Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

A COLUNA SEMANAL DO MESTRE LOC NO JBONLINE

07 julho 2014

Para o deleite de seus fiéis leitores, outra reprodução do artigo do Mestre deste sábado passado. Enjoy!

Ted Rosenthal recria, em trio, 'Rhapsody in blue'

Luiz Orlando Carneiro


"O pianista Ted Rosenthal, hoje com 54 anos, apareceu na cena jazzística em 1988, ao vencer a segunda Thelonious Monk Jazz Competition, que se tornou, com o correr do tempo, o mais importante concurso anual internacional aberto a jovens instrumentistas. Os jurados que premiaram o então new star foram os mestres Tommy Flanagan, Roland Hanna, Barry Harris, Hank Jones e Roger Kellaway.

Mas foi com o álbum Images of Monk (Jazz Alliance), gravado em dezembro de 1992, que Rosenthal exibiu os seus dotes excepcionais também como compositor e arranjador, na liderança de um sexteto de altíssimo nível (Brian Lynch, trompete; Dick Oatts, saxofones; Mark Feldman, violino; Scott Colley, baixo; Marvin “Smitty” Smith, bateria). Naquele disco, compôs – com espaços para a improvisação, é claro – uma ambiciosa suíte integrando temas de Thelonious Monk – de I mean you aPanonica, passando por Ruby my dear e Let's call this, e tendo como amálgama acordes de Brilliant corners (abertura, dois interlúdios e epílogo).

Novo CD do pianista contém também outros sete temas de Gershwin

Depois de 14 CDs por ele assinados, a maioria em trio, Ted Rosenthal vem de lançar, com a mesma formação (Martin Wind, baixo; Tim Horner, bateria), Rhapsody in Gershwin (Playscape Recordings). O novo álbum abre com uma versão arranjada para o trio, de 17 minutos, de Rhapsody in blue, a opus magna de George Gershwin (O LP de 1959 da obra original, com Leonard Bernstein regendo a Columbia Simphony Orchestra, tem pouco mais de 16 minutos).

As sete outras faixas são interpretações bem mais curtas, mas nem por isso menos envolventes - seja em matéria de técnica seja em matéria de criatividade – das seguintes melodias de Gershwin, há muito incorporadas ao Great American Songbook:Fascinatin' rhythm (5m55); Let's call the whole thing off (4m55); I loves you Porgy (5m40), da ópera Porgy and Bess; They can't take that away from me (5m30); Strike up the band (6m10); Someone to watch over me (6m30); Love walked in (6m50).

Nas notas do seu novo disco, Ted Rosenthal escreveu: “Este arranjo em trio da Rhapsody nasceu de considerações práticas quando me chegou uma oferta de performance da peça, mas sem o orçamento suficiente para contratar uma orquestra. Meu arranjo engloba praticamente a peça como um todo, embora orquestrada para trio, e também dá a cada membro a chance de solar em várias seções. Antes de tudo, procurei manter nos arranjos a integridade da obra (Rhapsody in blue), acrescentando improvisações extras, e procurando fazer as seções-solos inevitáveis através de suaves transições”.

Mas o sucesso do álbum não se deve apenas ao virtuose do piano – que explora como poucos os recursos orquestrais de um Steinway – ou ao arranjador da versão para trio da rapsódia de Gershwin. As atuações do baixista Martin Wind e do baterista Tim Horner são excelentes e absolutamente indispensáveis em todas as faixas dessa reinterpretação da parte “séria” e do lado “popular” da obra do grande compositor americano, que morreu, aos 38 anos, em 1937. Destaque especial para os acólitos de Ted Rosenthal nos flamejantes tratamentos de Fascinatin' rhythm e Love walked in.

P.S. - Quem quiser ouvir um sound clip de 4m35 de Rhapsody in blue e Let's call the whole thing off (a faixa inteira) é só entrar e clicar no site de Ted Rosental (www.tedrosenthal.com/cds.htm#rhapsody)."

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