcus Miller, Stanley Clarke, Steve Swallow;
- Violin: Regina Carter, Jean-Luc Ponty, Michael Urbaniak;
- Drums: Jack DeJohnette, Steve Gadd, Brian Blade;
- Vibes: Gary Burton, Stefon Harris, Joe Locke;
- Percussion: Airto Moreira, Pancho Sanchez, Marilyn Mazur;
- Miscellaneous Instruments: Toots Thielemans, Bela Fleck, Steve Turre;
- Male Vocalist: Kurt Elling, Tony Bennett, Bobby McFerrin;
- Female Vocalist: Diana Krall, Esperanza Spalding, Gretchen Parlato;
- Composer: Maria Schneider, Wayne Shorter, Pat Metheny;
- Arranger: Maria Schneider, Wynton Marsalis, Claus Ogerman;
- Record Label: Blue Note, ECM, Concord;
- Blues Artist or Group: B.B. King, Derek Trucks, Buddy Guy;
- Blues Album: Living Proof (Buddy Guy), In Session (Albert King & Steve Ray Vaughn), Couldn't Stand the Weather (Steve Ray Vaughn & Double Trouble).
- Beyond Artist or gRoup: Jeff Beck, Adele, Bob Dylan;
- Beyond Album: Emotion & Commotion (Jeff Beck), The Imagine Project (Herbie hancock), New Amerykah Part Two (Erykah Badu).

Usem a caixa de comentários para concordar ou repelir as escolhas, lembrando que a cabeça do norteamericano é bastante aberta para o que considera jazz, hoje algo impossível de delimitar. Bom domingo.

02 dezembro 2011

ESTOU VOLTANDO !
Alô amigos,
Depois de uma longa temporada hospitalar,estou voltando aos poucos as minhas atividades , não sem antes agradecer a todos aqueles que se manifestaram através de telefonemas , emails e até pessoalmente,preocupados com meu estado de saúde, emprestando sua valiosa solidariedade e apoio. Felizmente as notícias são boas e estou voltando inteiro , meio baleado é bem verdade, mas, sem nenhuma preocupação para o futuro. A todos o meu muito obrigado e vamos em frente.
llulla

PODCAST # 79



CLAUDIO RODITI - Blues for Ronnie

01 dezembro 2011

Ainda chateado por ter perdido duas chances de assistir Claudio Roditi, que andou por aqui e tocou no Triboz e no Vizta, aproveito de qualquer forma a mencao a este brilhante musico, para atraves de um momento especial pescado do youtube, dar as boas vindas ao ultimo mes de 2011 ao som de craques como o Roditi (ao trumpete), Dario Galante (piano), Sergio Barrozo (baixo) e Kleberson Caetano (bateria) neste Blues for Ronnie...

Puro lirismo.

Momento de ouvir e se deliciar

Abracos

Beto Kessel

O PREMIO DO THELONIOUS MONK INSTITUTE OF JAZZ 2011

Traduzo aqui de forma livre o artigo publicado na Down Beat de Dezembro, sobre a competição anual do TMIJ, que neste ano completou seu 25o. aniversário. O artigo é de John Murph e suprimi trecho em que ele versava sobre a parte em que o show comemorativo descambou para o "Bebop Meets Hip-Hop". A despeito do segundo estilo também ser uma criação americana, não acho que precise ser divulgado aqui.

Historia Virtuosa - por John Murph, na DOWNBEAT

O Thelonious Monk Institute faz 25 anos

O virtuosismo opulento teve uma perfeita exposição durante a Competição Internacional do Piano no Jazz - edição 2011 -, do Instituto Thelonious Monk, bem como na celebração de gala do seu 25º. Aniversário, em Washington, DC.

A competição, em 12 de setembro, julgada por uma banca que incluía Jason Moran, Herbie Hancock, Ellis Marsalis, Danilo Pérez e Renee Rosnes, apresentou seus estágios semifinal e final no Auditório Baird do Smithsonian Institute e no Kennedy Center, respectivamente.

