Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

BATERIAS & BATERISTAS - Parte VII

23 março 2014


TRABALHO DE PESQUISA DE NOSSO EDITOR NELSON REIS

1 - O BATERISTA, AQUELE LÁ “NA RETAGUARDA”

Se olharmos a história da humanidade, o sentimento que possa ter presidido na criação do “tambor”, iremos notar que ele funcionou como “ânimo” nas lutas de guerra e nas festividades.
O impulso nervoso do ser humano, em momentos de grande tensão, é sempre de forma preliminar o de “bater” em alguma coisa. É a “pulsação” do coração que bate no seu peito e que com o sangue circulante, levado a efeito por ele, “traz vida” a todo o seu corpo.
O “beat”(bater ou percutir) criado pelo baterista, através do seu instrumento, funciona de certa maneira, no mesmo sentido cardíaco humano, dando ânimo e vida ao grupo de jazz.
Reparem, todavia, que numa “banda” num desfile qualquer, no antigo “campo de batalha” ou num “conjunto ou orquestra de jazz”, os tambores estão colocados na retaguarda do grupo. Isto porque, é o tambor “quem empurra”, e “dá ânimo” a quem vai ou está à frente.

Voltando à história, na antiguidade, durante a batalha, os arqueiros buscavam eliminar no exercito oponente os que estavam por detrás das fileiras, atirando primeiramente nos tambores e nos porta-insígnia (bandeiras e/ou alegorias militares) que vinham dando “ânimo” aos soldados combatentes à frente, com o fito de os esmorecer-lhes na luta. É muito comum a expressão de que “o baterista empurra a orquestra”.
Colocado, quase sempre ao fundo, “na cozinha” que compõe a sessão rítmica, onde nos grupos de jazz se completa com o contrabaixo e o piano, o baterista produz o dínamo que gera a corrente que alimenta e dá vida ao grupo.
De certa feita, o baterista Art Blakey disse à sua formação de “Messengers”:
“Não se preocupem comigo aqui atrás, basta vocês gemerem aí na frente”

2 – A BATERIA, O BATERISTA

Diz a tradição que o homem surgiu primeiramente à mulher e, na instrumentação musical ocidental o homem sempre esteve a cargo dessa tarefa. No oriente, desde o início, tem-se conhecimento de instrumentistas mulheres, sendo a música cantada e/ou tocada por cordas, era por elas executada, como parte de proporcionar ao entretenimento masculino.
A parte de instrumentação, de percussão, a ser utilizada inicialmente por mulheres foram os guizos e o “tambourine”, que conhecemos em português como “pandeiro”, utilizados à princípio também como instrumentos de entretenimento pelas dançarinas nas cortes e salões.
Como no idioma inglês o sentido da grafia do artigo definido não muda (“The”), em português, sempre “soava estranho” – “a bateria”e, “o baterista”.
Graças à evolução que veio ocorrendo, a “moçoila casadoira” que “na hora de arte da família”, só declamava ou cantava acompanhada foi, paulatinamente, passando para o piano, violino, viola, violão, flauta, até que chegou à bateria.
Lilian Carmona 
Terry Lyne Carrington







Hoje, podemos ver e ouvir nos palcos figuras exponenciais do instrumento como: Vera Figueiredo, Lilian Carmona e Terry Lyne Carrington, para exemplo do que dizemos.
Por determinação e força, coragem e destemor, nessa caminhada, NÃO SÓ O HOMEM, MAS “A BATERISTA” TAMBÉM  JÁ SE SENTA À BATERIA.
Vera Figueiredo

2 comentários:

Nelson disse...

Desculpem nossa falha.
O nome é LILIAN CARMONA e não Lilia Carmona, como aparece grafado no texto.
Desculpem e obrigado.

"Nels"

Anônimo disse...

Prezado NELSON:
Segue a série, inclusive citando bateristas nacionais, de alta qualidade, técnica e lutadoras em um cenário quase nunca favorável.

APOSTOLOJAZZ