Um dos mais proeminentes e admirados jazz saxofonista
barítono morreu com a idade de 86 anos.
Joe Temperley, origem escocesa, passou grande parte de sua
vida nos EUA, onde tocou em vários conjuntos e grandes bandas. Ele começou sua
carreira na Inglaterra atuando na banda do famoso trompetista Humphrey
Littelton. Em 1965 ele se mudou para Nova York, onde teve um bom acolhimento de
imediato.
Nessa década de 60 e na próxima, entre as orquestras com as
quais ele trabalhou em concertos e gravações citam-se: Thad Jones-Mel Lewis, Buddy Rich,
Woody Herman.
Em 1974, ele substituiu o aclamado Harry Carney na Duke
Ellington Orchestra. Mais tarde, teve o assento cativo de sax
barítono no Jazz at Lincoln Center Orchestra, dirigida Wynton Marsalis.
Temperley esteve com este grupo por 28 anos, desde sua criação.
Em outubro de 2015, a Jazz at Lincoln Center Orchestra prestou
homenagem em reconhecimento ao seu talento e pelo muito tempo com o grupo.
Seu som no sax barítono e sua maneira de improvisar, eram
muito pessoal, destacando-se pela beleza de suas frases e calor. É fácil
reconhecer quando você ouve e não confundi-lo com um punhado de outros
saxofonistas barítonos que se destacaram no jazz, como Harry Carney, Serge
Chaloff, Gerry Mulligan, Pepper Adams, Ronnie Cuber, Gary Smulyan ou John
Surman.
Temperley, que foi eleito várias vezes como o "melhor
saxofonista barítono" pelas várias revistas de jazz, foi um grande
promotor da educação musical no campo do jazz lecionando na famosa Escola de
Estudos de Jazz da Juilliard, localizada em New York desde 1905.
(adaptado de Noticias de Jazz)
2 comentários:
Estimado MÁRIO JORGE:
Perde-se um músico da mais alta qualidade, mas sempre poderemos ouví-lo nas dezenas de gravações das bandas por onde cunhou sua arte.
Foi direto para a "celestial big band", onde desfrutará de boa companhia.
PEDRO CARDOSO
Como fã do barítono, só aprendi muito tarde a ouvir ao Joe Temperley, e apenas porque um de nossos confrades, o sumido BraGil (alcunha cjubiana do Gilberto Brasil), havia então lançado um ótimo post entitulado "O QUE ESTAMOS OUVINDO".
Esse tópico teve a afluência de inúmeros leitores, inclusive alguns novos na área, atraídos pelo tópico. Foi então que li pela primeira vez o nome de Temperley e sua qualificação saxofônica, o que me levou a buscar seus discos e ficar encantado com eles.
Foi das poucas vezes que não tive o auxílio luxuoso dos Mestres "da casa".
Um grande do instrumento, que possa descansar em paz, sabendo que seu legado é inestimável.
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