Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

COLUNA DO LOC

15 agosto 2010

Caderno , JB, 15 de Agosto
por Luiz Orlando Carneiro

40 anos de swing

NO ANO PASSADO, a revista Jazz Times ( cerca de 100 mil exemplares) deixou de circular durante três meses, vítima da crise financeira internacional e de má gestão. Adquirida da família do fundador Ira Sabin pela Medavor Media, a melhor publicação mensal do gênero renasceu fortalecida, e celebra o 40º aniversário na edição de setembro, já disponível para os assinantes da versão digital (on-line).

Na verdade, a JT começou a circular, em Washington, D.C., como uma espécie de informativo da loja de discos do velho Sabin, a Discount Records, especializada em jazz, blues e rhythm & blues. Mas o atual editor-chefe, Lee Mergner, fixou o ano de 1970 como o do nascimento da revista impressa que, com o passar do tempo, passou a competir com a septuagenária Downbeat, em termos de circulação e também de conteúdo.

A edição comemorativa da JT é recomendada aos jazzófilos (veteranos e ne wcomers) por ser – como está na apresentação de Mergner – “uma apreciação de 1970 através do prisma das quatro décadas seguintes, com realce para álbuns seminais que ainda repercutem em gerações subsequentes de fãs e músicos”. Bitches brew de Miles Davis, Mwandishi de Herbie Hancock e Red clay de Freddie Hubbard foram os discos escolhidos como os mais representativos de uma época em que, “dependendo da perspectiva de cada um, o rock e o funk estavam destruindo ou revigorando o jazz”. Porém, não foi esquecida pelo editor a vanguarda então “em plena florescência”, depois do terreno aberto, na década de 60, por John Coltrane, Ornette Coleman e Archie Shepp. Em 1970, foram lançados long playings particularmente representativos da Art Ensemble of Chicago (Certain blacks), de Alice Coltrane (Ptah, the El Daoud), da orquestra de Sun Ra (My brtoher the wind) e de Pharoah Sanders (Deaf dumb blind), que são analisados por Shaun Brady no número de setembro da JT.

E, finalmente, é imperdível a seção Before & after, na qual Christian McBride é submetido ao teste de ouvir e comentar faixas de discos editados em 1970 – dois anos antes do seu nascimento. O prodigioso contrabaixista não só identifica “quem é quem” nas faixas que lhe são apresentadas, mas demonstra um conhecimento enciclopédico da fluência e confluência dos estilos do jazz. De Roy Haynes ao herético Jimi Hendrix; de Lee Morgan ao Miles Davis fusionista das Jack Johnson sessions; de McCoy Tyner a Frank Zappa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é, a Jazz Times com cerca de 100.000 mil exemplares foi vítima da crise financeira internacional.
Desculpem o comentário, mas no Brasil o maior jornal em circulação vende 350 mil exemplares diariamente. No Japão vende 14 milhões e quinhentos mil. Um país do tamanho do Rio de Janeiro.
E agora José? que midiazinha aqui no Brasil, heim! Nem você acredita.