Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

COLUNA DO MESTRE LOC NO JB MENCIONA CJUBIANO BENÉ-X

12 maio 2015

Foi do confrade Bené-X a idéia de interessar Duduka nessa trilha pouquíssimo explorada do jazz, a das composições, arranjos e interpretações, por músicos estrangeiros - majoritariamente mas não exclusivamente norte-americanos - de temas baseados ou inspirados na música ou na repercussão nesses, de aspectos da cultura brasileira. O fato é que Duduka não apenas gostou e encampou a sacada e o resultado está expresso nesse álbum. E Duduka fez questão de mencionar nas liner notes esse reconhecimento a seu amigo David Benechis.


O Jive samba de Duduka Da Fonseca

por Luiz Orlando Carneiro em 9/5/15


"Jive samba é o título do mais recente CD do carioca Duduka Da Fonseca, mestre da bateria de renome internacional, radicado em Nova York desde 1975. Recém-editado pelo selo Zoho, o disco foi gravado no Rio de Janeiro, em abril do ano passado, por um trio integrado por dois outros excelentes músicos brasileiros, muito afinados com o líder no balanço do samba jazz: o pianista David Feldman e o baixista Guto Wirtti.

Duduka firmou o seu prestígio lá fora, como arauto do samba jazz (jazz moderno com temática e tempero do samba), à frente do Trio da Paz, na companhia dos também émigrés Romero Lubambo (guitarra) e Nilson Matta (baixo). Os três fizeram muito sucesso com os álbuns Black Orpheus (Kokopelli, 1994), Partido out (Malandro Records, 1998), e Café(Malandro, 2002) – este último com a participação do eminente saxofonista Joe Lovano.

Mais recentemente, em 2012, as revistas e site especializados deram especial destaque a Samba jazz-Jazz samba, registro da etiqueta Anzic de um quinteto comandado pelo baterista, tendo como parceiros a aclamada clarinetista-saxofonista Anat Cohen e os brasileiros também novaiorquinos Hélio Alves (piano), Guilhrme Monteiro (guitarra) e Leonardo Cioglia (baixo).

Agora, em Jive samba, Duduka volta a atuar em trio – sua formação favorita – mas a partir de uma nova concepção temática, assim descrita pelo produtor Todd Barkan, nas notas do próprio CD:

“A ideia fundamental deste projeto especial germinou a partir de uma conversa entre Duduka e o seu amigo David Benechis (um advogado e escritor brasileiro) há muitos anos, quando Duduka estava de visita à cidade natal, o Rio de Janeiro: interpretações mágicas de composições inspiradas na música brasileira de grandes compositores jazzísticos americanos tais como Keith Jarrett, Joe Henderson, Clare Fischer e John Scofield”.

Duduka da Fonseca acrescenta: “Cresci ouvindo intensivamente – e aprendendo – a obra de caras como Wayne Shorter, McCoy Tyner, Herbie Hancock, Chick Corea e outros ícones do jazz americano. E, em matéria de música, tem sido uma das experiências mais gratificantes da minha vida ver e ouvir o quanto muitos desse Gigantes foram profundamente influenciados artisticamente pela música e pela cultura brasileiras”.

Assim é que o trio Duduka-Feldman-Wirtti interpreta, em interação contínua – mesmo nos momentos de solos propriamente ditos – 10 peças assinadas por 10 músicos excepcionais que enriqueceram a discografia jazzística, marcadamente nas décadas de 60 e 70.

Estas composições e seus respectivos autores são: Jive samba (4m30), de Nat Adderley; Lucky Southern (5m10), Keith Jarrett; Sco's Bossa (6m40), John Scofield; Recorda me (5m05), Joe Henderson; Peresina (6m45), McCoy Tyner; Clouds(6m35), Kenny Barron; Pensativa (6m), Clare Fischer; Speak like a child (4m25), Herbie Hancock; El gaucho (4m10), Wayne Shorter; Samba Yantra (4m35), Chick Corea.


Como se pode ver, um menu muito atraente preparado e executado por um trio que, ainda segundo Todd Barkan, se tornou, nos últimos cinco anos, “um dos mais engenhosos e coesos conjuntos desse tipo, em termos harmônicos e rítmicos”."

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