TRABALHO DE PESQUISA DE NOSSO EDITOR NELSON REIS
1 – O ESTUDO ( I ) – AFINIDADE
Todos sabemos que nada se faz em
nossa vida, sem o aprendizado de estudo, o conhecimento e a prática. Em
qualquer atividade a qual o ser humano se dedica, esses fatos se comprovam,
mormente na atividade musical.
Todos também sabemos, que há
sempre um momento de aprendizado, que evolui ao companheirismo do mestre, e a
fraternização do mestrado. É muito comum, ao ouvirmos um principiante qualquer
e, reconhecermos através de suas execuções iniciais “a influência do Mestre” ou
“ídolo” que ministrou ensinamentos em seu instrumento. Seja através da entonação,
fraseado, técnica ou solos.
Existem alguns casos em que a
identidade é tal que o mestre ou o “ídolo”, podem ser confundidos quando
somente ouvidos. Quem viveu os anos 50 e 60, passados no Rio de Janeiro, há de
se lembrar de um excelente músico jazzista — Jorginho (Jorge Ferreira da Silva)
– de saudosa memória - executante de sax-alto (e também flauta). Era um
profissional exímio, que gravou junto a outros não menos famosos saxofonistas,
como Aurino (sax-barítono), Cipó (sax-tenor e maestro) e a Juarez Araújo
(sax-tenor) e que tinha como seu “verdadeiro ídolo”, no instrumento, o saxofonista
de jazz Lee Konitz.
Quando Lee Konitz esteve no
Brasil, chegou a externar em conversa que “às vezes, não sabia se era ele ou Jorginho
que estava tocando”. Tornaram-se grandes amigos, se correspondiam e, se
admiravam mutuamente, enquanto Jorginho
ainda estava no meio musical.
Não há fotos de JORGINHO, pelo menos conhecida na mídia. Ao lado talvez o álbum de maior sucesso, um LP datado de 1963 com os seguintes músicos:
Alto Saxophone – Jorginho e lider
Baritone Saxophone – Aurino
Bass – Paulo
Drums – Plinio
Guitar – Jose Menezes
Percussion – Plinio
Piano – Fats Elpidio
2 - O ESTUDO (II) – AMBIÊNCIA
Como qualquer outro profissional
instrumentista, o baterista “casa-se com o instrumento”
É comum encontrá-lo,
especialmente na fase de aprendizado, em companhia de um par de baquetas,
exercitando-se em qualquer lugar que se lhe permita. Liga-se à ambiência do
instrumento através de outros bateristas, clubes ou escolas de percussão,
catálogos e revistas especializadas e, em apresentações de colegas ou de
profissionais do seu instrumento, os quais admira.
Assim, o aprendiz e/ou
profissional passa a dedicar-se ao instrumento e a tudo quanto a ele se
relaciona.
3 – O ESTUDO (III) – FONTES
O aprendiz que se interessa por
bateria procura um profissional reconhecido no instrumento para tomar aulas
particulares, em Conservatório ou em ambas circunstâncias.
Os mestres e profissionais
categorizados, tem seus “Métodos de Estudo”, de suas próprias autorias ou
indicam ao aluno, qual ou quais ele poderá seguir na orientação técnica dos
exercícios aplicados.
Atualmente, as “vídeo aulas”
alicerçam o aprendizado e, quase todos os conceituados instrumentistas tem a
sua vídeo-instrução para encaminhamento complementar de seus alunos.
Em uma de nossas andanças na
cidade de Nova York, entramos em uma loja especializada em instrumentos
musicais e vimos um desses vídeos, que – na época – era ainda em VCR. Julgamos
ser um excelente acessório para quem se interessasse pelo assunto. Entramos e
perguntamos o preço e a resposta do atendente foi imediata:
- Cem dólares. É o preço de
metade do custo de uma hora de aula pessoal com “esse sujeito” e, o tempo de
duração é, exatamente, não mais que isso.
Nome do sujeito: Dave Weckel
3 comentários:
Estimado NELSON:
Segue o curso para nosso aprendizado do universo da bateria.
Belo trabalho e grata lembrança do grande Jorginho.
APOSTOLOJAZZ
Ainda com respeito à AFINIDADE com relação à bateria, lembramos que o baterista de jazz ("underated")Chuck Flores, foi aluno de Shelly Manne e por sua identidade com o Mestre entrou pr'a banda de Woody Herman como seu substituto. Seu trabalho pode ser ouvido na "Road Band" de W.Herman gravação nacional Capitol nª T-658(High Fidelity Recording)
Abçs.
"Nels"
olha o que nos prega a vida ou a morte sei lá! o pobre do Freddie Green por 25 dias não pode comemorar fato extraordinário, 50 anos sentado na estante de só banda! bela homenagem Major
Carlos Lima
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