TRABALHO DE PESQUISA DE NOSSO EDITOR NELSON REIS
1 - O BATERISTA, AQUELE LÁ “NA
RETAGUARDA”
Se olharmos a história da
humanidade, o sentimento que possa ter presidido na criação do “tambor”, iremos
notar que ele funcionou como “ânimo” nas lutas de guerra e nas festividades.
O impulso nervoso do ser humano,
em momentos de grande tensão, é sempre de forma preliminar o de “bater” em
alguma coisa. É a “pulsação” do coração que bate no seu peito e que com o
sangue circulante, levado a efeito por ele, “traz vida” a todo o seu corpo.
O “beat”(bater ou percutir)
criado pelo baterista, através do seu instrumento, funciona de certa maneira,
no mesmo sentido cardíaco humano, dando ânimo e vida ao grupo de jazz.
Reparem, todavia, que numa
“banda” num desfile qualquer, no antigo “campo de batalha” ou num “conjunto ou
orquestra de jazz”, os tambores estão colocados na retaguarda do grupo. Isto
porque, é o tambor “quem empurra”, e “dá ânimo” a quem vai ou está à frente.
Voltando à história, na
antiguidade, durante a batalha, os arqueiros buscavam eliminar no exercito
oponente os que estavam por detrás das fileiras, atirando primeiramente nos tambores
e nos porta-insígnia (bandeiras e/ou alegorias militares) que vinham dando “ânimo”
aos soldados combatentes à frente, com o fito de os esmorecer-lhes na luta. É
muito comum a expressão de que “o baterista empurra a orquestra”.
Colocado, quase sempre ao fundo,
“na cozinha” que compõe a sessão rítmica, onde nos grupos de jazz se completa com
o contrabaixo e o piano, o baterista produz o dínamo que gera a corrente que
alimenta e dá vida ao grupo.
De certa feita, o baterista Art
Blakey disse à sua formação de “Messengers”:
- “Não se preocupem comigo aqui atrás, basta vocês
gemerem aí na frente”
2 – A BATERIA, O BATERISTA
Diz a tradição que o homem surgiu
primeiramente à mulher e, na instrumentação musical ocidental o homem sempre
esteve a cargo dessa tarefa. No oriente, desde o início, tem-se
conhecimento de instrumentistas mulheres, sendo a música cantada e/ou tocada
por cordas, era por elas executada, como parte de proporcionar ao
entretenimento masculino.
A parte de instrumentação, de
percussão, a ser utilizada inicialmente por mulheres foram os guizos e o
“tambourine”, que conhecemos em português como “pandeiro”, utilizados à
princípio também como instrumentos de entretenimento pelas dançarinas nas
cortes e salões.
Como no idioma inglês o sentido
da grafia do artigo definido não muda (“The”), em português, sempre “soava
estranho” – “a bateria”e, “o baterista”.
Graças à evolução que veio
ocorrendo, a “moçoila casadoira” que “na hora de arte da família”, só declamava
ou cantava acompanhada foi, paulatinamente, passando para o piano, violino,
viola, violão, flauta, até que chegou à bateria.
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Lilian Carmona |
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Terry Lyne Carrington |
Hoje, podemos ver e ouvir nos
palcos figuras exponenciais do instrumento como: Vera Figueiredo, Lilian Carmona
e Terry Lyne Carrington, para exemplo do que dizemos.
Por determinação e força, coragem e destemor, nessa
caminhada, NÃO SÓ O HOMEM, MAS “A BATERISTA” TAMBÉM JÁ SE SENTA À BATERIA.
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Vera Figueiredo |
2 comentários:
Desculpem nossa falha.
O nome é LILIAN CARMONA e não Lilia Carmona, como aparece grafado no texto.
Desculpem e obrigado.
"Nels"
Prezado NELSON:
Segue a série, inclusive citando bateristas nacionais, de alta qualidade, técnica e lutadoras em um cenário quase nunca favorável.
APOSTOLOJAZZ
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