Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

FILME SOBRE CHET BAKER

28 março 2016













Dia 26, estreou limitadamente o filme canadense sobre o famoso trompetista Chet Baker, intitulado "Born To Be Blue". O filme, dirigido por Robert Budreau, com o ator Ethan Haweke desempenhando o papel de Baker, teve sua pré-estréia no Festival de Cinema de Toronto de 2015, quando recebeu muitos comentários positivos.

O drama documentário centra-se na vida do trompetista nos anos 60, quando Chet Baker passa por um período muito crítico, produto de drogas, em que a possibilidade de nunca trazê-lo novamente à música era quase certa, contudo sua amiga enigmática Jane (interpretado por Carmen Ejogo) surge, e  o leva a tocar novamente.
Antes  houve um projeto fracassado do produtor italiano Dino De Laurentiis de fazer um filme semelhante, o que nunca aconteceu.

Chet Baker foi um dos maiores e mais líricos trompetistas de jazz que, embora tivesse grande reconhecimento em vida, após a sua morte em 1988, se transformou em um músico muito admirado por sua habilidade e engenho criativo para os dias de hoje. Nas últimas duas décadas e meia suas gravações reeditadas têm vendido mais do que quando Baker estava vivo.
Em 1966, Baker perdeu vários dentes depois de apanhar por não pagar as drogas que já havia consumido, fato que o levou a ter que improvisar uma nova embocadura. Há quem diga que isto prejudicou seu desempenho e outros que dizem que, graças a este fato, Chet Baker conseguiu desenvolver sonoridades únicas.
No inicio dos 70, Chet Baker retomou certo controle da sua vida, graças à metadona, usada para controlar seu vício em heroína e, com a ajuda de Dizzie Gillespie, retornou  e apresentou-se em um importante clube de Nova York em 1973, e no Carnegie Hall com Gerry Mulligan em 1974. Nos anos seguintes Baker voltou à Europa, onde se apresentou de forma regular, com eventuais viagens ao Japão e aos Estados unidos. Em 1985, apresentou-se na primeira edição do Free Jazz Festival (realizado simultaneamente em São Paulo e Rio de Janeiro).
Chet Baker morreu em Amsterdã, no dia 13 de maio de 1988, ao cair da janela do hotel em que se hospedava. Sabe-se que havia ingerido heroína e cocaína, mas, se foi acidente ou suicídio, nunca se saberá.

(adaptado de Noticias de Jazz e adendo por M.J.Jacques)

4 comentários:

Anônimo disse...

Bela inclusão, que nos remete a um filme bem interessante e bastante fiel aos fatos.
Seguimos aguardando as sequências sobre o "WC".

PEDRO CARDOSO

Nelson disse...

Prezado Mário,

Esperamos que o filme não enfatize somente o lado degradado de Chet pelo vício das drogas, como fizeram com a Billie Holiday. Realmente, o rapaz teve severas transformações em sua vida pessoal devido ao vício. Tenho um LP dele em que aparecem fotos suas em diversas épocas - desde a infância - e que nota-se sua transformação fisionômica decorrente do uso de drogas. Segundo Jô Soares - certa vez em seu programa de tv - Chet tinha a fisionomia, quando jovem, parecida com a do artista de cinema James Dean. Quando faleceu, tinha a fisionomia do também artista Jack Palance.
Mas a sua sonoridade e, estilo de tocar trompete, é imediatamente reconhecida ao ouvido de qualquer jazófilo atento.
Vamos aguardar
Abç.
"Nels"

MARIO JORGE JACQUES disse...

Perfeitamente Nelson, concordo.

Anônimo disse...

Enquanto isso é anunciado um "pacote" de cine-documentários (ainda sem datas para o BRASIL) relativos a Chet Baker, Miles Davis e Nina Simone.
É aguardar e conferir.

PEDRO CARDOSO