Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

“MONEY JUNGLE” COMPLETARÁ 50 ANOS

19 dezembro 2012


Prosseguem as homenagens a discos famosos que “aniversariam”. O excelente “Money Jungle”, que Duke Ellington gravou em trio com Carlie Mingus e Max Roach completará 50 anos de lançamento em fevereiro do próximo ano.

A homenagem partiu da baterista Terri Lyne Carrington que publicará naquele mês um álbum em companhia do pianista Gerald Clayton e do baixista Christian McBride, além de convidados como Clark Terry, Antonio Hart, Herbie Hancock e outros mais. Aguardemos.

2 comentários:

Palmeira disse...

"Money Jungle" é um disco extraordinário. Como se usa dizer, "item obrigatório na estante de todo jazzófilo". Em minha opinião, não é o melhor período do Duke porque não há "melhor período" em se tratando de Duke Ellington. Às vezes penso que a tendência que temos de falar em termos de "o melhor", "um dos cinco melhores" é apenas reflexo de uma cultura baseada na competição, sendo de resto estranha à real natureza da Grande Música. Mais do que ninguém, os americanos adoram "polls", estrelas, cotações, coisas assim. Mas como disse certa vez o próprio Charles Mingus: "É um absurdo incluir Ellington em polls. Um homem que realizou tudo o que ele fez não deveria ser envolvido em concursos, mas simplesmente ser assumido todos os anos como o número um". Recentemente, estive revisitando gravações dos anos 30, numa excelente compilação da ASV, um CD duplo que recomendo: "Creole Rhapsody, Duke Ellington In The Thirties". E se você segue pelos anos 40, 50, 60 e 70 vai pensar a cada vez que aí está o "o melhor Ellington". Mas se é certo que a quintessência da ellingtonia está representada, em cada um desses períodos, pelas gravações de Sua Orquestra, a dimensão da grandeza de Duke Ellington pode ser bem medida pelo fato de que, no curto período de 40 dias, ele gravou "de carreirinha" três albuns reunindo-se em pequeno conjunto com músicos do primeiríssimo time e que são três obras-primas. A saber: "Duke Ellington Meets Coleman Hawkins" (em 16 de agosto), "Money Jungle" (em 17 de setembro) e "Duke Ellington and John Coltrane" (em 26 de setembro). E essa grandeza é ainda mais realçada porque apesar do fato de os citados músicos (Hawkins, Mingus, Roach, Coltrane) se constituírem em "chefes de escola" de períodos/estilos de jazz diversos, dos primórdios da "swing era" à "new thing" dos anos 60, todas essas gravações têm a marca indelével de Duke Ellington. Há uma linha evolutiva que vai de Coleman Hawkins (também um dos pioneiros do be-bop) a John Coltrane (hard bop, modal jazz, free jazz), mas a delimitação de "estilos e períodos" simplesmente se esfuma quando se trata de Duke Ellington. Naturalmente, ça va sans dire que Mingus e, em especial, Roach ("A Little Max (Parfait")também estão estupendos em "Money Jungle".

llulla disse...

Ótimo comentário Palmeira. Concordamos em tudo.
abcs.
llulla