Série “PIANISTAS DE
JAZZ"
Algumas Poucas Linhas Sobre o Piano e os Pianistas
13ª Parte
(17)
FRANK SIGNORELLI
- Tudos Pelas Raízes (Resenha curta)
FRANK SIGNORELLI,
pianista e compositor americano, nasceu em New York em 24 de maio de 1901 e
faleceu com 74 anos em sua cidade natal em 09 de dezembro de 1975.
Desconhecemos
sua formação musical, mas o fato é que com 16 anos (1917) ele organizou a
“Original Memphis Five” ao lado de Phil Napoleon e permaneceu liderando-a até
1926; a partir de então seguiu gravando
com a “OMF” até 1931, esta com diversos outros nomes.
Em
1921 e por breve período SIGNORELLI
integrou a “Original Dixieland Jass Band”, depois intitulada “Original Dixieland
Jazz Band” (a primeira banda a gravar JAZZ, em 1917).
Em
1924 SIGNORELLI ensaiou seus
primeiros passos como compositor com o tema
“Sioux City Sue”. No final
dessa década ele mergulhou na composição, como citado adiante.
Em
1926 ele gravou “Static Stru” com o “Original Memphis Five” e “Red House Blues”
com o grupo de Jimmy Lytell, enquanto que em 1927 e com o grupo de Bix Beiderbecke
gravou o clássico “At The Jazz Band Ball”.
Foi
músico de estúdio e de rádio, onde fez carreira.
De
1927 a 1929 tocou e gravou com Adrian Rollini, com Joe Venuti em trio e no “Joe
Venuti’s Blue Four”, com Eddie Lang, com o grande Bix Beiderbecke “And His
Gang”, nos grupos “Bailey’s Lucky Seven”, “Frank Trumbauer And His Orchestra”,
“Ladd’s Black Aces”, “Nubian Five”, “The Broadway Syncopaters” e outros.
Antes
de esgotar-se a década de 1930 ele tornou-se prolífico compositor e com êxito,
deixando-nos clássicos como “Just Plain Lazy” (que podemos apreciar via
internet em execução do próprio SIGNORELLI,
assim como suas execuções de “A Sunday Morning Promenade” e de “Waltzing With A
Dream”), “I’ll Never Be The Same”
(originalmente intitulada “Little Buttercup” e gravada pelo grupo “Joe Venuti’s
Blue Four”), “Gipsy” (gravada pela orquestra de Paul Whiteman), “A Blues Serenade” (gravada pela banda de
Glenn Miller em 1935 e pela banda de Duke Ellington em 1938). “Capric Futuristic”, “Anything”, “Evening”, “Bass Ale
Blues”, “Great White Way Blues”, “Park Avenue Fantasy”, “Shufflin Mose” e
“Starway To The Stars” (em 1951 incluido no filme “Sinfonia em Paris”, dirigido
por Vincente Minnelli e estrelado por Gene Kelly e Leslie Caron).
Voltou
a integrar a “Original Dixieland Jass Band” que havia sido reconstituída em
1936, para logo em seguida unir-se à orquestra de Paul Whiteman.
Nos
anos 1940 e 1950 SIGNORELLI tocou
com as bandas de Bobby Hackett e de Phil Napoleon.
No
final dos anos 1950 o grupo “Original Memphis Five” foi recriado e apresentou-se seguidamente em concertos
irradiados pelo rádio e exibidos pela televisão.
Quando
ouvimos as gravações de FRANK SIGNORELLI
logo o associamos a uma mistura de Jelly Roll Morton com pianistas “de salão”
(há uma clara influência de Bix Beiderbecke, pelo som cálido, “cool”).
A
carreira de músico de SIGNORELLI foi
encerrada no final dos anos 1950 na banda de Miff Mole. A
partir de então ele retirou-se para o convívio da família.
(18)
FRED ELIZALDE
- Das Filipinas para os U.S.A.
(Resenha curta)
Federido
Elizalde, FRED ELIZALDE, nasceu em
1907 em Manilha / Filipinas, foi
pianista e líder de orquestra.
Juntamente
com seu irmão mais jovem Manuel Elizalde (saxofonista) foi filho de um
milionário negociante de açúcar de origem espanhola.
ELIZALDE
iniciou-se no piano estudando os clássicos, mas o irmão Manuel o influenciou
para o JAZZ.
Juntos
e integrando pequeno grupo eles se apresentaram em Los Angeles em 1926,
chegando a realizar gravações, mas logo foram para a Inglaterra estudar na
Universide de Cambridge.
Na
Universidade os irmãos formaram novo grupo e gravaram para o selo “Brunswick”.
ELIZALDE,
ainda na Universidade, realizou alguns
arranjos para a orquestra de Bert Ambrose (famoso por sua orquestra de bailes e que
nasceu em Londres em 11/09/1896 e faleceu em sua terra natal em 11/06/1971).
Em
1927 ELIZALDE foi contratado para
organizar e dirigir orquestra de dança para o famoso hotel londrino “Savoy”,
orquestra que também deveria tocar JAZZ. Para montar a banda ELIZALDE
valeu-se de músicos locais, tais como Norman Payne no trumpete e Len Fillis na guitarra, mas arregimentou
nos U.S.A. músicos do “California Ramblers”:
Chelsea Quealey / trumpete, Bobby Davis / saxofone e clarinete, Adrian
Rollini / multi-instrumentista que podia atuar no piano, saxofone.baixo,
vibrafone e outros instrumentos.
O
grupo de ELIZALDE atuou durante 02
anos no hotel, ao mesmo tempo em que participou de programas radiofônicos,
gravou dezenas de discos e excursionou por toda a Inglaterra.
Após
esse trabalho e no início dos anos 1930 ELIZALDE
foi para a Espanha e depois para a América do Sul, onde dedicou-se à música
clássica.
Ouvir
ELIZALDE é descobrir um belíssimo
músico de “salão”, tal como no caso de Frank Signorelli.
É
considerado o pioneiro em mostrar regularmente para a Inglaterra uma “big.band”
soberbamente ensaiada com estilo ágil,
preciso, arranjos muito bem estruturados e solistas da melhor qualidade, entre
os da época.
Gravou
em 1927 “Rhythm Step” e “Stomp Your Feet”, enquanto que em 1928 deixou-nos as gravações do
clássico “Darktown Strutter’s Ball”, de “Sugar, You Can’t Have My Sugar For
Tea” e de “Chopinata”.
Prosseguiremos
nos próximos dias
Nenhum comentário:
Postar um comentário