Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

DON SEBESKY

18 outubro 2004

Pianista, maestro e arranjador entre outros de Wes Montgomery, Paul Desmond e Freddie Hubbard, tendo inicialmente tocado trombone na orquestra de Stan Kenton, conta hoje com gravações em CD e com grandes orquestras, de trabalhos para temas de musica clássica, além de tributos a Duke Ellington e Bill Evans, quase sempre sem nenhum apelo de mídia e muito menos dos críticos; no "Penguin Guide" por exemplo, só é citado como "sideman", não tendo por isso mesmo nem sua discografia publicada.
Discípulo ou seguidor mais fiel de Gil Evans, por não usar os tradicionais grupos de instrumentos solo em sequencia - trumpete, trombone e sax -, tem seu forte nos arranjos bastante originais e vigorosos.
Assim venho aqui resenhar um trabalho que me chamou a atenção e que desconheço o registro em CD, chamado "Full Cycle", pela gravadora Gnp Crescendo, com 6 "standards" (seus favoritos), que realmente é do mais alto nível e extremo bom gosto.
A abertura é com um dos mais conhecidos temas do J.Coltrane, "Naima" destacando-se o naipe de sopros liderados por Lew Soloff, Jon Faddis e Alan Ralph, em total simbiose com os pratos do baterista Jimmy Madison e o teclado de Sebesky, dando uma grande dimensão ao tema.
A segunda faixa é "Django" do saudoso pianista do Modern Jazz Quartet, John Lewis, aqui gravada em uma versão definitiva com 10:31 minutos, onde Sebesky deixa os musicos à vontade para os improvisos, notadamente e mais uma vez os sopros, bem como de seu irmão Keneth Sebesky na guitarra.
O terceiro tema é talvez o menos conhecido, sem deixar de ser um "standard" chamado "Intrepid Fox", de autoria do seu amigo fraterno Freddie Hubbard, e que é o mais curto (4:07 minutos) e vigoroso de todo o disco, com grande destaque para o baixo de Jay Leonhart.
A quarta musica é na verdade o retrato do Bill Evans, seu autor, a quem já dedicou um CD "I Remember Bill" (1998) e só poderia ser "Waltz For Debbie", que tem aqui uma versão bem particular que acho agradaria em muito ao proprio Bill, pois Sebesky manteve todo o lirismo, essencia maior do tema.
Em seguida, um dos clássicos do jazz e de Miles Davis "All Blues", que confesso não estar, a meu ver, no mesmo nível dos demais, por não trazer qualquer novidade em termos de arranjo, sem nenhum brilho ou participação individual, talvez por querer algo mais por se tratar de um dos meus favoritos.
Para terminar, um tema do Bud Powell chamado curiosamente "Un Poco Loco", que vem fechar o disco na maior pressão e cheio de dissonantes e com grande estilo.
Esse trabalho totalmente original de Don Sebesky, gostem ou não (este questionamento é principalmente para o Benexis, a quem já fiz uma cópia para melhor avaliação ???).



P.S.: Deixo ainda registrado aqui meu repudio a declaração do Marcelo Madureira no programa do GNT "Armazém 41", que para ele todos os jazzófilos deveriam ser colocados em um navio para ser explodido em alto mar, que não fariam a menor falta...
Falta sim de total sensibilidade de uma pessoa tida como formadora de opinião??? (esconjuro, Satanás...)

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