O saxofonista
alto e mestre de jazz da NEA ─ PHIL WOODS morreu há quatro anos, aos 83
anos (29 de setembro de 2015, East Stroudsburg, Pensilvânia, EUA), neste quarto
aniversário, queremos lembrar esse famoso mestre de jazz:
Em sua longa
carreira musical de seis décadas, Woods desenvolveu um estilo bastante pessoal,
apesar de sempre seguir com admiração o legado de Charlie Parker. Discípulo, ao
seu modo de Parker, de quem herdou suas muitas expressões emocionais, Woods foi
um dos mais completos saxofonistas das décadas de 50 a 70, com um swing
exuberante e uma capacidade de improvisação nas concepções parkerianas, sempre impetuoso
no ritmo, justapondo elementos variados das várias linguagens do jazz, contido
ele nunca abandonou a tradição do bebop.
Woods se
aposentou dos palcos e estúdios de gravação no início de setembro de 2015
devido à sua condição médica, logo após ter tocado a música "Charlie
Parker com Cordas" com seu trio e a orquestra sinfônica de Pittsburgh,
dia 4 desse mesmo mês.
Phil Woods
começou a tocar saxofone alto aos 12 anos e estudou música com Lennie
Tristano e pelos ensinamentos dos renomados Charlie Barnet, Neal Heafti
e Jymmy Raney nas escolas de Manhattan e Juilliard, onde também estudou
clarinete. Como estudante do ensino médio, tocou com a orquestra Charlie Barnet
e, posteriormente, trabalhou com Kenny Dorham, George Wallington e Dizzy
Gillespie, que se interessaram especialmente por seu estilo bebop.
Nos anos 60,
tocou com Buddy Rich e viajou pela Europa com Quincy Jones e na
União Soviética com Benny Goodman. Depois, além de lecionar, ele
organizou seu próprio quarteto e integrou a grande banda de Clark Terry.
Desiludido
com a vida política dos EUA, Woods mudou-se para a França no ano de revoluções
estudantis nos dois lados do Atlântico, em 1968, onde formou sua "European
Rhythm Machine", que não teve muito sucesso. Quatro anos depois, ele
voltou para os EUA, estabelecendo-se em Delaware, onde continuou sua carreira
musical até sua morte.
Woods gravou
bastante como líder (mais de 50 álbuns), mas muitas de suas gravações notáveis foram
feitas com outros músicos,
como Thelonious Monk, Herbie Mann, Bill Evans, Art Blakey, Lou Donaldson,
Dizzy Gillespie, Art Farmer, Oliver Nelson, Modern Jazz Quartet, Jimmy Smith,
Ben Webster, Stephane Grappelli, Bill Evans, Gil Evans, Quincy Jones, Ron
Carter, dentre muitos outros.
Em sua
atividade como educador e mentor de jovens, Woods promoveu nos últimos anos a
saxofonista alto Grace Kelly, com quem também gravou um álbum e tocou
inúmeros concertos. Ele era um admirador e amigo também da saxofonista chilena
com sede em Nova York, Melissa Aldana. Sua dedicação ao ensino durou
várias décadas.
Além do
prestigiado prêmio NEA Jazz Master, Woods ganhou quatro Grammy Awards e foi
indicado para outros sete.
(traduzido e
adaptado do blog Noticias de Jazz)
3 comentários:
Grande Phil Woods! grande lembrança, Major.
Grande abraço,
Takechi.
(P.S.: Você quis dizer Geoge Wallington)
Estimado MARIO JORGE:
Sem dúvida o melhor (tecnicamente) e mais importante saxofonista-alto pós-PARKER. Mereceu todos os prêmios recebidos e todos os que não lhe foram creditados.
Com certeza Takechi é Wallington e já foi corrigido. Mas tirando o corpo fora foi copiado do blog Noticias de jazz, vou puxar a orelha do Pablo Aguirre titular do blog. Valeu amigo abraço
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