Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

10 junho 2015


Série   PIANISTAS  DE  JAZZ"
Algumas Poucas Linhas Sobre o Piano e os Pianistas
13ª Parte

(17)     FRANK  SIGNORELLI    -   Tudos Pelas Raízes        (Resenha curta)
FRANK SIGNORELLI, pianista e compositor americano,  nasceu em New York em 24 de maio de 1901 e faleceu com 74 anos em sua cidade natal em 09 de dezembro de 1975.   
Desconhecemos sua formação musical, mas o fato é que com 16 anos (1917) ele organizou a “Original Memphis Five” ao lado de Phil Napoleon e permaneceu liderando-a até 1926;   a partir de então seguiu gravando com a “OMF” até 1931, esta com diversos outros nomes.
Em 1921 e por breve período SIGNORELLI integrou a “Original Dixieland Jass  Band”, depois intitulada “Original Dixieland Jazz Band” (a  primeira banda a gravar JAZZ, em 1917).
Em 1924 SIGNORELLI ensaiou seus primeiros passos como compositor com o tema  “Sioux City Sue”.    No final dessa década ele mergulhou na composição, como citado  adiante.
Em 1926 ele gravou “Static Stru” com o “Original Memphis Five” e “Red House Blues” com o grupo de Jimmy Lytell, enquanto que em 1927 e com o grupo de Bix Beiderbecke gravou o clássico “At The Jazz Band Ball”.
Foi músico de estúdio e de rádio, onde fez carreira.
De 1927 a 1929 tocou e gravou com Adrian Rollini, com Joe Venuti em trio e no “Joe Venuti’s Blue Four”, com Eddie Lang, com o grande Bix Beiderbecke “And His Gang”, nos grupos “Bailey’s Lucky Seven”, “Frank Trumbauer And His Orchestra”, “Ladd’s Black Aces”, “Nubian Five”, “The Broadway Syncopaters” e outros.
Antes de esgotar-se a década de 1930 ele tornou-se prolífico compositor e com êxito, deixando-nos clássicos como “Just Plain Lazy” (que podemos apreciar via internet em execução do próprio SIGNORELLI, assim como suas execuções de “A Sunday Morning Promenade” e de “Waltzing With A Dream”), “I’ll Never Be The Same” (originalmente intitulada “Little Buttercup” e gravada pelo grupo “Joe Venuti’s Blue Four”), “Gipsy” (gravada pela orquestra de Paul Whiteman),  “A Blues Serenade” (gravada pela banda de Glenn Miller em 1935 e pela banda de Duke Ellington em 1938). “Capric Futuristic”, “Anything”, “Evening”, “Bass Ale Blues”, “Great White Way Blues”, “Park Avenue Fantasy”, “Shufflin Mose” e “Starway To The Stars” (em 1951 incluido no filme “Sinfonia em Paris”, dirigido por Vincente Minnelli e estrelado por Gene Kelly e Leslie Caron).
Voltou a integrar a “Original Dixieland Jass Band” que havia sido reconstituída em 1936, para logo em seguida unir-se à orquestra de Paul Whiteman.
Nos anos 1940 e 1950 SIGNORELLI tocou com as bandas de Bobby Hackett e de Phil Napoleon.
No final dos anos 1950 o grupo “Original Memphis Five” foi recriado e  apresentou-se seguidamente em concertos irradiados pelo rádio e exibidos pela televisão.
Quando ouvimos as gravações de FRANK SIGNORELLI logo o associamos a uma mistura de Jelly Roll Morton com pianistas “de salão” (há uma clara influência de Bix Beiderbecke, pelo som cálido, “cool”).
A carreira de músico de SIGNORELLI foi encerrada no final dos anos 1950 na banda de Miff Mole.    A  partir de então ele retirou-se para o convívio da família.
 
 
 
(18)     FRED  ELIZALDE     -     Das Filipinas para os U.S.A.     (Resenha curta)
Federido Elizalde, FRED ELIZALDE, nasceu  em  1907 em Manilha / Filipinas,  foi pianista e líder de orquestra.
Juntamente com seu irmão mais jovem Manuel Elizalde (saxofonista) foi filho de um milionário negociante de açúcar de origem espanhola.
ELIZALDE iniciou-se no piano estudando os clássicos, mas o irmão Manuel o influenciou para o JAZZ.
Juntos e integrando pequeno grupo eles se apresentaram em Los Angeles em 1926, chegando a realizar gravações, mas logo foram para a Inglaterra estudar na Universide de Cambridge.
Na Universidade os irmãos formaram novo grupo e gravaram  para o selo “Brunswick”.
ELIZALDE, ainda  na Universidade, realizou alguns arranjos para a orquestra de Bert Ambrose (famoso por sua orquestra de bailes e que nasceu em Londres em 11/09/1896 e faleceu em sua terra natal em 11/06/1971).
Em 1927 ELIZALDE foi contratado para organizar e dirigir orquestra de dança para o famoso hotel londrino “Savoy”, orquestra que também deveria tocar JAZZ.   Para montar a banda  ELIZALDE valeu-se de músicos locais, tais como Norman Payne no  trumpete e Len Fillis na guitarra, mas arregimentou nos U.S.A. músicos do “California Ramblers”:   Chelsea Quealey / trumpete, Bobby Davis / saxofone e clarinete, Adrian Rollini / multi-instrumentista que podia atuar no piano, saxofone.baixo, vibrafone e outros instrumentos.
O grupo de ELIZALDE atuou durante 02 anos no hotel, ao mesmo tempo em que participou de programas radiofônicos, gravou dezenas de discos e excursionou por toda a Inglaterra.
Após esse trabalho e no início dos anos 1930 ELIZALDE foi para a Espanha e depois para a América do Sul, onde dedicou-se à música clássica.
Ouvir ELIZALDE é descobrir um belíssimo músico de “salão”, tal como no caso de Frank Signorelli.
É considerado o pioneiro em mostrar regularmente para a Inglaterra uma “big.band” soberbamente  ensaiada com estilo ágil, preciso, arranjos muito bem estruturados e solistas da melhor qualidade, entre os da época.
Gravou em 1927 “Rhythm Step” e “Stomp Your Feet”, enquanto  que em 1928 deixou-nos as gravações do clássico “Darktown Strutter’s Ball”, de “Sugar, You Can’t Have My Sugar For Tea” e de “Chopinata”. 

Prosseguiremos  nos  próximos  dias

 

Nenhum comentário: