Jim Hall foi um dos gigantes, um
dos mais influentes, criativos e admirados da guitarra jazz. Morreu aos 83 anos (10/12/2013) após uma longa e extraordinária carreira
e com uma vida musical incansável permanecendo ativo até seus últimos dias.
Desde o início de sua carreira,
nos anos 50, Jim Hall não mostrou apenas virtuosismo e criatividade, mas um dos
guitarristas de jazz menos previsíveis e exploratórios. Muitos atributos foram
"modernizados" no papel de seu instrumento no jazz e expandiu seu
vocabulário a profundidades quase orquestral. No entanto, um dos seus méritos
artísticos é que nunca ostentou técnica virtuosa em seus solos improvisados,
mas procurou criar frases melódicas e belas, romanceadas.
Hall, também tem sido elogiado
como compositor e arranjador.
Sua família era musical. Sua mãe
tocava piano, violino, seu avô e seu tio guitarra, instrumento que ele gostou quando
jovem e começou a tocar aos 10 anos de idade.
Como adolescente tocou
profissionalmente em Cleveland, uma cidade onde também estudou piano, contrabaixo
e teoria musical bem como a guitarra.
Logo, ele se mudou para Los
Angeles, onde foi destacado no estilo "cool", entre 1955 e 56, quando
começou a ser conhecido no jazz ao se juntar ao grupo de Chico Hamilton.
Foi com o famoso grupo
"cool" de Jimmy Giuffre onde começou a desenvolver sua própria
personalidade musical e quando sua carreira finalmente decolou. Naqueles dias, excursionou
com o "Jazz At The Philharmonic", organizado por Norman Granz, e
tocou com estrelas como Ben Webster, Bill Evans, Paul Desmond, Ella Fitzgerald,
Lee Konitz, Sonny Rollins e Art Farmer, entre outros, com os quais deixou inúmeros
álbuns gravados.
Nos anos 60, e em Nova York, Jim
Hall organizou um trio com Tommy Flanagan e Ron Carter, também atuou em programas
de televisão.
Em 1962, ele gravou com Bill
Evans, um dueto, o famoso álbum Undercurrant,
que foi transformado em disco de colecionadores.
A partir desse momento Hall tocou
com mais e mais músicos contemporâneos que surgiram na cena do jazz, incluindo
Wayne Shorter, Chris Potter, Michel Petrucciani e Bill Frisell. Ele se apresentou
em festivais de jazz em Nova York, que incluiu os guitarristas Pat Metheny e
John Scofield.
Hall gravou álbuns solo ao final
dos anos 90 em quinteto com Joe Lovano e continuou a participar em festivais de
jazz até pouco antes de sua morte e sua última gravação foi feita em 2008.
Desde jovem ele disse que tinha
sido influenciado por tenoristas como Lester Young e Coleman Hawkins e pelos guitarristas
Charlie Christian e Barney Kessel, antes de desenvolver o seu próprio estilo
musical. Para muitos a sua maior influência foi exercida sobre os guitarristas
John Scofield, Bill Frisell, Pat Metheny, John Abercrombie e Mick Goodrick.
Na foto abaixo toca com a Jazz
at Lincoln Center Orchestra dirigida por Wynton Marsalis.
Jim Hall deixou gravado cerca de
100 álbuns, 48 deles como
um líder.
(traduzido e adaptado do blog
Noticias de Jazz de Pablo Aguirre)
Um comentário:
E, esteve na "terrinha" no finado "Free Jazz Festival" em apresentação solo.
Com joe Pass, Barney Kessel e Kenny Burello formou uma "linhagem" de guitarristas modernos que serviu de base para tudo que veio após.
Abçs.
"Nels"
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