Sua primeira vocação e seu primeiro estudo foram as belas artes e, em função de custear essa vocação, trabalhou em diversos clubes e casas noturnas como guitarrista.
No mês de dezembro de 1942 tornou-se profissional, ingressando no trio do pianista Nat Jaffe.
No ano de 1943 tocou com Coleman Hawkins.
No ano seguinte tocou com Red Norvo, após o que formou seu próprio grupo e acompanhou Billie Holiday nas casas noturnas e Mildred Bailey em transmissões radiofônicas.
Nesse mesmo ano de 1944 foi incluído no grupo da pianista e cantora Phil Moore, nele permanecendo até fevereiro de 1945 e tocando no “Café Society”
No dia 28 de fevereiro de 1945 e em New York gravou com o “Dizzy Gillespie Sextet” integrado por Dizzy Gillespie/trumpete, Charlie Parker/sax.alto, REMO PALMIERI/ guitarra, Clyde Hart/piano, Slam Stewart/baixo e Cozy Cole/bateria. Na ocasião ficaram registrados os temas “Groovin’ High” (áudio disponível na Internet via “YouTube”), “All The Things You Are” (áudio também disponível na Internet via “YouTube”, podendo ouvir-se curto solo de PALMIERI) e “Dizzy Atmosphere”.
No início desse ano de 1945 os vencedores da enquete da revista “Esquire” como os melhores do ano (“Esquire All American Winners”), gravaram sob a supervisão do crítico Leonard Feather os temas “Snafu” e “Long Long Journey”. Para essas gravações a formação contou com Luis Armstrong e Charlie Shavers nos trumpetes, Jimmy Hamilton no clarinete, Johnny Hodges no sax.alto, Don Byas no sax.tenor, Billy Strayhorn e Duke Ellington ao piano, REMO PALMIERI na guitarra, Chubby Jackson no contrabaixo e Sonny Greer à bateria.
Atuou em clubes e sob contrato com Dizzy Gillespie, assim como e logo depois com o grande clarinetista Barney Bigard.
Ainda nessa época atuou por pouco tempo com o pianista Teddy Wilson para acompanhar a “Divina” Sarah Vaughan, chegando a gravar com eles.
Ato seguido e por razões de saúde PALMIERI interrompeu suas atividades noturnas, passando a fazer parte da orquestra de estúdio da gravadora “CBS” com grande sucesso, inclusive gravando prefixos e “background’s” para programas de grande audiência, como por exemplo o “Arthur Godfrey Radio Show” de larga permanência no ar.
Quando o programa de Arthur Godfrey terminou em 1972, PALMIERI desligou-se da CBS e retornou à cena do JAZZ, atuando como freelance com Benny Goodman, Bobby Hackett, Hank Jones, Herb Ellis, Barney Bigard e muitos outros.
Em 1977 o seu então amigo e guitarrista Herb Ellis convenceu Carl Jefferson, o Presidente da “Concord Jazz”, a convidar PALMIERI para participar do “Concord Jazz Festival” na Califórnia, o que realmente sucedeu, com os 02 guitarristas atuando em duo.
Nesse mesmo ano os dois guitarristas gravaram o álbum “Windflower”.
PALMIERI gravou como titular em 1978 e 1979 para a “Concord Jazz”.
Nos anos 1990 ainda encontrávamos PALMIERI em atividade, gravando para o selo “JVC” os álbuns “Tribute To Tal Farlow” em 1996, “Tribute To Barney Kessel With Love From Your Friends” em 1997 e “Tribute To Herb Ellis With Love” em 1998.
Ele foi guitarrista de descendência direta de Charlie Christian e, com certeza, influenciado por Django Reinhardt. Seus fraseado e timbre o definem não como um “bopper”, mas seguramente e de forma precursora na linha do “cool”. É importante assinalar que PALMIERI estudou com Tibor Serby (um dos poucos alunos de composição de Bela Bartok), o que nos faz compreender as surpresas e sutilizas das linhas harmônicas que desenvolve.
Entre as gravações onde podemos apreciá-lo como solista ou como acompanhante, citamos:
- “Seven Come Eleven” (com Red Norvo), 1944;
- “Side Track”, 1976;
- “A Time for Love”, 1976;
- “Windflower” (com Herb Ellis), 1977.
Nenhum comentário:
Postar um comentário