Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

COLUNA DO LOC

29 agosto 2010

JB, Caderno B, 29 de agosto
por Luiz Orlando Carneiro

A conjugação certa

NO LIVRO Moving to higher ground – How Jazz can change your life, editado em 2008, Wynton Marsalis sintetizou o modo de expressão musical a que se dedica de corpo e alma como “o passado e o futuro conjugados no presente”. Em agosto daquele ano, ele estava, como de costume, no festival que dirige em Marciac (França), onde promoveu um concerto “in memoriam” das legendárias Billie Holiday e Edith Piaf, com o seu quinteto acrescido de outro grande instrumentista – o acordeonista francês Richard Galliano. Em junho do ano passado, o magistral trompetista-compositor reuniu no Kennedy Center, em Washington, os demais irmãos (Branford, saxes; Delfeayo, trombone; Jason, bateria) em torno do chefe do clã Marsalis, o legendário pianista e educador Ellis, que, aos 75 anos, era homenageado pelo conjunto de sua obra.

Esses dois momentos muito especiais estão registrados nos recém-lançados álbuns From Billie Holiday to Edith Piaf/ Live in Marciac e Music redeems/ The Marsalis family (Marsalis Music). No primeiro, as duas estrelas têm como coadjuvantes os sidemen habituais do pistonista (Walter Blanding, saxes tenor e soprano, clarinete; Dan Nimmer, piano; Carlos Henriquez, baixo; Ali Jackson, bateria).

No segundo, os Marsalis formam um sexteto com Eric Reeves (baixo), tendo como convidado, numa faixa, Harry Connick Jr (piano) – também nascido em Nova Orleans.

O concerto de Marciac começa e acaba com dois temas musette, à feição de Piaf, conjugados no presente: La foule (6m40), em 3/4 apressado, e o inevitável La vie em rose (8m30). Billie Holiday é lembrada em Billie (6m48), uma sentida balada de Galliano; numa versão em tempo rápido de What a little moonlight can do(8m50), com solo luminoso de Wynton; em Sailboat in the moonlight (5m50), com Dan Nimmer reverenciando Erroll Garner; e numa interpretação do líder, de impressionante intensidade dramática, de Strange fruit (7m15).

Outro highlight do disco é L’homme à la moto (11m), peça “descritiva” do tráfego ruidoso da cidade grande, com solos vertiginosos de Wynton e Galliano, que também trocam ricas “impressões” entre si.

A segunda celebração do jazz pela Família Marsalis, do ano passado, é ainda mais envolvente e animada do que a primeira (gravada em 2002).

São ao todo 57 minutos de timeless jazz – concebido e executado por mestres de uma linguagem musical sempre em renovação, embora orgulhosa de suas raízes negro-americanas – a partir de temas bop (Donna Lee), standards (Sweet Georgia Brown) e “hinos” a Nova Orleans (The 2nd line, At the house, in da pocket).

5 comentários:

Anônimo disse...

maravilha!! acabei de adquirir o meu na amazon!! obrigado e abraço
fabiano

APÓSTOLO disse...

Coisa de gente grande, feita com muito amor e MÚSICA ! ! !

Beto Kessel disse...

Para quem quiser rever o vídeo, está no post que coloquei em 23.07.2010 no CJUB

Beto

Beto Kessel disse...

Trata-se do video que postei com os marsalis tocando juntos.

Beto

Beto Kessel disse...

Trata-se do video que postei com os marsalis tocando juntos.

Beto