Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

ÚLTIMO CONCERTO DO QUARTETO DE BRUBECK

09 março 2015

Há três anos, (9/março) foi colocado à venda o álbum com a última apresentação do original e lendário Dave Brubeck Quartet em dezembro de 1967, nunca publicado antes, e após a morte de Brubeck tem adquirido teor mais relevante.


No ano anterior (1966), Brubeck havia anunciado —“pensei em acabar com as turnês musicais intensas com o quarteto (composto por Paul Desmond, Eugene Wright e Joe Morello) para seguir somente com a composição”.
A Columbia Records, em seguida, liberando um após o outro, os álbuns Bravo Brubeck From Mexico e The Last Time We Saw Paris, que até então, seriam os últimos álbuns do quarteto. The Brubeck Quartet internacionalmente aclamado tocaria ao vivo pela última vez em dezembro de 1967, em concerto na Filadélfia.
As fitas com tais gravações não ficaram nas mãos da Columbia Records, mas  com o próprio Brubeck, que as guardou em um armário em sua casa. Pouco mais de três anos atrás, o amigo de Brubeck, Russell Gloyd percebeu o valor artístico e histórico de tais gravações e convenceu o pianista a levá-las para publicação. Brubeck disse que não se lembrava de como chegaram à sua casa há mais de quatro décadas. O resultado é o álbum inédito do concerto de 1967 com um dos quartetos mais famosos da história do jazz, intitulado Last Time Out (nos moldes do Time Out e Time Further Out, de anos anteriores).

Quando Dave Brubeck, finalmente, disposto a se dedicar a compor, seu amigo - Duke Ellington, com razão, disse: "Você vai voltar, Dave." De fato, no ano seguinte (1968), Brubeck tornou a se apresentar em público com Gerry Mulligan. Depois disso, voltou com Paul Desmond e nas décadas seguintes levaram a inúmeros conjuntos.
Mas, sem dúvida que o lendário primeiro quarteto que o lançou ao estrelato com seu álbum ao vivo em 1954, Brubeck Goes To College, não foi apenas o mais famoso, mas foi com ele que Brubeck deixou sua marca na história do jazz.


(Adaptado do Noticiero de Jazz)

3 comentários:

APÓSTOLO disse...

Estimado MÁRIO JORGE:
DB e seu quarteto (Desmond, Eugene Wright e Joe Morello) foram fundamentais na 2ª metade do século passado para a difusão do JAZZ nos "colleges" e grande público.
A variedade de "tempos" e de "andamentos" do quarteto marcaram toda uma época e levaram muitos e muitos músicos de JAZZ a maiores niveis de execução.
Brubeck, escorado no estudo da música clássica, experimentou no terreno da composição, nas variações rítmicas, no contraponto, na polifonia, na fuga e no rondó, sempre com muita habilidade ainda que ingenuo de algumas maneiras.
O que possuo de gravações do quarteto me deixa feliz.
Tive oportunidade de fazer programa especial sobre o quarteto na Tupí-FM (programa "Jazz Espetacular deAna Lúcia e Mauricio Quadros)

Anônimo disse...

Mestre MaJor,

é uma preciosidade à qual me dedicarei desde já a encontrar!

Comecei a ouvir DB aos 4 anos de idade e nem sonhava quem era, o que era aquilo, mas com a Webcor Coronet instalada no quarto que eu dividia com meu irmão mais velho 13 anos do que eu, o DBQ era praticamente a minha música de ninar. Eu só chiava do "Chet Baker and Crew" - Pacific Jazz 1224, um disco cuja capa era a dita crew a bordo de um veleiro e CB em pé, levando o trompete aos lábios enquanto se segurava no cordame. Achava "agudo" demais, não sabia expressar de modo diferente.
O DBQ, se não é o meu favorito, está disputando a pole.

Grande notícia. Forte abraço.

MauNah

MARIO JORGE JACQUES disse...

Valeu Pedro, resenha perfeita o homem era tudo isso aí.
MauNah vc diz que não agradava o Chet Baker, acho que depois passou esta impressão. Confesso que o primeiro disco do Gerry Mulligan, tb com Chet que comprei e estranhei o som do sax barítono, não agradou, e fiquei de ir trocar o LP (Casa Garson da Uruguaiana, comprava muito lá e conhecia o vendedor, não lembro o nome), enfim graças a certa preguiça fui ficando com o disco e depois de ouví-lo mais algumas vezes comecei a gostar. Caramba!!! o que perdiria.