Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

O JAZZ MORREU ! ! !

25 agosto 2010

A notícia é sempre a mesma, com direito a manchetes repetitivas nas idênticas “notas de falecimento”. Vamos aos fatos ! ! !
De 19 até 22 de agosto de 2010 minha filha MARIA PAULA e seu marido Dr. ALEX ALVES foram até New York, aproveitando raro intervalo em suas atividades profissionais.
Restaurantes, livrarias, compras, teatro, museu e uma visita ao templo “Blue Note”. New York “lotada” nas ruas e nas lojas: ordem, segurança e limpeza.
No templo (131W. 3RD St.) desfrutaram na noite da 6ª feira 20/08 da apresentação da pianista Hiromi Uehara (seu 1º CD foi e, 2003 pela Telarc, “Another Mind”, com vendagem superior a 100 mil cópias, ao qual seguiu-se “Beyond Standard” de 2008). “Blue Note” lotado, público atento, repertório de temas próprios, técnica superior, show para lembrar sempre.
Nascida em Shizuoka/Japão (1979), Hiromi iniciou seu aprendizado nas 88 teclas aos 06 anos e agora, aos 31 anos e já com boa “estrada rodada”, declara suas influências e predileções: J.S.Bach, Franz Liszt, Oscar Peterson e Ahmad Jamal. Melhor impossível ! ! !
O melhor foi que o casal MARIA PAULA e ALEX ALVES teve oportunidade de conhecer a programação do mês de agosto das principais casas de JAZZ e da boa música da “maçã”, surpreendendo-se com a quantidade e a qualidade encontrada.
BIRDLAND = programação em todos os dias de agosto, incluindo “Heat Brothers”, George Coleman, Chico O’Farrill, Geri Allen e por ai vamos.
BLUE NOTE = com 01 único dia sem programação, todos os demais com Hiromi, Ron Carter, James Moody e outros.
CECIL”s JAZZ CLUB = Bruce Williams, Cecil Brooks e outros, programação cobrindo 16 dias de agosto.
E nos demais locais ? CLEOPATRA’s NEEDLE, CORNELIA St. CAFÉ, DEER HEAD HINN, DIZZY’s CLUB, DIZZY”s CLUB AFTER HOURS, GARAGE, IRIDIUM, JAZZ STANDARD, JOE’s PUB, KITANO, LENOX LOUNGE, SMALLS, THE STONE, VILLAGE VANGUARD (Greg Osby, Lewis Nash, Vanguard Jazz Orchestra, Paul Motian, Joe Lovano, Bill Frisell etc) = todas as casas com a programação de agosto coberta todo o mês, ou na maior parte do mesmo.
O JAZZ morreu ? ? ?

10 comentários:

Andre Tandeta disse...

"Jazz is not dead,it just smells funny"(Frank Zappa).
E' isso ai ,amigo Apostolo,deixa irem dizendo assim afasta quem não tem nada a ver com jazz.
sabemos bem que os cães ladram (e como!) e a caravana passa.
Abraço

Guzz disse...

é isso mesmo, caro APOSTOLO
NY, jazz corner of the world !

impressionante a quantidade de opções que se tem naquela ilha de Manhattan, um lugar obrigatório para apaixonados por música

abs,

Nelson disse...

Pedro, "O Apóstolo"

Todos nós já temos um bom "pedaço de tempo de janela" dentro do jazz e, sempre ouvimos falar- desde priscas eras - que o "jazz está em decadência", que está "com os dias contados" e .... outras maledicências. Mas, também sabemos que "em qualquer lugar desse planeta" há sempre "bom jazz" para ser ouvido e visto. Não precisa de ser somente na "meca do Jazz"(N.York) que encontra-se boa programação da "nobre arte". Portanto, é como diz aqui o confrade Tandeta:
- "Os cães ladram, mas a caravana passa"
A PROPOSITO: Um confrade aqui da "Velha Província" deu-me hoje notícia que, no dia 13/9 próximo, o nosso Claudio Roditi deverá estar se apresentando na "Modern Sounds"(Copacabana-RJ).
Esperamos que "os mais avisados" aqui do nosso blog confirmem isso.

Abçs.
Nelson Reis

Mau Nah disse...

NYCity chega a ser cruel, quando o assunto é a variedade de opções para uma mesma noite!
Como não dá para estar em 2 lugares ao mesmo tempo - ainda, mas parece que a Apple e o Google já estão tentando resolver isso - chega a doer na hora de se fazer a escolha pois o horário prime das 20hrs é o principal e aí a gente fica rezando para haver um segundo set do mesmo artista, o que nem sempre ocorre.
Na última estada lá, fiquei tonto com as opções!

Mas se notarmos bem veremos que o que há na realidade é um enorme afluxo de turistas, não apenas os internos, que acorrem à capital cultural ansiosos por também ver, mas, e principalmente, viajantes de todos os lugares do mundo, ali usufruindo da arte jazzística.

Arte não morre. Mas como quase tudo o mais, também se rege por ciclos de maior ou menor interesse.

Para mim, o Jazz é a que muito provavelmente mais se beneficiará das possibilidades tecnológicas, pela recuperação dos sons e das imagens de seus tempos áureos, e tudo desembocará numa maior compreensão, pela civilização atual, do que de fato representa: um fabuloso estimulante mental, capaz de desenvolver o raciocínio dos que possam dedicar alguns momentos de suas vidas a apreciar as nuances e infinitas variações sobre um mesmo tema.

O Jazz vive. E viverá para sempre, naquelas nações que mais se dedicarem a aperfeiçoar sua cultura.

MARIO JORGE JACQUES disse...

Meu caro Apóstolo, o papo é sempre o mesmo são os derrotistas de plantão, o Jazz branco de Chicago matou o Jazz de New Orleans, o swing matou o Jazz tradicional, o bebop matou o Jazz de vez, o hard bop matou o Jazz, o modal matou o Jazz, o free matou o Jazz, enfim um defunto "morto" mais de 10 vezes !!! Deve ser reencarnação, e há pessoas que não acreditam...

Andre Tandeta disse...

Carissimo Pres.,
excelente sua observação sobre os efeitos beneficos da audiçao de jazz.
E de musica ,musica de verdade, eu acrescentria. O jazz e' realmente um verdadeiro estimulante do cerebro, e por isso mesmo muita gente vive querendo mata-lo . Afinal pra que estimular o cerebro se o negocio e'fazer as pessoas consumirem todas as bugigangas inuteis anunciadas aos berros na televisão mesmo que pra isso elas se endividem ate a alma. O jazz mesmo que não tenha essa intenção explicita e' sempre revolucionario pois a proposta de criar musica na hora,no calor do momento, aquilo que chamamos improvisar e' contrario a tudo que o sistema prega como bom: o conformismo e a aceitação da mediocridade.
Ouça e viva o Jazz e sua cabeça agradecera.

John Lester disse...

Ínclitos senhores, embora haja risco de queda de reboco em vossas cabeças - afinal o Jazzseen está em obras - gostaria de convidá-los a uma boa taça de petit verdot, fornecido a bons preços pela vinícola californiana Redtree. Preço honesto.

Grande abraço, JL.

SAZZ disse...

Nem perco tempo com essa baboseira.

Só indo a "big apple" GRAÇAS A DEUS para saber.

Vagner Pitta disse...

É senhores...o casal de passeantes certamente puderam constatar uma faísca do que é o cenário do jazz em NY -- isso sem contar os templos mais modernos, como o Jazz at Lincoln Center, o Knitting Factory e o Iridium. Quando estive na big Apple pude ver representantes das novas e velhas gerações, exemplos do moderno jazz e do contemporâneo. Tive o prazer de ver Lee Konitz e Matt Wilson, por exemplo.


Mas há quem diga que Hiromi Uehara não toca jazz legítimo. Já vi pessoas dizendo que Maria Schneider não toca e nem compõe jazz. Há quem diga que o estilos M-Base de Greg Osby não seja jazz legítimo. Há quem diga que o Ben Allison (um dos grandes de NY, apesar de subestimado)está se rendendo ao pop: isso se ouvir seus últimos discos. Há quem diga que Bill Frisel não é, nem de longe, um guitarrista de jazz por causa dos efeitos "hereges" que usa em sua guitarra. Enfim...essa coisa "jazz defunto" é apenas um delírio de pessoas que se prendem à uma época e a um ou dois estilos: a pessoa metrifica a mente dela com aquele swing convencional e aquele walking bass quadradinho e quando vai ouvir um jazz mais contemporâneo começa a ter dores de cabeça. Daí como a tal pessoal nao acompanhou a evolução do jazz -- e nem vai querer fazê-lo -- ela acaba aderindo a idéia de que aquele tal de "jazz autêntico" nunca mais vai existir, que o jazz morreu e toda essa baboseira...bobagem!

Abraços e parabéns aos organizadores pelas novidades!

Érico Cordeiro disse...

Mestre Apóstolo,
Se o jazz morreu, como é que se colocam milhares de pessoas nos festivais de jazz que, felizmente, vem pipocando pelo país nos últimos anos/
Bem aqui no Piauí, este ano mesmo, teve um festival com a presença de Stanley Jordan - alguns podem até torcer o nariz, mas acho fundamental um cara dessa importância estar no interior nordestino, mostrando a novos ouvintes as possibilidades do jazz.
A arte, como disse o Mau Nah, não morre. E o jazz é ARTE com todas as letras em maiúsculo!
Um fraterno abraço!!!!