Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

31 outubro 2018


Série   PIANISTAS  DE  JAZZ
Algumas Poucas Linhas Sobre o Piano e os Pianistas
57ª Parte    III   -   Final
(49)(c)  DAVE BRUBECK   Um Formador dePúblico

Na década de 1960 (1960 a 1969) e com o quarteto fazendo sucesso de crítica e de público, foram lançados de 03 a 05 álbuns por anos aumentando a série dedicada aos “tempos”, assim como foram retratadas as viagens do grupo e os temas nacionais na série “impressions” (USA, Eurásia, Japão, New York).
Na década de 1960 BRUBECK dirigiu programa radiofônico com todas as “formas” de JAZZ, para a “WEZN/FM” (antiga “WJZZ/FM”), juntamente com seu vizinho e amigo John E. Metts, primeiro afro-americano a dirigir uma emissora de rádio.
Em 1961 BRUBECK participou da adaptação de “Othello” no longa metragem britânico “All Night Long” (lançado no Brasil com o título “A Noite Toda”, em DVD pela “Coperdisc”), 1,5 hora, P&B, com a presença do genial Tubby Hayes, de Charlie Mingus e Johnny Dankworth. BRUBECK é filmado em “closes” executando seu clássico “Raggy Waltz” e com Mingus em “Non Sectarian Blues".
Em 1968 BRUBECK gravou o LP “The Gates Of Justice” (lançado em 1969), com as palavras de Martin Luther King, Jr. em cantata bíblica.
O contrato de BRUBECK com o selo Columbia foi interrompido (a última gravação para esse etiqueta foi o LP “Summit Sessions” em 1971), e ele voltou-se para a “Atlantic Records”.
Ele foi o autor e executante do episódio “The NASA Space Station” para a “CBS TV”, dentro da série “This Is America, Charlie Brown”.
Em 2000 e com sua esposa IOLA, BRUBECK criou, dentro da “University Of The Pacific”, o arquivo de seus documentos musicais pessoais, para mais adiante fornecer bolsas de estudo e oportunidades de educação no JAZZ para estudantes. A instituição que está instalada em Stockton, Califórnia, em uma das ruas principais que leva o nome de “Dave Brubeck Way”.
Ele havia gravado diversas faixas (05) do álbum “Jazz Goes To College” na faculdade de Ann Arbor (“Concordia University Ann Arbor”) de Michigan, que visitou em diversas ocasiões. Finalmente alí apresentou-se em 2006 no “Hill Auditorium”, local onde recebeu o prêmio de distinção artística da “Musical Society” da “University Of Michigan”.
Em 2008 (08 de abril) e na Casa Branca dos U.S.A. BRUBECK ofereceu um curto recital para os integrantes do Departamento de Estado americano, ocasião em que a Secretária Condoleezza Rice o agraciou com o “Benjamin Franklin Award for Public Diplomacy”, em virtude dele proporcionar uma visão americana de esperança, de liberdade e de oportunidade para os U.S.A. e para o mundo; a Secretária declarou na ocasião que desde menina cresceu com o som de BRUBECK, já que seu pai era o maior fã do pianista. Para essa ocasião o comunicado oficial do Departamento de Estado americano pronunciou que “como pianista, compositor, emissário cultural e educador, o trabalho da vida de DAVE BRUBECK exemplificava o melhor da diplomacia cultural da América”.
Em 18 de outubro de 2008 BRUBECK recebeu o grau de “Music Honorary Degree” pela “Estman School of Music” de New York.
O Governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger ao lado de Maria Shriver, Primeira Dama estadual, anunciou em 28 de maio de 2008 que BRUBECK seria homenageado no “California Hall Of Fame” (parte integrante do “The California Museum For History, Women And The Arts”), o que efetivamente veio a ocorrer no dia 10 de dezembro do mesmo ano em cerimônia com BRUBECK ao lado de outros 11 famosos californianos.
Ainda nesse ano de 2008 BRUBECK tornou-se um defensor do “Jazz Foundation Of America”, entidade voltada para salvar vidas e casas dos músicos de JAZZ e Blues, idosos, ai incluidos os sobreviventes do Furacão Katrina. Em apoio à “Foundation” ele participou do show beneficente anual “A Great Night In Harlem”.
BRUBECK seguiu recebendo prêmios e honrarias até o final de sua vida, como em 2009, 2010 e 2011, muitos dos quais indicamos ao final da presente resenha.
Quando da ocasião de seu falecimento em 05/12/2012, havia sido planejada uma festa de aniversário para ele com convidados famosos - a festa tornou-se um tributo “in memorian” em maio de 2013.
John Fordham, autor do excelente livro “JAZZ - History, Instruments, Musicians, Recordings”(1ª Edição, 1993, Inglaterra) escreveu no “The Guardian” que “a realização real de BRUBECK foi saber mesclar as ideias europeias de composição, com estruturas rítmicas muito exigentes, mais os estilos da música de JAZZ e a improvisação, em formas expressivas e acessíveis”.
Em editorial o “The Economist” assinalou que “acima de tudo foi difícil acreditar que o JAZZ mais bem sucedido na América estava sendo tocado por um homem de família, um californiano descontraído, modesto, gentil e aberto, que seria feliz como rancheiro, só que ele não poderia viver sem tocar o piano, porque o ritmo do JAZZ era o ritmo do seu coração."
O “Concord Boulevard Park” na cidade natal de BRUBECK (Concord, Califórnia) foi rebatizado de "Dave Brubeck Memorial Park", sendo que o Prefeito local, Dan Helix, sempre lembrava das apresentações de BRUBECK no local e dizia que “ele nunca morrerá porque sua música é imortal”.
Os estudos de música clássica foram um impulso definitivo para BRUBECK tornar-se um compositor de respeito, com formas que se apoiavam com grande habilidade em variações rítmicas, polifonias, fugas, rondós, aí incluida música sacra e trilhas sonoras para a televisão americana, citando-se como exemplos seus trabalhos para o show “Mr. Broadway” (vide LP “Jazz Impression Of New York”) e para as mini-séries “This Is America” e “Charlie Brown”.
BRUBECK foi original ! ! !
Retornaremos com o pianista BARRY HARRIS

Nenhum comentário: