Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MARC COPLAND, BALLADS

21 outubro 2004

Tradicionalmente, por influência nítida de Bill Evans, os trios de jazz costumam navegar em áreas mais intimistas às custas de "standards" e baladas. Mas nem sempre isso resulta em um trabalho de aceitação unânime. Há que se ter uma concepção arrojada de harmonia e, claro, bom-gosto, qualidades que o pianista Marc Copland reúne como poucos. " Haunted Heart & Other Ballads", CD de 2001 (hatHUT), no gênero, é arrebatador.
Marc Copland nasceu na Philadelphia, 1948, e teve o sax como primeiro instrumento. Já em Nova Iorque, tocou com John Abercrombie, Ralph Towner e Chico Hamilton, entre outros. Adepto no início aos sons eletrônicos, refez sua carreira ao estudar piano, influenciado por Bill Evans, Hancock e Jarrett. Voltou ao lado de Joe Lovano, James Moody e Wallace Roney, além de algumas gravações com o próprio Abercrombie. Seu primeiro trio tinha Gary Peacock e Billy Hart. Suas gravações surpreenderam os críticos pelo estilo , com harmonias sofisticadas e um trabalho incomum de pedais. "Haunted Heart & Other Ballads" é o seu CD mais aclamado - e obrigatório entre os jazzófilos mais exigentes. "Impressive performances that stay with the listener. A wonferdul recording" (Bill Bennett, Jazz Times).
O CD já começa original por trazer três versões distintas em solo para "My Favorite Things" (Rodgers), um exercício de habilidade em harmonia. Nas demais faixas, Copland é acompanhado pelo baixista Drew Gress e pelo baterista Jochen Rueckert, insuspeitos coadjuvantes. "Crecent" (Coltrane) valeria o CD pela versão empolgante, assim como o tradicional "Greensleeves". "Easy to Love" (Porter) e "It Ain't Necessarily So"(Gershwin) receberam igualmente um tratamento de gala. A criatividade do trio, em especial Copland, transborda em "When Whe Dance" (Sting), culminando com um instigante tema do próprio pianista, "Dark Territory", além do lindíssimo tema-título "Haunted Heart" (Dietz & Schwartz).
Marc Copland é um pianista acima de tudo moderno. Pouco interessado em exibir sua técnica. Mas sim preocupado em criar pelo caminho mais dificil e envolvente do jazz contemporâneo: a harmonia. "His harmonic sohpistication, his touch, his control of dynamics with the foot pedal have all become-well-the- stuff of legend. There are actually stories of young piano players who got to a Copland gig and then sit right near the stage to stare at his feet, to observe the nuance of how he works the damper pedal of the piano" (AllAboutJazz.com).


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