Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

RECORDANDO MARK MURPHY

24 outubro 2019



Em 22 de outubro de 2015, um dos mais famosos vocalistas de jazz, MARK MURPHY, morreu aos 83 anos de idade, após um longo período de problemas de saúde. Quatro anos após sua morte, queremos lembrar esse cantor de jazz, um dos mais genuínos e importantes do gênero nos últimos 60 anos.
Murphy, que se caracterizava por sua imensa habilidade de improvisar com sua voz, era admirado por músicos e público de todas as idades, em todo o mundo. Sua influência sobre cantores masculinos e femininos foi enorme, algo que, entre outros, se reconhece hoje o aclamado vocalista de jazz Kurt Elling, que apontou há pouco tempo com a intensidade e o calor do estilo de Murphy algo para o qual nem todos estão preparados.
Por sua vez, o próprio Mark Murphy sempre disse que foi influenciado pelo famoso Eddie Jefferson, especialmente na técnica de improvisação.
Mas além de Jefferson, Murphy sempre disse que admirava Nat King Cole, June Christy, Anita O'Day e até o pianista Art Tatum.
Mark Murphy acrescentou em sua carreira outro elemento imponente às músicas e interpretações de jazz de seu repertório: poesia e literatura em geral. Muitas de suas músicas usam poemas famosos ou parágrafos de romances, como foi o caso de seu álbum clássico dedicado a Jack Kerouac, no qual, em algumas frases, ele lê parágrafos do livro ─ "On The Road", onde Kerouac descreve a atmosfera "beatnik" de clubes de jazz e a “mágica" criada neles por músicos de jazz. É muito difícil obter esse álbum agora e seu preço no mercado é estratosférico.
Murphy foi indicado seis vezes ao prêmio "Grammy", conquistou quatro vezes o primeiro lugar na categoria "melhor vocalista de jazz" da revista Down Beat e recebeu inúmeros outros prêmios e honrarias, tendo publicado mais de 60 álbuns em sua carreira.
Entre eles, podemos destacar "Rah!" um clássico que incluía Bill Evans, Clark Terry e Wynton Kelly, entre outros grandes nomes do jazz, Nat King Cole Songbook Vol. I and II, Bop for Kerouac, Kerouac Then And Now, Living Room, Satisfaction Guaranteed, Beauty And the Beast, North Sea Jazz Sessions, Bop For Miles, Stolen Moments (com letras de Mark Murphy) e muitos outros até o último álbum, intitulado A Beautiful Friendship: Remembering Shirley Horne, gravado em 2013.
Nos últimos anos de sua carreira, ele desenvolveu um projeto chamado "Os Quatro Irmãos" (The Four Brothers), juntamente com os cantores Kurt Elling, Jon Hendricks e Kevin Mahogany, também colaborando com o trompetista alemão Till Brönner.
Mark Murphy é lembrado hoje como um dos poucos verdadeiros cantores de jazz.
(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz)



Um comentário:

Carlos Tibau disse...

Amigo Major
Tai um vocalista que eu gostava. Este album da foto é ótimo.
Obrigado.
Forte abraço