Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 61 – CANTORAS DE BLUES 9 – LIZZIE MILES

16 agosto 2009

Lizzie Miles cujo nome de batismo era Elizabeth Mary Landreaux, nasceu na Bourbon Street em New Orleans a 31/março/1895 e já aos 15 anos seguia caminho com um grupo ambulante de circo, cantando e dançando. Em 1919 chega em Chicago trabalhando com a Elgars Creole Orchestra do violinista Charles Elgar e ainda com Freddie Keppard e com a King Oliver's Creole Jazz Band.
Seus primeiros discos foram registrados em New York em 1922, acompanhada por uma banda de músicos brancos porém não registrados, provavelmente músicos de estúdio contratados da Okeh Records depois gravou para a Emerson, Columbia e Victor. À mesma época atuava em cabarés com a Sam Wooding Orchestra e a J. Piron's New Orleans Orchestra.
Em 1924 segue em turnê na Europa com a trupe de Alexander Shargenski, obtendo grande sucesso cantando em Paris no clube de Louis Mitchell - Chez Mitchell e vários outros nos próximos anos. Em 1927 retorna a New York onde permanece até o final dos anos 30, atuando e gravando com os pianistas Clarence Johnson, Clarence Williams, Jelly Roll Morton, Fats Waller, os trompetistas Bubber Miley, Louis Metcalf e King Oliver dentre outros...
Retorna a New Orleans e deixa a carreira até o final dos anos 50 quando retorna trabalhando e gravando com a Bob Scobey Band e ainda se apresenta no Monterey Jazz Festival nos anos de 1958 e 59 até sua aposentadoria ainda em 1959. Passou, então a trabalhar em atividades sociais religiosas apenas interpretando canções Gospel, até falecer em New Orleans a 17/março/1963. Muitos discos foram publicados com os pseudônimos de Mandy Smith e Jane Howard, mas deixando um legado de 49 registros.
Apesar de cantar muito bem os Blues seu repertório era vasto com inúmeras canções típicas do vaudeville e baladas populares em inglês e francês, além de empregar por vezes o dialeto french cajun em algumas interpretações como por exemplo na gravação de julho/1954 de All Of Me (Cook CLP1181).
Lizzie usou sua bela e profunda voz aliada à destreza vocal para criar um sofisticado estilo de Blues urbano mais conveniente no Harlem do que nas paragens do sul como pode-se atestar em Haitian Blues tendo ainda a curiosidade de sua atuação ao kazoo. A outra canção selecionada foi um de seus maiores sucessos em parceria com o grande Morton.
HAITIAN BLUES (Lizzie Miles / Spencer Williams) - Lizzie Miles (vocal e kazoo) acompanhada pelo pianista Clarence Johnson.
Gravação original: março/1923 – New York – Emerson 10613 (mx 42365-2)
Fonte: CD - Lizzie Miles Vol 1 1922 – 1923 – selo Document DOCD-5458- 2007 –USA.
DON'T TELL ME NOTHIN' 'BOUT MY MAN (Jelly Roll Morton) – Lizzie Miles (vocal) acompanhada por Jelly Roll Morton ao piano.
Gravação original: 11/dez/1929 – New York – Victor V-38571-B (mx 57762-2)
Fonte: CD - Complete Recorded Works, Vol. 3 (1928-29) – selo Document DOCD-5460 -1996 –USA.



5 comentários:

John Lester disse...

O que teria sido do jazz sem estas meninas levadas?

Parabéns pelo post e grande abraço, JL.

APÓSTOLO disse...

Prezado MÁRIO:

Vai cescendo a coleção, que resgata a essência do blues e das origens da ARTE POPULAR MAIOR.
Mais uma vez e como sempre, PARABÉNS = texto e faixas "top".

llulla disse...

Alô Mário,
Quem me apresentou a Lizie Miles foi o saudoso mestre e amigo Sylvio Tullio Cardoso em uma das reuniões em seu apartamento.Andei pescando alguma coisa na Internet mas, o melhor de Lizie está num velho 78 que foi do Sylvio. "I CRIED FOR YOU".
abncs.
llulla

Nelson disse...

Mário,

O velho Danilo Lemos e o Sylvio Tullio tinham um "grande xodó" pela Lizzie Miles.Realmente, "uma senhora cantora de blues"
Nestes dois "takes" apresentados por v., o notável é também a comparação (pela categoria de acompanhamento) do piano de Jelly Roll e, o "honkytonk" de cabaré, de Clarence Johnson.
Excelente. Mais uma vez, Parabéns.
Nelson

Mau Nah disse...

MaJor,
que bela escolha de faixas, uma verdadeira maquina do tempo com som.
A serie esta mesmo um primor.
Abraco.