Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

27 novembro 2018



Série    PIANISTAS   DE   JAZZ
Algumas  Poucas  Linhas  Sobre  o  Piano  e  os  Pianistas
58ª  Parte   II    
(50)(b) BARRY HARRIS      Pianista, Professor, PhD em Bud Powell..........

O COMPOSITOR
O volume e a qualidade das composições de BARRY podem ser avaliados na seguinte relação parcial: "Morning Coffee", "Luminescence", "Like This!", “Nicaragua", “You Sweet And Fancy Lady", "Rouge", "Looking Glass", "For the Moment", "That Secret Place", "Nobody's", "The Bird Of Red And Gold", "Anachronism", "Sphere", "Around The Corner", "Stay Right With It", "Clockwise", "Off Monk", "Oh So Basal", "Now And Then", "Sweet Sewanee Blues", "Renaissance", "And So I Love You" e "With A Grain Of Salt".

GRAVAÇÕES
A discografia de BARRY como lider é extensa e inclui alguns discos indispensáveis em qualquer discoteca, a saber e apenas como alguns exemplos: "Breakin' It Up" (Argo, 1958), "Chasin' The Bird" (Riverside, 1962), "Luminescence!" (Prestige, 1967), "Barry Harris At The Jazz Workshop" (Riverside, 1960), "Listen To Barry Harris" (Riverside, 1961), "Never Than New" (Riverside, 1961), "Barry Harris In Spain" (Nuba, 1991), "The Last Time I Saw Paris" (Vênus, 2000), "Vicissitudes" (MPS, 1972), "Live In Tokyo" (Xanadu, 1976), "The Bird Of Red And Gold" (Xanadu, 1989), "Live At Maybeck Recital Hall, Volume Twelve” (Concord, 1990), "Live In New York" (Reservoir, 2002) e "Live In Rennes" (Plus Lion, 2009).    
Como parceiro ou “sideman” BARRY gravou pelo menos 06 dúzias de albuns, muitos deles antológicos e entre os quais podemos citar “Byrd Jazz” com Donald Byrd (selo “Transition”, 1955, mais tarde absorvido com o título “First Flight” pela “Delmark”), com Dexter Gordon “Clubhouse” (Blue Note), “The Tower Of Power” e “More Power” (ambos pela Prestige e em 1969), com Cannonball Adderley “Them Dirty Blues” (1960, selo Riverside), com Benny Golson “The Other Side Of Benny Golson” (Riverside, 1958), com Coleman Hawkins “Wrapped Tight” (Impulse, 1965), com Jimmy Heath “Picture Of Heath” (Xanadu, 1975), com Harold Land “West Coast Blues !” (Jazzland, 1960), com Sonny Stitt 06 álbuns todos muito bons, a saber, “Burnin!” (Argo, 1958), “Tune-Up!” e “Constellation” (ambos pelo selo Cobblestone e em 1972), “12!” (Muse, 1972), “Blues For Duke” (também pela Muse, 1975) e muito, muito mais, com Yusef Lateef, Charles McPherson, Hank Mobley, Billy Mitchell, Lee Morgan e outros.
Todavia e sem descartar nenhuma dessas gravações, é importante focar o álbum duplo da “Columbia”(1979), sob o título “I Remember Bebop”, com certeza um dos melhores lançamentos da etiqueta, dedicado a Bud Powell. Foram 08 pianistas que nos dias 02 a 05 de novembro de 1977 e sempre no mesmo piano Steinway, desfilaram preciosidades ligadas ao “bebop”: Al Haig gravou 04 temas ligados a Gillespie, Duke Jordan lembrou Tadd Dameron em 02 temas, John Lewis executou ele mesmo em 04 temas, Sadik Hakim e Walter Bishop Jr reportaram-se a Charlie Parker em 06 temas, Tommy Flanagan executou 04 temas de Bud Powell, Jimmie Rowles desfilou 03 peças de Miles Davis e finalmente BARRY HARRIS executou à perfeição e com o mesmo “sotaque” de Monk 04 temas deste (“Epistrophy”, “In Walked Bud”, 52nd Street Theme” e “Ruby, My Dear”).

DOCUMENTÁRIOS
O documentário “Passing It On - A Musical Portrait Of Barry Harris - Pianist And Teacher” dirigido por David Chan e Ken Freundlich (Rhapsody Films, 23 minutos, cores, 1986) é importante por nos mostrar BARRY lecionando para músicos e cantores, lecionando no “Jazz Cultural Center” e ensinando técnicas de digitação ao piano para alunos. No final do documentário BARRY prepara-se para apresentação ao lado de Red Rodney, Pepper Adams e Clifford Jordan (que nas notas da capa é, erroneamente, indicado como Clifford Brown).
Esse documentário foi lançado originalmente em VHS e não temos notícias de versão em DVD, exatamente como no documentário citado a seguir.
“Thelonius Monk – Straight No Chaser” produzido por Clint Eastwood (Warner, 90 minutos, P&B, 1988), é documentário que nos presenteia com um magnífico dueto de BARRY com Tommy Flanagan no clássico de Monk “Well, You Needn’t”, assim como ensaiando o tema, também de Monk, “Misterioso”. Interessante apreciar-se a perfeição técnica de Flanagan, enquanto BARRY emula o toque de Monk, revelando como ouviu Monk à exaustão.

HOMENAGENS
As homenagens e prêmios concedidos a BARRY são muitas e bem expressivas, podendo citar-se:
- em 1989 e pela “NEA” o título de Jazz Master;
- em 1995 foram 03 prêmios, a saber, Doctor Of Arts pela “Northwestern University”, Honorary Jazz Award pela “House Of Representatives” e Prêmio Presidencial Especial em reconhecimento da dedicação no desempenho e na educação no Jazz;
- em 1997 o reconhecimento pela “Excelência na Música e na Educação no Jazz” e também o “Dizzy Gillespie Achievement Award”;
- em 1998 recebeu carta de congratulação da “Casa Branca” pelo seu trabalho como musico e educador no Jazz, assim como foi agraciado pela “National Association Of Negro Musician” com o Lifetime Achievements Award for Contributions to the Music World;
- em 2000 BARRY foi incluído no “American Jazz Hall Of Fame” por sua contribuição para o mundo do JAZZ.

 Prosseguiremos com o pianista DICK TWARDZIK

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