Aos cinco anos da morte de um dos
famosos gigantes do jazz, relembramos um pouco de sua biografia.
O virtuoso trompetista,
compositor, educador e pioneiro do flugelhorn, CLARK TERRY faleceu há cinco
anos, aos 94 anos de idade.
Terry foi uma das grandes figuras
inspiradoras e influentes do mundo do jazz durante uma carreira que durou sete
décadas. Vários trompetistas disseram que foram influenciadas por ele. Ele
tocou com as figuras mais importantes do jazz, incluindo: Charlie Barnet,
Count Basie, Duke Ellington, Quincy Jones, Billie Holiday, Ella Fitzgerald,
J.J. Johnson, Anita O'Day, Dinah Washington, Ray Charles, Billy Strayhorn,
Thelonious Monk, Gerry Mulligan, Lionel Hampton, Oscar Peterson, Sonny Rollins,
Cannonball Adderley, Bill Evans, Bob Brookmeyer e literalmente centenas de
outros grandes músicos.
Ele compôs mais de 200 músicas de
jazz, tocou para sete presidentes norte-americanos, realizou inúmeras turnês
internacionais e tocou com grandes grupos como a London Symphony Orchestra e o
Netherlands Metropol.
Terry tem dezenas de prêmios e
honras acadêmicas, sua discografia abrange algumas centenas de álbuns e sobre
ele 14 livros foram escritos. A título de comparação, mais de 900 sessões de
gravação são computadas a Terry, enquanto Armstrong tem 620 e Gillespie 501.
Ele é um dos poucos NEA Jazz Masters.
Clark Terry nasceu em St. Louis,
Missouri, em dezembro de 1920, sendo o sétimo dos 11 irmãos. Sua mãe morreu
muito jovem e Clark passou pelas dificuldades da pobreza por um longo tempo. Disse
que quando criança um trompete foi construído usando uma mangueira e um funil.
A música foi um alívio nessa vida difícil. Mais tarde, ele conseguiu estudar
música e se tornar um profissional.
Os anos que passou no final dos anos 40 e
início dos 50 com as orquestras de Count Basie e Duke Ellington o marcaram como
um dos grandes nomes do trompete com um estilo de improviso muito pessoal.
Sua técnica e versatilidade
permitiram que ele tocasse facilmente do swing ao hardbop; assim, ao final dos
anos 50, ele já era considerado um dos verdadeiros "gigantes" do
trompete, embora também fosse pioneiro e fã do flugelhorn.
Depois de deixar a orquestra de
Ellington, se tornou o primeiro músico afro-americano a ingressar nas
orquestras da NBC (National Broadcasting Company), onde também iniciou uma
carreira de sucesso em programas de televisão. Logo ele começou a ensinar
jovens músicos, uma atividade que continuou a fazer até seus últimos dias.
Em 1994, o Instituto
Internacional de Estudos do Jazz Clark Terry foi criado na Universidade de
Iowa, onde no ano anterior ele recebeu o título de Doutorado Honorário, que foi
adicionado a outros dois em outras universidades.
Em 2012, publicou sua
autobiografia que foi adicionada aos outros livros escritos sobre ele.
Clark Terry morreu cercado por
sua família, amigos, colegas e estudantes. No dia seguinte, Christian McBride
escreveu no Facebook - "Quem conheceu Clark Terry melhorou como pessoa só
porque o conheceu".
(Traduzido e adaptado de Noticias
de Jazz, blog de Pablo Aguirre)
3 comentários:
Estimado MÁRIO JORGE:
E além de tudo um MESTRE em respiração circular.
Para suas anotações e homenageando outro e talvez o maior de todos ao lado de ARMSTRONG, anote que no próximo dia 12 de março estaremos lembrando os 65 anos do falecimento de CHARLIE PARKER.
Amigo Mario
Excelente homenagem. Temos que manter sempre na nossa mente um idolo como o Terry, sua obra e sua sonoridade.
Obrigado
Forte abraço.
Um fantastico musico muita falta. Também como pessoa maravilhosa já li muito sobre êle, como ajudou novos músicos!!!!
CARLOS lIMA
Postar um comentário