Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 62 – CANTORAS DE BLUES 10 – MARGARET JOHNSON

06 setembro 2009



Muito pouco se sabe sobre a vida de Margaret Johnson. Surgiu muito ativa atuando no circuito vaudeville na década de 1920 e conhecida por continuar a atuar até a década de 1930. Embora figure dentre as cantoras de Blues Clássico sua carreira foi um tanto diversificada. De início, como quase todas trabalhou no teatro vaudeville, porém ao iniciar suas gravações em 1923 juntou-se a Bobby Leecan na harmônica de boca e Robert Cooksey na guitarrra dando um sentido especial, sulino e rural aos seus Blues. Naturalmente participou também de sessões com pequenos grupos de Jazz de New Orleans integrados por Sidney Bechet, Louis Armstrong, Bubber Miley e Tom Morris.
Tanto ela como o pianista/compositor Clarence Williams secretamente participaram de sessões com o banjoista Buddy Christian, Williams não tendo nenhum crédito na gravação e Margaret ocultada sob o pseudônimo de Margaret Carter.
Grande parte de seu repertório é calcado no Blues Clássico e as canções frequentemente de cunho humoristas ou sexualmente sugestivas. Suas gravações vão até o ano de 1927 e as informações sobre ela até início dos anos 1930, depois desapareceu do "showbizz" não mais se tendo notícia. Assim não se sabe data e local de nascimento nem de falecimento.
Não deve ser confundida com a pianista que acompanhou Billie Holiday e Lester Young em gravações de 1938 ― Margaret "Queenie" Johnson, também muito pouco conhecida.
Duas canções se destacam no repertório de Margaret com voz gutural e gemida (moaning) no seu estilo um tanto country, as quais podemos ouvir abaixo.
DEAD DRUNK BLUES (George W. Thomas) - Gravação original: 14/fev/1927 – New York – Victor 20982-B (mx BVE-37282-2)
SECOND-HANDED BLUES (Mike Jackson) - Gravação original: 14/fev/1927 – New York – Victor 20652 (mx BVE-37281-1)
MARGARET JOHNSON (vocal) acompanhada pelo pianista Mike Jackson, Robert Cooksey na harmônica e Bobby Leecan à guitarra.
Fonte: LP – WOMEN OF THE BLUES – Selo RCA Victor – Vintage Series – LPV-534 – 1966 - USA.
NOTA: Esta postagem encerra a série ― CANTORAS DE BLUES ― na qual foram apresentadas as cantoras: Ida Cox – Clara Smith - Lucille Hegamin - Ma Rainey - Sarah Martin - Sippie Wallace - Victoria Spivey - Mamie Smith - Lizzie Miles e Margaret Johnson. Outras foram focalizadas em Museus anteriores como Alberta Hunter, Bessie Smith e Ethel Waters. Muitas outras cantoras de Blues poderão ainda ser objeto do Museu em outra oportunidade.



Um comentário:

APÓSTOLO disse...

Prezado MÁRIO:

Bela série com excelentes registros discográficos.
O "Museu" segue mais vivo que nunca e o encerramento das "cantoras", com certeza, será seguido por outra série garimpada em seus arquivos.
Parabéns ! ! !