A interpretação de Blue Monk harmonicamente dissonante e baseada em “strides”(*) do vencedor, Kris Bower, sublinhada pela batida roadhouse do baterista Carl Allen e do baixista Rodney Whitaker deram ao jovem de 22 anos um lugar na final, onde a balada Hope, de sua autoria e uma interpretação diabólica de Shuffle Boil, de Monk, garantiram-lhe o primeiro lugar. Bowers recebeu 25 mil dólares de prêmio e um contrato de gravação com o Concord Music Group.

Segundo Moran, foi o “polimento” de Bowers que o colocou no topo. “Muitos desses musicos chegaram com uma certa facilidade”, disse Moran. “Bowers juntou as suas facilidades de tal forma que ele seria um nome que as pessoas gostariam de ouvir.” Moran também elogiou seu senso de toque, a escolha de músicas e sua interação com a seção rítmica.

Pérez comentou a dificuldade de julgar uma competição com tantos improvisadores esplêndidos. “Ter uma competição com pianistas e jurados vindos de lugares e estéticas diferentes mostra que há espaço para todos ali,” disse. “É a competição Monk, então tem de haver um certo nível de aventura e de assunção de riscos.”

O segundo colocado, Joshua White, de 26 anos, esquentou Criss Cross de Monk com uma força rítmica bruta e o terceiro colocado, Emmet Cohen, de 21, começou a final com uma leitura reconfortante de Ugly Beauty, seguida por uma revisão trepidante de Bright Mississipi, ambas de Monk.

Moran reconheceu as extravagantes demonstrações de técnica dos concorrentes mas também mencionou as virtudes da auto-edição. “Tocar rápido não significa necessariamente que se é bom. Temos de considerar como a técnica melhora uma canção, ou, mais importante, a melodia. Ou mesmo como ela estará melhorando o clima no recinto, e não apenas o do palco.”

Em honra ao aniversário “de prata” do Instituto, a competição suscitou uma gigantesca celebração no Eisenhower Theater do Kennedy Center. O Prêmio da Fundadora Maria Fisher foi dado a Aretha Franklin, que recompensou a platéia com um discurso gracioso seguido de uma interpretação incendiária de “Moody’s Mood For Love”.

DeeDee Bridgewater, Chaka Khan, Jane Monheit, Dianne Reeves e Kurt Elling também apresentaram uma vibrante seleção de músicas, todas em homenagem a Aretha.

Reeves declarou: “A gente quer cantar cada nota que ela canta, porque sabemos que é assim que a canção deve ser. Ser capaz de cantar para ela e fazê-la saber como gostamos dela foi a melhor coisa que eles poderiam ter imaginado para este 25º. Aniversário do Thelonious Monk Institute of Jazz. É uma noite de que me lembrarei para sempre.”

Para T.S. Monk, filho do legendário Thelonious e presidente do conselho do TMIJ, o tributo foi um momento especial: “Acho que nunca fomos honrados dessa forma antes, Aretha Franklin vem sendo uma grande incentivadora do jazz e do Instituto.”

O TMIJ reuniu inúmeros dos vencedores das versões anteriores do prêmio, que incluíam Monheit, Gretchen Parlato, Joshua Redman, Jacky Terrasson, Joey DeFrancesco and Ambrose Akimunsire, que se juntaram em diferentes configurações no palco para interpretar uma mistura de temas de Monk.

[...]

Tom Carter, presidente do TMIJ, comparou a festa a uma mistura de reunião de alunos com uma festa em família. “Uma verdadeira celebração de todo o trabalho que fizemos nesse quarto de século, tantos dos premiados anteriores estavam disponíveis e tantos outros grandes jazzistas. Também importante frisar é que todos aqueles que participam de nossos programas e cursos e mais especialmente, da competição, são vencedores.”

(*) no original, stride-strutting. Quem tiver um melhor termo, por favor, colabore.


As fotos são de autoria de Brendan Hoffman/WireImage