Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

ALEXIS ANDRADE (1921-2012)

07 maio 2012

Infelizmente foi confirmada a morte de Alexis Andrade, a qual não foi noticiada pela chamada “imprensa cultural”. Falamos com Coutinho, que não sabia e de imediato ligou para a esposa de Alexis, que confirmou a notícia. Alexis foi um dos maiores divulgadores do Jazz no Rio de janeiro, o que fez por mais de cinqüenta anos abrilhantando com o seu cornet as Jam Sessions de que participava.
Lembro de uma apresentação da “Preservation Hall Jazz Band” no Teatro Municipal, quando no final os músicos descem para a platéia tocando (“When the saints...”) e Alexis se incorporou ao grupo voltando ao palco e mostrando com competência toda a sua arte. Grande amigo, freqüentou o nosso programa na Fluminense FM e foi um dos responsáveis pela música ao vivo no “O Assunto é Jazz”. Deixou saudades.

6 comentários:

Nelson disse...

Assiduo frequentador da "Esquina do Pecado" dos anos 50, Rio de Janeiro - A célebre "Lojas Murray" do velho Jonas Silva, tambem de velha e saudosa memória.
Musico de jazz das velhas tardes de "jam sessions" no "Beco", onde o "Little Club" abrigava musicos expoentes do instrumental do estilo, no Rio de Janeiro e,lá estava o o Alex entre eles.

Descanse em paz "old cat"


Abçs.
"Nels"

MARIO JORGE JACQUES disse...

Alex além de grande músico era um grande praça. Enorme perda.

Anônimo disse...

Perdemos mais que um músico, uma PESSOA, um SER HUMANO de qualidade, cujo convívio era sempre um prazer.

Saudades.....

APÓSTOLO

Flavio Rez disse...

Tive a grata satisfação de vê-lo tocar, em pequeno centro cultural em Botafogo .. já aos 85 anos, pelo que me lembro ...

Tocava Blues ...

Depois, tive a honra de conhecê-lo e conversar com ele e seu grupo .. Contava-me sobre sua participação com Louis Armstrong no Municipal ...


Eu, que inicio no jazz, fiquei maravilhado e nunca esqueci ...

Descanse em paz .. sempre!


Ab.,

Flavio Rez

José Domingos Raffaelli disse...

Caros confrades,

Foi na famosa Lojas Murray que conheci e tornei-me amigo do inesquecível Alexis Andrade, um ser humano de educação e bondade raras, cuja presença naquele local era saudada efusivamente pelos demais freqüentadores, especialmente nas horas em que o local fervilhava de jazzófilos.
Fui informado do passamento de Alexis por seu baterista Adilson Verneck, meu amigo e vizinho do Catete, que vinha tocando com ele nos últimos tempos.

A meu ver, com seu desaparecimento encerrou-se uma era romântica do jazz no Rio. Quando escrevo romântica, refiro-me ao fato de Alexis, assim como outros músicos atuantes nos anos 50/60, tocarem jazz pelo simples prazer de tocar, sem receberem cachê, embora a maioria fosse de profissionais consagrados.
Talvez você saibam que nos anos 50 Alexis gravou por conta própria um disco de 78 rotações intitulado "Body and Soul" do qual foram prensadas 10 cópias.
Sua partida entristeceu os corações de todos os que tiveram a felicidade de conhecê-lo, pois era uma pessoa boníssima amigo de todos, sem exceção.
R.I.P. ALEXIS

Raffaelli

José Domingos Raffaelli disse...

Caro Llulla,

Tenho tentado telefonar-lhe, sem sucesso. Desejando que esteja totalmente em forma (a julgar pelas suas postagens, está em franca atividade, o que é ótimo). Lembro-me de um dia, na Murray, o Alexis entrou cabisbaixo, nervoso e preocupadíssimo porque a espoosa dele iria ser operada naquele dia. Tentando acalmá-lo, chamei-o para um café e fomos andando pela Rua da Assembléia, mas ele estava cada vez mais nervoso. Entretanto, ao passarmos em frente a um loja de discos (não lembro qual), estavam tocando um disco de Fats Navarro. Ao ouvir aquela sonoridade familiar, ele transformou-se, passou a sorrir, entrou na loja e comprou o LP. Depois do café voltamos à Murray e, como ele sobressava o envelope com o disco, o Jonas quis saber o que era. Muito mais calmo e sorridente, Alex mostrou o LP dizendo: "agora está tudo bem", parecendo ter esquecido momentaneamente a preocupação com a operação da D. Eni.

Anos depois, num domingo em Copacabana encontrei-o com sua esposa. Paramos para conversar e depois de uma meia hora eles despediram-se de mim. Após caminharem uns 15/20 metros, Alexis me chama perguntando: "Tem algum trompetista que superou Fats Navarro ?, a que respondi: "Acho que não". Indignado, pois Navarro era seu grande ídolo, retrucou em voz alta: "Acha coisa nenhuma porque nem daqui a 500 anos aparece alguém como ele"....

São fatos que vieram à memória ao relembrar sua personalidade de amigo jovial e alegre que vivia para o jazz.

Keep swinging,

Raffa